quinta-feira, 31 de julho de 2025

O Magnitsky Imperador Trump - Miguel Gustavo de Paiva Torres (Contexto, Alagoas)

 O Magnitsky Imperador Trump

Miguel Gustavo de Paiva Torres
Embaixador

Lei Global Magnitsky foi promulgada em 2012 por Barack Obama com o intuito de combater a corrupção e gravíssimos atentados aos direitos humanos, internalizando, nos Estados Unidos, punições severas a ditadores sanguinários que buscavam em território norte-americano refúgio para seus patrimônios móveis e imóveis, produtos de saques bilionários contra o seu próprio povo e nação.

Desde a gestão de Jimmy Carter, o governo e as instituições norte-americanas vinham empreendendo uma cruzada universal contra violações absurdas de direitos humanos em países considerados ainda bárbaros, sanguinários e genocidas.

Nascido com palavras mortas de uma Constituição que pregava a igualdade de todos, a república norte-americana teve sua infância e adolescência marcada por guerras civis, pelo massacre continuado de negros e batalhas urbanas das máfias ao longo de todo o seu território.

dinheiro foi colocado como valor máximo e supremo da nação. Com ele, o poder político e a indústria das armas dizimaram os povos originários, avançando para o Oeste, e seguiu em suas fragatas impondo a bandeira estrelada às ilhas e aos continentes em todo o globo.

Tinham começado em sua fronteira, massacrando miseráveis mexicanos e se apoderando de enorme fatia do México, incluindo metade da Califórnia, onde se deu a Corrida do Ouro.

Mas a retórica da constituição, da república civilizada e dos direitos humanos prosseguiu como se história não houvesse. O que valeria seriam as narrativas a serem construídas.

Com a descolonização europeia no pós-guerra, os Estados Unidos, com os seus novos barões do dinheiro e do poder, ocuparam o planeta, começando pela Europa e, no final dos anos 80, conseguiram derrubar o muro de Berlim e o agonizante império soviético do Leste. Apoiaram todas as espécies de ditaduras sanguinárias mundo afora, desde que estivessem dispostas a rezar por sua cartilha de produção de riqueza para os cofres dos seus bancos privados e Tesouro Nacional. Ninguém pode negar essa face dos Estados Unidos.

O que é engraçado, risível, cínico e hipócrita é que eles insistem na oficialização dessa narrativa de guardiões dos direitos humanos universais como uma “nova história”, inaugurada, agora no século XXI, pelo eleito presidente Donald Trump, já conhecido nos meios políticos internacionais como Imperador do Mundo.

Profeta do caos e do fim dos tempos, viu na Lei Global Magnitsky a oportunidade de misturar Chiclete com Banana: Nicolau Maduro, Al Qaeda, Talibãs e o juiz da Suprema Corte Brasileira, Alexandre de Moraes, como perversos criminosos, corruptos e demolidores dos direitos humanos.

É sério. Trata-se de entregar o Brasil, via CIA e Agência de Segurança Nacional, à família Bolsonaro, gente disposta a servir aos Estados Unidos da América e a Israel. Isso sem gastar munição, poupadas para possíveis enfrentamentos com Putin, XI Jin Ping e Kim Yong, além das demais potências nucleares.

Dono de cassinos falidos propositalmente para não pagar fornecedores e trabalhadores, o Imperador odeia a Justiça em qualquer parte do mundo, principalmente no seu terreiro, onde livrou-se da prisão aos 45 minutos do segundo tempo, elegendo-se “democraticamente” com o empurrão final da ambiciosa juventude das “big techs” e amparado pelo obsoleto instituto legal do “Foro Privilegiado”.

Stephen Kotkin on China

 Stephen Kotkin is a legendary historian, currently at Hoover, previously at Princeton. Best known for his Stalin biographies, his other works include Uncivil Society, Magnetic Mountain, and Armageddon Averted.

Transcript here with all the books referenced: https://www.chinatalk....

Our discussion on China is far-ranging yet in-depth — we manage to pack in:

The two dominant subjects taught at the CCP’s Central Party School;

Kotkin’s assessment of the main threat to Communism — what “Communism with a human face” means, and why Gorbachev’s reforms ultimately destroyed Communism in the USSR;

Why the CCP fears color revolutions more than, say, NATO expansion — and why Xi snapped on Hong Kong in 2020;

The twin components of Marxism-Leninism: anti-capitalism + anti-imperialism;

And an understanding of Lenin’s “commanding heights,” and what China’s commanding heights are today;

The case for optimism about US-China relations, despite — or because of — the recent ratcheting up of tensions;

Why Kotkin believes a US-China Cold War is both good and necessary;

How the US can get on the diplomatic “front foot”;

Making sense of Reagan’s foreign policy — how he was both a “movement conservative” and a “dealmaking conservative.”

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Consequências da Lei Magnitski para o juiz Alexandre Moraes e para o Brasil - Vitelio Brustolin

 Transcrevo de postagem de Vitelio Brustolin no Linkedin:


“ Consequências da aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes

Conversei sobre o tema com a Paula Valdez, na BandNews TV. Segue um resumo: 

1. Congelamento de ativos nos EUA

Qualquer bem financeiro, bancário, imobiliário ou empresarial que Moraes possua nos EUA será congelado imediatamente. Isso vale mesmo para investimentos indiretos (por exemplo, em fundos internacionais que operem em Wall Street). Ele não poderá movimentar contas, vender propriedades ou acessar rendimentos em dólar que transitem por instituições americanas - mesmo se estiverem sediadas fora dos EUA (como bancos suíços ou brasileiros que usem o sistema financeiro dos EUA para liquidação). 

2. Proibição de entrada nos EUA

Moraes perde o direito de entrar nos EUA, seja como turista, palestrante, acadêmico ou para reuniões diplomáticas. Mesmo que tente viajar por países intermediários (como México ou Panamá), poderá ser impedido de embarcar devido ao sistema de alertas automáticos da Customs and Border Protection (CBP). Isso também pode afetar membros próximos da família, caso seus nomes sejam associados nas listas de sanções (algo possível por "associação de risco"). 

3. Impossibilidade de operar com bancos e empresas ligadas aos EUA

Cartões de crédito internacionais como Visa, Mastercard e American Express poderão ser bloqueados. Bancos internacionais - mesmo fora dos EUA - podem encerrar relações com Moraes por medo de penalidades secundárias (o chamado over-compliance). Serviços como PayPal, Amazon, Airbnb, Uber, Booking.com, Apple e Google Pay normalmente bloqueiam usuários sancionados ou associados a eles.

4. Restrições indiretas em viagens internacionais

Países aliados dos EUA (como União Europeia, Canadá, Reino Unido, Austrália, Japão) muitas vezes seguem automaticamente as listas de sanções unilaterais americanas. Assim, ele poderá ter visto negado, entrada recusada ou monitoramento adicional em viagens internacionais - mesmo sem sanção formal desses países. 

5. Risco de bloqueios financeiros e reputacionais no Brasil

Bancos brasileiros com operações internacionais (como Itaú, Bradesco, BTG, Santander) podem relutar em manter contas em nome de Moraes. Ele pode ser considerado "cliente de risco" pelas normas internacionais de compliance (KYC/AML), afetando sua capacidade de abrir ou manter contas bancárias. 

6. Consequências reputacionais e jurídicas

Moraes pode ter sua imagem internacional manchada, sendo visto como um violador de direitos humanos - independentemente de sentença judicial. Ele pode ser impedido de participar de eventos internacionais, como fóruns jurídicos, conferências da ONU, da OCDE, ou da OEA. Universidades e editoras internacionais podem recusar colaborações acadêmicas, convites ou traduções de obras jurídicas de sua autoria.”

Assista aqui: https://lnkd.in/dPuMy-9j 

quarta-feira, 30 de julho de 2025

A confusão entre pobreza e desigualdade: A Teoria do Ponto X - Fernando Schüler (via Telmo Ribeiro)

Já perdi a conta de quantos artigos já escrevi sobre a óbvia diferença entre desigualdade e pobreza, não raro tratadas como sinônimos.  Inclusive provando que não existe sequer correlação entre estas duas variáveis, e que a luta vã contra as desigualdades acaba por prejudicar a luta necessária contra a pobreza.  Por isso, é muito bom ver o assunto destrinchado pela pena sempre lúcida e objetiva do Fernando Schüler.

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A Teoria do Ponto X

Por Fernando Schüler

"“Precisamos de mais desigualdade, não menos”, disse o empresário Winston Ling, dias atrás. A frase deu o que falar e soa muito estranha em um país     marcado pela miséria e pelo capitalismo de compadrio. O que imagino que ele tenha tentado dizer é que, em uma economia aberta de mercado, com forte proteção a direitos, a chance de ganhar mais funciona como um prêmio para o trabalho e a inovação. E mais: que o mercado não é um jogo de soma zero, mas um jogo cooperativo. Steve Jobs ficou bilionário porque inventou um computador pessoal, naquela garagem em Palo Alto, e foi capaz de melhorar a vida de milhões de pessoas. Elon Musk só aparece na capa da Forbes porque uma montanha de gente acha que melhora de vida comprando um Tesla ou ações de suas empresas. William Nordhaus, analisando avanços tecnológicos na segunda metade do século XX, estimou que o empresário inovador captura pouco mais de 2% do valor que gera na sociedade. Podemos resmungar por aí achando que tem uma bruxa má, tipo Robin Hood às avessas, distribuindo o dinheiro das pessoas a um punhado de bilionários inúteis. Mas não é assim, ao menos em um mercado aberto, que as coisas funcionam.

Há uma penca de coisas a esclarecer nesse tema. A primeira delas é a tradicional confusão entre desigualdade e pobreza. Uma das críticas que Ling recebeu veio de um deputado socialista. “Tem brasileiro na fila do osso”, disse ele, “e vem empresário bolsonarista dizer que precisamos de mais desigualdade.” O deputado acertou e errou ao mesmo tempo. Ele atira na desigualdade, mas acerta na pobreza. O que dá um sentido ético a sua crítica é o fato de que as pessoas estão “na fila do osso”. Se a frase fosse “o brasileiro sem poder ir pra Disney e o empresário…”, soaria não mais do que uma piada. É a tese clássica de Harry Frankfurt, o filósofo de Princeton: o que nos move eticamente não é a diferença entre a classe média e os mais ricos, e muito menos entre os ricos e muito ricos. É a pobreza. O ponto é que falar de pobreza é meio chato, e pouca gente parece de fato preocupada com o problema. Bacana é xingar os “super-ricos”, os banqueiros e “faria limers”, em que pese sempre desconfio que esse discurso também seja meio que de mentirinha.

No período que vai do final da Guerra Fria aos dias atuais, assistiu-se a um trade-off. A desigualdade cresceu, mas 1,1 bilhão de pessoas saíram da miséria, globalmente, segundo o Banco Mundial. Na América Latina, a extrema pobreza foi reduzida à metade, e a desigualdade, medida pelo índice de Gini, caiu de 0,54 para 0,47, entre o início dos anos 90 e a segunda metade da década passada. De modo geral, assistimos ao que o economista Richard Baldwin chamou de “grande convergência”, isto é, o processo em que, pela primeira vez na história moderna, a riqueza agregada dos países em desenvolvimento ultrapassou a dos países avançados. Tudo em razão da transferência maciça de investimentos, negócios e empregos dos países centrais para países periféricos. Isso penalizou indústrias obsoletas e destruiu empregos na classe média trabalhadora de países avançados. Muita gente chiou com o fechamento de fábricas da Nike e de grandes montadoras nos Estados Unidos. Donald Trump fez seu proselitismo falando sobre isso. O interessante é observar o que fizeram os países que pegaram o bonde da redução drástica da pobreza nesse período. Sua receita foi simples: abertura econômica, regras de mercado, investimento em tecnologia e educação. A abertura chinesa é um exemplo disso. Em pouco mais de três décadas, o país conseguiu reduzir a pobreza extrema em 90%. E é inteiramente inútil perguntar se as pessoas escolheriam viver na China “igualitária” da era Mao ou na China atual, com seus 600 bilionários na lista da Forbes. 

Um equívoco comum no debate sobre a desigualdade é concentrar seu foco no aspecto renda. Com isso se perde um fato notável de nossa época, que é a contínua aproximação dos padrões de vida. O economista Nicholas Eberstadt mostra como a expectativa de vida média, no plano global, mais do que dobrou ao longo do século XX, e a desigualdade nesse âmbito caiu cerca de dois terços. O mesmo aconteceu com a educação. No imediato pós-guerra até os dias atuais, a população adulta sem escolaridade caiu de 50% para 15%. De novo, temos o trade-off. A disparidade de renda aumenta, em algumas regiões, mas o acesso a bens básicos, como a educação, se universaliza. O mesmo se dá com bens de consumo básicos. Nos anos 30, no Brasil, custava sessenta salários mínimos para comprar uma geladeira. Hoje você compra uma boa geladeira por dois salários, e o IBGE nos mostra que 95% das casas no país já têm a sua. 

Outro tema fascinante nesse debate é o que gosto de chamar de “teoria do ponto X”. A ideia é a de que a desigualdade, a partir de um certo ponto, é destrutiva para a sociedade e para a democracia. Piketty foi um divulgador dessa tese. “A desigualdade”, diz ele, “a partir de um certo ponto” é injusta e compromete valores democráticos. A pergunta óbvia a fazer é: que ponto exatamente seria esse? Qual o padrão “correto” de “concentração” da riqueza no top 1%? Quem teria a prerrogativa de decidir essas coisas? O Congresso? Seria uma “escolha da sociedade”, como escuto vez ou outra, de gente bacana fazendo de conta que não são os políticos, em Brasília, que decidem essas coisas. 

É perfeitamente plausível que se decida, inclusive no plano constitucional, que as pessoas em situação de vulnerabilidade terão direito a um mínimo social. É o que fazem, no Brasil, o BPC, que garante um salário mínimo a pessoas vulneráveis com mais de 65 anos, e o Auxílio Brasil. Coisa inteiramente diferente é acreditar na sabedoria do mundo político para regular a distribuição da renda na grande sociedade. É aí que aparece a bruxa má. Mesmo dispondo da maior carga tributária da América Latina, foi de 0,26% do PIB a taxa de investimento direto do governo federal no ano passado. Um estudo do Banco Mundial mostrou que 75% do gasto social, no Brasil, é “pró-ricos”, em regra capturado pela burocracia pública. De fato, temos um Robin Hood às avessas circulando por aí, e seria interessante prestar um pouco mais de atenção em como ele funciona. 

Em 1800, pouco mais de 80% da humanidade vivia na miséria. Isso caiu a 44% no fim dos anos 80, mostra David Rosnick, e nas três décadas seguintes tudo se acelerou, com uma redução para perto de 10% da população global. A história desse sucesso está aí, a nossa disposição, para aprender: abertura econômica, regras de mercado, direitos iguais, proteção à propriedade, aposta na tecnologia e na educação. Um pacote que Daron Acemoglu e James Robinson chamaram de “instituições inclusivas’. Tudo distante das teorias do “ponto X”, e tudo ao contrário do que a infinita conversa-fiada ideológica pregou, e continua pregando, durante todos esses anos. Já devíamos estar vacinados, mas infelizmente não estamos, e é aí que reside, no fim das contas, nosso maior desafio." 

 

terça-feira, 29 de julho de 2025

Ricardo’s Dream: How Economists Forgot the Real World and Led Us Astray - Nat Dyer

 Dica de leitura :

Ricardo’s Dream - How Economists Forgot the Real World and Led Us Astray


Um grande livro sobre a vida e a obra do grande economista David Ricardo, um dos fundadores da Teoria Econômica Clássica. Ricardo foi um economista que muito influenciou o pensamento de gigantes do pensamento econômico brasileiro do porte de Celso Furtado e de Antonio Barros de Castro. Recomendo muito a leitura do livro.
Mauricio David

Ricardo’s Dream
How Economists Forgot the Real World and Led Us Astray
By Nat Dyer


“A heartfelt and reasoned call for a more human economics.”
Erica Thompson, author of Escape from Model Land

Description
From the workings of financial markets to our response to the ecological crisis, economic theory shapes the world. But where do these ideas come from?
Ricardo’s Dream tells the fascinating story of David Ricardo, Adam Smith’s only real rival as the ‘founder of economics’. The wealthiest stock trader of his day, Ricardo introduced the study of abstract models to economics. He also developed the theory of trade that underpinned globalization and hides, behind its mathematical facade, a history of power, empire, and slavery.
Brimming with fresh ideas and stories, Ricardo’s Dream shows how too many economists, from Ricardo’s day to our own, have turned away from observing the real world and led us astray.

In the media


The secret history of classical economist and trade theorist, David Ricardo for Rethinking Economics
Ricardo's Dream - with Nat Dyer for Unlearning Economics Live
Nat Dyer - Economics, Power and the Real World for Global Governance Futures

Reviews
"A truly fascinating work." Alternatives Économique
"Highly enlightening and highly recommended" Morning Star
"I loved this book. Gobbled it up. If you want a sense of where economics might have gone wrong, and how it could right itself – this is an excellent primer." Ed Conway, author of Material World

Ricardo’s Dream is a fascinating – and surprisingly gripping – exploration of how mainstream economists came to inhabit a world of models and formulae increasingly untethered from the real economy. Dyer shows that, in attempting to create clean and elegant mathematical models stripped of the messiness of politics, economists have helped to conceal how the economy really works – to the benefit of those at the top.” Grace Blakeley, author of Vulture Capitalism

"Like Robert Heilbroner in his The Worldly Philosophers, Dyer writes with a clarity that makes even the weightiest economic ideas feel approachable. [It's] elegant yet conversational, analytical yet humanistic." Lars P Syll, Malmö University

“Systematically examines and excavates the flimsy foundations of today's economic orthodoxy. ....essential reading for the curious and a vital antidote for all students of economics." Ann Pettifor, Policy Research in Macroeconomics

“A fascinating investigation into the development of economic thought from David Ricardo’s era to the present day – and its impact on real lives and livelihoods. Wide-ranging and carefully researched, this book shows the temptations and dangers of assuming away too much of reality in the pursuit of elegant economic models. A heartfelt and reasoned call for a more human economics.” Erica Thompson, author of Escape from
Model Land

“Brilliant and erudite... This pioneering deep dive into Ricardo’s intellectual and social universe is a revelation for those interested in history, economics, science and their rich interaction at the dawn of the modern world.” Jacob Soll, University of Southern California, author of Free Market: The History of an Idea

“A wonderful achievement bursting with humanity. As important for how we study international economic affairs today as it is in reappraising nineteenth-century imperial trade." Matthew Watson, University of Warwick

“Dyer skilfully shows how Ricardo’s simple, incredibly influential models hid a history of conquest and exploitation spanning four continents — and how a commitment to models over evidence can hide similar misdeeds even today.” Elizabeth Popp Berman, University of Michigan, author of Thinking Like an Economist

“Excellently researched and beautifully written, Ricardo’s Dream transformed my understanding of Isaac Newton’s engagement in global trade and British imperialism by highlighting the importance of Brazilian gold.” Patricia Fara, University of Cambridge, author of Life After Gravity

“This important and lucid book skewers – in delightful detail – the false gods of the profession that has wreaked so much modern havoc, around the globe.” Nicholas Shaxson, author of Treasure Islands

“Nat Dyer's gripping, page-turning exposé of the Neverland of economic models, thriving at the crippling expense of the real world, is simply brilliant.” Patrick Alley, co-founder Global Witness and author of Very Bad People and Terrible Humans

“Economics should be about the wellbeing of people and the integrity of the planet Earth. This brilliant book gets us closer to this end goal.” Satish Kumar, author of Soil, Soul, Society

“An engaging critique of economics, which takes Ricardo’s personality and his abstract theories of trade and rent as founding models for the discipline. Lively and compelling, it calls for more grounded and inclusive approaches.” Avner Offer, University of Oxford

Contents
Introduction: "As Certain as the Principle of Gravitation"
Part 1: Birth
1. The Other Founding Father of Economics
2. "The Unshakeable Basis for International Trade"
3. Unequal Treaty
4. Black Gold
5. Newton's Mint
6. The Empire of Free Trade
Part 2: Death
7. "Dropped from Another Planet"
8. "Purely Hypothetical Truths"
9. The Fall
Part 3: Rebirth
10. The Return of Unreality
11. Big Finance
12. Trading Barbarians
13. Life: An Externality
14. New Hope
Conclusion: Look at the World


Coisas raras na história do mundo - Paulo Roberto de Almeida

 Poucas vezes, na história do mundo, nos é dada a chance e a rara oportunidade de assistir ao desmantelamento de um poderoso império pela insanidade exclusiva, individual, de um imperador demencial, e na completa inação de toda uma sociedade, ou de pelo menos boa parte dela.

Não é a soberania da nação que está em jogo: é a dignidade de sua diplomacia que está em risco - Paulo Roberto de Almeida

 A soberania brasileira não está em risco por causa das ameaças fúteis de um imperador demencial. 

O que está em risco é a segurança econômica do país inteiro por causa da incapacidade de certos dirigentes em compreender  como deve ser a postura diplomática compatível com a dignidade da nação.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 29/07/2025

As palavras importam na diplomacia - Marcelo Guterman

Uma postagem antiga, mas ainda válida em sua substância. O setor de notas do Itamaraty não precisaria tomar uma lição de moral de um leigo, ou um "paisano", em relação à diplomacia. O problema é que as notas nem sempre são feitas no Itamaraty, ou quando o são, elas podem ser "corrigidas" na presidência. PRA

As palavras importam na diplomacia

As diplomacias dos países escolhem cuidadosamente as palavras usadas em suas notas oficiais, de modo a expressar corretamente a mensagem que querem passar para a comunidade internacional. Estão aí, na íntegra, as notas do Itamaraty do dia 07/10/2023, condenando o ataque terrorista do Hamas, e a mais recente, condenando os ataques de Israel e EUA às instalações nucleares do Irã.

Na primeira nota, o governo brasileiro “condena” os ataques. Na segunda, “condena com veemência”. Na primeira nota, os autores do ataque não são nomeados. Na segunda, Israel e EUA são nomeados. Ou seja, a primeira nota condena os ataques em si, enquanto a segunda nota condena os autores dos ataques.

O Brasil é um dos países que reconhecem oficialmente o Estado da Palestina. Os ataques terroristas de 07/10, portanto, do ponto de vista da diplomacia brasileira, foram patrocinados por um Estado soberano, não por um agrupamento de rebeldes. No entanto, a nota do Itamaraty não cita o Estado da Palestina em nenhum momento como autora do atentado. A Palestina enquanto Estado só existe quando convém.

Blog do Marcelo Guterman é uma publicação apoiada pelos leitores.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Crise de 2008 e tarifaço de 2025: lições da história - Felipe Salto e Roberto Giannetti da Fonseca (FSP)

 Crise de 2008 e tarifaço de 2025: lições da história

Felipe Salto e Roberto Giannetti da Fonseca*
Colunista do UOL
FSP, 28/07/2025

A tarifa de 50% que se anuncia sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos coloca em risco a liquidez financeira de milhares de empresas exportadoras brasileiras de diversos setores da economia. O financiamento à exportação é um instrumento fundamental para garantir a liquidez destas empresas que empregam direta e indiretamente milhões de brasileiros. A boa situação do balanço de pagamentos do Brasil, notadamente, o elevado nível de reservas, dá suporte à tempestiva construção de boas estratégias para preservar as empresas exportadoras e seus empregos.
Os chamados Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC) permitem antecipar receitas de vendas externas, garantindo às empresas exportadoras capital de giro para sustentar seus processos produtivos e compromissos que estão para vencer.
Na crise financeira de 2008, a maior desde 1929, o Banco Central atuou para ampliar a oferta de crédito aos exportadores brasileiros através deste canal. As instituições financeiras brasileiras tiveram acesso a um maior volume de dólares no mercado interbancário, a partir de leilões de reservas internacionais promovidos pelo Banco Central do Brasil com direito de recompra.
O Banco Central usa esse mecanismo para guarnecer o sistema financeiro. Para ter claro, o exportador firma um contrato de câmbio com o banco, a uma taxa (R$/US$) predeterminada, comprometendo-se a exportar bens no valor equivalente ao valor financiado e a saldar a dívida no prazo máximo de 180 dias a partir da entrada dos recursos oriundos das exportações.
O papel da autoridade monetária, por sua vez, não é o de emprestar diretamente às empresas, mas sim neste caso específico de oferecer maior liquidez às instituições financeiras, por meio de leilões, tendo como lastro os contratos de ACC. Ao realizar os leilões de reservas internacionais, o Banco Central promove a liquidez necessária para que os bancos brasileiros estendam o prazo de vencimento dos ACC que estão para vencer para os exportadores de 180 para 360 dias, de uma forma inteligente e com baixo custo.
Neste momento, às vésperas do início da nova política tarifária dos EUA em relação ao Brasil, crescem os riscos de problemas de financeiros para as empresas exportadoras brasileiras, cujo capital de giro vai ficar impactado nos estoques de produtos finais e de matérias-primas na cadeia produtiva afetada. Essas empresas em breve poderão estar inadimplentes junto aos bancos e fornecedores, atrasando salários e o recolhimento de tributos, e até demitindo em massa seus funcionários. O alongamento de prazos, o refinanciamento e o aumento da oferta de ACC podem pavimentar um caminho natural e seguro, dando fôlego a estas empresas até que se possível resolva-se satisfatoriamente este imbróglio tarifário. A exemplo do que já se fez em 2008 em crise de liquidez internacional, caberá ao Banco Central atuar novamente através desse mecanismo.
Segundo a Tabela 13 ("Movimento de Câmbio Contratado") da base de "Indicadores Econômicos Selecionados" do Banco Central, os ACC corresponderam a US$ 33,2 bilhões em 2024. A média anual para o período 2014-2023 foi de US$ 31,6 bilhões. De 1º de janeiro a 18 de julho de 2025, foram US$ 18,3 bilhões.
As intervenções da autoridade monetária no mercado de câmbio por meio de linhas com recompra totalizaram US$ 15 bilhões em 2024. Em 2025, até o dia 18 de julho, US$ 100 milhões, liquidamente. O nível de reservas internacionais, por sua vez, está em US$ 345,7 bilhões, conforme posição coletada na mesma data.
A saber, as reservas haviam diminuído de US$ 355 bilhões para US$ 329,7 bilhões, entre 2023 e 2024, sobretudo pelos movimentos ocorridos no final do ano passado. A necessidade de maior intervenção no mercado de câmbio deu-se pela volatilidade do dólar associada ao quadro externo e, em menor grau, às apreensões quanto à política fiscal doméstica.
Em qualquer métrica adotada, da menos à mais conservadora, esse patamar de reservas internacionais exibido pelo Brasil é considerado relativamente elevado. Ele é suficiente para sustentar, por exemplo, quase 16 meses de importações, se tomarmos os dados fechados de 2024, quando o país importou US$ 262,4 bilhões.
É preciso reconhecer que houve uma piora rápida do déficit em transações correntes, de US$ 17,6 bilhões para US$ 32,8 bilhões, entre o primeiro semestre de 2024 e o mesmo período do ano corrente, reflexo do aumento de importações. Mas os investimentos externos diretos seguem robustos. Passaram de US$ 37,8 bilhões para US$ 33,8 bilhões no mesmo período. Ainda cobrem, como se vê, todo o déficit externo.
Esse quadro geral das contas externas avaliza uma atuação precisa, intensa e bem calibrada da autoridade monetária para guarnecer o mercado e sustentar o financiamento aos exportadores. Independentemente dos desdobramentos do novo tarifaço, esse mecanismo precisa estar pronto para ser acionado a qualquer momento.
As negociações entre brasileiros e americanos começaram bem. A combinação de grupos importantes e representativos do empresariado com a eficiente diplomacia permanente do Itamaraty e a liderança do ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin poderá render bons frutos. Não será rápido, vale dizer, mas nos parece inescapável.
Nossos maiores aliados são os empresários e os consumidores americanos. A falta de produtos de boa qualidade aos quais estão habituados, o aumento repentino dos preços e a perda de bem-estar vão pressionar o governo americano ao diálogo com o Brasil.
Até lá, entendemos que não há pacote fiscal ou socorro a empresas brasileiras a ser precipitadamente engendrado. Cabe destacar que não se trata de subsidiar as exportações brasileiras por qualquer outro mecanismo, já que não se trata de caso de competitividade sistêmica, mas sim de liquidez financeira temporária. Ademais, não há qualquer espaço para isso. A mais óbvia atuação do poder público deve partir do Banco Central, na linha proposta neste artigo, amparado nos técnicos da instituição e à luz da exitosa experiência de 2008, guardadas as proporções.

*Roberto Giannetti da Fonseca, economista e empresário, ex-Secretário Executivo da CAMEX (governo FHC)

RELATÓRIO TÉCNICO: MEDIDAS UNILATERAIS DOS EUA SOB TRUMP CONTRA O BRASIL - Arko Advice

 Arko Advice sobre o tarifaço de Trump e as demais medidas de pressão econômica.

28/07/2025

RELATÓRIO TÉCNICO: MEDIDAS UNILATERAIS DOS EUA SOB TRUMP CONTRA O BRASIL

Introdução à Tarifa de 50% sobre Produtos Brasileiros

        Em 9 de julho de 2025, o governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, anunciou a imposição unilateral de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, efetiva a partir de 1º de agosto de 2025. Essa medida representa um marco inédito nas relações bilaterais, sendo a tarifa mais elevada já aplicada por Washington contra Brasília. A decisão foi comunicada via carta de Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e divulgada em suas redes sociais.
        De acordo com o comunicado da Casa Branca, a tarifa se aplica a todas as remessas brasileiras, somando-se a eventuais tarifas setoriais existentes. Ela abrange desde commodities agrícolas e minerais até manufaturados e itens de alta tecnologia. Trump justificou a ação citando “graves injustiças” no regime brasileiro, com ênfase em desequilíbrios comerciais e práticas desleais, além de questões políticas relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à liberdade de expressão. Ele criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) por ações contra Bolsonaro, chamando-as de “caça às bruxas”, e acusou o tribunal de censura ilegal contra plataformas americanas de mídia social, violando direitos de cidadãos e empresas dos EUA.
        Comercialmente, Trump alegou uma relação “injusta”, ignorando dados que mostram déficits brasileiros com os EUA desde 2009. Em 2024, os EUA tiveram superávit de US$ 1 bilhão, com o Brasil como 18º fornecedor de importações americanas. Apesar disso, a medida integra a estratégia de Trump de tarifas mínimas de 15%, elevadas a 50% para países com “más relações”.
        O Brasil foi enquadrado nesse patamar devido a tensões políticas, incluindo o processo eleitoral de 2022 e investigações do STF. Trump ordenou investigação sob a Seção 301 da Lei de Comércio, preparando possíveis ações na OMC.
        Essa tarifa marca uma ruptura no comércio bilateral, misturando geopolítica e economia, e inicia um período de tensão entre os países.

Outras Medidas Unilaterais Possíveis
Além da tarifa anunciada, especula-se sobre outras ações unilaterais dos EUA contra o Brasil, ventiladas por aliados de Trump ou meios políticos.

Sanções Econômicas e Pessoais: Washington pode aplicar a Global Magnitsky Act contra autoridades brasileiras, congelando bens e bloqueando transações por violações de direitos humanos ou corrupção. Aliados de Eduardo Bolsonaro sugerem uso contra ministros do STF. Já ocorreram revogações de vistos para Alexandre de Moraes e familiares, semelhantes a sanções contra Venezuela ou Rússia. Economicamente, há rumores de restrições a bancos públicos brasileiros ou elevação de tarifas a 100% em caso de retaliação, configurando embargo parcial.

• Restrições de Vistos e Imigração: O secretário de Estado Marco Rubio cancelou vistos de autoridades do STF como retaliação. Isso pode se estender a funcionários do governo Lula ou empresários. Restrições gerais a vistos brasileiros seriam extremas, afetando turismo e negócios, mas ecoam sanções a venezuelanos ou russos. Setores anti-imigração nos EUA poderiam defender deportações seletivas.

• Ações Diplomáticas: Cenários incluem expulsão de diplomatas brasileiros ou rebaixamento de representação, como recall de embaixadores. Fontes bolsonaristas mencionam expulsão de representantes em organismos como a CIDH. Isso degradaria relações, similar a confrontos com Rússia em 2018. O Departamento de Estado recusou contatos iniciais, sinalizando isolamento.

• Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias: Os EUA poderiam impor restrições a importações agrícolas brasileiras alegando riscos sanitários, como embargos a carnes ou frutas. Historicamente, vetos à carne bovina ocorreram de 2017 a 2020. Isso atuaria como tarifa encoberta, impactando o agronegócio.

• Restrições Tecnológicas: Especulações incluem bloqueio de GPS ou satélites sobre o Brasil, prejudicando navegação e agricultura. Restrições a semicondutores ou software, como contra China, afetariam indústria e defesa. Suspensão de cooperações com NASA é hipotética.

• Outras Opções: Sanções coordenadas com OTAN ou bloqueio na OCDE. Rumores de asilo a Bolsonaro ou apoio à oposição brasileira. Aliados de Trump afirmam que “todas as opções estão na mesa”. Essas medidas indicam escalada potencial, inibindo respostas brasileiras imediatas.

Cenários de Rompimento Diplomático
        Analistas avaliam riscos de rompimento diplomático. Rumores bolsonaristas sugerem corte total após ações do STF contra Bolsonaro, vistas como “declaração de guerra”.
        Rompimentos variam: parcial (recall de embaixadores) ou total (fechamento de embaixadas), como com Cuba (1961-2015) ou Irã. Inédito para Brasil-EUA, aliados tradicionais.
        Fontes diplomáticas em Washington manifestaram surpresa com esses rumores, indicando que tal ruptura não fazia parte das discussões oficiais e seria vista como uma medida drástica e contraproducente.
        História mostra atritos sem rompimento, como críticas de Carter à ditadura brasileira em 1977.
        Interesses mútuos sugerem evitar ruptura, apesar de tensões.

Impacto Econômico nos Setores Brasileiros
A tarifa de 50% e sanções potenciais afetam setores chave.
• Agronegócio: 12% das exportações brasileiras vão aos EUA (soja, café, suco de laranja, carne). Tarifa torna produtos caros, levando a perdas. Barreiras sanitárias agravam. Queda de preços internos e redirecionamento para Ásia elevam custos.
• Energia: Petróleo representa 14% das exportações aos EUA. Tarifa força redirecionamento, reduzindo lucros da Petrobras e volatilizando preços domésticos.
• Tecnologia e Indústria: Embraer perde mercado em aviões (6,7% das exportações). Siderurgia (aço, alumínio) enfrenta suspensões de contratos. Projeções: perda de 44-120 mil empregos em SP, queda de 2,7% no PIB estadual.
• Macroeconomia Geral: Exportações aos EUA (US$ 40,3 bi em 2024) caem, pressionando câmbio (dólar a R$ 5,60) e bolsa. Investimentos postergados; diversificação reduz dependência. Choque pode desacelerar crescimento em 2025-2026, com medidas de emergência como créditos de R$ 100 mi no RS.

Respostas Brasileiras
        O Brasil responde em frentes diplomática, comercial, legal e estratégica.
Diplomáticas: Protestos formais e negociações. Lula criticou Trump; Alckmin conversou com Lutnick. Busca apoio no Mercosul, OMC e ONU.
Comerciais: Sem retaliação imediata para evitar escalada. Plano de contingência: créditos, fundos de compensação, novos mercados (China, Ásia). Substituição de importações americanas.
Legais: Disputa na OMC por violações. Leis internas contra conluio com estrangeiros. Denúncias em BRICS.
Estratégicas: Aproximação com Europa, China; diversificação via Mercosul-UE. Reforço em defesa e unidade interna.

Exemplos Históricos
Venezuela: Sanções desde 2017 (Trump expandiu), embargando petróleo. Colapso econômico, mas Maduro resiste com apoio russo-chinês.
China: Guerra comercial 2018-2019: tarifas de 25% em US$ 360 bi. Acordo Fase 1 parcial; China busca autossuficiência.
Cuba: Embargo desde 1962; enfraquece economia, mas regime persiste. Isolamento diplomático dos EUA.
Rússia: Pós-2022: exclusão de SWIFT, embargo energético. Resiliência russa via Ásia, mas danos cumulativos.
Turquia: 2018: tarifas dobradas por detenção de pastor. Queda da lira leva à liberação; Turquia diversifica.

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