Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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domingo, 8 de junho de 2014
Da novela Brasil-Bolivia para o entrevero Itamaraty-Senado - David Fleischer
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Brasil-Bolivia: saga do senador boliviano asilado politico em documentario
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Brasil-Bolivia: novela (?) bilateral interminavel, em longos e aborrecidos capitulos...
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Itamaraty: casos pendentes, insoluveis? Eduardo Saboia
Coluna Esplanada, 28/04/2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
Brasil-Bolivia e Itamaraty: uma investigacao que se prolonga ao infinito
Política
Oito meses depois de comandar fuga de Molina, diplomata amarga o ostracismo
Eduardo Saboia protagonizou um dos mais marcantes episódios da diplomacia brasileira. E até agora o caso não teve desfecho
Embaixadores se declaram impedidos de apurar caso de senador boliviano
Após seis meses, ex-senador boliviano aguarda asilo e vive recluso em Brasília
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Brasil-Bolivia: inquisicao do Itamaraty (Diario do Poder; Veja)
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Brasil-Bolivia: a fuga do Senador e o papel do ministro da Defesa, ex-chanceler
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Itamaraty vs Eduardo Saboia: prazo de inquerito prolongado (FSP)
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Nunca Antes no Itamaraty: auditor externo para o caso Eduardo Saboia
O caso Saboia
Coluna Gilberto Amaral
Jornal de Brasília, 24/09/2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Surrealismo bolivariano: Kafka nos Andes (unbolivable)
Mônica Bergamo (monica.bergamo@grupofolha.com.br)
Eduardo Saboia, diplomata que ajudou um senador a fugir da Bolívia, diz que o país é 'a Síria brasileira', com problemas que podem 'estourar na nossa cara'
Os funcionários da embaixada brasileira em La Paz, capital da Bolívia, inventaram uma palavra que não existe no vocabulário. É "unbolivable", corruptela do inglês "unbelievable" (inacreditável). "Quando um problema atinge a escala do inimaginável, e por lá acontecia isso com frequência, a gente usava essa piada", conta Eduardo Saboia, 46, ao repórter Morris Kachani.
Ex-encarregado de negócios da embaixada, ele ficou célebre ao ajudar o senador Roger Pinto Molina, asilado na representação por 453 dias, a fugir para o Brasil no mês passado. E decreta: "A Bolívia é a nossa Síria".
"A embaixada é o saco de pancadas que Brasília nunca defendeu. Tudo que pode dar errado, dá mais errado", afirma. "É o teatro do absurdo, com uma trupe de atores, amigos até, que já atuaram juntos em peças melhores. É Esperando Godot', é O Anjo Exterminador'", diz, citando obras de Samuel Beckett e Luis Buñuel marcadas pela negação e pelo tragicômico.
Não é à toa que Saboia cita o surrealismo de "O Anjo Exterminador", em que os personagens estão presos no salão de uma mansão após um pomposo jantar: ele próprio não via a hora de trocar de posto. Havia o desgaste de empreitadas como as 18 viagens que teve de fazer a Oruro (a três horas de La Paz) como negociador na questão dos torcedores corintianos que foram presos após a morte do menino Kevin.
E outro motivo, especial. Saboia é casado com a cônsul brasileira de Santa Cruz de la Sierra. Eles têm três filhos, de 20, 17 e 15 anos. O do meio é autista. O ideal seria ir para um país referência na abordagem da síndrome.
Após dois anos na Bolívia, Saboia negociava seu retorno a Washington, nos EUA, para servir na missão brasileira junto ao FMI.
Não que a vida em La Paz fosse feita só de estorvos. "Gosto muito da Bolívia", diz ele. Nas horas vagas, fazia aulas particulares de violão clássico. Percorreu trilhas nos Andes, escalou uma montanha de 6.088 m, correu a maratona em La Paz.
A mudança acabou sendo protelada. Em 23 de agosto, quando coordenava interinamente a missão brasileira, seu destino adquiriu novos contornos: ele decidiu trazer ao Brasil o senador Roger Pinto, líder da oposição ao presidente boliviano Evo Morales e investigado por corrupção, dano ambiental e assassinato, acusações que nega. "Pinto vinha conversando com a geladeira, de tão deprimido. Vivia confinado em uma sala de 20 m², em um prédio de escritórios, sem banho de sol." As tardes de sexta eram as mais tristes porque o fim de semana se avizinhava solitário. No período final do asilo, só a filha tinha o direito de visitá-lo.
A fuga, em dois Nissan Patrol, escoltados por dois fuzileiros navais brasileiros e com dois motoristas bolivianos no volante, foi como um road movie: as passagens pelos checkpoints, o trânsito em Cochabamba ("três horas em uma névoa terrível"), a parada em Santa Cruz, perto de onde mora sua família, os 650 km finais até a fronteira, em que há só dois postos de combustível. E o epílogo, com o tanque quase vazio e a leitura de salmos evocando socorro contra os perseguidores.
Foram 22 horas em que até fralda geriátrica eles usaram. Pinto vomitou na descida de La Paz a Cochabamba, estrada cheia de curvas e sem acostamento.
A "operação", como ele define o episódio, custou a cabeça do chanceler Antonio Patriota. Saboia foi removido para Brasília e responde a sindicância do Itamaraty.
Não anda animado, mas, além de críticas, recebe aplausos. O pai, Gilberto Saboia, ex-secretário de Direitos Humanos no governo de Fernando Henrique Cardoso, já se disse aflito, mas orgulhoso do filho. Ele também é diplomata, amigo de estrelas do Itamaraty como Celso Amorim, e os filhos de ambos cresceram brincando juntos.
A mulher de Eduardo Saboia está se desligando do posto em Santa Cruz. Os dois não se veem há dois meses. Ele está na casa de familiares dela em Brasília e usa as roupas que o pai, que mora no Rio, lhe trouxe. Diz que não se arrepende. "Hannah Arendt falava na banalização do mal. No meu caso, foi a banalização do bem. Não quebrei hierarquia. Ele já tinha o asilo. E eu precisava proteger o senador da depressão."
"Eu vinha alertando o Itamaraty. Mas havia uma atitude de não se posicionar, de varrer para debaixo do tapete. Éramos orientados para não falar com a imprensa nem com parlamentares. Um sistema de incentivo para você não falar a verdade." Só demonstra arrependimento quando é lembrado que comparou a embaixada de La Paz ao DOI-Codi, enfurecendo a presidente Dilma Rousseff.
Virou amigo de Roger Pinto. Diz que Brasília e a embaixada se debruçaram sobre os 21 processos contra o senador na Bolívia. A conclusão preliminar, afirma, foi a de que "metade dos processos apareceu depois de denúncias que ele fez [contra o governo]. Há ações por desacato e corrupção. Uma por desmatamento --de duas árvores. Outra por homicídio que não diz quem ele teria matado".
Cita o caso dos corintianos para discorrer sobre "a falência, extorsão e corrupção características do Judiciário boliviano". "Ali tudo se paga, por dentro e por fora. São US$ 15 mil para uma sentença, por exemplo. Até pela cela você tem que pagar, ou por uma audiência."
Segundo ele, há mais de cem brasileiros nas prisões bolivianas. "Não que todos sejam inocentes, mas como apoiá-los oficialmente nessas circunstâncias?"
Lista outros incidentes para ilustrar "o drama que é servir na Bolívia": a nacionalização de refinarias da Petrobras, a paralisação de uma obra da OAS, as revistas em aviões da FAB. Empreendedores chegam "como num faroeste, achando que a embaixada é uma UPP".
Segue com os pequenos agricultores brasileiros na fronteira, a venda de cocaína para o Brasil, segundo maior mercado consumidor do mundo. "É a nossa relação internacional mais difícil. Existe uma proximidade e uma assimetria entre os dois países. Os nacionalistas mais fervorosos consideram-nos um covil de ladrões, porta-vozes da direita golpista."
Vê como positiva a política externa do governo Lula, também em relação à Bolívia. O país seria a "nossa Síria" porque "é onde estão os problemas que podem estourar na nossa cara". "A Bolívia não pode ser minimizada como um país periférico. Você pode não querer ir até a Bolívia. Mas a Bolívia vai até você."
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Brasil-Bolivia: Senado vai pedir todos os telegramas de e para La Paz (Claudio Humberto)
domingo, 15 de setembro de 2013
Brasil-Bolivia: o instituto do asilo diplomatico - Celso Lafer
Asilo diplomático - o caso do senador Roger Pinto
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Itamaraty: Eduardo Saboia pede reinsercao ao trabalho da Casa
O diplomata Eduardo Saboia, responsável pela saída do senador Roger Pinto Molina da Bolívia, voltará ao trabalho no Itamaraty, em Brasília, no dia 1º de outubro, segundo a Agência Brasil. O ex-encarregado de negócios do Brasil na Bolívia está afastado de suas funções diplomáticas desde a chegada de Molina ao país, no final de agosto. Por causa do episódio, ele perdeu o cargo que tinha na embaixada brasileira em La Paz e ficará lotado na sede do ministério.
A comissão de sindicância, que apura a atuação do diplomata no episódio, suspendeu a audiência agendada para esta quinta-feira. O grupo, formado por dois embaixadores e um auditor da Receita Federal, também informou a Saboia e aos seus advogados que vão analisar o pedido de acesso aos documentos considerados sigilosos – são eles e-mails, telegramas e notas compartilhadas entre a embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. A decisão seria tomada pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Saboia, Oliveira, Rosa e Zappa - uma cronica de Ricardo Setti
sábado, 7 de setembro de 2013
O caso Saboia - Percival Puggina
O caso Saboia
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Brasil-Bolivia: um inquerito desequilibrado
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
A novela boliviana e os companheiros - Sergio Fausto
O porquê do imbróglio boliviano
* DIRETOR EXECUTIVO DO iFHC, É MEMBRO DO GACINT-USP. E-MAIL:SFAUSTO40@HOTMAIL.COM