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terça-feira, 3 de setembro de 2019

Reflexão no meio da madrugada: o desmantelamento do Brasil - Paulo Roberto de Almeida

Reflexão no meio da madrugada: o desmantelamento do Brasil


Paulo Roberto de Almeida
 [Objetivo: registro de reflexões; finalidade: organização da resistência]


O Brasil chegou a um ponto crítico de sua desagregação institucional – estimulada, produzida, incrementada pela própria Presidência da República, ainda que involuntariamente, uma vez que o personagem principal é incapaz de conceber e implementar qualquer plano lógico ou racional – que se aproxima daquilo que se chama tipping, ou turning point. Ou seja, avançar para uma nova etapa, que só pode ser a da degradação completa do país, mais até do que ele já foi diminuído, politicamente, diplomaticamente, pelos dizeres e ações do personagem indizível.
Nem os partidos, ou congressistas, nem as FFAA ou os militares individualmente, ou determinadas corporações influentes na estrutura de poder – servidores públicos de alto coturno, corpos organizados da burocracia pública, OAB e seus outros equivalentes da vida civil – poderão inverter uma marcha inevitável para a desestruturação completa da vida política, e do funcionamento das instituições normais que poderiam representar, aos olhos dos estrangeiros, um país dotado de um governo responsável e aceitável para interações no plano diplomático. No momento atual, o Brasil virou um pária na comunidade internacional (e piorando...).
A próxima fronteira da degradação institucional se situa no STF, ironicamente o único corpo não eleito encarregado de dirimir conflitos em última instância, e que se tem revelado uma instância mais do que duvidosa de estabilidade política.
Desta vez, nem as FFAA, nem algum comandante militar poderá resolver a questão com um tweet, nem o Congresso parece capaz de superar o próximo turning point.
As forças corporativas, e as da sociedade civil, se são de verdade forças, o que duvido, parece não terem ainda percebido que o Brasil se aproxima de um ponto de não retorno em sua degradação institucional, não definitiva, claro, pois o país não vai acabar: apenas vai afundar na modorra e na deterioração lenta, até pelo menos 2022, se não terminar antes, num sentido ou noutro.
Espero, pessoalmente, contribuir com um esforço de reflexão e de diagnóstico do tempo presente, como forma de preparar prescrições para um novo tempo que virá, mais cedo ou mais tarde. O tempo é de resistência e de sobrevivência, até que novas forças se organizem para a recuperação necessária.
Estarei presente, atento e produtivo, na medida e no limite das minhas possibilidades, que se situam inteiramente no terreno intelectual.

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3/09/2019

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

30 Anos da queda do Muro de Berlim: meu artigo de 2009 - Paulo Roberto de Almeida

Aos 20 anos da queda do muro de Berlim, fui convidado para um seminário na UnB, organizado pelo professor Wolfgang Dopke. Eis minha contribuição ao seminário.


Um outro mundo possível:
Alternativas históricas da Alemanha, antes e depois do muro de Berlim

Paulo Roberto Almeida
Paris-Digne-Asti-Veneza-Torino-Lisboa, 25 setembro-6 outubro 2009, 18 p. 
Ensaio preparado como texto guia para o seminário “Além do Muro” 
(UnB, 12 de novembro de 2009). 
Sumário:
1. Berlim no centro da história alemã; a Alemanha no centro da história europeia
2. Die Deutsche Frage, a questão alemã: um longo e complexo problema
3. Berlim de volta ao centro da história contemporânea, por enquanto...
4. O que poderia ter ocorrido com Berlim, e com a Alemanha, e que não ocorreu?
5. O que poderá ocorrer com a nova Alemanha, e que ainda não ocorreu?
6. Alternativas e destino da nova Alemanha: um futuro imperfeito?

Resumo: Digressões histórico-analíticas sobre a trajetória da Alemanha, desde a fase pré-unificação de 1870, até o cenário pós-derrubada do muro de Berlim e a unificação das duas repúblicas criadas em 1949. A questão alemã, para o bem e para o mal, esteve no centro da história europeia e mundial, entre 1870 e 1945, e novamente entre 1949 e 1989, mas na fase da Guerra Fria de forma subalterna aos interesses das duas superpotências. Derrubado o muro e unificada a nação, a Alemanha e Berlim voltam a ocupar o centro nevrálgico do novo ordenamento europeu pós-Guerra Fria.
Palavras-chave: Guerra Fria. Alemanha. Muro de Berlim. Cenários históricos alternativos.

Texto disponível neste link

https://www.academia.edu/40192050/Um_outro_mundo_possivel_alternativas_historicas_da_Alemanha_antes_e_depois_do_muro_de_Berlim_2009_

sábado, 24 de agosto de 2019

Direito comercial e políticas comerciais do Brasil até a Grande Guerra - Paulo Roberto de Almeida


Recebi, finalmente, exemplares impressos desta revista, que publicou meu artigo linkado abaixo: 

1299. “Direito comercial e políticas comerciais na primeira globalização: o caso do Brasil até a Primeira Guerra Mundial”, História e Economia - revista interdisciplinar (São Paulo-Lisboa: Brazilian Business School, v. 20, n. 1, 2018 pp. 51-65; ISSN: 1808-5318; link: https://www.academia.edu/38185123/Trade_law_and_trade_policies_since_the_first_globalization_the_case_of_Brazil_up_to_the_First_World_War). Relação de Originais n. 2876, 2786 e 2793.