Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
Confesso minha limitação para entender esse manicômio em que se transformou o Brasil, apenas sei que a oposição ficou sem nenhuma função.
Na minha experiência profissional como defensor do liberalismo, sempre observei que a direita no Brasil transpira vaidade por todos os poros (luta central é sempre por cargos, títulos e patentes), consequentemente a união sadia é praticamente impossível. Como exemplo posso citar que até a presente data fui expulso de todos os grupos ditos liberais do quais participei. Basta ver o que Roberto Campos escreveu:
Estive certo quando tive todos contra mim (Roberto Campos).
Não sei se continuar solitário no meu liberalismo não seria melhor do que adquirir más companhias (Roberto Campos).
Talvez seja mais fácil lidar com os socialistas arrependidos do que com os capitalistas envergonhados (Roberto Campos).
O primeiro problema do liberalismo no Brasil é existirem poucos liberais (Roberto Campos).
O nacionalismo brasileiro não integra; divide (Roberto Campos).
O Brasil está tão distante do liberalismo como o planeta Terra da constelação de Ursa Maior (Roberto Campos).
A burrice não tem fronteiras ideológicas (Roberto Campos).
A América Latina se desapontou com o capitalismo antes de praticá-lo (Roberto Campos).
Não são muitos os brasileiros que, como eu, terão tido a bizarra experiência de ser enterrados vivos (Roberto Campos).
Grupos liberais fazem menção a três momentos históricos sobre o movimento nas redes sociais
A data foi palco de pelo menos três acontecimentos importantes que foram objeto de recordações e tributos de lideranças e movimentos liberais
Páginas e grupos liberais aproveitaram esta quarta-feira (17) para relembrar, em suas publicações nas redes sociais, três acontecimentos relevantes do movimento.
Um dos motivos é o nascimento do icônico liberal mato-grossense Roberto Campos, em 17 de abril de 1917. O notável ex-ministro, diplomata e intelectual completaria 102 anos se estivesse vivo e foi lembrado por lideranças do Partido Novo e interessados no trabalho do pensador. Ele foi um dos mais ativos adversários do projeto vencedor de Constituição em 1988, considerado por ele dirigista e obsoleto, e foi influenciado, marcadamente no fim da vida, pelos liberais austríacos.
A editora LVM, especializada em livros voltados ao pensamento liberal, libertário e conservador, e que publicou o livro “A Constituição contra o Brasil: Ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988”, do embaixador Paulo Roberto de Almeida, comentou que Roberto Campos é o “político liberal mais importante que o Brasil já teve, que dedicou a vida em defesa das ideias de liberdade”.
O engenheiro elétrico e analista de regulação Victor Ribeiro, que prepara um livro sobre Campos para a Livraria Resistência Cultural Editora, definiu o personagem como “um dos mais brilhantes economistas brasileiros, sempre à frente do seu tempo, mas, infelizmente, igualmente desmerecido”. O cientista político, membro do Livres e candidato à prefeitura de Porto Alegre pelo NOVO, Fabio Ostermann, e os deputados estaduais da sigla laranja, Alexandre Freitas (RJ) e Giuseppe Riesgo (RS), também prestaram suas homenagens.
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Cinco anos sem Henry Maksoud
O movimento Livres preferiu homenagear em suas redes sociais outra personalidade liberal, também influenciada pelos liberais austríacos, especialmente por Friedrich Hayek: o empresário e ativista Henry Maksoud. Maksoud foi lembrado não por seu aniversário de nascimento, que seria em 8 de março – ele nasceu em 1929 -, mas pelos exatos cinco anos de seu falecimento.
O empresário foi um dos mais ativos divulgadores do pensamento liberal e da proposta hayekiana de um sistema político alternativo à democracia liberal, a chamada “demarquia”. O Livres enfatizou as críticas de Maksoud à ditadura militar, “mesmo quando isso levou prejuízos às suas empresas”. O movimento destacou ainda a dificuldade do empresário de defender suas ideias sob a censura do regime sob o qual o Brasil esteve entre os anos 60 e 80 e sua perseverança, comprando a Revista Visão para fazer dela “sua principal arma contra uma ditadura que prendia, torturava e matava adversários”.
Roberto Campos e Maksoud estiveram ladeados, por exemplo, no Fórum da Liberdade de 1988, mas de certo modo existe uma diferença entre os dois nesse aspecto: Campos foi ministro do primeiro governo militar, o de Castelo Branco, e embaixador do Brasil em Londres no governo Geisel.
Roberto Campos nasceu em 17 de abril de 1917, no Mato Grosso, e se tornou no maior estadista do Brasil, um dos grandes intelectuais, um economista e diplomata que lutou para transformar o Brasil. Nesta data, o economista liberal Luiz Alberto Machado enviou-me sua homenagem ao grande brasileiro: Caros Amigos
Segue minha homenagem a Roberto Campos no dia em que completaria 102 anos.
3101. “Roberto
Campos, 100 anos: sempre atual”, Brasília, 9 abril 2017, 3 p. Artigo para a
página de Opinião do Estado de S. Paulo, falando dos dois livros sendo lançados
dia 17/04: O Homem que Pensou o Brasil,
e Lanterna na Proa. Publicado no
jornal O Estado de S. Paulo
(15/04/2016; link: http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,roberto-campos-100-anos-e-sempre-atual,70001738944).
Relação de Publicados n. 1244.
3095. “Roberto
Campos: o homem que pensou o Brasil”, Brasília, 19 março 2017, 15 p.
Reformulação dos textos 3088 e 3090, para servir de capítulo introdutório ao
livro sobre Roberto Campos; in: Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória
intelectual de Roberto Campos; (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN:
978-85-473-0485-0), p. 19-33. Relação de Publicados n. 1251.
3094. “O homem
que pensou o Brasil: textos editoriais”, Brasília, 18 março 2017, 4 p. Textos
diversos para a parte editorial do livro, inclusive para orelhas e quarta capa,
encaminhado junto com foto e outros dados. Revisão da nota de quarta página
para integrar folheto do Senado Federal sobre Roberto Campos, em 20 linhas
(27/03). Depoimento prestado em sessão especial do Senado Federal, em 17/04/2017 (YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=XobuvjMuy7k&t=189s).
Relação de Publicados n. 1251.
3088. “Roberto
Campos: uma vida a serviço do progresso do Brasil”, Brasília, 28 fevereiro 2017,
7 p. Introdução ao livro sobre Roberto Campos, consistindo numa reformulação
ampliada do trabalho 3059/2016; Publicado, sob o título de “Roberto Campos: o
homem que pensou o Brasil”, in: Paulo Roberto de Almeida (org.), O Homem que Pensou o Brasil: trajetória
intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris, 2017, 373 p.; ISBN:
978-85-473-0485-0), p. 19-33. Relação de Publicados n. 1252.
3087. “Roberto
Campos: uma trajetória intelectual no século XX”, Brasília, 28 fevereiro 2017,
140 p. Colaboração a livro organizado por mim em torno da vida, da obra e do
pensamento do diplomata-economista que se tornou um dos maiores estadistas do
Brasil. Revisão ampliada a 144 p. em 2/03/2017. Publicado in: Paulo Roberto de
Almeida (org.), O Homem que Pensou o
Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Editora Appris,
2017, 373 p.; ISBN: 978-85-473-0485-0), p. 203-356. Relação de Publicados n.
1251.
3081. “Bretton
Woods: o aprendizado da economia na prática”, Brasília, 7 fevereiro 2017, 4 p. Colaboração
a obra coletiva sobre Roberto Campos, organizada por Paulo Rabello de Castro (paulo@rcconsultores.com.br) e Ives
Gandra Martins (ivesgandra@gandramartins.adv.br).
Publicado no livro organizado pela Resistência Cultural Editora (joseloredo@resistenciacultural.com.br).
Publicado in: Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro (orgs.), Lanterna na Proa: Roberto Campos ano 100
(São Luís, MA: Resistência Cultural Editora, 2017, 344 p; ISBN:
978-85-66418-13-2), p. 52-56. Reproduzido no blog Diplomatizzando (05/08/2017; link: https://diplomatizzando.blogspot.com.br/2017/08/bretton-woods-o-nascimento-da-atual.html).
Relação de Publicados n. 1249.
3274.
“Roberto Campos e a utopia constitucional: releitura de
seus escritos”, Brasília, 19 maio 2018, 2 p. Esquema para compilação e
republicação de artigos de jornal de Roberto Campos, republicados, em sua maioria,
em antologias de editoras. Envio de draft book em 01/06/2018.
3306.
“Roberto Campos e a utopia constitucional brasileira”,
Brasília, 23 julho 2018, 36 p. Ensaio sobre os temas
constitucionais na obra de Roberto Campos, com destaque para suas antologias e
o livro de memórias. Para publicação coletiva e volume compilando os artigos de
Roberto Campos sobre o tema. Integrado em formato ampliado ao
livro composto para essa finalidade: trabalho n. 3315.
3313. “Roberto
Campos e a trajetória inconstitucional brasileira”, Brasília, 3 agosto 2018, 44
p. Revisão conjunta dos trabalhos 3310 e 3306, para servir como introdução ao
livro Roberto Campos e a utopia
constitucional brasileira. Nova revisão em 17/08/2017, com nova separação
dos trabalhos 3306 e 3310, para elaboração de prefácio sob minha própria
responsabilidade.
3314. “A
Constituição brasileira contra o Brasil: uma análise de seus dispositivos
econômicos”, Brasília, 4 agosto 2018, 40 p. Revisão do trabalho 2505, para fins
de inclusão como capítulo final no trabalho n. 3315, livro Roberto Campos e a utopia constitucional brasileira.
3315. A Constituição Contra o Brasil: ensaios de
Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988, Brasília, 3
agosto 2018, 370 p. Livro constante de dois trabalhos meus, n. 3306, combinado
ao 3310, e n. 3314, e de 65 artigos de Roberto Campos sobre temas da
Constituinte e da Constituição de 1988. Em publicação pela LVM Editora. Revisto
em 19/08/2018.
3329. “Roberto Campos,
um humanista da economia na diplomacia”, Brasília, 18
setembro 2018, 32 p. Ensaio para a 3ra. edição do livro
O Itamaraty na Cultura Brasileira
(edição original: 2001), com título definitivo ainda indefinido. Revisto em
21/09/2018.
3331. “A Constituição Contra o Brasil: Correções”, Brasília, 21 setembro 2018, 2 p. Revisão completa da
prova apresentada em 20/09/2018 para a impressão do livro. Publicado: Paulo Roberto de Almeida (org.), Roberto
Campos, A Constituição Contra o Brasil:
ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988
(São Paulo: LVM, 2018, 448 p.; ISBN: 978-8593751394).
Relação de Publicados n. 1292.
3365. “Trinta anos
da Constituição: evento no Mackenzie”, Brasília, 27 novembro 2018, vídeo em
QuickTime, de 6ms, com comentários sobre Roberto Campos e sua postura em face
da CF-1988, remetendo à obra: Paulo Roberto de Almeida (org.), Roberto Campos, A Constituição Contra o Brasil: ensaios de
Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (São Paulo:
LVM, 2018, 448 p.; ISBN: 978-8593751394).
Postado no YouTube (link: https://youtu.be/ZDxNxFQvSUw). Gravação
alternativa feita por câmera de vídeo, de menor duração (3ms), também carregada
no YouTube (link: https://youtu.be/wpifxapYfBw);
ambos disponíveis no Canal Pessoal do YouTube (link: https://www.youtube.com/user/paulomre/videos).
Divulgado, com texto do Prefácio, na plataforma Academia.edu (28/11/2018; link:
https://www.academia.edu/37864650/A_Constituicao_Contra_o_Brasil_Ensaios_de_Roberto_Campos).
Relação de Publicados n. 1295.
Tenho outros trabalhos mais antigos, como por exemplo um encontro no céu entre Roberto Campos, Milton Friedman, Keynes, Marx e outros. Mas deixo para outra oportunidade.