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terça-feira, 16 de junho de 2020
Itamaraty estende tapete vermelho para monarquistas e olavistas - Jamil Chade (UOL)
sexta-feira, 8 de maio de 2020
Sob regime do medo, diplomatas aplaudem em silêncio críticas contra Araújo - Jamil Chade (UOL)
COLUNA
JAMIL CHADE
Sob regime do medo, diplomatas aplaudem em silêncio críticas contra AraújoNas sofisticadas embaixadas do Brasil pelo mundo ou nos corredores do Itamaraty em Brasília, a sexta-feira começou de alva lavada para centenas de diplomatas. O motivo: a publicação de um artigo assinado por Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes Ferreira, Celso Amorim, Celso Lafer , Francisco Rezek , José Serra , Rubens Ricupero e Hussein Kalout. Apesar de vertentes diferentes, todos eles denunciam de forma conjunta as violações à Constituição perpetradas pela gestão de Ernesto Araújo.
A carta que reúne os ex-chanceleres contra o atual ministro é inédita num organismo tradicionalmente tomado pela hierarquia e, claro, a diplomacia.
A publicação da análise e ataque foi recebida com uma mistura de alívio e aplausos. Alívio por explicitar o que muitos, dentro da instituição, pensam. Aplausos por escancarar as violações que se cometem.
Uma das esperanças é de que a carta deixe Araújo ainda mais vulnerável, num ambiente no qual ele sofre para conquistar o respeito até mesmo de seus subalternos.
Por grupos de Whatsapp e outros meios de comunicação, o texto dos ex-ministros circulou em alta velocidade desde as primeiras horas da manhã. Mas temerosos em relação a uma eventual punição, muitos deles pediam anonimato até mesmo sobre o fato de estar passando adiante o texto.
Araújo, desde seus primeiros atos, criou uma legião de desafetos nas bases de seu corpo diplomáticos. As críticas de parte importante do Itamaraty contra o chefe ocorrem de maneira discreta. Mas são contundentes.
Alguns chegaram a evitar colocar na parede de seus escritórios a foto do presidente. Em pelo menos um local, o retrato estava num corredor, próximo ao banheiro. Entre os mais velhos no serviço diplomático, a queixa é o desrespeito em relação à experiência existente e conhecimento.
Para outros, a perseguição foi uma realidade, com cargos sendo suspensos e nomeações canceladas. Vingativo, o atual gestor do ministério passou a adotar uma orientação profundamente ideológica, sem qualquer relação com o interesse nacional. O temor, entre muitos, é de que um sistema de controle e monitoramento tenha sido estabelecido.
Não por acaso, um dos principais ressentimentos é de que não podem, hoje, dar as caras para apoiar publicamente o texto, sob o risco de punições. Mas, para a grande maioria dos diplomatas, o maior problema não é pessoal. Mas sim o desmonte de tudo o que aprenderam sobre as tradições diplomáticas nacionais, do capital político do país no mundo, os ataques contra a Constituição e a deterioração do relacionamento com o mundo.
Não foram poucos os casos ainda de apoio irrestrito aos filhos do presidente Jair Bolsonaro, causando revolta interna. Um dos trechos mais comentados do texto foi ainda quando os ex-ministros mostram a ""solidariedade e decidido apoio aos diplomatas humilhados e constrangidos por posições que se chocam com as melhores tradições do Itamaraty".
"A reconstrução da política exterior brasileira é urgente e indispensável. Deixando para trás essa página vergonhosa de subserviência e irracionalidade, voltemos a colocar no centro da ação diplomática a defesa da independência, soberania, da dignidade e dos interesses nacionais, de todos aqueles valores, como a solidariedade e a busca do diálogo, que a diplomacia ajudou a construir como patrimônio e motivo de orgulho do povo brasileiro", dizem.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Os direitos "verdadeiramente" humanos dos governos Trump e Bolsonaro - Jamil Chade
EUA discutem redefinir direitos humanos no mundo; Brasil vê processo "útil"
Para os críticos e especialistas, o esforço de focar os trabalhos em "direitos inalienáveis" é, na realidade, uma tentativa de restringir os direitos que o governo tem a obrigação de proteger. Poderiam ser afetados direitos sexuais e a proteção de minorias, entre elas a comunidade LGBTQ e imigrantes.
Mulher-forte do governo Bolsonaro
"Prioridades políticas questionáveis"
Processo não tem supervisão, dizem democratas
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
A super riqueza de 22 homens e a extrema pobreza das mulheres africanas - Paulo Roberto de Almeida
quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
Brasil esconde ditadura e fala em anistiar crimes de desaparecimento - Jamil Chade (UOL)
À ONU, Brasil esconde ditadura e fala em anistiar crimes de desaparecimento
O governo tampouco condena o que ocorreu no país neste período.
"No Brasil, ações coordenadas nos campos administrativos, legislativos e de pesquisa, assim como na sociedade civil, têm sido implementadas nas últimas décadas, com o objetivo de promover a "não-repetição", explica o documento.