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domingo, 19 de abril de 2020

Venezuela: um novo desastre da diplomacia brasileira - Elianah Jorge (RFI)

Sem representação diplomática, brasileiros aguardam resgate na Venezuela... 
Elianah Jorge
Correspondente da RFI Brasil em Caracas
18/04/2020 10h33
Os brasileiros que moram, estavam de passagem ou os que estão em prisões na Venezuela, foram pegos de surpresa pelo encerramento das atividades da embaixada e dos consulados do Brasil no país comandado por Nicolás Maduro. 
Nem mesmo a quarentena imposta pela pandemia da Covid-19 fez Brasília adiar os planos divulgados em fevereiro passado. Com a radical decisão, o governo de Jair Bolsonaro congelou as atividades diplomáticas na Venezuela para isolar politicamente o governo bolivariano.
A rusga acabou gerando um grande problema para os brasileiros. Entre eles, estão os que anseiam ser resgatados pelo Itamaraty para voltar ao Brasil.
É o caso da cirurgiã-dentista Telma Lúcia Mota de Castro. Ela chegou na Venezuela em 27 de fevereiro para participar da formatura do filho. Quando foi ao consulado brasileiro em Caracas pedir um documento, soube que o local seria fechado.
Tanto o consulado-geral como os três vice-consulados do Brasil na Venezuela encerraram as atividades em 26 de março deste ano. Os mais de 10 mil brasileiros inscritos no cadastro consular não foram avisados.
Com o voo de volta cancelado por causa da pandemia, Telma recorreu ao Itamaraty. A princípio, não obteve resposta. Dias depois, recebeu informações através do número do Gabinete de Gestão de Crise para a América do Sul.
"Eu realmente preciso voltar. Onde eu estou não tem água; a luz vai e vem, assim como a internet. Antes a gente tinha racionamento e agora a gente está sem água, realmente. Está muito difícil", afirma ela à RFI.
O site do Consulado-Geral do Brasil em Caracas informa que "a comunidade brasileira residente na Venezuela poderá acessar o Portal Consular do Itamaraty para obter informações sobre assistência consular".
Até o fechamento desta matéria, o Itamaraty não havia respondido à RFI onde os brasileiros podem fazer os trâmites consulares após o encerramento das atividades diplomáticas na Venezuela.
No entanto, o Ministério de Relações Exteriores (MRE) informou que "temos conhecimento de nove brasileiros não residentes que lá se encontram. Há outros brasileiros, residentes permanentes no país, que procuraram o grupo especial de crise para inquirir sobre a possibilidade de apoio consular. Até o momento, sabemos de 32 nacionais nessa categoria, cujas condições estão sendo estudadas para verificarmos que tipo de auxílio pode ser prestado".

Resgate sob pressão

Os brasileiros veem o voo de resgate como a única alternativa para voltar ao Brasil. Foi o que declarou um empresário à RFI, mas sem se identificar: "Se a gente não conseguir embarcar, vamos ficar presos aqui por tempo indeterminado".
O Itamaraty havia organizado apenas o voo para levar de volta os diplomatas e adidos militares que estavam em missão na Venezuela. Mas a pressão gerada pelos incessantes pedidos de resgate levou Brasília a reavaliar a situação. No avião que levou os integrantes do corpo diplomático na última sexta-feira (17), embarcaram pelo menos 14 cidadãos brasileiros.
Outro voo organizado pelo Itamaraty para a retirada de brasileiros está sendo esperado para esta segunda-feira (20). É nele que o jogador de futebol Igor Brodani da Luz pretende voltar pra casa. Após mais de 20 dias tentando contato com o Itamaraty, foi avisado sobre o possível voo.
O problema é que ele está em Maturin, no nordeste venezuelano e a pelo menos nove horas de estrada até Caracas. Não bastasse a distância, há outro empecilho. "Na região onde eu estou não está tendo gasolina, então estamos tentando achar alguma forma em conjunto", diz.
Apesar de a Venezuela possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo, falta combustível em todo o país. As filas diante dos postos de gasolina são quilométricas. Boa parte da frota está parada.
Por causa da rígida quarentena, o jogador do Monagas Sport Club precisa pedir um documento às autoridades venezuelanas para poder passar de um estado ao outro até chegar a Caracas, onde irá se encontrar com outros brasileiros que serão resgatados pelo Itamaraty.

Ajuda das Forças Armadas da Venezuela

Já Maria Luiza Rodrigues Motta, ex-funcionária do vice-consulado brasileiro em Puerto Ayacucho (no sul venezuelano), precisou recorrer à Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) para conseguir sair da Venezuela com a filha.
Antes, porém, ela entrou em contato com a Divisão de Assistência Consular (DAC) para pedir vaga no avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o mesmo no qual voltarão ao Brasil os funcionários do Itamaraty na Venezuela.
"Eu tive que sair com o apoio dos militares venezuelanos, não do governo brasileiro porque eu não tive resposta de ninguém. Até cheguei, praticamente, a suplicar que me ajudassem mas, infelizmente, a ordem era retirar apenas os diplomatas. E os cidadãos brasileiras (ficaram) à deriva".
Já o garimpeiro Luis Rodrigues Amorim decidiu tentar a sorte em uma nova jazida, localizada nas imediações da região amazônica de Puerto Ayacucho. Não teve sorte. "A mina era ruim", segundo ele. Sem dinheiro para voltar para casa em Boa Vista, no norte do Brasil, graças à solidariedade de uma família brasileira ele "não dorme na rua, nem passa fome".
Os recursos nesta cidade são escassos. Falta sinal de telefonia e a conexão de internet é precária."A gente procurou o consulado, mas o consulado já estava fechado. Tinha encerrado todas as atividades. Então a gente não pôde fazer mais nada", contou.
O brasileiro Roberto Coimbra é um publicitário renomado na Venezuela. Foi nomeado cônsul honorário do Brasil no estado Nueva Esparta (onde está a caribenha Ilha de Margarita) pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003). Os seguintes presidentes brasileiros o mantiveram a designação no cargo até que, em 31 de março deste ano, as funções de Roberto foram cessadas com a saída do corpo diplomático.
Foi através da cônsul-geral do Brasil em Caracas que ele soube do encerramento das atividades diplomáticas do Brasil na Venezuela. "Oficialmente o Brasil não tem mais nenhum representante consular ou diplomático no território venezuelano. Nós, brasileiros, estamos de certa maneira esperando algum tipo de informação por parte do Brasil sobre como proceder em caso de necessidade. Ou resolver atividades corriqueiras como é tirar ou renovar um passaporte ou oficializar algum tipo de documentação".
A gravidade da falta de representação diplomática representa um risco para os brasileiros, sobretudo aos que estão nas cadeias venezuelanas. Funcionários do Itamaraty faziam as visitas e os auxiliavam nos trâmites com a Justiça venezuelana.
"Abandonam cerca de 25 presos que estão em situação catastrófica nas prisões venezuelanas, e de longe não vai ajudar em nada a resolver a situação política que a gente está enfrentando", reitera.
Na opinião de Roberto Coimbra, faltou informação: "Eu estou seguro de que nenhum dos brasileiros que vivem aqui receberam nenhum tipo de informação oficial sobre essa saída".
Questionado pela RFI, o Itamaraty, não respondeu, até o fechamento desta reportagem, onde os brasileiros que moram na Venezuela devem se dirigir para fazer os trâmites consulares.
Para Coimbra, "a decisão (de fechar os postos diplomáticos na Venezuela) foi precipitada porque abandona os interesses que o Brasil tem na Venezuela, de longa data. Abandona os brasileiros que estão aqui - os residentes e os em viagem".

Avião de guerra para diplomatas

Um problema de logística quase colocou por água abaixo o voo que sairia esta sexta-feira com os diplomatas, adidos militares e suas respectivas famílias. Para fazer o traslado pessoal e de parte da mudança dos funcionários em missão na Venezuela, a Força Aérea Brasileira tinha previsto aterrissar um avião Hércules na Rampa Quatro, setor do principal aeroporto da Venezuela destinado a aeronaves de caráter estatal.
No entanto, na hora do recebimento da autorização para pousar, o Ministério da Defesa venezuelano impôs empecilhos alegando que o Hércules é uma aeronave de guerra.

sábado, 7 de março de 2020

Venezuela: retirada do pessoal não ajuda nada - Felippe Ramos


Fechar embaixada em Caracas seria erro

Brasil ficaria isolado de contatos diretos com as lideranças opositoras
O governo Bolsonaro avalia reduzir a rede diplomática e consular na Venezuela, o que incluiria, segundo a imprensa, o fechamento da embaixada do Brasil em Caracas. A decisão estaria alinhada com a orientação de isolar o regime de Nicolás Maduro. No entanto, as consequências seriam diversas às pretendidas. 
Primeiro, sem a presença de um corpo diplomático protegido por convenções internacionais, o próprio governo brasileiro seria isolado de contatos diretos com as lideranças opositoras. Isso reduziria a qualidade e a velocidade de nosso acesso a informações estratégicas e a nossa capacidade de intervir através de negociações com múltiplos atores dos vários lados da disputa. 
Em segundo lugar, a embaixada é um espaço que pode servir de abrigo para lideranças opositoras ameaçadas. Leopoldo López, por exemplo, refugiou-se na residência do embaixador espanhol para fugir da prisão domiciliar que reputava injusta. Em abril de 2019, a embaixada do Brasil em Caracas concedeu asilo a 25 militares venezuelanos que desertaram das fileiras das Forças Armadas controladas por Maduro. Sem embaixada, esse tipo de proteção não existiria, o que reduziria nossa capacidade de intervenção e deixaria os opositores mais desprotegidos. 
Finalmente, uma embaixada oferece uma ampla gama de possibilidades de ações estratégicas. Através do envio de adidos das Forças Armadas e das agências estatais, um país pode realizar atividades de inteligência e manter contatos inclusive com o regime inimigo, o que é fundamental para evitar erros de cálculo na dosagem das ações. 

A lógica das relações internacionais e da geopolítica é complexa e, por vezes, contraintuitiva. Na verdade, para obter resultados alinhados à sua orientação, o governo deveria fortalecer sua posição diplomática em Caracas. Atuar contra o regime Maduro exige mais, e não menos, engajamento e investimento. Quanto maior a crise com um país vizinho estrategicamente importante, mais o contato protegido por imunidades diplomáticas se torna necessário. 
Alcançar resultados concretos depende da avaliação pragmática do cenário e da capacidade de mudar o rumo das ações em busca da maior eficiência. Juan Guaidó, o presidente da Assembleia venezuelana a quem o Brasil reconhece como presidente do país, não conseguiu substituir Maduro e não há sinais de que conseguirá no curto prazo. A estratégia do Brasil não pode limitar-se a apoios e atos simbólicos.
Em termos concretos, a presença de diplomatas e oficiais de inteligência permitiria entender as divisões internas do regime e manter contato com possíveis insiders insatisfeitos com Maduro. Permitiria, também, buscar fortalecer a oposição interna e antever novos líderes. Simultaneamente, a presença brasileira no país nos deixaria mais bem posicionado como stakeholder para dialogar com potências que sustentam o regime e às quais temos acesso privilegiado através do Brics. Hoje, a Rússia fornece apoio militar e político e a China e a Índia dão apoio financeiro e comercial para a Venezuela. Seria possível, ainda, ser o braço que os Estados Unidos não podem ter dentro do país, aproveitando positivamente o alinhamento com o presidente Donald Trump para potencializar nossa projeção. 
Por último, às vezes é preciso cooperar até mesmo com o inimigo quando há ameaças comuns a ambos. O país vizinho ainda não teve casos publicamente registrados de infectados pelo novo coronavírus. Mas a propagação mundial da doença nos permite prever que a possível chegada dessa ameaça à Venezuela teria consequências catastróficas, devido às condições precárias de saúde da população e da incapacidade do governo de lidar com a crise humanitária já instalada. Ajudar a população venezuelana em seu próprio país reduziria os efeitos da migração descontrolada de infectados em busca de apoio médico no Brasil.
Trabalhei três anos em Caracas em cooperação com a Embaixada do Brasil e os contatos se tornaram mais importantes justamente quando começou a haver crise na relação bilateral. A experiência e os livros ensinam que fechar a embaixada seria uma decisão equivocada. Ainda há tempo para tomar a decisão correta. 
Felippe Silva Ramos é professor de Relações Internacionais da Universidade Salvador e foi pesquisador da missão do Ipea em Caracas entre 2012 e 2014

Venezuela: retirada do pessoal diplomático é "sem precedentes"- Rubens Barbosa

Excelente entrevista do embaixador Rubens Barbosa sobre a retirada TOTAL do pessoal diplomático e administrativo de TODOS os postos – embaixada, consulado geral, vice-consulados – do Brasil na Venezuela.
Como disse o embaixador Rubens Barbosa, a medida é "SEM PRECEDENTES". 
Eu acrescentaria: "sem precedentes e SEM EXPLICAÇÕES", pois equivale a uma "ruptura de relações de governo a governo", sem ser uma ruptura de relações diplomáticas, tal como regulada pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961.
Ou seja, não houve comunicação por nota ao governo Maduro – com o qual o governo Bolsonaro não mantém relações, mas é o que controla de fato toda a jurisdição da Venezuela, e isto é critério para saber qual governo manda no país, independentemente de seu status, se democracia eleita, se ditadura não declarada, e sempre foi o critério seguido nas relações internacionais – e sequer houve comunicação interna, no Brasil, sobre uma medida excepcional, que equivale, para todos os efeitos, a uma ruptura de relações diplomáticas, sem o ser formalmente.
Não existe sequer uma nota, entrevista, explicação da chancelaria brasileira a gesto tão inusitado nas relações exteriores do Brasil, sem precedentes em nossos anais diplomáticos, e sem qualquer explicação ou elaboração a respeito, por parte do governo ou da chancelaria.
Tenho minhas especulações sobre a medida, mas vou aguardar alguns dias – ou talvez a visita de Bolsonaro a Trump – para formular meus argumentos sobre o caso.
Infelizmente, não consegui acesso à versão digital da matéria no Estado de S. Paulo desta sexta-feira 6/03/2020 (por incrível que pareça, o Clipping nacional do Itamaraty parou na TERÇA-FEIRA 3/03/2020, sem qualquer explicação sobre as lacunas de informação). 
Paulo Roberto de Almeida

Atos publicados no Diário Oficial da União de 05/03/2020
PORTARIAS DE 4 DE MARÇO DE 2020
MINISTRO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, de acordo com o disposto no art. 18, parágrafo 3°, do Decreto n° 93.325, de 1° de outubro de 1986, resolve:
Remover ex officio ELZA MOREIRA MARCELINO DE CASTRO, ministra de primeira classe do Quadro Especial da carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores, do consulado-geral do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
MINISTRO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, de acordo com o disposto no art. 18, inciso II, do Decreto n° 93.325, de 1° de outubro de 1986, e nos termos da Lei n° 11.440, de 29 de dezembro de 2006, resolve:
Remover ex officio FRANCISCO CHAVES DO NASCIMENTO FILHO, conselheiro do Quadro Especial da carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores, do consulado do Brasil em Ciudad Guayana para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio CARLOS LEOPOLDO GONÇALVES DE OLIVEIRA, conselheiro da carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores, da embaixada do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio RODOLFO BRAGA, conselheiro da carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores, da embaixada do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
ERNESTO ARAÚJO
PORTARIAS DE 4 DE MARÇO DE 2020
SECRETÁRIA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA, conforme o disposto na Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006; de acordo com o art. 24, § 3º, da Lei nº 8.829, de 22 de dezembro de 1993, regulamentada pelo Decreto nº 1.565, de 21 de julho de 1995, e de conformidade com a Portaria de delegação de competência publicada no Diário Oficial da União de 26 de junho de 1996, resolve:
Remover ex officio ANA MARIA FRAZÃO GOMES, assistente de chancelaria, classe C, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, da embaixada do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio LEILA FARIAS SANTOS, assistente de chancelaria, classe E, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, da embaixada do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio VANDERLI PEREIRA DA SILVA, assistente de chancelaria, classe C, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, do consulado-geral do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio JUCIELMO ABREU PEREIRA, assistente de chancelaria, classe E, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, do consulado-geral do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio LEOPOLDO SOARES CAMPOS, assistente de chancelaria, classe E, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, do consulado do Brasil em Ciudad Guayana para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio HÉLIO DE ARAÚJO LOBO, oficial de chancelaria, classe E, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, do vice-consulado do Brasil em Puerto Ayacucho para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio EWERTON LUIZ SILVA DE OLIVEIRA, oficial de chancelaria, classe C, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, do vice-consulado do Brasil em Santa Elena do Uairen para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio MANOEL MOREIRA DA SILVA, assistente de chancelaria, classe E, padrão V, do Ministério das Relações Exteriores, do vice-consulado do Brasil em Santa Elena do Uairen para a Secretaria de Estado.
SECRETÁRIA DE GESTÃO ADMINISTRATIVA, conforme o disposto no art. 58 da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006; e de acordo com a Portaria de delegação de competência publicada no Diário Oficial da União de 26 de junho de 1996, resolve:
Remover ex officio EDEILDE PEREIRA GUIMARÃES, agente administrativa, classe E, padrão III, do Quadro Permanente de Pessoal do Ministério das Relações Exteriores, da embaixada do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio MARIA LÍDIA MACHADO DE FREITAS, administradora, classe E, padrão III, do Quadro Permanente de Pessoal do Ministério das Relações Exteriores, da consulado-geral do Brasil em Caracas para a Secretaria de Estado.
Remover ex officio ANTONIO ALVES BEZERRA, agente administrativo, classe E, padrão III, do Quadro Permanente de Pessoal do Ministério das Relações Exteriores, do consulado do Brasil em Ciudad Guayana para a Secretaria de Estado.
CLÁUDIA FONSECA BUZZI


segunda-feira, 2 de março de 2020

Brasil evalúa cerrar su embajada en Caracas para aislar aún más a Maduro


Venezuela:

Brasil evalúa cerrar su embajada en Caracas para aislar aún más a Maduro

La agencia Bloomberg adelantó que el gobierno de Bolsonaro podría retirar a todo su personal diplomático en dos meses
InfoBae, 2/03/2020

El líder de la oposición venezolana Juan Guaidó le da la mano al presidente de Brasil Jair Bolsonaro después de una reunión en Brasilia, Brasil el 28 de febrero de 2019.
El líder de la oposición venezolana Juan Guaidó le da la mano al presidente de Brasil Jair Bolsonaro después de una reunión en Brasilia, Brasil el 28 de febrero de 2019. 
Brasil planea retirar su personal diplomático de Venezuela en el último intento de aumentar el aislamiento del gobierno de Nicolás Maduro, dijo un alto funcionario citado por Bloomberg.
El funcionario, que está directamente involucrado en el proceso pero no se le permite discutirlo públicamente, dijo que los funcionarios brasileños y pro-Maduro comenzarán a discutir sus respectivas representaciones diplomáticas tan pronto como la próxima semana.
Brasil espera retirar a sus funcionarios de Caracas en dos meses, dijo la fuente.
El presidente brasileño Jair Bolsonaro, aliado de los Estados Unidos, reconoce al líder de la oposición Juan Guaidó como el líder legítimo de Venezuela y le ha otorgado al enviado de Guaido en Brasilia el estatus de embajador pleno.
La campaña de Estados Unidos para intentar desplazar a Maduro con sanciones económicas, aislamiento diplomático y apoyo a Guaidó no ha logrado hasta ahora desalojar al venezolano, que ha permanecido sólidamente atrincherado y con el aparente apoyo de sus militares.
Guaidó también cuenta con el respaldo de Colombia y de docenas de otros aliados de EE.UU.. En abril pasado, trató de liderar un levantamiento contra el Maduro que se derrumbó después de que la mayoría de las fuerzas armadas se negaran a unirse. A pesar de esto, Maduro se ha abstenido de detenerlo, posiblemente temiendo la reacción de los Estados Unidos.
Nicolás Maduro (EFE)
Nicolás Maduro (EFE) 
La presión diplomática sigue siendo un elemento clave de la estrategia para derrocar a Maduro, aunque la campaña de Guaidó parece haber perdido impulso en los últimos meses, dijo el funcionario. Actualmente hay alrededor de 15 empleados del Ministerio de Relaciones Exteriores y agregados en la embajada de Caracas.
Bolsonaro se ha abstenido de expulsar a los diplomáticos leales a Maduro que permanecen en Brasil, en su mayoría con acreditaciones caducadas. Eso ha dejado a los funcionarios de ambos lados luchando por cumplir con las convenciones diplomáticas o manejar los asuntos consulares.
Si bien el plan es cerrar efectivamente la embajada, Brasil busca mantener una presencia limitada en Venezuela para ayudar con las necesidades consulares de los nacionales y preservar los bienes brasileños en el país, incluyendo la residencia del embajador.
La fuente dijo que Brasil no planea expulsar a los funcionarios de Maduro en Brasilia, pero espera un movimiento recíproco del líder venezolano después de que los diplomáticos brasileños dejen Caracas.
El Ministerio de Relaciones Exteriores de Brasil se negó a hacer comentarios. El Ministerio de Relaciones Exteriores de Venezuela no respondió inmediatamente a un correo electrónico que buscaba un comentario enviado fuera del horario normal de trabajo.
Los diplomáticos venezolanos destinados en el extranjero han estado luchando desde 2019, cuando más de 50 países declararon que la reelección de Maduro estaba amañada y declararon al presidente de la Asamblea Nacional, Guaidó, como presidente de la nación.
Países como Estados Unidos y Colombia cerraron sus embajadas en Caracas, expulsaron a los diplomáticos de Maduro y aceptaron como embajadores a enviados alineados con Guaidó. Aunque también reconocieron al opositor, los países europeos siguieron recibiendo a los funcionarios de Maduro y mantuvieron una presencia diplomática en Venezuela.
En muchos países, incluido el Brasil, los diplomáticos leales a Maduro tienen dificultades para cobrar sus sus salarios debido a las sanciones financieras impuestas por los Estados Unidos.
Con información de Bloomberg

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Venezuela: regime Maduro se mantem, situação social se deteriora (WP)

The Washington Post
Today's WorldView
 
 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Venezuela: a confusa atuação diplomática dos EUA para pressionar a saída de Maduro

Que o governo de Trump seja um perfeito retrato da confusão mental que domina seu principal ator, disso não há dúvida. Que essa confusão afeta igualmente a sua "diplomacia", isso também não é novidade.
Nesta matéria, alguns detalhes sobre essa confusão, que pode ter algum significado para a igualmente confusa diplomacia brasileira em relação ao mesmo assunto.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 30/12/2019


Trump’s lawyer and the Venezuelan president: How Giuliani got involved in back-channel talks with Maduro


Venezuelan President Nicolás Maduro with senior military officers in Caracas on May 24, 2018. (Wil Riera/Bloomberg News)
Venezuelan President Nicolás Maduro with senior military officers in Caracas on May 24, 2018. (Wil Riera/Bloomberg News)
The international call came in September 2018, after months of rising tension between the United States and Venezuela, a key strategic player in South America.
On one end of the line was Venezuela’s socialist president, the pariah leader of a disintegrating economywhom President Trump’s administration was seeking to isolate.
On the other end: the U.S. president’s personal attorney Rudolph W. Giuliani and then-Rep. Pete Sessions (R-Tex.).

Both were part of a shadow diplomatic effort, backed in part by private interests, aimed at engineering a negotiated exit to ease President Nicolás Maduro from power and reopen resource-rich Venezuela to business, according to people familiar with the endeavor.
Sessions had served as emissary in the back-channel effort, visiting Maduro in Caracas that spring. The phone call, which Giuliani joined, was a follow-up to that visit, Sessions’s spokesman Matt Mackowiak told The Washington Post.
The phone conversation involving the Venezuelan president and Trump’s personal lawyer, which has not been previously reported, provides another example of how Giuliani used his private role to insert himself into foreign diplomacy, alarming administration officials confused about whose interests he was representing.
Giuliani operated a similar campaign this year in Ukraine, where he pressured officials to announce investigations to benefit Trump — an endeavor that led to the president’s impeachment this month.
The impeachment inquiry pushed into the spotlight consulting work Giuliani has undertaken around the globe even as he has been representing Trump at no charge. His freelancing has triggered concerns among White House officials that his intercessions have muddied and at times undercut official U.S. policy, according to people familiar with the worries, who, like others cited in this story, spoke on the condition of anonymity to describe internal discussions. Meanwhile, federal prosecutors are scrutinizing the former New York mayor as part of an investigation into possible foreign lobbying violations.
Word of Giuliani’s call with Maduro eventually reached White House officials who did not know why he was involved, according to one former senior administration official.
Giuliani’s willingness to talk with Maduro in late 2018 flew in the face of the official policy of the White House, which, under national security adviser John Bolton, was then ratcheting up sanctions and taking a harder line against the Venezuelan government.
Around the time of the phone call, Giuliani met with Bolton to discuss the off-the-books plan to ease Maduro from office — a plan Bolton vehemently rejected, two people familiar with the meeting said.
Giuliani did not respond to multiple requests for comment. A lawyer for Bolton declined to comment. The White House did not respond to requests for comment.
In January 2019, the United States formally recognized Maduro’s rival Juan Guaidó as president, a policy move backed by Bolton. Later in the year, Giuliani would pick up a client in the region: a Venezuelan tycoon under investigation by the Justice Department for possible money laundering.
It is not clear why Giuliani became involved in the back-channel negotiations with Venezuela’s president or the extent of his role. But the tale of behind-the-scenes talks with Maduro offers another example in which the president’s personal attorney aligned with private interests to try to sway U.S. foreign policy. And the episode involves some of the figures who played a role in the Ukraine effort — including Sessions, an 11-term congressman who pushed for the ouster of the U.S. ambassador to Ukraine around the time he met with Giuliani associate Lev Parnas in 2018.
Sessions, who lost his seat that November and is now running for Congress in another Texas district, said through his spokesman that he has known Giuliani for three decades but has never worked with him on any private-sector activities.

Back-channel mission


When Trump took office, he promised to take a tougher stand against Maduro, who has been Venezuela’s president since the 2013 death of leader Hugo Chávez and has grown increasingly repressive, even as his country has sunk into economic crisis.
That approach had the backing of Republicans in Florida, which has large and politically engaged Venezuelan and Cuban communities. Sen. Marco Rubio (R-Fla.) accused then-President Barack Obama of failing to hold Maduro accountable and of naively pursuing negotiations that failed to remove him from office.
Trump’s personal interest in the country was piqued by a February 2017 White House visit by Lilian Tintori, the wife of a prominent Venezuelan political prisoner. She was also a former kite-surfing champion who had appeared in that country’s version of the reality show “Survivor.”
Trump quickly adopted Venezuela as a cause, surprising some in the human rights community, who noted that he did not show similar interest in abuses in countries such as North Korea and Russia.
That year, the Trump administration labeled Venezuela’s vice president a drug kingpin and froze his assets in the United States. It also imposed economic sanctions on Venezuelan companies and banned travel to the United States by government officials and their families.
“This corrupt regime destroyed a prosperous nation by imposing a failed ideology that has produced poverty and misery everywhere it has been tried,” Trump declared before the U.N. General Assembly in September 2017. “To make matters worse, Maduro has defied his own people, stealing power from their elected representatives to preserve his disastrous rule.”
Conditions worsened in Venezuela, where there were frequent shortages of basic goods including food and medicine, runaway inflation and spates of civil unrest. But Maduro remained in power.
In February 2018, Maduro announced that a presidential election would be held that spring. But most opposition candidates would be banned from running, leading to fears that the vote would be a sham election used to consolidate his power.
U.S. business executives with interests in Venezuela, among them Harry Sargeant III, the chief executive of a Florida-based global energy and shipping company who has worked extensively in the country, began encouraging negotiations to ease Maduro out of office.
In a statement, Sargeant said he “supported the idea of a back channel based on my over 30 years of firsthand experience in Venezuela and my observation of the political dynamic going on in Caracas at the time.”
“I believed then and now that an adversarial sanctions policy alone would have two profoundly negative effects,” he added. “First, it would exacerbate Venezuela’s humanitarian crisis. Second, I believed it would undermine key U.S. business interests in Venezuela to the benefit of American adversaries like the Russians and Chinese.”
It was against this backdrop that Mackowiak said Sessions accepted an invitation from Maduro to quietly visit Caracas and try to negotiate a path to improved relations between the United States and Venezuela.
Sessions, a former chairman of the National Republican Congressional Committee who chaired the House Rules Committee at the time, had long been interested in Venezuela, in part because many of his Texas constituents had energy interests there, according to his spokesman.
“He was pleased to help with this back-channel mission, which was coordinated with the highest levels of the U.S. State Department,” Mackowiak said, adding that Sessions met with top U.S. officials before and after his trip.
The State Department did not respond to requests for comment.
But people familiar with State Department officials’ role said those officials did not initiate the trip or organize or participate in Sessions’s meeting with Maduro. And several U.S. officials disputed the notion that the trip was done with the government’s backing, noting that the White House at the time wanted to take a harder line with Maduro and was not interested in making concessions.
National Security Council officials, in particular, were opposed to the kind of settlement with Maduro that Sessions was advocating.
“There was absolutely no interest or appetite for negotiations,” said a former White House official. “We generally did not welcome efforts like this one. It wasn’t consistent with our policy goals. We saw it as a nuisance and a distraction.”
Sessions’s spokesman dismissed such complaints as part of a “turf battle” among Washington bureaucrats.
“There might have been a disagreement between the State Department and the NSC about how best to bring peace to Venezuela,” Mackowiak said. “But Rep. Sessions was pleased to be part of an effort, coordinated closely with the State Department, to bring a democratically elected president to Venezuela.”

List of concessions


Sessions’s district is home to ExxonMobil and other oil companies that were once active in Venezuela but were forced to scale back amid political turbulence. But Sessions told the Dallas Morning News in 2018 that the oil interests did not play a role in his decision to become involved. He said he had been working with various players, including representatives of the Venezuelan opposition, to negotiate a solution for more than a year.
Sessions told the newspaper he was working to make “dialogue between parties that are trying to make progress.”
Mackowiak said Sessions used his own funds to pay for the two-day trip.
Two people with knowledge of the visit said he was hosted by Raúl Gorrín Belisario, the owner of a major television network in Venezuela who was viewed with distrust by some U.S. officials and months later would be indicted in Florida on charges of money laundering and bribery.
The people said that rather than staying in a U.S. facility, Sessions stayed at Gorrín’s lavish, modernist, walled compound in a fashionable part of the capital.
Mackowiak said that Sessions’s trip, including where Sessions stayed, was coordinated with State Department officials.
Sessions left Caracas with a list of concessions that had been agreed to by Maduro — his departure from power and a commitment to allow free and fair elections in exchange for leniency from the United States — according to Mackowiak.
But some U.S. officials said they worried that the deal Sessions was floating was intended to legitimize the upcoming election by opening up the vote to at least some opposition candidates, which could help Maduro remain in power, rather than ease him from office, according to a person familiar with the conversations. And they were concerned that the back-channel overtures sent mixed messages to the Maduro government.

A cigar bar meeting


About five weeks after returning from Caracas, Sessions met in his Capitol Hill office with Parnas, who Mackowiak said wanted to discuss a proposal to sell liquefied natural gas in Ukraine.
In an indictment this fall charging Parnas and his business partner Igor Fruman with illegally channeling foreign money into U.S. election campaign accounts, federal prosecutors said Parnas sought Sessions’s assistance in ousting then-U.S. Ambassador to Ukraine Marie Yovanovitch at the behest of “one or more Ukrainian government officials.”
On May 9, the same day that Parnas posted photos of his meeting with Sessions on Facebook, the congressman sent Secretary of State Mike Pompeo a letter urging Yovanovitch’s removal.
Mackowiak said Sessions did not act at the request of Parnas but wrote the letter after hearing concerns about the ambassador from several members of Congress who had traveled to Ukraine.
Meanwhile, in Venezuela, Maduro won reelection in May with nearly 68 percent of the vote. The international community largely rejected the vote because of allegations of fraud and the banning of key opposition parties, and civil unrest ensued as Maduro prepared to begin another term.
In August, U.S. prosecutors charged Gorrín, Sessions’s host for the congressman’s Venezuela visit, with participating in a $1 billion money-laundering and bribery scheme. Prosecutors have said Gorrín is a fugitive. Neither Gorrín nor his Miami-based lawyer responded to requests for comment.
Around that time, Giuliani, who had joined Trump’s legal team months earlier, began talks with individuals who were part of the back channel to Maduro. In August, Giuliani met in New York with Parnas and two American business executives with investments in Venezuela to discuss the effort, according to people familiar with the gathering.
The meeting took place at a favorite Giuliani hangout, the Grand Havana Room cigar bar, blocks from Trump Tower in Manhattan. Over whiskey and cigars, Giuliani agreed to try to see whether there was a way to negotiate with Maduro and perhaps reach a diplomatic solution to the political chaos and economic collapse overtaking the country, one of the participants said.

The phone call


About a month later, Maduro was on the phone with Sessions. In the room with the Venezuelan president at the time was the country’s first lady, who serves as a close adviser to her husband, as well as Venezuela’s vice president and information minister, according to a person familiar with the conversation.
Giuliani was introduced at the beginning of the call but appeared mostly to listen as Maduro and Sessions spoke, Mackowiak said.
In the nearly hour-long conversation, they reviewed the concessions that Maduro had agreed to make during Sessions’s visit months earlier, according to the person familiar with the call.
The Communications Ministry of Venezuela did not respond to a request for comment.
Later, word filtered to the White House that Giuliani and Sessions had participated in a call with Maduro, causing confusion, said a former senior administration official.
“We didn’t know why Rudy was involved at the time,” the person said.
Not long after the call, Giuliani told some of his associates that he had taken the idea of a soft landing for Maduro to Bolton, the president’s national security adviser. But he said the meeting had not gone well, according to people familiar with his account.
Charles Cooper, a lawyer for Bolton, declined to comment.
Bolton’s distaste for Giuliani’s foreign policy freelancing emerged during the impeachment inquiry. Former national security official Fiona Hill testified that Bolton warned her not to interact with the president’s lawyer, calling him “a hand grenade who’s going to blow everybody up.”
In January of this year, the situation in Venezuela disintegrated as Maduro prepared to be formally inaugurated for another term. The legislature, led by Maduro’s opposition, declared that the election had been illegitimate and named legislative leader Guaidó the nation’s new president. He was quickly recognized by the United States and dozens of other countries.
Some Venezuelan business leaders who had amassed vast wealth under Maduro but had been severely constrained by U.S. sanctions switched sides and began to assist Guaidó.
Among them was Gorrín, who played a key role in a failed effort to persuade the nation’s Supreme Court to recognize Guaidó over Maduro, part of an effort to curry favor with the Americans, as The Post has reported.
This summer, another wealthy Venezuelan energy executive, Alejandro Betancourt López, hired Giuliani to serve as his lawyer and help argue that he should not be charged in a $1.2 billion money-laundering case in Florida.
Eight men — including Betancourt’s cousin — have already been charged in the case, which alleges that top officials of Venezuela’s state-owned oil company, business leaders and bankers conspired to steal money from the company and then launder it through Miami real estate purchases and other investment schemes. Two people familiar with the matter said that Betancourt is referred to in the criminal complaint as a uncharged co-conspirator.
Jon Sale, a Miami-based lawyer representing Betancourt, has said his client denies any wrongdoing. He declined to comment on Betancourt’s relationship with Giuliani.
In early August, Giuliani was hosted at Betancourt’s lavish estate outside Madrid when Giuliani met at Trump’s direction with a top aide to the Ukrainian president, as The Post previously reported.
Giuliani later met with Justice Department officials and urged them not to charge Betancourt, The Post reported.
In response to questions about his work for Betancourt, Giuliani wrote in a text message last month: “This is attorney client privilege so I will withstand whatever malicious lies or spin you put on it.”
The news that Giuliani was representing the wealthy energy executive before the administration while also serving as the president’s personal attorney disturbed veteran U.S. officials who have experience in Venezuela.
“You have to ask, ‘Why is he doing this?’ ” said one former senior administration official.

Alice Crites and Carol Morello contributed to this report.