O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Lucio Dalla vu par Le Figaro

A matéria do Figaro sobre Lucia Dalla, com links para suas músicas mais famosas:

  • La disparition de Lucio Dalla

    Mots clés : 
    Par Richard HeuzéMis à jour  | publié  Réactions (2)
    Lucio Dalla aurait eu 69 ans le 4 mars prochain.
    Lucio Dalla aurait eu 69 ans le 4 mars prochain. Crédits photo : Joel Ryan/ASSOCIATED PRESS

    Le troubadour de l'Italie, auteur de la chanson Caruso, est mort d'un infarctus lundi, à Montreux, en Suisse.

    ll aurait eu 69 ans dans deux jours. Lucio Dalla était en tournée en Suisse et devait donner un concert le jour de son anniversaire. Une crise cardiaque l'a emporté dans son hôtel, à Montreux. La veille, il avait dîné en compagnie de ses amis. Il y a deux semaines, il était apparu au théâtre Ariston de San Remo, pour sa dixième participation au festival italien de la chanson. C'est là qu'il avait fait ses débuts en 1967. Sa date de naissance constitue le titre d'un de ses plus grands succès: 4/3/1943, en 1971. Comme Luciano Pavarotti, il était originaire de Bologne. À treize ans, sa mère Iole lui offre une clarinette. Il s'y adonne avec passion et se tourne vers le jazz, s'initiant aussi au saxophone et au piano.

    En 1960, il se produit au Festival d'Antibes et rejoint deux ans plus tard les Flippers, un des groupes les plus connus de l'époque. Il enregistre plusieurs 45-tours avant de créer son propre groupe, Idoli, avec lequel il sortira en 1966 son premier album, 1999, sur des textes de Gino Paoli. Malgré son caractère d'ours mal léché, il s'attire la sympathie du public.

    «Je chante pour Dieu»

    Avec les années 1970, il change de registre et travaille avec Roberto Roversi, un poète de Bologne avec lequel il produira trois albums en quatre ans. L'un des plus célèbres, sorti en 1976, Automobili («Les automobiles») avec un éloge au pilote Tazio Nuvolari et une parodie d'interview de Gianni Agnelli.
    Trois ans plus tard, après Banana Republic, il remplit les stades. Roversi voulait radicaliser ses textes, les rendre plus politiques. Lucio Dalla prend ses distances. Il se rapproche alors du chanteur Francesco De Gregori, avec lequel il liera une grande amitié. En 1986, sort Dallamericaruso, œuvre enflammée consacrée au célèbre ténor napolitain, qui obtient un immense succès aux États-Unis.

    Commence une nouvelle période, pendant laquelle Lucio Dalla se montre moins exigeant sur les textes, se laisse tenter par des mélanges de pop et de musique baroque. Il se produit avec Gianni Morandi avec qui il fait de longues tournées, aborde un registre lyrique avec une Tosca en collaboration avec la chanteuse Mina, interprète Vivaldi avec les Solisti Veneti, multiplie CD et spectacles, écrit des musiques de films, collabore à des spectacles d'opéra sur Stravinsky à Bologne.
    Le 2 janvier 2010, il retrouve sur scène Francesco De Gregori pour les trente ans de Banana Republic. Ces dernières années, il s'était rapproché de l'Église et déclarait lire les livres du Pape. «Je chante pour Dieu, déclarait-il en novembre lors de la présentation de son dernier album. Je crois plus dans les choses que l'on ne voit pas que dans celles que l'on voit.»


O Apartheid negro que os companheiros querem nos impingir - artigo de Demetrio Magnoli

O título acima é meu, obviamente, e apenas denota uma constante em meus argumentos: o atual governo, desde 2003, e os militantes da causa racialista negra, desde muito tempo atrás, querem criar duas nações no Brasil: de um lado, a dos negros, que são todos aqueles pretos retintos, mulatos inzoneiros, mestiços variados, mas todos afrodescendentes, ou melhor, a dos afroancestrais (o que queira isso dizer), e de outro lado, todos os demais, os brasileiros que não parecem ter vindo da África, descendentes de europeus, asiáticos, levantinos, mestiços lavados, e quem sabe até "negros de alma branca", ou quem quer que seja, que não tiver essa aparência morena, ou amulatada, que serviria, segundo os novos racistas do Apartheid em construção, para distinguir os novos eleitos dos orixás, os beneficiários das cotas e outras prebendas estatais.
Este é o país dividido, segregado, racista que pretendem criar os companheiros e seus militantes negros de "alma nazista", ou afrikander, enfim, à la Gobineau, mas ao contrário.
O artigo do polemista segue aqui, mas vocês já sabem o que eu penso.
Paulo Roberto de Almeida 

Demétrio Magnoli
Estado de São Paulo, 1/03/2012

A retratação, obtida por meio dos tribunais, circula na imprensa e na internet. Nela o blogueiro Paulo Henrique Amorim retira cada uma das infâmias que assacou contra o jornalista Heraldo Pereira, apresentador do Jornal Nacional e comentarista político do Jornal da Globo. No seu blog, entre outras injúrias, Amorim classificou Heraldo como “negro de alma branca” e escreveu que o jornalista “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde”.

Confrontar o poder, dizendo verdades inconvenientes às autoridades - na síntese precisa do intelectual britânico Tony Judt, é essa a responsabilidade dos indivíduos com acesso aos meios de comunicação. Amorim sempre fez o avesso exato disso. A adulação, reservada às autoridades, e a injúria, dirigida aos oposicionistas, são suas ferramentas de trabalho. Não lhe falta coerência: ao longo das oscilações da maré da política, do governo João Figueiredo ao governo Dilma Rousseff, sem exceção, ele invariavelmente derrama elogios aos ocupantes do Palácio do Planalto e ataca os que estão fora do poder. Às vésperas da disputa presidencial de 1998, no comando do jornal da TV Bandeirantes, engajou-se numa estridente campanha de calúnias contra Lula, que retrucou com um processo judicial e obteve desculpas da emissora. Há nove anos, desde que Lula recebeu a faixa de Fernando Henrique Cardoso, o blogueiro consagra seu tempo a cantar-lhe as glórias, a ofender opositores e a clamar contra o jornalismo independente. Funciona: a estatal Correios ajuda a financiar o blog infame.
Amorim não tem importância, a não ser como sintoma de uma época, mas a natureza de sua injúria racial tem. “Negro de alma branca”, uma expressão antiga, funciona como marca de ferro em brasa na testa do “traidor da raça”. No passado serviu para traçar um círculo de desonra em torno dos negros que ofereceram seus préstimos interessados ao proprietário de escravos ou ao representante dos regimes de segregação racial. Hoje, no contexto das doutrinas racialistas, adquiriu novos significados e finalidades, que se esgueiram em ruelas sombrias, atrás da avenida iluminada da resistência contra a opressão. Brincando com a Justiça, Amorim republica no seu blog um artigo do ativista de movimentos negros Marcos Rezende que, na prática, repete a injúria dirigida contra Heraldo. Custa pouco girar os holofotes e escancarar o cenário que a infâmia almeja conservar oculto.
O líder africânder Daniel Malan, vitorioso nas eleições de 1948, instituiu o apartheid na África do Sul. Amorim e Rezende certamente não o classificariam como “branco de alma negra”, pois uma “alma negra” não seria capaz de fazer o mal e, mais obviamente, porque Malan não traiu a sua “raça”. Sob a lógica pervertida do pensamento racial, eles o designariam como “branco de alma branca”, embutindo numa única expressão sentimentos contraditórios de ódio e admiração. Como fez o mal, o africânder confirmaria que a cor de sua alma é branca. Entretanto, como promoveu os interesses de sua própria “raça”, ele figuraria na esfera dos homens respeitáveis. William Du Bois (1868-1963), “pai fundador” do movimento negro americano, congratulou Adolf Hitler, um “branco de alma branca”, pela promoção do “orgulho racial” dos arianos.
Confiando numa suposta imunidade propiciada pela cor da pele ou pelo seu cargo de conselheiro do Ministério da Justiça, Rezende converteu-se na voz substituta de Amorim. No artigo inquisitorial de retomada da campanha injuriosa, ele não condena Heraldo por algo que tenha feito, mas por um dever que não teria cumprido: o jornalista é qualificado como “um negro da Casa Grande da Rede Globo”, que “não dignifica a sua ancestralidade e origem” pois “nunca fez um comentário quando a emissora se posiciona contra as cotas”. No fim, os dois linchadores associados estão dizendo que Heraldo carrega um fardo intelectual derivado da cor de sua pele. Ele estaria obrigado, sob o tacão da injúria, a subscrever a opinião política de Rezende, que é a (atual) opinião de Amorim.
O epíteto lançado contra Heraldo é uma ferramenta destinada a policiar o pensamento, ajustando-o ao dogma da raça e eliminando simbolicamente os indivíduos “desviantes”. O economista Thomas Sowell produziu uma obra devastadora sobre as políticas contemporâneas de raça. Ward Connerly, então reitor da Universidade da Califórnia, deflagrou em 1993 uma campanha contra as preferências raciais nas universidades americanas. José Carlos Miranda, do Movimento Negro Socialista, assinou uma carta pública contra os projetos de leis de cotas raciais no Brasil. Sowell é um conservador; Connerly, um libertário; Miranda, um marxista - mas todos rejeitam a ideia de inscrever a raça na lei. Como tantos outros intelectuais e ativistas, eles já foram tachados de “negros de alma branca” pela Santa Inquisição dos novos arautos da raça.
A liberdade humana é a verdadeira vítima dos inquisidores do racialismo. Mas, e aí se encontra o dado crucial, essa forma de negação da liberdade opera sob o critério discriminatório da raça, não segundo a regra do universalismo. Se tivesse a pele branca, Heraldo conservaria o direito de se pronunciar a favor ou contra as políticas de preferências raciais - e também o de não opinar sobre o tema. Como, entretanto, tem a pele negra, Heraldo é detentor de uma gama muito menor de direitos - efetivamente, entre as três opções, só está autorizado a abraçar uma delas.
Sob o ponto de vista do racialismo, as pessoas da “raça branca” são indivíduos livres para pensar, falar e divergir, mas as pessoas da “raça negra” dispõem apenas da curiosa liberdade de se inclinar, obedientemente, diante de seus “líderes raciais”, os guardiões da “ancestralidade e origem”. Hoje, como nos tempos da segregação oficial americana ou do apartheid sul-africano, o dogma da raça prejudica principalmente os negros.

Una lacrima (forze due o tre) per... Lucio Dalla

Un uomo, un cantante, una personalità...
Vai fazer falta...
O Caruso com Pavarotti é um primor.
O Sole Mio a três é imperdível.
O site oficial do cantor é este aqui: http://www.luciodalla.it/
Paulo Roberto de Almeida

CARUSO - LIVE IN VERONA

Attenti al lupo

Lucio Dalla, né à Bologne le 4 mars 1943 et mort le 1er mars 2012 à Montreux (en Suisse)1, est un chanteur et compositeur italien. C'est aussi un clarinettiste et un pianiste confirmé.

Sommaire

  [masquer

Ses débuts[modifier]

Originaire de Bologne, son père était directeur d'un club de ball-trap de la ville (il est cité dans la chanson Come è profondo il mare« père, vous étiez un grand chasseur de cailles et faisans ... » ), sa mère, Iole Melotti (qui figure sur la pochette de l'album Cambio), était couturière à domicile, tandis que son oncle Ariodante Dalla, était un chanteur populaire connu dans les années quarante et cinquante.
Lucio Dalla perd son père très jeune et est élevé par sa mère. Il commence à jouer de la clarinette dans un groupe de jazz Reno Jazz Gang àBologne. En 1962, il rentre dans le groupe I Flipper avec lequel il fait ses débuts sur scène à Turin. Le directeur de la maison de disques RCA Gino Paoli persuade Dalla de commencer une carrière solo.

La carrière solo[modifier]

Il sort son premier 45 tours en 1964 Lei et Ma questa sera, puis il crée le groupe Idoli avec lequel il fera son premier album 1999 en 1966. En1971, il participe au festival de San Remo et présente la chanson 4/3/1943. En 1973 Dalla décide de mettre fin à sa collaboration pour l'écriture des textes avec Sergio Bardotti et Gianfranco Baldazzi, il décide de travailler avec Roberto Roversi, un poète de Bologne (cette collaboration durera pendant quatre ans). Après de violents désaccords avec Roversi, Dalla décide de travailler seul il sera désormais l'auteur compositeur de ses chansons. En 1979 avec son album Lucio Dalla qui se vend à plus d'un million d'exemplaires, Dalla devient un chanteur très populaire. Sa tournée Banana republic avec Francesco De Gregori fait salle comble. Il écrit pour Luciano Pavarotti, la chanson Caruso en hommage au grand Enrico Caruso, qui sera un immense succès et se vendra à plus de 9 millions d'exemplaires. Il compose aussi des musiques de films pour MonicelliVerdonePlacido... Dalla crée aussi plusieurs programmes pour la télévision Taxi pour Rai treLa Bella e la Bestia avecSabrina Ferilli.

La poésie de Dalla[modifier]

Son style est très particulier, influencé par de grands paroliers comme Fabrizio De AndreFrancesco De Gregori et Roberto Vecchioni, Lucio Dalla avec son écriture anticonformiste à la fois joyeuse et inquiétante joue avec la langue de tous les jours. Ses chansons très intimistes évoquent sa fascination pour la mer (dans Nun parlà), c'est aussi un Dalla adolescent qui se dévoile dans ses textes (Stella di mare e futura). Pendant 10 ans, la critique et le public feront l'éloge du style poétique et musical de Dalla qui arrive avec simplicité et tendresse émouvoir toute une génération.

Discographie[modifier]

  • 1999 (1966)
  • Terra di Gaibola (1970)
  • Storie di casa mia (1971)
  • Il Giorno aveva cinque teste (1973)
  • Anidride solforosa (1975)
  • Automobili (1976)
  • Come è profondo il mare (1977)
  • Lucio Dalla (1979)
  • Banana Republic (1979) avec Francesco De Gregori
  • Dalla (1980)
  • Lucio Dalla (Q Disc) (1981)
  • Dalla 1983 (1983)
  • Viaggi organizzati (1984)
  • Bugie (1985)
  • DallAmeriCaruso (1986)
  • Dalla/Morandi (1988)
  • Cambio (1990)
  • Amen (1992)
  • Henna (1993)
  • Canzoni (1996)
  • Ciao (1999)
  • Live @ RTSI (2000) (registrazioni del 1978)
  • Luna Matana (2001)
  • Lucio (2003)
  • 12.000 lune (cofanetto/raccolta) (2006)
  • Il contrario di me (2007)
  • La neve con la Luna (2008)
  • Angoli nel cielo (2009)
  • Work in Progress (2010) avec Francesco De Gregori

Duos[modifier]

Décorations[modifier]

ITA OMRI 2001 GUff BAR.svg
2e classe / Grand officier : Grande Ufficiale Ordine al Merito della Repubblica Italiana (4 975), proposée par le President de la Republique, 3 novembre 2003

Autres projets[modifier]

Citations de Lucio Dalla sur Wikiquote Lucio Dalla

Liens externes[modifier]

Tropecando no proprio discurso: sobre a Siria, claro...

Mais um tema da agenda diplomática em que a agenda "diplomática"dos companheiros -- acordo do PT com o partido Bath, da Síria -- coloca algumas cascas de banana no caminho dos profissionais...


La valse-hésitation du Brésil sur la Syrie d’Al-Assad

Lundi 28 février, à Genève, la ministre brésilienne des droits de l’homme, Maria do Rosario Nunes, dans son tour d’horizon au Conseil des droits de l’homme de l’ONU, a consacré deux paragraphes aux printemps arabes, sans citer la Syrie, sujet du jour.
Après la réunion, la ministre a précisé la position de Brasilia sur la proposition de fournir des armes à l’opposition syrienne :
« Le Brésil est contre livrer des armes à qui que ce soit. Le Brésil condamne les actions armées de tous les côtés. »
« L’idée de l’Arabie saoudite d’armer l’opposition n’est pas une bonne idée, l’excellente idée serait que la politique et la diplomatie remplacent la confrontation », a déclaré la ministre, qui renvoie dos à dos les opposants et Damas. Le vote d'une résolution à Genève a été repoussé à jeudi
La diplomatie brésilienne est embarrassée par la crise syrienne. Lorsque le Brésil siégeait au Conseil de sécurité de l’ONU, en 2011, sa représentante s’est alignée sur la Russie et la Chine pour éviter toute résolution contre la Syrie. Le motif invoqué par les diplomates était le précédent de la Libye. La résolution destinée à protéger les civils libyens aurait servi à justifier une intervention dans le but de renverser le colonel Kadhafi.
Le 16 février 2012, l’assemblée générale de l’ONU avait mis au vote une résolution non contraignante sur la Syrie, à l’initiative de la Ligue arabe. Cette fois, le Brésil a préféré suivre les pays arabes et a rejoint les 137 Etats qui ont adopté ce texte. Une douzaine de gouvernements ont osé soutenir Bachar Al-Assad à cette occasion.
Toutefois, huit jours plus tard, le 24 février, les Brésiliens ne figuraient pas parmi les 70 pays représentés à la Conférence des pays amis du peuple syrien, à Tunis. Le ministre brésilien des relations extérieures, Antonio Patriota, effectuait ce jour-là une visite en Turquie. La prochaine réunion des amis du peuple syrien aura lieu à Istanbul : le Brésil boudera-t-il encore, alors que la Turquie est son interlocuteur privilégié dans la région ? L'ambassadeur brésilien n'a pas quitté Damas.
Dans le cadre de sa diplomatie Sud-Sud, Brasilia avait déployé de gros efforts pour réunir des sommets Amérique du Sud-pays arabes, en 2005 et 2009. Le printemps égyptien de 2011 avait obligé à reporter sine die le troisième sommet.
Les diplomates brésiliens semblent accorder désormais plus d’importance au regroupement des BRICS, fait de bric et de broc, comme si le Brésil, l’Inde et l’Afrique du Sud, de grandes démocraties, pouvaient partager des valeurs avec la Russie et la Chine, les deux puissances mal dégrossies du stalinisme.
Ces zigzags et errements ne donnent pas l’image d’une diplomatie réfléchie, défendant à la fois les intérêts nationaux et des principes universels. La confusion à ce sujet peut-être mesurée par ce qu’écrit l’ancien ministre José Dirceu, l’homme fort du premier mandat de Lula, remplacé par Dilma Rousseff, mais toujours très influent au Parti des travailleurs.
« Dans les rues d’Espagne et de la Grèce, la répression a la même face de celle qui s’abat sur les aspirations populaires en Syrie et en Libye », écrit-il sur son blog.
« De Homs à Valence, ce ne sont pas les violations des droits de l’homme qui manquent ». Bref, la répression à Homs, Athènes ou Valence, seraient équivalentes. Dirceu se demande pourquoi les « véritables rebellions, les insurrections populaires en Grèce et les manifestations étudiantes en Espagne ne seraient pas portées devant les organismes de droits de l’homme et le Conseil de sécurité de l’ONU ».
Depuis que l’ancien guérillero s’est reconverti dans les affaires, il semble avoir oublié la différence entre une matraque de flic et les obus tirés par les canons de tanks de l’armée.
Contrairement au relativisme en vogue à Brasilia, les violations des droits de l’homme ne sont pas de même nature dans tous les pays, et en tout état de cause, les unes n’excusent pas les autres. Surtout, elles ne sauraient justifier l’injustifiable, les crimes de masse commis en Syrie, et l’impuissance de la communauté internationale à les stopper.