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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Herança maldita do PT: Cuba caloteia o Brasil -

Maior parte da dívida tem origem no financiamento das obras do Porto de Mariel
Mariana Carneiro

O governo vai desembolsar nos próximos dias o equivalente a US$ 6 milhões (cerca de R$ 23 milhões) para cobrir um calote de Cuba no BNDES.

O valor se refere a uma parcela que venceu em junho e que o país pagou apenas parcialmente. Dos US$ 10 milhões que deveria quitar no mês, Cuba pagou ao BNDES cerca de US$ 4 milhões.

Passados 180 dias do não pagamento, o BNDES formalizou o calote no último dia 17 e acionou o FGE (Fundo de Garantia à Exportação), que é bancado pelo Tesouro.

A maior parte da dívida tem origem no financiamento das obras do Porto de Mariel, um dos símbolos da política exterior do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que pregava a aproximação do Brasil com países latino-americanos, africanos e do Hemisfério Sul.

O Brasil emprestou US$ 682 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões pela cotação atual) para a Odebrecht ampliar e modernizar o Porto de Mariel.

O empréstimo começou a ser contratado em 2009 e as obras foram concluídas em janeiro de 2014. O pagamento foi parcelado em 25 anos (até 2034).

Nos primeiros contatos feitos pelo governo brasileiro para cobrar o valor devido, Cuba alegou que passava por dificuldades financeiras e se recuperava da passagem de um furacão.

Com pagamentos a conta gotas, em julho e em agosto, o país tentava demonstrar o interesse em quitar a dívida.

Mas nestes dois meses novas parcelas venceram, no valor total de US$ 11,4 milhões, e também ficaram sem pagamento.

Em setembro, uma missão foi enviada a Havana com o objetivo de negociar pessoalmente uma saída. O governo de Cuba se comprometeu então a enviar uma proposta para reescalonar os pagamentos. Mas a carta nunca foi enviada.

Na semana passada, o Itamaraty enviou a comunicação derradeira ao governo cubano, informando que, sem o pagamento, o Brasil declararia o default. Ainda assim, Cuba não fez nova comunicação.

Segundo o BNDES, até o fim de setembro, o valor em atraso em 2018 somava US$ 26 milhões. Em 2019, o banco tem a receber mais US$ 70 milhões.

Além do banco estatal, Cuba também deixou de pagar o Banco do Brasil pelo financiamento à exportação de alimentos. Até novembro, a dívida nesta linha de crédito era de aproximadamente 45 milhões de euros.

Na visão de funcionários do governo brasileiro, a decisão cubana de não pagar pode ter fundo político.

Cuba já decretou unilateralmente o fim do convênio no programa Mais Médicos, após a eleição de Jair Bolsonaro. E, embora não esteja honrando o financiamento estatal dado Brasil, tem comprado alimentos de empresas brasileiras pagando à vista.

Procurada pela reportagem, a embaixada cubana em Brasília informou que o chefe do corpo diplomático não estava.

Para Cuba, as condições de financiamento externo tendem a piorar após a decretação do calote. Em crise, o principal parceiro do pais, a Venezuela, reduziu importante fluxo de divisas via venda de petróleo abaixo do preço de mercado para os cubanos.

Como membro do Clube de Paris, o Brasil deverá informar o calote ao grupo, que assume a cobrança.

O Ministério da Fazenda, responsável pelo ressarcimento ao BNDES, informou que, após a decretação do calote, tem até 30 dias para fazer o pagamento.

Os recursos saem dos cofres do Tesouro, remanejados de outras áreas do governo. Isso porque, embora o FGE seja um fundo contabilmente superavitário, os valores arrecadados no passado a título de contratação do seguro de crédito entraram no caixa da União.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Presentes financeiros a Cuba sob o lulopetismo diplomático: alguma surpresa nisso?

Só agora estão descobrindo que os descontos dados a Cuba foram ILEGAIS?
Por que não o foram na época da aprovação dos mesmos?
Não conheciam a legislação? Trataram o caso secretamente?
Discordo do professor que achou que essas imensas facilidades – na verdade presentes, pois Cuba não vai pagar nem a metade do que recebeu – foram o resultado de "ingenuidade".
Não foram, foram propositais. A intenção era mesmo dar esses presentes a Cuba, seja porque iriam receber um pagamento por fora, seja porque os companheiros estavam, ideologicamente e criminosamente, comprometidos com os camaradas cubanos (por velhas razões).
Paulo Roberto de Almeida

Desconto de US$ 68,4 mi que o Brasil deu em juros de empréstimos para Cuba é ilegal, aponta TCU

Dinheiro foi usado na construção do porto de Mariel durante os governos Lula e Dilma

O governo brasileiro concedeu descontos da ordem de US$ 68,4 milhões (cerca de R$ 255,6 milhões) nos juros de empréstimos concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) a Cuba.
O governo da ilha caribenha usou o dinheiro para construir o porto de Mariel, inaugurado em 2014, com a presença da então presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União), estes descontos foram ilegais em pelo menos quatro operações de crédito a partir de 2010 com o BNDES.
Para a realização do empréstimo, foi utilizado um mecanismo financeiro previsto pelo Tesouro Nacional chamado Proex-equalização, que permite baixar os juros de um empréstimo a um país estrangeiro por até dez anos (120 meses).
O objetivo é conseguir competir com outros países que ofereçam condições mais vantajosas, e a União paga a diferença. 
O governo brasileiro decidiu, porém, conceder o benefício por 25 anos (300 meses), o que, afirma o TCU, é ilegal segundo a legislação vigente.
O órgão de controle também constatou que as condições oferecidas pelo BNDES não só foram iguais às disponíveis no mercado internacional naquele momento, mas sim ainda melhores.
Contatados pela reportagem, o BNDES e os ministérios envolvidos nestas negociações afirmam que colaboram com todas as auditorias e investigações (leia mais abaixo).
Se a regra vigente tivesse sido obedecida, o desconto máximo possível nos juros dos empréstimos concedidos a Cuba seria de US$ 54,629 milhões no total —ou cerca de R$ 204 milhões. Com o aumento de prazo, o desconto concedido passou para US$ 123,11 milhões. A diferença (US$ 68,4 milhões) é o valor que foi considerado ilegal pelo TCU. 
A avaliação faz parte de uma auditoria sigilosa, à qual o UOL teve acesso, que o TCU está realizando em todos os negócios do BNDES com empresas envolvidas na Operação Lava Jato.
“Este valor preliminar corresponde a um aumento nos dispêndios com equalização em 125% em relação ao valor que seria gasto caso as operações tivessem seguido as condições regulamentares, uma vez que as aprovações propiciaram a ampliação do benefício da equalização por 15 anos acima do limite máximo legalmente permitido”, afirma o relatório do tribunal de contas.
Os empréstimos do BNDES a Cuba começaram em 2009, no segundo mandato do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (de 2007 a 2010), e continuaram no primeiro mandado de sua sucessora, Dilma Rousseff (de 2011 a 2014).

Empréstimo

Ao todo, o BNDES emprestou US$ 682 milhões, ou R$ 2,55 bilhões, para a construção do porto de Mariel e de projetos de infraestrutura no entorno, como uma rodovia que leva até o local.
As obras foram feitas pela construtora brasileira Odebrecht. A empreiteira diz que colabora com a Justiça do Brasil e dos países onde atua (leia mais abaixo). 
Os órgãos diretamente responsáveis pelas irregularidades apontadas pelo TCU são a Camex (Câmara de Comércio Exterior), que reúne representantes dos ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores, entre outros, para formular a política de comércio internacional do Brasil, e o Cofig (Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações), responsável por gerir o fundo da União que garante os empréstimos.
Em março de 2017, a Folha mostrou que o governo brasileiro assumiu riscos altosao apoiar os negócios da Odebrecht em Cuba.
Na visão do governo Lula, o processo de abertura econômica em Cuba criava oportunidades para as empresas brasileiras e a queda do embargo comercial imposto pelos EUA era questão de tempo, tornando necessário que elas se posicionassem antes de rivais de outros países. 
Hoje, mais de quatro anos após a inauguração, a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel caminha a passos lentos e encontra dificuldade de atrair empresas. Até agora, apenas duas empresas brasileiras estão instaladas no local.
A burocracia afugenta os investidores. De acordo com o governo cubano, US$ 1,2 bilhão (R$ 4,5 bilhões) foi investido em Mariel até agora.

Venezuela deu calote

Nesta semana, o UOL mostrou que o governo brasileiro fez outras manobrasfinanceiras irregulares para dar um desconto de R$ 735 milhões no valor pago pelo seguro de empréstimos a países da América Latina, África e Caribe.
No início de maio, foi revelado que a exposição total do fundo que garante estes empréstimos é de R$ 64 bilhões.
Em março, o UOL já havia mostrado que a Venezuela deu um calote de quase R$ 1 bilhão em empréstimos, tomados juntos ao BNDES e ao Credit Suisse, e que o governo brasileiro assumiria a dívida com recursos do FGE (Fundo de Garantia à Exportação).
Após o calote, a Câmara dos Deputados teve que aprovar de maneira emergencial um manejo de recursos do Orçamento da União para cobrir esse prejuízo e outro referente a um calote de Moçambique (ocorrido no ano passado), com recursos do seguro-desemprego.
Depois do calote, o governo federal alterou as regras para a concessão do seguro.
O UOL procurou Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores de 2003 a 2010, no governo Lula, para comentar quais eram os objetivos do Brasil com a política de empréstimos a outros países naquela época.
“Era um objetivo do governo aproximar o Brasil dos países africanos e latino-americanos”, afirmou Amorim.
“Não era uma questão ideológica, era política. Avaliamos que o país tinha muito a ganhar aumentando a presença nestes países, dentro da geopolítica mundial. A aproximação econômica, concessão de empréstimos, era só uma das frentes de atuação”, disse o ex-ministro.

Analista vê ingenuidade

Gustavo Fernandes, professor do mestrado de gestão e políticas públicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), criticou este investimento específico. “No caso do porto de Mariel, acredito que era muita ingenuidade investir lá”, afirma.
“Mesmo que a abertura econômica acontecesse na ilha, eles ficam a cerca de 100 km de distância dos Estados Unidos. Quem você sinceramente acha que seria o principal parceiro comercial da ilha, os EUA ou o Brasil?”, questiona Fernandes.
“Não teríamos a menor condição de competir com eles, construímos um porto para os cubanos e os americanos usarem. Sem falar que a queda do embargo e a tal abertura econômica não vieram até hoje, logo não tem muito o que fazer por lá com aquele porto.”

Ministério da Fazenda e BNDES dizem que colaboram

O Ministério da Fazenda, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que está prestando todas as informações solicitadas pelo órgão de controle para auxiliar as análises das equipes de auditoria.
“Até o momento, a única determinação recebida do TCU foi a elaboração, com o auxílio da ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias), de estudos referentes à sustentabilidade atuarial do FGE”, diz a nota enviada ao UOL.
De acordo com a Fazenda, apenas após este estudo será possível dizer se as práticas apontadas pelo TCU comprometem ou não suas finanças. O ministério destaca também que o aperfeiçoamento dos mecanismos do FGE é um objetivo comum com os órgãos de controle.
O BNDES, também por meio de sua assessoria de imprensa, informa que está atendendo a todas as requisições e prazos do TCU e que colabora totalmente com a realização das auditorias sobre as operações de crédito em questão.
O banco público afirma que até o momento não há parcelas em atraso por parte do governo cubano.
Procurado pela reportagem, por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços não respondeu até a publicação desta reportagem.
O UOL também procurou representantes do consulado de Cuba em São Paulo, por email e telefone, mas não conseguiu resposta.

Investigação continua na Lava Jato

O TCU abriu em maio processos administrativos para apurar responsabilidades individuais de servidores públicos nas ilegalidades encontradas na auditoria.
Os achados também foram enviados para o MPF (Ministério Público Federal) e à PF (Polícia Federal) para serem incluídos nas investigações da Operação Lava Jato.
O principal processo na Justiça que envolve este caso é a denúncia por corrupção passiva e ativa da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-presidente Lula, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), os ex-ministros dos governos do PT Antônio Palocci e Paulo Bernardo e o empresário Marcelo Odebrecht.
Os políticos são acusados de receber US$ 40 milhões de propina da empreiteira.
De acordo com a denúncia, apresentada no final de abril, executivos da Odebrecht contaram em delação premiada que prometeram a propina ao PT em troca de a empreiteira ser beneficiada em contratos e decisões do governo, incluindo nos empréstimos para outros países que contratassem os serviços da Odebrecht.
Em nota, a construtora afirma que “está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua”.
De acordo com a assessoria de imprensa, a Odebrecht  assinou acordo de leniência com as autoridades de Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala.
“[A Odebrecht] implantou um sistema para prevenir, detectar e punir desvios ou crimes. E adotou modelo de gestão que valoriza não só a produtividade e a eficiência, mas também a ética, a integridade e a transparência”, diz a nota.
UOL

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Bildner Center promove debate sobre Havana, uma cidade destruida pelo castrismo

Havana…Havana!
Author and diplomat Herman Portocarero, former ambassador to Cuba from the European Union and Belgium

Wednesday, January 24, 2018
4PM
 Skylight Room
The Graduate Center, CUNY
This conversatorio will draw heavily from the just published, Havana Without Makeup: Inside the Soul of the City by Herman Portocarero (Turtle Point Press, 2017; photography by Joaquin Portocarero). Illustrated with original photographs, this volume presents a unique account of Havana's history, its present, and what its future may hold.
"The story Portocarero weaves here is rich and fascinating, and vital to understanding an often mysterious place."--Patrick Oppmann, CNN Havana Correspondent and Bureau Chief

Havana without Makeup, an insider's view of Havana, offers a wide-ranging exploration of its many complex facets. It aims to capture the soul of a city and a society that have evolved on their own terms at the moment before they face inevitable transformations. Opening on the eve of the announcement of reconciliation between the U.S. and Cuba, the book then looks back at the cultural, political, economic, and religious influences that led up to this historic moment and beyond. Examining all things Cuban--racial issues, la revolución, baseball, Hemingway, communism, synagogues, Santeria, Cimarron culture, and much more--Portocarero overturns every stone in his endeavor to bring us inside the city he loves.
Herman Portocarero is a Belgian-born writer and diplomat of Spanish and Portuguese descent. He served twice as Ambassador to Cuba -- representing Belgium in 1995-1999 and the European Union during 2012-2017. He has published more than twenty works of fiction and nonfiction, including the Hercule Poirot Prize-winning crime novel New Yorkse Nachten (New York Nights). 
Jerry Carlson (Ph.D., University of Chicago) is Director of the Cinema Studies Program in the Department of Media & Communication Arts at The City College, CUNY. He is a specialist in narrative theory, global independent film, and the cinemas of the Americas. He is a member of the doctoral faculties of French, Film Studies and Comparative Literature at the Graduate Center, CUNY and a Senior Fellow at the Bildner Center for Western Hemispheric Studies.
Mauricio Font is director of the Bildner Center for Western Hemisphere Studies and Professor of Sociology at The Graduate Center and Queens College, CUNY. Professor Font’s most recent publication is The State and the Private Sector in Latin America (Palgrave Macmillan, 2015). He is co-editor of Handbook of Contemporary Cuba (Paradigm Press, 2013), Handbook on Cuban History, Literature, and the Arts (Paradigm Press, 2014), Cuban Counterpoints: The Legacy of Fernando Ortiz (Lexington Books, 2005), La República Cubana y José Martí (1902-2002) (Lexington Books, 2005), Toward a New Cuba? (Lynne Rienner, 1997) and Integración económica y democratización: América Latina y Cuba (Instituto de Estudios Internacionales, Universidad de Chile, 1998).
TO REGISTER send email to bildner@gc.cuny.edu.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

9 de outubro de 1967: morte de Che Guevara na Bolivia - (NYTimes this day in History)


On This Day: October 9

Updated October 9, 2013, 2:28 pm
NYT Front Page
On Oct. 9, 1967, Latin American guerrilla leader Che Guevara was executed in Bolivia while attempting to incite revolution. 

Bolivia Confirms Guevara's Death; Body Displayed



Army Reports Fingerprints Prove Rebel Leader Was Killed in Sunday Clash
Confession Described
He Made Himself Known and Admitted Failure Before He Died, General Says
Bolivian Army Identifies body of Guerilla Slain in Clash
Confession Made, General Reports
Fingerprints Are Checked--Admission of Failure by Rebel Leader Described
By REUTERS
OTHER HEADLINES
Citizen Leaders of City Organize to Aid the Slums: New York Coalition, Headed by Christian Herter Jr., Seeking Private Help: 105 Members in Group: Initial Goal to Be Jobs and Training -- Mayor Praises Approach to Problem
Lindsay Helps Organize Attack on Urban Problems
Senate, Barring Cut, Votes 4.7- Billion Public Works
Smathers Urges 3% Spending Cut: Offers Plan to End Impasse Between White House and Congress on Tax Policy
President Invites Soviet to Join U.S. in Exploration of Space
Soviet Announces Arms Budget Rise: But Consumer Goods in '68 Are Scheduled to Outstrip Heavy-Industry Growth
M'Namara Doubts Rise in G.I. Losses if Bombing Is Cut: Told Senate Panel Attacks on North Barely Reduce Flow of Material South
Thieu Pledges Wider War if Search for Peace Fails
U.S. Planes Bomb Enemy Compound: Missiles Said to Be Stored in Suburb of Haiphong -- Strike Is First at Area
U.S. Temporarily Cutting Back Its Troop Commitment to NATO
Valle Grande, Bolivia, Oct. 10--The army high command officially confirmed today that Ernesto Che Guevara, the Latin revolutionary leader, was killed in a clash between guerrillas and Bolivian troops in southeastern Bolivia last Sunday.
The armed forces commander, Gen. Alfredo Ovando Candia, said Mr. Guevara had admitted his identity before dying of his wounds. General Ovando said at a news conference that the guerrilla leader had also admitted that he failed in the seven-month guerrilla campaign he organized in Bolivia.
The identification of the body was made after fingerprinting by the Eighth Army command.
[United States officials in Washington reacted cautiously to the Bolivian reports that Mr. Guevara had been killed, but there was an increasing tendency to regard them as true. Page 18.]
Arrives on Helicopter
The body was flown here yesterday, lashed to the landing runners of a helicopter that brought it from the mountain scene of the clash. The army said yesterday that it had received a report that Mr. Guevara had been killed near Higueras, but it declined to make immediate positive identification at the time.
After the body, dressed in bloody clothes, arrived here, it was fingerprinted and embalmed.
[The Guevara fingerprints are on file with the Argentine federal police. As an Argentine citizen, Mr. Guevara was required to be fingerprinted to obtain a passport when he left his homeland in 1952. These official records have provided the basis for comparison with the fingerprints taken by the Bolivians from the body said to be that of Mr. Guevara.]
The scanty beard, shoulder-length hair and shape of the head resembled the features of Mr. Guevara as shown in earlier photographs. He was 39 years old.
An Englishman in the crowd, which except for the press was kept away at bayonet point, said that he had seen Mr. Guevara in Cuba and that he was "absolutely convinced" it was the long- sought revolutionary leader.
The body appeared to bear wounds in at least three places--two in the neck and one in the throat.
It was dressed in a green jacket with a zippered front, patched and faded green denim pants, green woolen socks and a pair of homemade moccasins.
A nun assisted doctors and intelligence men in preparing the body for display. After the work was finished, the body was raised on a stretcher for the crowd, which appeared jubilant.
General Ovando arrived from la Paz and immediately went to the officers' mess to pay his respect to the four soldiers killed in the clash.
The first news of the fight was brought to Valle Grande, 80 miles southwest of Santa Cruz [CHECK] by Col. Joaquin Zenteno Anaya, commander of the Eighth Division.
Others Reported Slain
He said that six other guerrillas had been killed in the clash and that their bodies would also be brought here. He said four of them were Cubans.
Mr. Guevara was a familiar bearded figure in olive green fatigues in Havana, where he was Minister of Industries before he dropped out of sight in March, 1965.
His whereabouts since has remained a mystery, leading to rumors that he had been killed in a dispute with Premier Fidel Castro and later that he was leading guerrillas in various parts of Latin America.
His name was linked with guerrilla activity in Venezuela, Colombia, Brazil, Argentina, Peru and Bolivia.
On Sept. 10, the Bolivian President, Rene Barrientos Ortuno, described reports that Mr. Guevara was active in Bolivia as a myth. The next day he announced a $5,000 reward for his capture dead or alive.
Reports published in the press here today said that a diary believed to have belonged to Mr. Guevara was in Army hands. These reports said that the diary had been found in a knapsack owned by the guerrilla leader.
Report Ignored in Havana
A non-Cuban informant, reached by telephone in Havana last night, said that officials of the Castro regime were regarding the reports of Mr. Guevara's death as unconfirmed and were declining to comment on them. The Cuban broadcasts ignored the news, the informant said, adding: "My feeling is that the newspapers tomorrow won't publish a line."

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Guerra Fria, 1962: término da crise dos misseis em 28 de outubro


NESTA DATA

Crise dos Mísseis chega ao fim

Em 28 de outubro de 1962, a União Soviética concordou em retirar seus mísseis de sua base militar em Cuba, encerrando a Crise dos Mísseis



Crise dos Mísseis chega ao fim
Após dias de negociações entre Kennedy e Kruschev, os dois líderes chegaram a um acordo pela retirada da base soviética em Cuba (Foto: Wikimedia)
Em 28 de outubro de 1962, o líder da União Soviética Nikita Kruschev decidiu retirar seus mísseis do território cubano, o que encerrou o episódio conhecido como a Crise dos Mísseis. Em troca, o presidente americano John Kennedy teve que respeitar soberania territorial de Cuba e também teve que retirar os mísseis americanos da Turquia.
O caso teve início após um avião de espionagem americano ter sobrevoado o território cubano em 14 de outubro de 1962 e visto o que parecia ser uma base militar em construção. Dias depois, as autoridades americanas descobriram que os soviéticos estavam instalando diversos mísseis nucleares na ilha caribenha, com alcance para atingir o solo americano.
Em 22 de outubro, o presidente americano comunicou a população sobre a existência desses mísseis e da possibilidade de um ataque nuclear soviético, o que iniciaria mais uma guerra mundial. No entanto, do lado soviético, Kruschev alegou que a instalação dos mísseis tinha como finalidade de impedir que houvesse uma nova invasão dos Estados Unidos à Cuba, como a ocorrida em 1961, no chamado “Ataque à Baia dos Porcos”, para derrubar o governo de Fidel Castro.
O período ficou marcado pela grande tensão dos dois lados, devido ao poderio bélico-nuclear de ambas as nações hegemônicas. Após dias de negociações entre Kennedy e Kruschev, os dois líderes chegaram a um acordo pela retirada da base soviética em Cuba no dia 28 de outubro.
Como consequência desse conflito, as relações diplomáticas entre os dois países ficaram bastante instáveis. Contudo, em 1968, Estados Unidos e União Soviética assinaram o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

A crise dos misseis sovieticos em Cuba (1962): palestra do Prof. James Hershberg, no Uniceub (YouTube)

O Uniceub foi extremamente rápido, e faço meus cumprimentos à sua equipe de informática e de audiovisual por esta magnífica performance.
Acho que só vou organizar encontros desse tipo no Uniceub doravante.
Parabéns a todos e meus agradecimentos pelo gentil convite.
Paulo Roberto de Almeida


UniCEUB has uploaded EUA, Brasil e a crise dos mísseis em Cuba (1962)
https://www.youtube.com/watch?v=8D5OaC-ifdg&feature=em-uploademail
EUA, Brasil e a crise dos mísseis em Cuba (1962)
         UniCEUB, 22/08/2016, 19h30-22h00
  
0:01 - Abertura com a professora doutora Renata de Mello Rosa, coordenadora do curso de Relações Internacionais do UniCEUB
4:37 - Abertura com o professor Paulo Roberto de Almeida, diplomata e diretor do IPRI
10:22 - Palestra com o professor James Hershberg, da George Washington University (em inglês)
34:48 - Tradução resumida da palestra, pelo professor Paulo Roberto (em português)
44:18 - Continuação da palestra com o professor James Hershberg (em inglês)
57:03 - Continuação da tradução resumida, pelo professor Paulo Roberto (em português)
1:05:30 - Comentário e perguntas do professor mestre Frederico Seixas, do UniCEUB (em inglês)
1:19:50 - Tradução resumida dos comentários e perguntas, pelo professor Paulo Roberto (em português)
1:25:07 - Perguntas dos participantes e respostas do professor James Hershberg (em inglês)
1:36:26 - Tradução resumida das perguntas e respostas, pelo professor Paulo Roberto (em português)

Professor James Hershberg, da George Washington University,
https://www.youtube.com/watch?v=8D5OaC-ifdg&feature=em-uploademail

Faltam carregar os seguintes vídeos:
1) Palestra do Professor Hershberg sobre o mesmo tema no Itamaraty, feita na manhã do dia 22/08/2016, no Auditório Paulo Nogueira Batista, sob coordenação do IPRI (que dirijo) e da Fundação Alexandre de Gusmão.
2) Entrevista com o Professor Hershberg, no mesmo local, feita pelo Embaixador Sérgio Eduardo Moreira Lima, presidente da Funag, para o RI em Pauta, do IPRI
3) Debate com o embaixador Rubens Ricupero e o professor Hershberg, feita no quadro de colóquio sobre o Brasil e a crise dos mísseis, na Universidade Federal de Goiás, em Goiania, sob coordenação do Prof. Carlos Patti.

Abaixo, foto do evento em Goiânia, no auditório da Biblioteca Central: