O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

sexta-feira, 2 de março de 2012

O sentido da liberdade, negra, branca, de todas as cores - Mario Machado

Meu amigo, e que sempre me distingue com transcrições e comentários ligados a meus posts anarco-liberais, me distingue agora com mais um texto exemplar, que não hesito em copiar e colar aqui, com o devido reconhecimento e meu agradecimento, pela oportunidade de ler algo tão singelo, e tão belo.
Independentemente das qualidades de forma, já mencionadas, o que vale, para mim, no entanto, é sua mensagem, e ela é absolutamente transparente, no que vai agora transcrito.
Paulo Roberto de Almeida

Sexta-feira, 13 de maio de 2011

[Especial 13 de maio] 13 de maio, mas onde está a liberdade?

Mario Machado
13 de maio, mas onde está a liberdade?*
O laureado escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez em seu excelente livro “Cem anos de solidão”, no qual o autor nos conta a peculiar e particularmente trágica saga da estirpe dos Buendía, na sua ficcional e pitoresca cidade de Macondo, narra a certa altura a epifania da personagem, Aureliano Buendía, então coronel de uma força rebelde comunista, que decide encerrar o conflito no qual está imerso e durante esse processo constata o narrador:
“Nunca foi melhor guerreiro do que então. A certeza que finalmente lutava pela própria libertação e não por ideais abstratos, por ordens que os políticos podiam virar para o direito e para o avesso segundo as circunstâncias, infundiu-lhe um entusiasmo apaixonado” (MARQUEZ, p. 167)
E hoje é um dia propício para falar de liberdade, mas fique tranqüilo meu leitor, não lançarei aventuras filosóficas sobre a natureza da liberdade, nem sobre fatores sistêmicos que aumentam ou restringem a liberdade, ou qualquer dessas coisas, tampouco farei referências a pílulas vermelhas e azuis, ou abrir os horizontes da consciência para obter a liberdade, enfim fiquem tranqüilos ao ler, pois não virei o que se chama por ai de “bicho-grilo”.
Sim, meus leitores eu sou descendentes de negros, afro-descendente, como está na moda, carrego essa herança na pele, e na pele, também estampo o resto da minha vasta herança étnica, afinal como a maioria absoluta dos brasileiros eu sou o que se chama de mestiço, já me chamaram de pardo, mas na boa, pardo é papel.
Não tenho vergonha de minhas origens negras, tenho plena consciência das duríssimas dificuldades que meus antepassados passaram, conheço a dificuldade interna em uma família branca que se mesclou e o tipo de sentimentos baixos e nobres que despertam dessa mistura.
Gosto de me declarar negro, por que já tentaram que me sentisse inibido de fazer isso, como se houvesse algo de errado com a quantidade de melanina na pele de alguém. Muita gente não entende o porquê da ênfase que muitos dão ao orgulho negro, mas a meu ver e no meu sentimento o orgulho de ser negro nasce como uma reação aos que tentam menosprezar alguém por sua cor, é um movimento que não nasce de desejo de supremacia, mas de um desejo de normalidade.
Entendam não estou trazendo esse assunto ao blog, por que eu seja um ativista da causa negra (coisa que eu não sou), ainda mais por que não acredito em uma causa negra uniforme, não acredito em separar as pessoas em grupos. Se existe uma causa é a causa de toda a sociedade, por que quer queiramos ou não nossos destinos estão entrelaçados, então é lógico e claro que superar as barreiras artificiais que separam as pessoas em categorias por motivos étnicos é um passo necessário para vivermos melhores e sei lá perseguirmos cada um seu caminho para a felicidade. Acredito que a forma para equilibrar as relações raciais passa necessariamente por coisas simples (e ao mesmo tempo complexas de implementar) como treinamento em negócios, crédito, empreendedorismo e educação (e claro valores familiares, que quebrem certos ciclos viciosos, sim acredito em valores familiares, não escondo que sou católico), embora o ponto aqui não seja esse.
Estudando as relações internacionais vemos que essa insanidade étnica e/ou racial, só pode terminar em tragédia, mais ódio, mais preconceito, nunca menos. O caminho para harmonia social exige esforço coletivo e, sobretudo individual, e me parece que nos dias de hoje, não sei o motivo, as pessoas andam avessas a tudo que exige sacrifícios pessoais.
Não foram poucas as vezes que debati com integrantes dos movimentos negros, que na minha concepção são movimentos políticos com agendas políticas, onde a componente racial é só a tática escolhida para alcançar os objetivos políticos normais (poder, não condeno a busca pelo poder, mas como já disse racialismo é algo perigoso e raramente termina bem, seja em Ruanda ou no III Reich),por sinal sou sempre cético no que tange a belos discursos, procuro ver além das palavras por que por vezes as intenções e conseqüências dessas idéias nobres são mortíferas, um exemplo: liberdade, igualdade e fraternidade, quantos cederam suas vidas por conta da revolução francesa? Quantas mães esposas, esposos, filhos, filhas, netos, netas, choraram por conta de nobres palavras de conseqüências desastrosas? Justiça social, então quantos morreram em nome dessa suposta causa? E quanta injustiça a busca por ela incentivou?
A liberdade ainda não é uma garantia, um direito fundamental, em nossa sociedade, quantos são os que por vontade de ter uma vida melhor pra si e seus filhos acabam por trabalhar em condições análogas a escravidão? Quantos imigrantes (bolivianos, chineses e etc.) vivem em condições precárias em nossas cidades?
Quantos se deixam escravizar? Deixam-se patrulhar intelectualmente? Temem ir contra a maré? Defendem pontos de vista que não são os seus? E por quê? Muitos o fazem para fazer parte de um grupo, para sentirem o pertencimento. Não ouso me deixar patrulhar, não abro mão do pensamento livre, assim honro o sacrifício de tantos no passado, a dor dos escravizados, por isso respeito e reverencio as liberdades individuais, não podemos nunca mais tolerar a escravidão, seja na forma do trabalho servil obrigado, seja vivendo vidas patrulhadas, seja sendo escravos de governos e regimes de exceção, não importa o lado do espectro político, ambos escravizam. E há ainda outra forma de escravidão mental, que são os vícios.
Portanto, independente do estado das relações raciais no Brasil, aproveitemos o dia de hoje, para pensar mais alto, para pensar em como e se somos livres e como obter e manter essa liberdade. Não há dom maior na vida humana que o dom de ser livre, ser livre até mesmo pra ser estúpido. E no meu ponto de vista, devemos sempre cultuar a liberdade, sempre com olhos abertos para os avanços do totalitarismo, temos que ter ciência e inteligência para não permitir que as liberdades individuais sejam solapadas não obstante a desculpa usada para isso devemos ter cuidado redobrado com as desculpas nobres, não é a toa que dizem que o inferno está cheio de boas intenções.
Assim meus leitores não importa que etnia vocês tenham que cor de pele vocês tenham, qual seja sua nacionalidade, o que importa é o conteúdo do caráter, (todos reconhecem essa referência) quem sabe chegaremos a esse dia, um passo de cada vez, sem radicalismo e sem delírios de raça, (entre os quais o pior deles é o da pureza) sejamos humanos e quem sabe um dia teremos relações raciais equilibradas, e assim deixarão de ser bandeiras pra nos dividir, sob palavras de união.
Imagino que vou irritar muita gente com esse texto, mas sou LIVRE, para pensar e sou grandinho para suportar desavenças civilizadas.
Sou livre, graças a Deus. Como diz o velho Negro Espiritual: [retirado de "American Negro Songs" by J. W. Work]
Free at last, free at last
I thank God I'm free at last
Free at last, free at last
I thank God I'm free at last
Way down yonder in the graveyard walk
I thank God I'm free at last
Me and my Jesus going to meet and talk
I thank God I'm free at last
On my knees when the light pass'd by
I thank God I'm free at last
Tho't my soul would rise and fly
I thank God I'm free at last
Some of these mornings, bright and fair
I thank God I'm free at last
Goin' meet King Jesus in the air
I thank God I'm free at last
_________________
*Originalmente publicado em 13 de maio de 2009. (aqui)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Mercenarios a soldo ainda tentam defender o Apartheid

Um "Nabuco" não identificado -- que certamente não honra o nome -- tenta intimidar este modesto blogueiro, com uma frase deste tipo, num comentário excluído: 


"Cuidado, diplomata que repassa informações falsas..."


Ele o faz a propósito de um post: 

O Apartheid negro que os companheiros querem nos impingir - artigo de Demetrio Magnoli




que na verdade apenas transcreve um artigo de opinião contra os falsificadores da História, da Geografia, da Antropologia, da Moral e dos Bons Costumes, que são os mesmos "racistas pretos de alma preta" -- não sou em quem afirma, é apenas uma analogia, pelo inverso, do que pretende um dos serviçais do racismo oficial a propósito de um "jornalista negro", mas que teria "alma branca" --, enfim, esses defensores do Apartheid que pretendem implantar no Brasil (não com a minha omissão).


Ao proferir sua ameaça a este blogueiro -- confundindo minha condição profissional, que não costumo esconder, com minha essência de cidadão consciente, e participante -- esse patético comentarista a soldo pretendia que publicasse links para os mesmos artigos deformados dos seus companheiros pagos para mentir.


Sua intenção é provavelmente mais partidária -- ou melhor, sectária-fundamentalista -- do que propriamente racialista, mas ambas condutas recebem minha total rejeição, e aqui deixo consignada a postura a ser adotada em relação a todos os mercenários que pretendem infestar um espaço público como este -- de resto dedicado, como dito acima, a coisas inteligentes -- com sua propaganda viciosa e suas mentiras asquerosas sobre alguns aspectos da vida nacional, apenas tangenciados neste blog.


O "Nabuco" de fanquaria se engana redondamente: em primeiro lugar, porque não repassei nenhuma informação, mas apenas um artigo de opinião, que pode ou não recolher meu assentimento a seus argumentos principais, mas que reflete um debate que considero relevante para a opinião pública bem informada (que certamente não é a dele).
Em segundo lugar, se fossem informações, não seriam falsas, pois não costumo conviver com o lixo noticioso e a podridão moral em que se comprazem esses blogueiros a soldo.
Anônimos sem caráter dificilmente serão bem acolhidos neste blog.
Fica o aviso.
Paulo Roberto de Almeida 

Seminario de relacoes economicas internacionais no Itamaraty

Recebido da Funag-MRE:


Com o intuito de dar seguimento à reflexão sobre a conjuntura e as tendências das relações econômicas internacionais e os desafios e oportunidades que se apresentam ao Brasil, e com base nas pesquisas e trabalhos conduzidos em 2011 em algumas das principais instituições de pesquisa brasileiras, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), tem o prazer de convidar Vossa Senhoria para o “IV Seminário sobre Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais” (vide programa no corpo de e-mail), que será realizado nos dias 28 de março (das 14 às 18h00 horas) e 29 de março (das 9h30 às 13h00) de 2012, na Sala San Tiago Dantas, do Palácio Itamaraty, em Brasília.    
As inscrições serão gratuitas, mas a participação se dará sem custos para o Ministério das Relações Exteriores. Caso tenha interesse em participar, agradeceríamos enviar, até 16 de março de 2012, para tiago.nunes@itamaraty.gov.br, com cópia para aurelio.avelino@itamaraty.gov.br, nome completo, cargo, instituição, e-mail e telefones para contato.

Programação:
IV Seminário sobre Pesquisas em Relações Econômicas Internacionais
Data: 28 e 29 de março de 2012
Local: Sala San Tiago Dantas, Palácio Itamaraty, Brasília – DF
Organização: DEC/FUNAG

Programa
28/03/12 – Tarde
14h00 – 14h30 – Credenciamento
14h30 – 15h00 – Abertura
15h00 – 16h25 – Painel I: China
- A Concorrência de Produtos Brasileiros e Chineses em Terceiros Mercados
Autora/Palestrante: Lia Valls Pereira (FGV-RJ)

- Relações Comerciais entre o Brasil e a China: a Concorrência em Terceiros Mercados e os Desafios para a Indústria Brasileira
Autores/Palestrantes: Ariane Danielle Baraúna da Silva e Álvaro Barrantes Hidalgo (UFPE)

- O Intercâmbio Comercial Brasil-China: o Caso das Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste
Autores: Paulo Ricardo Feistel (UFSM), Álvaro Barrantes Hidalgo (UFPE) e Uacauan Bonilha (UFSM)
Palestrante: Paulo Ricardo Feistel (UFSM)

- Discussão/Debate
16h25 – 16h40 – “Coffee Break”

16h40 – 18h05 – Painel II: África e BRICS
- A África na Agenda Econômica do Brasil: Comércio, Investimentos e Cooperação.
Autores: Pesquisadores do CINDES
Palestrante: Pedro da Motta Veiga (CINDES)

- O Papel das Instituições Formais e Informais para o Crescimento Econômico: Brasil, Rússia, Índia e China em Perspectiva Comparada
Autores: José Alexandre Ferreira e Thales Castro (UNICAP)
Palestrante: José Alexandre Ferreira (UNICAP)

- Análise das Relações Bilaterais entre o Brasil e a Índia pós-Década de 1990
Autores/Palestrantes: Jacqueline A. H. Haffner (UFRGS) e Marcel Jaroski Barbosa (ULBRA)
-Discussão/Debate

29/03/12 – Manhã
09h30 – 10h55 - Painel III: Estudos sobre Exportações Brasileiras e MERCOSUL
- Estimativas dos Índices de Restritividade das Exportações Brasileiras de Manufaturados
Autores: Honório Kume e Guida Piani (IPEA)
Palestrante: Honório Kume (IPEA)

- Análise da Comercialização do Óleo Essencial de Tangerina: um Enfoque das Relações Comerciais entre Brasil e Europa
Autores: Andrea Cristina Doerr, Rúbia Strassburger, Aline Zulian, Jaqueline Carla Guse, Maykell Leite da Costa (UFSM)
Palestrante: Andrea Cristina Doerr (UFSM)

- O Âmbito Político-Institucional do MERCOSUL: a Política Externa Brasileira e o Desenvolvimento Institucional do Bloco
Autores/Palestrantes: Luiz Augusto E. Faria e Giulia R. Barão (UFRGS)
- Discussão/Debate

10h55 – 11h10 – “Coffee Break”

11h10 – 13h00 - Painel IV: EUA, NAFTA e G-20 
- Hegemonia em Tempos de Crise: Lições da Reação dos EUA às Crises e Contestações dos Anos 1970
Autores/Palestrantes: Filipe Almeida do Prado Mendonça e Carlos Eduardo Carvalho (UNESP, UNICAMP, PUC-SP)

- A Crise Financeira dos EUA e suas Prováveis Repercussões na Economia Global e na América Latina: uma Abordagem pós-Minskyana  
Autor/Palestrante: David Ferreira Carvalho (UFPA)
Participação: Flávio Augusto Sidrim Nassar (UFPA)  

- O NAFTA e as Assimetrias: o Caso do México
Autores: Luiz M. de Niemeyer e Mayla Pereira da Costa (PUC-SP) 
Palestrante: Luiz M. de Niemeyer (PUC-SP)

- Estimando o Desalinhamento Cambial para o G-20 e em Alguns Países Selecionados utilizando Análise baseada em Fundamentos
Autor/Palestrante: Emerson Marçal (EESP-FGV)

-Discussão/Debate

13h00 – Encerramento

Lucio Dalla vu par Le Figaro

A matéria do Figaro sobre Lucia Dalla, com links para suas músicas mais famosas:

  • La disparition de Lucio Dalla

    Mots clés : 
    Par Richard HeuzéMis à jour  | publié  Réactions (2)
    Lucio Dalla aurait eu 69 ans le 4 mars prochain.
    Lucio Dalla aurait eu 69 ans le 4 mars prochain. Crédits photo : Joel Ryan/ASSOCIATED PRESS

    Le troubadour de l'Italie, auteur de la chanson Caruso, est mort d'un infarctus lundi, à Montreux, en Suisse.

    ll aurait eu 69 ans dans deux jours. Lucio Dalla était en tournée en Suisse et devait donner un concert le jour de son anniversaire. Une crise cardiaque l'a emporté dans son hôtel, à Montreux. La veille, il avait dîné en compagnie de ses amis. Il y a deux semaines, il était apparu au théâtre Ariston de San Remo, pour sa dixième participation au festival italien de la chanson. C'est là qu'il avait fait ses débuts en 1967. Sa date de naissance constitue le titre d'un de ses plus grands succès: 4/3/1943, en 1971. Comme Luciano Pavarotti, il était originaire de Bologne. À treize ans, sa mère Iole lui offre une clarinette. Il s'y adonne avec passion et se tourne vers le jazz, s'initiant aussi au saxophone et au piano.

    En 1960, il se produit au Festival d'Antibes et rejoint deux ans plus tard les Flippers, un des groupes les plus connus de l'époque. Il enregistre plusieurs 45-tours avant de créer son propre groupe, Idoli, avec lequel il sortira en 1966 son premier album, 1999, sur des textes de Gino Paoli. Malgré son caractère d'ours mal léché, il s'attire la sympathie du public.

    «Je chante pour Dieu»

    Avec les années 1970, il change de registre et travaille avec Roberto Roversi, un poète de Bologne avec lequel il produira trois albums en quatre ans. L'un des plus célèbres, sorti en 1976, Automobili («Les automobiles») avec un éloge au pilote Tazio Nuvolari et une parodie d'interview de Gianni Agnelli.
    Trois ans plus tard, après Banana Republic, il remplit les stades. Roversi voulait radicaliser ses textes, les rendre plus politiques. Lucio Dalla prend ses distances. Il se rapproche alors du chanteur Francesco De Gregori, avec lequel il liera une grande amitié. En 1986, sort Dallamericaruso, œuvre enflammée consacrée au célèbre ténor napolitain, qui obtient un immense succès aux États-Unis.

    Commence une nouvelle période, pendant laquelle Lucio Dalla se montre moins exigeant sur les textes, se laisse tenter par des mélanges de pop et de musique baroque. Il se produit avec Gianni Morandi avec qui il fait de longues tournées, aborde un registre lyrique avec une Tosca en collaboration avec la chanteuse Mina, interprète Vivaldi avec les Solisti Veneti, multiplie CD et spectacles, écrit des musiques de films, collabore à des spectacles d'opéra sur Stravinsky à Bologne.
    Le 2 janvier 2010, il retrouve sur scène Francesco De Gregori pour les trente ans de Banana Republic. Ces dernières années, il s'était rapproché de l'Église et déclarait lire les livres du Pape. «Je chante pour Dieu, déclarait-il en novembre lors de la présentation de son dernier album. Je crois plus dans les choses que l'on ne voit pas que dans celles que l'on voit.»


O Apartheid negro que os companheiros querem nos impingir - artigo de Demetrio Magnoli

O título acima é meu, obviamente, e apenas denota uma constante em meus argumentos: o atual governo, desde 2003, e os militantes da causa racialista negra, desde muito tempo atrás, querem criar duas nações no Brasil: de um lado, a dos negros, que são todos aqueles pretos retintos, mulatos inzoneiros, mestiços variados, mas todos afrodescendentes, ou melhor, a dos afroancestrais (o que queira isso dizer), e de outro lado, todos os demais, os brasileiros que não parecem ter vindo da África, descendentes de europeus, asiáticos, levantinos, mestiços lavados, e quem sabe até "negros de alma branca", ou quem quer que seja, que não tiver essa aparência morena, ou amulatada, que serviria, segundo os novos racistas do Apartheid em construção, para distinguir os novos eleitos dos orixás, os beneficiários das cotas e outras prebendas estatais.
Este é o país dividido, segregado, racista que pretendem criar os companheiros e seus militantes negros de "alma nazista", ou afrikander, enfim, à la Gobineau, mas ao contrário.
O artigo do polemista segue aqui, mas vocês já sabem o que eu penso.
Paulo Roberto de Almeida 

Demétrio Magnoli
Estado de São Paulo, 1/03/2012

A retratação, obtida por meio dos tribunais, circula na imprensa e na internet. Nela o blogueiro Paulo Henrique Amorim retira cada uma das infâmias que assacou contra o jornalista Heraldo Pereira, apresentador do Jornal Nacional e comentarista político do Jornal da Globo. No seu blog, entre outras injúrias, Amorim classificou Heraldo como “negro de alma branca” e escreveu que o jornalista “não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde”.

Confrontar o poder, dizendo verdades inconvenientes às autoridades - na síntese precisa do intelectual britânico Tony Judt, é essa a responsabilidade dos indivíduos com acesso aos meios de comunicação. Amorim sempre fez o avesso exato disso. A adulação, reservada às autoridades, e a injúria, dirigida aos oposicionistas, são suas ferramentas de trabalho. Não lhe falta coerência: ao longo das oscilações da maré da política, do governo João Figueiredo ao governo Dilma Rousseff, sem exceção, ele invariavelmente derrama elogios aos ocupantes do Palácio do Planalto e ataca os que estão fora do poder. Às vésperas da disputa presidencial de 1998, no comando do jornal da TV Bandeirantes, engajou-se numa estridente campanha de calúnias contra Lula, que retrucou com um processo judicial e obteve desculpas da emissora. Há nove anos, desde que Lula recebeu a faixa de Fernando Henrique Cardoso, o blogueiro consagra seu tempo a cantar-lhe as glórias, a ofender opositores e a clamar contra o jornalismo independente. Funciona: a estatal Correios ajuda a financiar o blog infame.
Amorim não tem importância, a não ser como sintoma de uma época, mas a natureza de sua injúria racial tem. “Negro de alma branca”, uma expressão antiga, funciona como marca de ferro em brasa na testa do “traidor da raça”. No passado serviu para traçar um círculo de desonra em torno dos negros que ofereceram seus préstimos interessados ao proprietário de escravos ou ao representante dos regimes de segregação racial. Hoje, no contexto das doutrinas racialistas, adquiriu novos significados e finalidades, que se esgueiram em ruelas sombrias, atrás da avenida iluminada da resistência contra a opressão. Brincando com a Justiça, Amorim republica no seu blog um artigo do ativista de movimentos negros Marcos Rezende que, na prática, repete a injúria dirigida contra Heraldo. Custa pouco girar os holofotes e escancarar o cenário que a infâmia almeja conservar oculto.
O líder africânder Daniel Malan, vitorioso nas eleições de 1948, instituiu o apartheid na África do Sul. Amorim e Rezende certamente não o classificariam como “branco de alma negra”, pois uma “alma negra” não seria capaz de fazer o mal e, mais obviamente, porque Malan não traiu a sua “raça”. Sob a lógica pervertida do pensamento racial, eles o designariam como “branco de alma branca”, embutindo numa única expressão sentimentos contraditórios de ódio e admiração. Como fez o mal, o africânder confirmaria que a cor de sua alma é branca. Entretanto, como promoveu os interesses de sua própria “raça”, ele figuraria na esfera dos homens respeitáveis. William Du Bois (1868-1963), “pai fundador” do movimento negro americano, congratulou Adolf Hitler, um “branco de alma branca”, pela promoção do “orgulho racial” dos arianos.
Confiando numa suposta imunidade propiciada pela cor da pele ou pelo seu cargo de conselheiro do Ministério da Justiça, Rezende converteu-se na voz substituta de Amorim. No artigo inquisitorial de retomada da campanha injuriosa, ele não condena Heraldo por algo que tenha feito, mas por um dever que não teria cumprido: o jornalista é qualificado como “um negro da Casa Grande da Rede Globo”, que “não dignifica a sua ancestralidade e origem” pois “nunca fez um comentário quando a emissora se posiciona contra as cotas”. No fim, os dois linchadores associados estão dizendo que Heraldo carrega um fardo intelectual derivado da cor de sua pele. Ele estaria obrigado, sob o tacão da injúria, a subscrever a opinião política de Rezende, que é a (atual) opinião de Amorim.
O epíteto lançado contra Heraldo é uma ferramenta destinada a policiar o pensamento, ajustando-o ao dogma da raça e eliminando simbolicamente os indivíduos “desviantes”. O economista Thomas Sowell produziu uma obra devastadora sobre as políticas contemporâneas de raça. Ward Connerly, então reitor da Universidade da Califórnia, deflagrou em 1993 uma campanha contra as preferências raciais nas universidades americanas. José Carlos Miranda, do Movimento Negro Socialista, assinou uma carta pública contra os projetos de leis de cotas raciais no Brasil. Sowell é um conservador; Connerly, um libertário; Miranda, um marxista - mas todos rejeitam a ideia de inscrever a raça na lei. Como tantos outros intelectuais e ativistas, eles já foram tachados de “negros de alma branca” pela Santa Inquisição dos novos arautos da raça.
A liberdade humana é a verdadeira vítima dos inquisidores do racialismo. Mas, e aí se encontra o dado crucial, essa forma de negação da liberdade opera sob o critério discriminatório da raça, não segundo a regra do universalismo. Se tivesse a pele branca, Heraldo conservaria o direito de se pronunciar a favor ou contra as políticas de preferências raciais - e também o de não opinar sobre o tema. Como, entretanto, tem a pele negra, Heraldo é detentor de uma gama muito menor de direitos - efetivamente, entre as três opções, só está autorizado a abraçar uma delas.
Sob o ponto de vista do racialismo, as pessoas da “raça branca” são indivíduos livres para pensar, falar e divergir, mas as pessoas da “raça negra” dispõem apenas da curiosa liberdade de se inclinar, obedientemente, diante de seus “líderes raciais”, os guardiões da “ancestralidade e origem”. Hoje, como nos tempos da segregação oficial americana ou do apartheid sul-africano, o dogma da raça prejudica principalmente os negros.

Una lacrima (forze due o tre) per... Lucio Dalla

Un uomo, un cantante, una personalità...
Vai fazer falta...
O Caruso com Pavarotti é um primor.
O Sole Mio a três é imperdível.
O site oficial do cantor é este aqui: http://www.luciodalla.it/
Paulo Roberto de Almeida

CARUSO - LIVE IN VERONA

Attenti al lupo

Lucio Dalla, né à Bologne le 4 mars 1943 et mort le 1er mars 2012 à Montreux (en Suisse)1, est un chanteur et compositeur italien. C'est aussi un clarinettiste et un pianiste confirmé.

Sommaire

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Ses débuts[modifier]

Originaire de Bologne, son père était directeur d'un club de ball-trap de la ville (il est cité dans la chanson Come è profondo il mare« père, vous étiez un grand chasseur de cailles et faisans ... » ), sa mère, Iole Melotti (qui figure sur la pochette de l'album Cambio), était couturière à domicile, tandis que son oncle Ariodante Dalla, était un chanteur populaire connu dans les années quarante et cinquante.
Lucio Dalla perd son père très jeune et est élevé par sa mère. Il commence à jouer de la clarinette dans un groupe de jazz Reno Jazz Gang àBologne. En 1962, il rentre dans le groupe I Flipper avec lequel il fait ses débuts sur scène à Turin. Le directeur de la maison de disques RCA Gino Paoli persuade Dalla de commencer une carrière solo.

La carrière solo[modifier]

Il sort son premier 45 tours en 1964 Lei et Ma questa sera, puis il crée le groupe Idoli avec lequel il fera son premier album 1999 en 1966. En1971, il participe au festival de San Remo et présente la chanson 4/3/1943. En 1973 Dalla décide de mettre fin à sa collaboration pour l'écriture des textes avec Sergio Bardotti et Gianfranco Baldazzi, il décide de travailler avec Roberto Roversi, un poète de Bologne (cette collaboration durera pendant quatre ans). Après de violents désaccords avec Roversi, Dalla décide de travailler seul il sera désormais l'auteur compositeur de ses chansons. En 1979 avec son album Lucio Dalla qui se vend à plus d'un million d'exemplaires, Dalla devient un chanteur très populaire. Sa tournée Banana republic avec Francesco De Gregori fait salle comble. Il écrit pour Luciano Pavarotti, la chanson Caruso en hommage au grand Enrico Caruso, qui sera un immense succès et se vendra à plus de 9 millions d'exemplaires. Il compose aussi des musiques de films pour MonicelliVerdonePlacido... Dalla crée aussi plusieurs programmes pour la télévision Taxi pour Rai treLa Bella e la Bestia avecSabrina Ferilli.

La poésie de Dalla[modifier]

Son style est très particulier, influencé par de grands paroliers comme Fabrizio De AndreFrancesco De Gregori et Roberto Vecchioni, Lucio Dalla avec son écriture anticonformiste à la fois joyeuse et inquiétante joue avec la langue de tous les jours. Ses chansons très intimistes évoquent sa fascination pour la mer (dans Nun parlà), c'est aussi un Dalla adolescent qui se dévoile dans ses textes (Stella di mare e futura). Pendant 10 ans, la critique et le public feront l'éloge du style poétique et musical de Dalla qui arrive avec simplicité et tendresse émouvoir toute une génération.

Discographie[modifier]

  • 1999 (1966)
  • Terra di Gaibola (1970)
  • Storie di casa mia (1971)
  • Il Giorno aveva cinque teste (1973)
  • Anidride solforosa (1975)
  • Automobili (1976)
  • Come è profondo il mare (1977)
  • Lucio Dalla (1979)
  • Banana Republic (1979) avec Francesco De Gregori
  • Dalla (1980)
  • Lucio Dalla (Q Disc) (1981)
  • Dalla 1983 (1983)
  • Viaggi organizzati (1984)
  • Bugie (1985)
  • DallAmeriCaruso (1986)
  • Dalla/Morandi (1988)
  • Cambio (1990)
  • Amen (1992)
  • Henna (1993)
  • Canzoni (1996)
  • Ciao (1999)
  • Live @ RTSI (2000) (registrazioni del 1978)
  • Luna Matana (2001)
  • Lucio (2003)
  • 12.000 lune (cofanetto/raccolta) (2006)
  • Il contrario di me (2007)
  • La neve con la Luna (2008)
  • Angoli nel cielo (2009)
  • Work in Progress (2010) avec Francesco De Gregori

Duos[modifier]

Décorations[modifier]

ITA OMRI 2001 GUff BAR.svg
2e classe / Grand officier : Grande Ufficiale Ordine al Merito della Repubblica Italiana (4 975), proposée par le President de la Republique, 3 novembre 2003

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