Kotscho: Declaração do Lula sobre a Venezuela é pior que nota do PT - UOL

Kotscho: Declaração do Lula sobre a Venezuela é pior que nota do PT

Colaboração para o UOL, em São Paulo, 31/07/2024 05h30

O colunista do UOL Ricardo Kotscho afirmou no UOL News que a declaração do presidente Lula (PT) de que não houve "nada de grave" ou "de assustador" nas eleições da Venezuela é pior do que a nota divulgada por seu partido, o PT.

Essa declaração do Lula, que me desculpe o amigo, mas é pior que a nota do PT. Ele passa o pano como se a Venezuela vivesse em plena democracia. 'Não vai reclamar com o bispo, reclama com a Justiça'. A Justiça de lá está totalmente controlada pelo Maduro.

Ricardo Kotscho, comentarista do UOL News

Ele se a… - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/07/31/kotscho-declaracao-do-lula-sobre-a-venezuela-e-pior-que-nota-do-pt.htm?cmpid=copiaecola


Para os que não gostam de ler, e preferem se informar pelo YouTube - recomendações de Airton Dirceu Lemmertz

Para os que não gostam de ler, e preferem se informar pelo YouTube 

Grato a Airton Dirceu Lemmertz

Como a Venezuela foi do 4° país mais rico do mundo a um dos mais miseráveis? https://www.youtube.com/watch?v=urTdoCPYYhQ

A crise humanitária na Venezuela causa fuga em massa do país: https://www.youtube.com/watch?v=dZSn5LHZtKM

  Nenhuma ditadura saiu do poder por meio de eleições: https://www.youtube.com/watch?v=ezoxd-Y5Xl4 (WW)

  Lula perde com Maduro ganhando: https://www.youtube.com/watch?v=6aN_ZYQb2DA (WW)

  O governo brasileiro não pode tratar Maduro com gentileza: https://www.youtube.com/watch?v=fUQ_EapYf0U (Eduardo Oinegue)

  A destruição de uma democracia: https://www.youtube.com/watch?v=9sYn2kTrBzg (Fernando Mitre)


Líderes mundiais: alguns comemoram, outros questionam o resultado eleitoral na Venezuela. https://www.youtube.com/watch?v=GaPf7oQM7ak

Por que as leis não funcionam no Brasil? https://www.youtube.com/watch?v=6VOjYT2L3dI (Adriano Gianturco)

Qual o objetivo por trás do aparelhamento do Estadohttps://www.youtube.com/watch?v=-xFMFdC1eVI (Ricardo Gomes)

O imaginário ideológico e a intolerância no Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=gryUYN0ZRy0 (Francisco Escorsim)

Por que uma minoria consegue dominar? https://www.youtube.com/watch?v=SQOi9lyHph0 (Flávio Gordon)

Como as ideias são censuradas no Brasil? https://www.youtube.com/watch?v=fzcYPtDX1uA (Carlos Andreazza)


terça-feira, 30 de julho de 2024

Farewell of a Scholar — SSRN’s Gregg Gordon

 


Dear SSRN community,

I wanted to write to you with some personal news. After thirty years as Managing Director of SSRN, the last eight within Elsevier, I've decided that it's now time, in the immortal words of John Cleese, for something completely different.

My career and life changed for the better back in 1994 when my KPMG tax client, Michael Jensen, asked me to help him launch a business to share "Tomorrow's Research Today." Three decades later, the Social Sciences Research Network has expanded across all sciences and evolved to include more than 70 disciplines. Today, the SSRN platform holds over 1,230,000 pre-print articles from over 1,700,000 researchers, which have been downloaded over 275,000,000 times.

Leading a team of pioneers that made sharing early-stage research online possible, well before online is what it is today, has brought tremendous joy to me and many of you. Together with the support and trust from academic researchers who shared our vision, we have helped transform an industry for the better. Elsevier has proved an incredible home for SSRN, fulfilling all we as a team and I as an individual hoped to achieve. I leave it feeling very pleased that the company Mike, I and countless others helped to build is in good hands.

I have had the distinct honor and pleasure to work with many wonderful colleagues at Elsevier and throughout the academic and scholarly publishing worlds. Many friendships were forged over the years at work, conferences, and dinners. I'll miss working and spending time with all of you.

This month will be my last at SSRN. When recently I was asked if I was leaving the industry, I laughed and said I work at the second greatest scholarly publisher of all time and helped found the first – so where would I go? I'm not moving, as my family and I love Rochester, New York, and I will soon share our next adventure on LinkedIn. You can also look forward to an announcement soon about the evolution of the SSRN leadership team.

In the meantime, I can't thank enough all the people who have worked with and around me at SSRN for enriching my life. You have been truly spectacular, and I look forward to seeing many of you again in the next phase.

Thank you again,
Gregg

O Brasil precisa denunciar farsa eleitoral de Maduro - Editorial O Globo

 Opinião / Editorial 

A opinião do GLOBO

Brasil precisa denunciar farsa eleitoral de Maduro

Em nenhum momento o processo na Venezuela inspirou confiança. As irregularidades foram constantes

Editorial, 29/07/2024 

O Brasil e as demais democracias latino-americanas não podem ser coniventes com a farsa montada por Nicolás Maduro para permanecer no poder na Venezuela, usando eleições nada transparentes, cujos resultados são contestados pela oposição. Na madrugada desta segunda-feira, quando 80% dos votos tinham sido contados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado por Maduro, anunciou que o atual presidente foi o vencedor do pleito realizado no domingo, com 51,2% dos votos, contra 44,2% obtidos pelo candidato da oposição, o ex-embaixador Edmundo González Urrutia. Os Estados Unidos e a União Europeia mostraram preocupação com as suspeitas de irregularidades. Em pronunciamento, o presidente chileno, Gabriel Boric, expressou a opinião da comunidade internacional ao declarar que os resultados oficiais “são difíceis de acreditar”. 

Durante a votação, zonas eleitorais em redutos da oposição não abriram no horário previsto. Para o regime, as filas longas no calor serviriam como desestímulo ao voto. Após o encerramento do pleito, os oposicionistas não tiveram acesso às atas das seções eleitorais em vários locais. Sem elas, não há como saber o que foi transmitido ao centro de contagem. A medida é empregada para dificultar ou impossibilitar a checagem da tabulação oficial. Seguindo um modus operandi conhecido, o Ministério Público acusou a oposição de um ataque hacker que teria tentado atrapalhar a transmissão de votos. 

Em nota, o governo brasileiro não reconheceu o resultado e disse aguardar a publicação dos dados desagregados por mesa de votação. De Caracas, o assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, criticou a divulgação do vencedor, “sem ter a transparência, a disponibilidade das atas”. Diplomatas de sete países latino-americanos que questionaram o resultado foram expulsos da Venezuela por ordem expressa de Maduro. 

A missão brasileira a Caracas afirma confiar no trabalho do Centro Carter, instituição fundada pelo ex-presidente americano Jimmy Carter e convidada pelo CNE para acompanhar o pleito. Porém isso deve ser feito com cuidado. Como declarou o centro antes da eleição, “dado o tamanho e o alcance limitado, a missão não realizará uma avaliação integral dos processos de votação, contagem e tabulação”. Maduro tomou todas as medidas para evitar uma análise independente. Observadores da União Europeia (UE) cancelaram viagem depois de seu convite de acompanhamento ser revogado. Tentar culpar a UE pela falta de acordo, como sugeriu Amorim, é ecoar o chavismo. 

Como em eleições passadas, as irregularidades ocorreram antes, durante e depois do pleito. A principal candidata da oposição, a ex-deputada María Corina Machado, foi inabilitada para exercer cargos públicos por 15 anos pela Justiça. A única alternativa passou a ser confiar numa estratégia de transferência de votos. Apesar de obstáculos em série, a oposição se articulou em torno de González. Mesmo desprovido de qualquer carisma e sendo um desconhecido, ele despontou em pesquisas de opinião independentes. 

A comunidade internacional está certa ao pedir a transparência dos números da votação. Será um dado numa longa lista. Independentemente da avaliação, não mudará o quadro geral. Levando em conta todo o processo eleitoral, não há como reconhecer a declaração de vitória de Maduro.


O PT Não Tem Conserto; Lula, de vez em quando se dobra à realidade - Nota de apoio à ditadura venezuelana

Mais do que previsível que o PT ficaria do lado de Maduro. Vamos reconhecer: o PT é MUITO PIOR do que Lula, que de vez em quando acerta uma ou outra. O PT não tem conserto… ( PRA)

Do Augusto De Franco:

NOTA DO PT APOIANDO MADURO

O PT saudou o processo eleitoral fraudado pela ditadura venezuelana. Leiam a íntegra da nota e confiram no link abaixo.

Nota da Executiva Nacional do PT sobre eleições na Venezuela

O PT saúda o povo venezuelano pelo processo eleitoral ocorrido no domingo, dia 28 de julho de 2024, em uma jornada pacífica, democrática e soberana. Temos a certeza de que o Conselho Nacional Eleitoral, que apontou a vitória do presidente Nicolas Maduro, dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba, nos prazos e nos termos previstos na Constituição da República Bolivariana da Venezuela. Importante que o presidente Nicolas Maduro, agora reeleito, continue o diálogo com a oposição, no sentido de superar os graves problemas da Venezuela, em grande medida causados por sanções ilegais. O PT seguirá vigilante para contribuir, na medida de suas forças, para que os problemas da América Latina e Caribe sejam tratados pelos povos da nossa região, sem nenhum tipo de violência e ingerência externa.

Executiva Nacional do PT (29/07/2024)


segunda-feira, 29 de julho de 2024

A ditadura chavista declarou vitória na base da fraude e da intimidação (Canal Meio)

 A fraude é acintosa. O Brasil deve se preparar para mais uma onda de emigrados venezuelanos. (PRA)

Maduro declara vitória e esconde boletins de urna


Canal do Meio, 29/07/2024

O governo de Nicolás Maduro declarou vitórianum pleito em que todas as pesquisas apontavam uma derrota em grande escala. A pesquisa de boca de urna do Edison Research, feita a pedido do Wall Street Journal, sugeria que o ex-embaixador Edmundo González Urrutia venceria com 64% dos votos contra 31% de Maduro. O resultado é contestado pela oposição por falta de transparência e suspeita de fraude. Na madrugada desta segunda-feira, o chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, um aliado próximo de Maduro, anunciou a vitória do presidente quando, afirmou, 80% dos votos já estavam apurados. Segundo ele, Maduro tinha 51,2% dos votos, contra 44,2% de seu principal rival. A frente de oposição venezuelana alega fraude generalizada na contagem e prometeu contestar o resultado. Ela se uniu em torno de González para destituir Maduro após 11 anos no poder. “Estamos orgulhosos do que fizemos. Vamos lutar pela verdade para que prevaleça o respeito à soberania do povo venezuelano”, disseem entrevista coletiva a líder da oposição, María Corina Machado, impedida de disputar o pleito. (BBC)

Com 21 milhões de eleitores aguardados nas 30 mil mesas de votação, as eleições tiveram grande comparecimento, com extensão de até três horas do horário em várias zonas eleitorais devido às longas filas. A oposição denunciou que o CNE paralisou a transmissão de dados de diversos centros de votação e que testemunhas foram impedidas de obter os boletins de urna que certificam os votos em cada centro. Enquanto opositores faziam vigília na porta dos colégios eleitorais, esperando os boletins, forças de segurança do governo e os temidos coletivos chavistas percorreram as ruas de Caracas e do interior tentando afastá-los. O chamado para que as pessoas permanecessem na porta dos centros de votação foi motivado pelo temor de fraude eleitoral. (NTN24)

Vídeos nas redes sociais mostram episódios de violência após o fim da votação na cidade de San Antonio del Táchira e também em Guásimos. Há suspeita de que um jovem tenha sido assassinado por disparos de um coletivo chavista. Na mesma cidade, onde vivem 50 mil habitantes, houve confronto quando uma equipe de militares parecia recolher os dados de uma zona eleitoral. Antes do resultado ser anunciado, González chegou a cantar vitória em seu perfil no X: “Os resultados são inocultáveis. O país escolheu uma mudança em paz”. Em quase todos os levantamentos, a vantagem de González sobre Maduro era de 20 a 35 pontos percentuais. Nenhuma dessas pesquisas pôde ser divulgada dentro da Venezuela. (Meio)

Daniel Lozano: “Mesmo em redutos chavistas como o bairro 23 de Janeiro, território dos grupos paramilitares onde Hugo Chávez votava, Edmundo González venceu Nicolás Maduro. Porém mais uma vez o chavismo construiu a sua própria realidade a sangue e fogo, determinado a desconsiderar a vontade do povo. Antes mesmo de as autoridades eleitorais o anunciarem, diversos porta-vozes chavistas garantiram sem corar que Maduro tinha confirmado o seu terceiro mandato.” (La Nación)

Venezuela: o regime comemora vitória SEM que a Autoridade Eleitoral apresente resultados - Paulo Roberto de Almeida

Venezuela: o regime comemora vitória SEM que a Autoridade Eleitoral apresente resultados oficiais


Reproduzo abaixo algumas de minhas notas feitas a respeito das eleições fraudadas da Venezuela.

   No momento em que escrevo, 01:00 da madrugada de segunda-feira, ou meia noite na Venezuela, NÃO EXISTEM resultados eleitorais oficiais, mas o regime e seus partidários já comemoram a "vitória". 

Como isso é possíve;?


O que escrevi antes das eleições:

A oposição ao chavismo deve ganhar, mas não sabemos ainda se vai levar. Voto na Venezuela é algo muito distante da apuração.

A despeito da projeção de uma grande maioria de votos da oposição venezuelana contra a ditadura chavista, persistem dúvidas sobre essa supremacia na apuração, dadas as manobras fraudulentas que já estão sendo tomadas pelos fraudadores oficiais. O mundo aguarda ansioso o resultado.


Durante as eleições:

A ditadura venezuelana está fazendo de tudo para dificultar o voto da oposição, mas provavelmente não será suficiente para impedir a onda antichavista. A fraude vai agora se deslocar para a apuração, a ser delongada o máximo.

Maduro e sua tropa de meliantes já fizeram de tudo para perturbar a marcha “normal” das eleições, que vêm sendo fraudadas desde o início do processo eleitoral. A intenção agora, a um dia do pleito, é a de inviabilizar um resultado que aponta para uma derrota inevitável. 

O grande ator do processo eleitoral venezuelano é o CNE, o TSE do regime chavista. Ele agora está reunido com os hierarcas do regime sobre as formas de inverter a fragorosa derrota da ditadura chavista. Precisam definir quais grandes mentiras anunciar. Haverá violência e mortes!

O regime ainda está fabricando os “bons resultados”.


Depois das eleições: 

Tudo é imprevisível sobre o que virá a partir de agora, sem resultados, e desconhecimento completo sobre como votaram os venezuelanos.


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 29 de julho de 2024.

domingo, 28 de julho de 2024

Lourival Sant'Anna questiona o ingresso do Brasil de Lula na Nova Rota da Seda da China de Xi Jinping (O Estado de S. Paulo)

 Lourival Sant'Anna oferece seu artigo sobre a mudança da posição da política externa brasileira pela diplomacia lulopetista, o que lhe parece confirmar a total adesão do Brasil ao projeto chinês de contestação da "ordem global ocidental" e de construção de uma ordem global alternativa, claramente antiocidental. É uma pequena revolução na política externa e na diplomacia brasileira, mais uma.

Transcrevo a imagem da matéria, fracionada abaixo para facilitar a leitura ampliada.









Eleições na Venezuela: postagens de Paulo Roberto de Almeida

Eleições na Venezuela: postagens de Paulo Roberto de Almeida

 

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Notas sobre o processo eleitoral venezuelano, em 27 e 28 de julho de 2024.

 

Nos últimos dois dias, até o encerramento da votação na Venezuela, ainda aguardando o anúncio dos resultados das eleições, postei muitas notas sobre esse processo tumultuado. Algumas destas postagens estão aqui, em ordem inversa, ou seja, as mais recentes na frente:

Encerro esta primeira série unificada de notas às 22:39 deste domingo, 21:39 horas de Caracas, mais de TRÊS HORAS E MEIA DEPOIS DA CONCLUSÃO DO PLEITO, sem qualquer resultado, sequer parcial, anunciado pelo CNE do regime, o TSE chavista. Seguirei aguardando, como o mundo inteiro.

A Venezuela está fechada ao mundo: o regime ainda não terminou de FABRICAR OS SEUS RESULTADOS, e se recusa a observar as suas próprias leis. O Brasil de Lula mantém um SILÊNCIO ENSURDECEDOR! Esse silêncio vai terminar por ser ouvido inclusive em Caracas.

O Brasil, o maior país da América Latina, sumiu completamente do mapa. Ninguém sabe onde está: desapareceu por completo da superfície do hemisfério americano. Caso extraordinário na história política da região. 

Se o regime chavista comandar um autogolpe, Lula e Amorim não serão apenas derrotados. Eles serão HUMILHADOS.

Uma postagem sobre uma entidade de pesquisa independente do regime: “Edison Research, which interviewed more than 6,800 voters at 100 locations, said González outpolled Maduro among men and women, rural, suburban and urban voters, and every age group.”

O regime ainda está fabricando os “bons resultados”.

O Brasil já não conta quase nada na América Latina: diversos países da região proclamaram seu desejo de ter uma apuração transparente e fiável na Venezuela. O Brasil NÃO ESTÁ entre eles. Permanece em silêncio.

Um outro ator importante com o qual não contava Celso Amorim: os “coletivos”, as milicias do regime chavista usados para intimidar, eventualmente matar, opositores. Eles estão sendo chamados para se manifestar ativamente a fim de “corrigir” os resultados, que estão errados.

O grande ator do processo eleitoral venezuelano é o CNE, o TSE do regime chavista. Ele agora está reunido com os hierarcas do regime sobre as formas de inverter a fragorosa derrota da ditadura chavista. Precisam definir quais grandes mentiras anunciar. Haverá violência e mortes!

Indiquei quatro grandes derrotados nas eleições venezuelanas: Lula, o PT, Maduro e o processo de transição (ainda indefinido). Não coloquei o MST ou o Celso Amorim pois eles são irrelevantes. Os observadores eleitorais também são totalmente irrelevantes, pois não sabem de nada.

Quatro grandes derrotados nas eleições venezuelanas, por ordem de importância: Lula, o PT, Maduro e, por último, mas não menos relevante, o processo de transição. Maduro deveria tentar um golpe: a transição, nesse caso, seria bem mais rápida. Inch’Allah!

A ditadura venezuelana está fazendo de tudo para dificultar o voto da oposição, mas provavelmente não será suficiente para impedir a onda antichavista. A fraude vai agora se deslocar para a apuração, a ser delongada o máximo.

Dia de eleições na Venezuela. Pode ocorrer qualquer coisa, vindo da parte do poder. De toda forma, a posse é só em 6 meses. Até lá pode ocorrer de tudo, inclusive o governo terminando de destruir o país. Os chavistas terão 6 meses para roubar tudo o que puderem. Triste Venezuela!

A oposição ao chavismo deve ganhar, mas não sabemos ainda se vai levar. Voto na Venezuela é algo muito distante da apuração.

Lula e TSE lavam as mãos nas eleições da Venezuela neste domingo. Ou seja, ambos não pretendem visualizar fraudes e manipulações do regime. Essa é uma forma útil de defender a democracia no país vizinho? Ou é uma inação covarde? Quem ganha com a ausência? Oposição registra esse fato lamentável!

A despeito da projeção de uma grande maioria de votos da oposição venezuelana contra a ditadura chavista, persistem dúvidas sobre essa supremacia na apuração, dadas as manobras fraudulentas que já estão sendo tomadas pelos fraudadores oficiais. O mundo aguarda ansioso o resultado.

Maduro e sua tropa de meliantes já fizeram de tudo para perturbar a marcha “normal” das eleições, que vêm sendo fraudadas desde o início do processo eleitoral. A intenção agora, a um dia do pleito, é a de inviabilizar um resultado que aponta para uma derrota inevitável.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4713, 28 julho 2024, 2 p.

Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2024/07/eleicoes-na-venezuela-postagens-de.html).

A Sátira dos Contribuintes - Fernando Schüler (Veja)

A Sátira dos Contribuintes

Fernando Schüler

Veja, 27/07/2024

"O Ministro Haddad reagiu bem à enxurrada de memes sobre o “taxad” e os aumentos de impostos. Ficou em silêncio e tocou seu trabalho. Com humor não tem jeito. É assim que tem que fazer. E arrisco: é assim que o poder deve funcionar. O completo ridículo ficou por conta de uma parte da mídia mais governista do que o próprio governo. O “tinha que proibir”, a conversa sobre “é coisa de profissionais”, e frases do tipo. Por um momento até me peguei pensando: como é que iriam proibir memes na internet? Podia entrar no PL das Fake News. Quem sabe equiparar memes a fake news ou “ameaças à democracia”. Ou algo nessa linha. Não ia dar certo. Iria logo aparecer alguém com aquela perguntinha chata: mas só os memes contra o governo? Esquece. Zero chance de isso funcionar.

De minha parte, achei interessante a onda dos memes. Não tem nem de longe a qualidade das caricaturas e ilustrações que um Angelo Agostini fazia satirizando nosso bom imperador, mas de alguma forma funciona. Quem não entender esse traço anárquico e algo grosseiro das redes não entendeu nada sobre a democracia atual. Dito isso, impressionam as reações. De um comentarista, escutei que tudo não passava de um “ataque da direita”. De outro, que se tratava de uma “ação preventiva de grupos privilegiados (da Faria Lima, claro) com medo da reforma do imposto de renda”. Tentei imaginar a turma bacana da Faria Lima dizendo “vai ter reforma do IR ano que vem, vamos fazer uns memes para ir já esculhambando tudo”. Ótima explicação. A crítica mais brilhante que li dizia que a sátira “traduzia a cultura neoliberal” de que é “ruim pagar impostos”.

Achei aquilo curioso. O Brasil é um país de cultura patrimonialista. Há mais gente contra (45%) do que a favor (38%) a processos de privatizações por aqui. Partidos pró-livre mercado nunca fizeram muito sucesso eleitoral, e nada indica que tenhamos algo como uma “cultura neoliberal”. O melhor é cair na real: não há nada de muito profissional na sátira à mania arrecadatória do governo, e muito menos nenhum tipo de conspiração. Houve um “flash mob digital”. Uma onda provocada pelo fato simples de que o governo, desde que tomou posse, não parou de inventar maneiras de aumentar a arrecadação. Ponto. A lista é grande e conhecida. Taxação dos combustíveis, nova regra de tributação dos incentivos do ICMS, mudança da regra do Carf, taxação das apostas esportivas, dos fundos exclusivos, compras internacionais e parcelamentos dos créditos tributários, entre muitas invencionices. Em algum momento, houve um esgotamento dessa estratégia. O ponto de virada foi a derrota da tentativa de reoneração da folha de pagamentos das empresas e a devolução de uma MP restringindo as compensações de créditos de PIS e Cofins. Muitas dessas medidas são justificáveis. Outras, nem tanto. No conjunto da obra, o que surge é a imagem de um país burocrático e sem originalidade.

Dias atrás li um artigo de uma especialista tributária dizendo que ninguém gostava de pagar imposto. Discordo. O que ninguém gosta é de bancar o trouxa. Isso acontece em três situações: quando o imposto é alto, quando ele paga e os outros não (ou pagam muito menos) e quando o dinheiro que ele paga tem pouco retorno. O Brasil é uma mistura dessas três coisas. A começar pelo tamanho da carga tributária, 33%, a maior do continente. Só isso já seria motivo para coisas bem menos engraçadas do que memes. Mas não fica por isso. Poderíamos ter uma carga alta com um ótimo retorno. Não é o caso. Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação mostrou que temos a pior entrega em termos de desenvolvimento humano entre trinta das economias que mais tributam, no plano global. Nossa taxa de investimento é pífia e nossa educação pública pontua nas últimas posições do Pisa, a cada três anos. O problema se complica quando aproximamos a lente e observamos para onde vai o dinheiro público. Por que cargas-d’água um país endividado e deficitário, como o Brasil, tem o Legislativo mais caro do planeta, com um custo de 528 vezes a renda média da população? E por que somos o país que mais aporta dinheiro do contribuinte para financiar partidos políticos e candidatos? Sejamos honestos: dinheiro não é o nosso problema. O CLP fez uma pesquisa mostrando que há mais de 20 000 funcionários ganhando acima do teto, no país. Perto de 93% de nossos magistrados estão nessa situação. É evidente que não é fácil lidar com isso. Em uma ida ao Congresso, a ministra Simone Tebet disse que é “mais fácil aumentar a arrecadação do que cortar gastos”. É um belo resumo do nosso problema. Apenas com um detalhe: nossos dirigentes são pagos para fazer o que é difícil, não o que é fácil. Há uma PEC no Congresso, a chamada “PEC dos penduricalhos”, cujo foco é exatamente cortar privilégios e fazer valer o teto dos servidores. Por que isso não anda? Por que é difícil? Fácil é passar a conta para quem tem menos poder de lobby em Brasília?

Reformas são difíceis em razão de um dilema há muito conhecido na política. Ele foi formulado por Maquiavel, em O Príncipe. Sua lógica é bastante clara: reformas são difíceis porque todos os que perdem, com a nova ordem, se tornarão inimigos duros do reformador. E todos os que ganham, em regra de maneira difusa e ao longo do tempo, darão a ele quando muito um apoio bastante moderado. Não sei se Tebet leu Maquiavel, mas foi isso que ela acabou dizendo. A lógica de Maquiavel permanece intacta. Uma reforma administrativa que cortasse privilégios, como licenças-prêmio, auxílios-moradia para quem não precisa, férias de dois meses, 25 assessores por deputado, jatinhos para ir e vir nos fins de semana e colocasse para funcionar a avaliação dos servidores, como manda a Constituição, cumpriria todos os requisitos de Maquiavel: ela seria ótima para o país. Ótima para o cidadão que paga impostos. Mas seria péssima para quem dispõe de todas essas vantagens. Se o governo colocasse algo assim para votar, no Congresso, quem lotaria as galerias e capricharia no lobby: o cidadão, que vai pagar menos e ter um serviço melhor? Ou a corporação, que terá de se enquadrar no teto e perder seus penduricalhos?

É por essas coisas que sempre escrevo da minha admiração por quem empreendeu reformas realmente importantes na história brasileira recente. Quem desenhou a reforma do Estado, nos anos 90, quem fez a reforma trabalhista, em 2017, a reforma da Previdência, em 2019, e emplacou a autonomia do Banco Central, três anos atrás. Essas pessoas mostraram que o Brasil não é apenas um país condenado a fazer apenas o que é fácil. E no fundo é sobre isso o recado dos memes. E é por isso que eles não devem ser proibidos. Eles são apenas parte do jogo da democracia. Não acho que o governo mudará seu rumo por causa disso. Mas muita gente, inclusive do próprio governo, talvez se dê conta de que não mudar pode sair bastante caro, logo ali à frente."

Fernando Schüler é cientista político e professor do Insper.


sábado, 27 de julho de 2024

Ukraine and Harris, American foreign policy - Timothy Snyder

 Ukraine and Harris

And Ukrainian-Americans and the Ukrainian Future

Ukrainians have been asking me what it means for their country that President Joe Biden has decided to withdraw his candidacy and that Vice-President Kamala Harris is now the presumptive nominee of the Democratic Party.  

I think that it only means good things. 

The Biden administration now has more time for Ukraine.  Until last Sunday, Joe Biden had two jobs: president and candidate for president.  Now he has only one job: to be president.  This means more time for policy, including foreign policy.  The people on his team who work on Ukraine will find it easier to get his attention.  Aside from that: President Biden will now be thinking about his legacy.  He knows that whatever policies he wants attached to his name must be formulated and implemented in the next six months.

Though it is impossible to be sure, I would guess that Ukraine will likely as central to a Harris presidency than it was to the Biden presidency.  On a number of foreign policy issues, including Ukraine, the Biden administration began from traditional assumptions that were outdated, and then worked quickly to catch up.  I do not think that this will be the case for Harris, in part because the Biden administration has caught up.  The vice-president’s foreign policy team might well be more decisive on Ukraine than the Biden team.  Vice-President Harris made a point of traveling to Geneva for Ukraine’s peace summit when it became clear that President Biden would not attend. In fairness, we should remember that President Biden visited Kyiv itself!

All of that, though, is far less important than the main issue, which is beating Donald Trump.

Harris has a better chance of doing so than did Joe Biden.  If you are on Ukrainian social media, you are dealing with Russian bots and trolls saying that Harris is unpopular in America and can’t win.  In the United States, the Russian bots and trolls are spreading racism and misogyny.  The Russian demobilization serves the same goal: to stifle any hope for something good in both countries.  

yellow and blue wooden fence

Here are the basic facts.  Just a few days into her campaign, Harris polls even with Trump, whereas Biden was behind by several points.  Her campaign has been energetic and effective.  She has mobilized several constituencies who might otherwise have been indifferent.  Trump is obviously afraid of her (as are the Russian propagandists who support Trump).

Now, I understand that there are Republicans who maintain that Trump would have a good Ukraine policy, including people whose views on foreign policy I admire.  Respectfully, I believe this this is wishful thinking.  In some cases, Ukrainians also think wishfully, confusing a thoughtful proposal by a Republican with Trump’s own views or likely future actions.  So let me take a moment to explain why I believe that a second Trump administration would be disastrous for both countries. 

In Ukrainian terms, Trump is a Yanukovych figure, a wannabe oligarch backed by actual oligarchs and the Kremlin.  Unlike Yanukovych, he is personally charismatic and politically talented.  The essence of Trump’s agenda is the transformation of the American political order.  Whether or not this succeeds, the attempt at regime change will remove the United States from the international scene for an indefinite period.  Insofar as we have a foreign policy at all under a Trump administration, it will amount to allowing Russia and China to do what they want. 

When thinking of how the United States matters to Ukraine, it is also worthwhile considering how Ukrainians (Ukrainian-Americans) will matter in this election. 

Given the strange American electoral system, certain states matter more than others.  Ukrainian-Americans are 1% of the population of Pennsylvania, and 0.5% of the population of Michigan.  If Trump wins those two states, he will win the general election.  If Harris wins those two states, then she will win the general election. 

In Michigan, the number of Ukrainian-Americans is greater than Trump’s margin of victory in the state in 2016.  In Pennsylvania, the number of Ukrainian-Americans is greater than Trump’s margin of victory in that state in 2016, and also greater than that of Biden’s margin of victory in 2020.   

In other words, the votes of Ukrainian-Americans might decide whether Ukraine continues to exist. 


sexta-feira, 26 de julho de 2024

OCDE: Estudo econômico da França

 


OECD / Economic Surveys: France - 2024

France has faced two significant, successive shocks: the COVID-19 pandemic and the increase in inflation. Emergency government measures were decisive in protecting business, jobs and purchasing power, but at a high fiscal cost. Efforts to reduce public spending will be key to lower government debt. Lifting productivity growth hinges on a wider diffusion of digital technologies, reduced regulatory barriers and stronger innovation. The effectiveness of carbon pricing could be strengthened by gradually removing subsidies and tax exemptions that certain sectors benefit from. 

Students perform at a similar level to OECD peers but the link between socio-economic background and educational outcomes is particularly strong. Spreading the allocation of public support to disadvantaged students more widely across schools would help to avoid threshold effects and to better respond to students’ needs. Rebalancing the distribution of education spending in favour of primary schools could provide greater support to children in the early years of their schooling. The use of modern teaching approaches, including cognitive activation practices, that are associated with better student achievement, could be reinforced. 

July 2024

137 p.

 


quinta-feira, 25 de julho de 2024

Lançamento do livro de Ricardo Lessa, O Primeiro Golpe do Brasil (D. Pedro I contra a Constituinte) - IHG-DF

O Instituto Histórico e Geográfico do DF tem o prazer de convidar para o lançamento do livro do jornalista Ricardo Lessa, O Primeiro Golpe do Brasil: como D. Pedro I fechou a Constituinte, prolongou o escravismo e agravou a desigualdade entre nós, com a participação dos acadêmicos José Theodoro Mascarenhas Menck e Bernardo Lins, no dia 22/08, às 19:00 hs.

O livro estará disponível no local desde as 18:00 hs.





US Sanctions accross the globe - Jeff Stein And Federica Cocco (The Washington Post)

 

THE MONEY WAR

How four U.S. presidents unleashed economic warfare across the globe

 

THE MONEY WAR

How four U.S. presidents unleashed economic warfare across the globe

By Jeff Stein And Federica Cocco

The Washington Post, July 25, 2024

 

In Cuba, sanctions imposed by the United States more than 60 years ago have failed to dislodge the communist regime — but they’ve made it more difficult to get critical medical supplies to the island.

In Iran, U.S. sanctions that date to the 1970s have not forced out Tehran’s theocratic rulers — but they have pushed the country to forge close alliances with Russia and China.

In Syria, dictator Bashar al-Assad remains in power despite 2from civil war, and more Syrians than ever are expected to need critical humanitarian assistance this year

Today, the United States imposes three times as many sanctions as any other country or international body, targeting a third of all nations with some kind of financial penalty on people, properties or organizations. They have become an almost reflexive weapon in perpetual economic warfare, and their overuse is recognized at the highest levels of government. But American presidents find the tool increasingly irresistible.

By cutting their targets off from the Western financial system, sanctions can crush national industries, erase personal fortunes and upset the balance of political power in troublesome regimes — all without putting a single American soldier in harm’s way.

But even as sanctions have proliferated, concern about their impact has grown.

In Washington, the swell of sanctions has spawned a multibillion-dollar industry. Foreign governments and multinational corporations spend exorbitant sums to influence the system, while white-shoe law firms and K Street lobbying shops have built booming sanctions practices — in part by luring government officials to cash in on their expertise.

Elsewhere, sanctions have pushed autocratic regimes into black market trade, empowering criminal networks and gangs of smugglers. U.S. adversaries are ramping up their efforts to work together to circumvent the financial penalties. And like military action, economic warfare can leave collateral damage: Sanctions on Venezuela, for instance, contributed to an economic contraction roughly three times as large as that caused by the Great Depression in the United States.

Sanctions — or even just the threat of them — can be an effective policy tool, a way to punish bad behavior or pressure an adversary without resorting to military force. Sanctions have allowed U.S. governments to take moral, economically meaningful stands against perpetrators of war crimes. They helped bring an end to South Africa’s apartheid regime and contributed to the eventual overthrow of Serbian dictator Slobodan Milosevic. Even when they fail, proponents say, they can be preferable to the alternative, which might be doing nothing — or going to war.

Still, North Korea has been sanctioned for more than a half-century without halting Pyongyang’s efforts to acquire nuclear weapons and intercontinental ballistic missiles. U.S. sanctions on Nicaragua have done little to deter the authoritarian regime of President Daniel Ortega. Two years of sanctions on Russia over its invasion of Ukraine have degraded Moscow’s long-term economic prospects and raised the costs of military production. But these sanctions have also spawned a “dark fleet” of ships selling oil outside international regulations, while bringing the Kremlin into closer alliance with Beijing.

Alarm about sanctions’ rise has reached the highest levels of the U.S. government: Some senior administration officials have told President Biden directly that overuse of sanctions risks making the tool less valuable. And yet, despite recognition that the volume of sanctions may be excessive, U.S. officials tend to see each individual action as justified, making it hard to stop the trend. The United States is imposing sanctions at a record-setting pace again this year, with more than 60 percent of all low-income countries now under some form of financial penalty, according to a Washington Post analysis.

“It is the only thing between diplomacy and war and as such has become the most important foreign policy tool in the U.S. arsenal,” said Bill Reinsch, a former Commerce Department official and now the Scholl chair in international business at the Center for Strategic and International Studies, a Washington-based think tank.

“And yet,” Reinsch said, “nobody in government is sure this whole strategy is even working.”

Economic warfare has been around for millennia: Ancient Athens imposed trade sanctions on its adversaries in the 5th century B.C., and U.S. presidents have restricted foreign trade since the dawn of the republic. In 1807, Thomas Jefferson closed U.S. ports to export shipping and restricted imports from Britain. Today’s sanctions have their foundation in laws passed during the Cold War and World War I.

The Money War

The U.S. government is putting more sanctionson foreign governments, companies and people than ever. But these powerful tools of economic warfare can have unintended consequences, hurting civilian populations and undermining U.S. foreign policy interests. The Money War investigates the proliferation of U.S. financial sanctions and the dangers of overuse.

Saddam Hussein’s invasion of Kuwait in 1990 gave rise to a new form of the weapon: an international blockade of exports to Iraq. After the Gulf War, comprehensive sanctions made it impossible for Iraq to export oil or import supplies to rebuild its decimated water and electrical systems, and illnesses such as cholera and typhoid surged.

At the same time, with the collapse of the Soviet Union, the United States was emerging as the world’s unrivaled superpower, both financially and militarily. Governments and banks around the world were dependent on the U.S. dollar, which remains the dominant currency on Earth.

Today, the dollar buys access to the American economy but also undergirds international trade even when there is no connection to an American bank or business. Commodities like oil are priced globally against the greenback, and countries trading in their own currencies rely on dollars to complete international transactions.

That financial supremacy creates a risk for U.S. adversaries and even some allies. To deal in dollars, financial institutions must often borrow, however temporarily, from U.S. counterparts and comply with the rules of the U.S. government. That makes the Treasury Department, which regulates the U.S. financial system, the gatekeeper to the world’s banking operations.

And sanctions are the gate.

Treasury officials can impose sanctions on any foreign person, firm or government they deem to be a threat to the U.S. economy, foreign policy or national security. There’s no requirement to accuse, much less convict, anyone of a specific crime. But the move makes it a crime to transact with the sanctioned party.

Coming under U.S. sanctions amounts to an indefinite ban from much of the global economy.

“It is the only thing between diplomacy and war and as such has become the most important foreign policy tool in the U.S. arsenal. And yet, nobody in government is sure this whole strategy is even working.”

Bill Reinsch, a former Commerce Department official and now the Scholl chair in international business at the Center for Strategic and International Studies

The system built slowly. Initial targets (in addition to communist Cuba) were drug cartels in places like Mexico and Colombia and rogue regimes like Libya. As recently as the 1990s, the Treasury Department’s Office of Foreign Assets Control (OFAC) was responsible for implementing just a handful of sanctions programs. Its staff fit comfortably in a single conference room. One of its major responsibilities was blocking American sales of Cuban cigars.

All that changed after the terrorist attacks of Sept. 11, 2001. Congress enacted legislation to compel financial institutions to maintain records of consumer transactions and hand them over to law enforcement. Suddenly, U.S. officials had volumes of information on the world’s banking customers, just as the rise of digital banking gave new insights into the worldwide flow of money.

As the Treasury Department became a key player in the global war on terrorism, U.S. policymakers began to understand the power of the nation’s financial hegemony. Experts urged a more sophisticated approach than the blunt embargo used in Iraq. “Smart sanctions,” these advocates hoped, would be more precise, applying maximum pressure by cutting off only malicious actors.

Proof of concept soon materialized. In 2003, North Korea alarmed the world by withdrawingfrom a nuclear weapons treaty. Treasury officials under President George W. Bush not only targeted the Macao bank that processed payments for Pyongyang, but also threatened any banks that traded with that one.

North Korean officials howled — and the measures stymied Pyongyang’s finances. The episode was a revelation for Treasury staffers: America appeared to have cowed a foe halfway around the world without firing a single bullet or spending a single penny.

“It was a pivotal moment,” said Kristen Patel, who served in senior roles at the Treasury Department’s Financial Crimes Enforcement Network from 2015 to 2017 and now teaches sanctions policy and illicit finance at Syracuse University. “Treasury got the go-ahead to start pounding things with this hammer.”

The playbook soon shifted to include bigger targets and more aggressive enforcement. In 2010, President Barack Obama worked with Congress to approve sanctions designed to force Iran to give up its nuclear ambitions. The Justice Department began levying billions of dollars in fines on Western banks that defied Treasury prohibitions.

These sanctions applied not just to Iran, but also to firms trading with Iran, undercutting Tehran’s links to international markets. Iranian leaders buckled, deciding to seek a nuclear deal that promised an end to financial isolation.

This display of power led to fresh demand. By Obama’s second term, sanctions had been imposed on a growing list that included military officials in the Democratic Republic of Congo, suppliers of the Yemeni military, Libyan officials connected to Moammar Gaddafi and — after a brutal crackdown on civilian protesters in Syria — President Bashar al-Assad.

Congress got in on the act, flooding the State Department and the White House with requests for sanctions that, in some cases, appeared intended to cut off foreign competition to home-state industries.

In 2011, at a holiday party in the Hotel Harrington in downtown Washington, Adam Szubin, then director of OFAC, sang a song titled “Every Little Thing We Do Is Sanctions” to the tune of “Every Little Thing She Does Is Magic” by the Police, Szubin confirmed in an email.

Some experts saw the surge as spiraling out of control.

“Smart sanctions were meant to be a buffet of choices where you fit the particular imposed sanction to the offense and vulnerability of the country,” said George Lopez, a sanctions scholar at the University of Notre Dame who is widely credited with helping to popularize the idea more than 20 years ago. “Instead, policymakers walked into the buffet and said, ‘I’m going to pile everything onto my plate.’”

In 2014, Russia’s illegal invasion and annexation of Crimea from Ukraine presented Treasury with a huge challenge. Countries like North Korea and Iran were viewed as serious national security threats, but nobody believed they were integral to global finance. Now Treasury was forced to confront one of the 10 biggest economies in the world. A wrong move could send global markets reeling.

Treasury aides who had once labored in obscurity took recommendations directly to Cabinet officials, who were simultaneously hearing from alarmed Fortune 500 CEOs and the heads of Wall Street banks. Sanctions were suddenly a key feature in the reemerging “great power” competition among Washington, Beijing and Moscow.

“You’d get requests and comments from seemingly every corner of the government: ‘Why have you not imposed sanctions on these people? And what about those people?’” said Adam M. Smith, who served as senior adviser to OFAC and director for multilateral affairs on the National Security Council during the Obama administration.

“Regardless if you were a Democrat or a Republican, the thought process was always: Why would you not continue to do this?” Smith said.

But government officials began to notice problems with Treasury’s complicated new regime. Sanctions on Russia targeting allies of President Vladimir Putin and state banks had no apparent effect on control of Crimea. European leaders grew angry  over fines levied on their banks. Wall Street power brokers started to grumble about the costs of complying with the dizzying new instructions.

The number of sanctioned entities appeared to be growing too fast for OFAC to keep up. Nuance bred confusion; requests for clarification poured in, and the number of lawsuits against the agency tripled. Turnover intensified, as the rising stakes allowed Treasury staffers to bolt for private-sector paydays that could quadruple their earnings.

A more existential challenge emerged, as well: The power of sanctions lay in denying foreign actors access to the dollar. But if sanctions make it risky to depend on dollars, nations may find other ways to trade — allowing them to dodge U.S. penalties entirely.

In March 2016, Obama Treasury Secretary Jack Lew warned publicly of “sanctions overreach” and the risk that their “overuse could ultimately reduce our capability to use sanctions effectively.”

And yet the incoming Trump administration again found new uses for the financial weapon as it applied more sanctions than ever. As president, Donald Trump used sanctions for retribution in ways never conceived — ordering them, for instance, on officials with the International Criminal Court after it opened a war crimes investigation into the behavior of U.S. troops in Afghanistan.

The Trump administration also hit Venezuela with crippling sanctions, aiming to discredit the dictatorship of Nicolás Maduro and encourage an opposition movement. The penalties failed to oust Maduro — and are now often blamed for exacerbating one of the worst peacetime economic collapses in modern history.

“The abuse of this system is ridiculous, but it’s not Treasury or OFAC’s fault: They are good professionals who have all this political work being shoved on them. They want relief from this relentless, never-ending, you-must-sanction-everybody-and-their-sister, sometimes literally, system,” said Caleb McCarry, who served as a senior staffer to the Senate Foreign Relations Committee and was the State Department’s lead on Cuba policy during the George W. Bush administration. “It is way, way overused, and it’s become out of control.”

By the time of Biden’s inauguration, a consensus had emerged among his transition team that something had to change.

In the summer of 2021, five Treasury staffers worked up an internal draft proposing to restructure the sanctions system. It ran roughly 40 pages, according to two people involved, and would have represented the most substantial revamp of sanctions policy in decades.

But like the three previous administrations, Biden’s team found the power difficult to give up.

Treasury staffers watched their bosses take out key parts of their plan, including a provision that would have created a central coordinator, said the people familiar with the document, who spoke on the condition of anonymity to reflect confidential discussions. By the time Treasury publicly released its “2021 Sanctions Review” in October that year, the 40-page draft had dwindled to eight pages and contained the earlier document’s most toothless recommendations, the people said. (Two people familiar with the matter blamed internal disagreements with the State Department for the extent of the changes and said Treasury leadership also opposed the revisions. A State Department spokesman declined to comment.)

Four months later, Russian troops marched into Ukraine, and Biden unleashed an unprecedented volley of more than 6,000 sanctions in two years. And not only on Russia: The Biden administration has penalized targets including Israeli settlers in the West Bank, former government officials in Afghanistanalleged fentanyl dealers in Mexico and a North Macedonian spyware company. Meanwhile, sanctions that Biden had said he would ease, such as those imposed by Trump on Cuba, were largely maintained under pressure from Capitol Hill, despite the view among top administration officials that the embargo is counterproductive and a failure.

The Biden administration has taken steps to mitigate unintended consequences. Last year, Treasury announced  it had hired economists to staff a new division analyzing the economic impact of sanctions. Humanitarian groups have praised Biden administration efforts to ensure that critical medical supplies and food can enter countries under sanctions. And some of critics’ worst fears have not materialized: The dollar remains the world’s top reserve currency, at least for now.

“Sanctions are an important tool that can help promote our national security, but they should only be used as part of a broader foreign policy strategy,” Deputy Treasury Secretary Wally Adeyemo said in a statement. “The 2021 Treasury Sanctions Review has provided a useful road map to help us refine the use of this important tool.”

But other problems appear to be getting worse. Current and former U.S. officials describe OFAC’s workload as overwhelming, the agency inundated with tens of thousands of requests from the private sector. Some White House officials have outsourced national security questions to nonprofits, as they brainstormed scenarios in which sanctions would have to be massively ramped up to confront U.S. adversaries, according to two people familiar with the matter, who spoke on the condition of anonymity to describe internal talks.

In late 2022, senior White House advisers again held discussions about reforming U.S. sanctions. In closed-door talks that included Biden, aides talked about the need to set guidelines for economic statecraft, including limiting the use of sanctions to moments when “core international principles that underpin peace and security are under threat,” one of the officials said.

But those ideas were shelved in the face of more pressing demands.

“The mentality, almost a weird reflex, in Washington has just become: If something bad happens, anywhere in the world, the U.S. is going to sanction some people. And that doesn’t make sense,” said Ben Rhodes, who served as deputy national security adviser in the Obama administration.

“We don’t think about the collateral damage of sanctions the same way we think about the collateral damage of war,” Rhodes said. “But we should.”

 

About this story

Design and development by Stephanie Hays. Illustrations by Chantal Jahchan. Photo editing by Haley Hamblin. Design editing by Betty Chavarria. Visual editing by Karly Domb Sadof. Graphics editing by Kate Rabinowitz.

Editing by Mike Madden and Lori Montgomery. Copy editing by Feroze Dhanoa and Brian Malasics.

Project editing by Ana Carano. Additional production and support from Jordan Melendrez, Sarah Murray, Megan Bridgeman, Kathleen Floyd, Jenna Lief and Alisa Vazquez.

Methodology

To examine the rise of U.S. sanctions, The Post obtained and analyzed 30 years of historical data scraped from the Treasury Department’s Office of Foreign Assets Control by Enigma Technologies, a data and entity resolution company that specializes in sanctions screening and business intelligence. Reporters compared U.S. sanctions with those issued by other authorities using data provided by Castellum.ai, a compliance platform covering global sanctions, export controls and other financial crime risks.

The Post used the Global Sanctions Database, an academic project coordinated by the Hochschule Konstanz University of Applied Sciences, the Austrian Institute of Economic Research and the Drexel University School of Economics, to determine which countries were subject to U.S. sanctions from 1950 to 2022. The World Bank income classification framework helped reporters assess whether low-income countries had been targeted more than others; the bank’s regional classification helped illustrate which regions had been targeted.