Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sexta-feira, 3 de agosto de 2018
Liberdades econômicas no mundo - Rodrigo Constantino
quarta-feira, 20 de junho de 2018
Miseria da universidade brasileira: tem remedio? - Artigo de Dennys Garcia Xavier (Gazeta do Povo)
Golpe? É hora do “contragolpe” nas universidades brasileiras
Querem falar sobre impeachment, sobre liberdade ou ciência? Ótimo, é mesmo preciso. Que não seja, entretanto, sob a égide da foice e do martelo balançando sobre nossas cabeças
Sorry, the video player failed to load.(Error Code: 101105)Não é segredo para ninguém que as IPES funcionam em bases razoavelmente “privadas” – isto é, são reservadas essencialmente para uma clientela relativamente rica (classes A, B+, BB, e um pouco B-, com alguns merecedores representantes da classe C), que se apropria dos impostos daqueles que nunca terão seus filhos nesses templos da benemerência pública. Na verdade, essa clientela é a parte menos importante do grande show da universidade pública, que vive basicamente para si mesma, numa confirmação plena do velho adágio da “torre de marfim”. Não se trata exatamente de marfim, e sim de uma redoma auto e retroalimentada pela sua própria transpiração, com alguma inspiração (mas não exatamente nas humanidades e ciências sociais). A Capes e o CNPq, ademais do próprio MEC, asseguram uma confortável manutenção dos aparelhos que mantém esse corpo quase inerme em respiração assistida, ainda que com falhas de assistência técnica, por carência eventual de soro financeiro.Nessa estrutura relativamente autista, a definição das matérias, disciplinas e linhas de pesquisa a serem oferecidas a essa distinta clientela não depende do que essa clientela pensa ou deseja, e sim da vontade unilateral dos próprios guardiães do templo, ou seja, os professores, inamovíveis desde o concurso inicial, independentemente da produção subsequente. A UNE, os diretórios estudantis, os avaliadores do Estado, os financiadores intermediários (planejamento, Congresso, órgãos de controle) e últimos de toda essa arquitetura educacional (isto é, toda a sociedade) e, sobretudo os alunos, não possuem nenhum poder na definição da grade curricular, no estabelecimento dos horários, na determinação dos conteúdos, na escolha da bibliografia, no seguimento do curso, enfim, no desenvolvimento do aprendizado, na empregabilidade futura da “clientela”, que fica entregue à sua própria sorte. Sucessos e fracasso são mero detalhe nesse itinerário autocentrado, que não cabe aos professores, às IPES, ao MEC responder pelos resultados obtidos (ou não), que de resto são, também, uma parte relativamente desimportante de todo o processo .
Quando se trata de seus interesses profissionais, os sindicatos de médicos, professores ou escritores não reivindicam em estilo muito diferente do dos sindicatos operários. Os quadros defendem a hierarquia, os diretores executivos da indústria frequentemente se opõem aos capitalistas e aos banqueiros. Os intelectuais que trabalham no setor público consideram excessivos os recursos dados a outras categorias sociais. Empregados do Estado, com salários prefixados, eles tendem a condenar a ambição do lucro .
Contexto atual
As ideologias têm uma expectativa de vida superior à dos homens. Elas são mais biodegradáveis do que os deuses, mas algumas podem viver até por vários séculos. As que se definem “científicas” e garantem que sabem realizar na Terra sua promessa de Salvação (...) mostram-se em toda a sua fragilidade após a vitória, que assinala, ao mesmo tempo, sua falência .
Mister Trump parte em guerra (comercial) - Paulo Roberto de Almeida (Gazeta do Povo)
Ou seja, o que deveria ser uma ameaça de rusga bilateral, mas com armas de guerra, pode redundar em uma guerra aberta, com equipamento pesado e mobilização de todas as frentes e corpos bélicos, o que fatalmente atingirá outros países, mesmo os "neutros", onde o Brasil gostaria de estar.
Como nos dois grandes conflitos bélicos do século XX, essas guerras, começadas num contexto regional limitado, logo se transformam em enfrentamentos globais, atingindo todos os países.
Vamos seguir o teatro de operações.
Paulo Roberto de Almeida
Rumores de guerra comercial já não são
mais exagerados
Depois da Guerra Fria geopolítica, o que temos hoje é uma Guerra Fria econômica
Nunca foi tão importante estar bem informado.Sua assinatura financia o bom jornalismo.
O comércio não se faz como mera expressão da vontade, e sim por razões de preço e qualidade
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Depois da diplomacia companheira: o que vem pela frente? - Paulo Roberto de Almeida
3197. “Depois da diplomacia companheira: o que vem pela frente?”, Brasília, 26 novembro 2017, 3 p. Colaboração à seção de “artigos de opinião”, do jornal Gazeta do Povo, seção Debates. Publicado na Gazeta do Povo (28/11/2017, link: http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/depois-da-diplomacia-companheira-o-que-vem-pela-frente-di5ffopc0ywu56cc29s8s5hsr). Relação de Publicados n. 1273.
quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Diplomacia lulopetista: a imagem do desastre - Editorial Gazeta do Povo
editorial Gazeta do Povo, 27/09/2017
A imagem do desastre
A diplomacia do PT destruiu uma tradição de equilíbrio, bom senso e excelência, perseguiu diplomatas não alinhados, abandonou interesses nacionais e apoiou regimes ditatoriais
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-imagem-do-desastre-8y9imwbxdmy5jup8isxg59ea1
O embaixador Rubens Ricupero, um dos mais destacados diplomatas
brasileiros, que ademais já foi ministro do Meio Ambiente e da Fazenda
nos anos 1990, está lançando um novo livro, que se soma a seu prolífico
legado como historiador e ensaísta. Na obra A diplomacia na construção do Brasil – 1750-2016,
Ricupero analisa o papel da diplomacia brasileira na consolidação das
fronteiras nacionais e na identidade da nação. Em entrevista à Folha de São Paulo,
nesta terça-feira (26), o diplomata deu um diagnóstico certeiro sobre a
atual imagem do país lá fora: “Ninguém quer sair na foto com o Brasil”.
Esse derretimento da imagem brasileira no exterior, à semelhança da
mais grave crise econômica da nossa história, é outra das heranças
malditas do governo do Partido dos Trabalhadores.
O embaixador Ricupero até tenta contemporizar, bem no tom do
diplomata experiente que é, elogiando algumas iniciativas do
ex-presidente Lula e do ex-chanceler Celso Amorim, que esteve à frente
do Itamaraty entre 2003 e 2010. Mas a verdade é que a diplomacia petista
obliterou o Ministério das Relações Exteriores e fez terra arrasada de
uma tradição de dois séculos de equilíbrio, bom senso e excelência,
perseguindo diplomatas não alinhados, aparelhando descaradamente a
máquina ministerial, abandonando interesses nacionais óbvios e apoiando
financeiramente regimes ditatoriais. O Itamaraty, que sempre se
orgulhara de fazer política de Estado, e não de governo, foi
praticamente posto de joelhos pela sanha ideológica de uma diplomacia
rasteira e nitidamente enviesada, estranha à vocação universalista do
Brasil. O Itamaraty foi posto de joelhos pela sanha ideológica de uma diplomacia rasteira e nitidamente enviesadaAinda mais, o avanço da operação Lava Jato e de suas ramificações nos Judiciários estrangeiros está revelando que muito desse processo se deveu não só à cegueira ideológica e ao autoritarismo tacanho, mas deu-se às custas da mais desbragada corrupção. Aqui como lá os companheiros só faziam lambuzar-se nos recursos sofridos do contribuinte brasileiro, notadamente pelo financiamento do BNDES a obras de interesse duvidoso no exterior. Isso só foi possível por uma operação de marketing pedestre, que contou com a vista grossa de muitos formadores de opinião e observadores desaviados: “Esse é o cara!”, declarava o ex-presidente Barack Obama sobre Lula em 2009, para a jactância dos petistas que, à época, convenientemente se esqueceram do seu antiamericanismo atávico.
Leia também: Diplomacia que se apequena (editorial de 27 de julho de 2014)
Que grande campanha publicitária foi essa, que não deixa nada a dever às maquinações do marqueteiro João Santana? Da mesma forma que o desempenho econômico brasileiro nos anos 2000 era vendido como mérito exclusivo do PT, enquanto se menosprezavam a bonança internacional do período e o legado positivo da estabilização econômica dos anos 1990, o protagonismo externo era creditado exclusivamente ao messianismo do “lulo-amorismo”, desconsiderando a inserção delicada e bem-sucedida do Brasil na ordem internacional, com a adesão a uma série de regimes, como o de não proliferação nuclear e os de direitos humanos, além do início de uma integração responsável com a América do Sul. Plantou-se a mentira estratégica, colheu-se a desmoralização quase completa.
Ricupero cita a importância do Brasil em matéria agrícola e ambiental. Mas nenhuma das posições em que a diplomacia brasileira ainda tem relevo é mérito dos delírios de grandeza da diplomacia “altiva e ativa” de Amorim. A imprescindibilidade do Brasil nas negociações comerciais agrícolas, por exemplo, é fruto do dinamismo e da eficiência do setor agrário, que remonta pelo menos à criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, em 1973. A centralidade nas discussões ambientais, por outro lado, deve-se ao fato de o país possuir a maior biodiversidade do mundo e uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, escolha política que antecede em muito o petismo. Mesmo as conquistas na proteção ao patrimônio natural da floresta Amazônica, que tanto se alardeia estarem em risco sob o governo de Michel Temer, começaram a degringolar ainda na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
O alto custo dessa trama macabra dos petistas no Itamaraty ainda será contabilizado por muito tempo. As dimensões do desastre são muitas e o próprio Ricupero reconheceu que “ninguém pode imaginar que o Itamaraty alavancará o Brasil se o país não acaba com a corrupção, não volta a crescer [e] não combate a miséria”. Mas não é só. Além de reformas de que o país precisa para retomar a estrada do crescimento sustentável e de punição exemplar, na forma da lei, para todos os corruptos que estenderam seus tentáculos sobre o Brasil desde 2003, será necessário garantir que nossa diplomacia seja resgatada – e ainda há diplomatas capacitados para tanto – e permaneça sempre como uma diplomacia de Estado. Não de governo, e muito menos dos companheiros.
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/a-imagem-do-desastre-8y9imwbxdmy5jup8isxg59ea1?utm_source=gazeta-do-povo&utm_medium=box-lista&utm_campaign=mais-quente-dia
domingo, 3 de junho de 2012
Inflacao de Barao: tem para todos os gostos
Tem Barão do Rio Branco em todo o Brasil, cidades, ruas, praças, avenidas, becos sem saída, restaurantes, quem sabe até em casas menos recomendadas?
Enfim, de tudo o que vem sendo visto por aí, e que ameaça nos dar indigestão de barão, esta é uma das melhores matérias que li, bem informativa para nossos estudantes.
Paulo Roberto de Almeida
DIPLOMACIA