tag:blogger.com,1999:blog-29855243.post2491727632087862177..comments2024-03-28T12:10:22.130-03:00Comments on Diplomatizzando: O globalismo e seus descontentes: notas de um contrarianista - Paulo Roberto de AlmeidaPaulo Roberto de Almeidahttp://www.blogger.com/profile/18268769837454266546noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-29855243.post-560211909593412682019-05-21T08:26:38.716-03:002019-05-21T08:26:38.716-03:00Paulo Roberto de Almeida, vejo que nos faz muita f...Paulo Roberto de Almeida, vejo que nos faz muita falta a sabedoria do Embaixador José Osvaldo de Meira Penna. Seguramente ele seria a melhor pessoa atualmente para explicar aos burocratas e tecnocratas do Itamaraty o que é a globalização e o globalismo. O globalismo só é percebido por aqueles que de fato sabem o risco e o mal das ideologias coletivistas. <br /><br />O descaso, ou desqualificação das pessoas que tratam o tema com seriedade, nunca foi a melhor prática. <br /><br />O globalismo é a globalização da política. Se dá através das ingerências internas nos países através de "legislações" supranacionais. Na sua essência é a afronta ao princípio da subsidiariedade. <br /><br />Repito: Na sua essência é a afronta ao princípio da subsidiariedade. <br /><br />Quando da Declaração Universal dos Direitos Humanos avançamos muito, assim como quando certos acordos internacionais foram subscritos, como os relativos à poluição de rios que atravessavam nações, porém se abriu a brecha para a ingerência na política interna de muitos países, seja impondo restrições como o está sendo agora o caso do Tratado de Schengen que pode desestabilizar o modelo de segurança da Suíça. <br /><br />Globalização econômica significa livre comércio e livre mercado. Trata-se de um arranjo que não apenas não necessita da intervenção de governos e burocratas, como funciona muito melhor sem eles. Indo mais além, trata-se de um arranjo que surge naturalmente quando não há políticos e burocratas impondo obstáculos às transações humanas.<br /><br />Já o globalismo é o exato oposto: trata-se de um arranjo que só existe por causa de políticos e burocratas. <br /><br />Seria impossível haver globalismo se não houvesse políticos e burocratas.<br /><br />O globalismo é uma política internacionalista, implantada por burocratas, que vê o mundo inteiro como uma esfera propícia para sua influência política. O objetivo do globalismo é determinar, dirigir e controlar todas as relações entre os cidadãos de vários continentes por meio de intervenções e decretos autoritários.<br />Eis o argumento central do globalismo: lidar com os problemas cada vez mais complexos deste mundo — que vão desde crises econômicas até a proteção do ambiente — requer um processo centralizado de tomada de decisões, em nível mundial. Consequentemente, leis sociais e regulamentações econômicas devem ser "harmonizadas" ao redor do mundo por um corpo burocrático supranacional, com a imposição de legislações sociais uniformes e políticas específicas para cada setor da economia de cada país.<br />O estado-nação — na condição de representante soberano do povo — se tornou obsoleto e deve ser substituído por um poder político transnacional, globalmente ativo e imune aos desejos do povo.<br />Obviamente, a filosofia por trás dessa mentalidade é puramente socialista-coletivista.<br />Representa também o pilar da União Europeia (UE). Em última instância, o objetivo da UE é criar um super-estado europeu, no qual as nações-estado da Europa irão se dissolver como cubos de açúcar em uma xícara quente de chá. Foi majoritariamente disso que os britânicos quiseram fugir.<br />Ao menos para o futuro próximo, este sonho burocrático chegou ao fim. O desejo de impor uma uniformidade afundou em meio a uma dura e difícil realidade política e econômica. A UE está passando por mudanças radicais — culminando com a decisão dos britânicos de sair dela — e pode até mesmo entrar em colapso dependendo dos resultados eleitorais em alguns importantes países europeus (França, Holanda, Alemanha e possivelmente Itália) neste ano de 2017.<br />Com Donald Trump na presidência americana não há mais qualquer apoio intelectual dos EUA ao projeto de unificação européia. A mudança de poder e de direção em Washington diminuiu o poder de influência dos globalistas — o que permite alguma esperança de que a futura política externa americana seja menos agressiva em termos militares. Trump — ao contrário de seus antecessores — ao menos não parece querer impingir uma nova ordem mundial.Gerhard Erich Boehmehttps://www.blogger.com/profile/09127493312714147436noreply@blogger.com