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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Gorbachev escreve sobre seu amigo George Bush (pai) - Time magazine
domingo, 9 de dezembro de 2018
Sergio Cabral: o super corrupto, corruptor, e sua gangue de assistidos
Paulo Roberto de Almeida
Cabral dava mesada a 32 funcionários do palácio, do alto escalão a motorista e cozinheira
Do vice-governador Luiz Fernando Pezão à cozinheira, passando por secretária e office boy, todos eram agraciados, disse Miranda, que atuava como operador financeiro do esquema. Os valores variavam de R$ 150 mil, cifra exclusiva ao alto escalão, a R$ 500 para a base da pirâmide.
Segundo delatou Miranda, nos sete anos como vice-governador do Rio, Pezão recebeu em dinheiro vivo uma mesada de R$ 150 mil. Sua remuneração oficial no contracheque era de R$ 18 mil. A comprovação dos repasses fundamentou o pedido de prisão de Pezão feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e cumprido no último dia 29. Na delação, Miranda, que também era agraciado mensalmente com R$ 150 mil, contou que, no total, 32 funcionários do Palácio Guanabara recebiam remuneração extra por ordem de Cabral.
vice-governador
secretário de Gestão
R$ 150 mil
RÉGIS FICHTNER
secretário da Casa Civil
CARLOS MIRANDA operador financeiro
R$ 150 mil
ARY FERREIRA DA COSTA FILHO
assessor especial
ALOYSIO NEVES assessor e ex-conselheiro do TCE-RJ
SÉRGIO DE CASTRO OLIVEIRA (Serjão)
assessor
assessor
SÔNIA FERREIRA BAPTISTA
JOSÉ MARIANO BELTRAME
assessora de imprensa
R$ 20 mil
R$ 12 mil
Fanny
Tia de Adriana Ancelmo (trabalhava no palácio)
R$ 3 mil
R$ 500
R$ 12 mil
SUSANA CABRAL
Sérgio Cabral (pai) e Magali (mãe)
MAURÍCIO CABRAL
R$ 20 mil
Dinheiro vivo
Há repasses para o segurança do governador (R$ 20 mil), sua chefe de gabinete (R$ 20 mil), o motorista (R$ 12 mil), duas secretárias (R$ 6 mil cada), a cozinheira (R$ 6 mil), uma empregada (R$ 1,5 mil) e quatro funcionários de funções gerais no palácio (dois ganhavam mesadas de R$ 1 mil e outros dois, R$ 500).A lista da mesada familiar incluía R$ 100 mil para a ex-mulher Suzana, R$ 100 mil para os pais de Cabral, R$ 5 mil a uma prima, R$ 12 mil para uma tia, R$ 1,9 mil para um sobrinho e R$ 1 mil para outra sobrinha.
No segundo grupo de mesadas, com valores intermediários, os repasses variavam de R$ 40 mil a R$ 500 — este último valor era destinado para o office-boy do Guanabara. Segundo o delator, Luiz Carlos Bezerra, ex-assessor de Cabral que também era operador do esquema, recebia R$ 40 mil — procurada, sua defesa confirmou a mesada, mas diz que era de R$ 25 mil. O ex-secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame é apontado como recebedor de R$ 30 mil mensais por intermédio de sua mulher, como revelado pelo GLOBO em abril. A ex-secretária de Cabral, Sônia Baptista, é apontada como beneficiária do mesmo valor.
O GLOBO obteve os detalhes das mesadas de Sérgio Cabral, entregues no anexo 58 da delação de Miranda, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e mantida sob sigilo.
Na avaliação dos procuradores, para os funcionários de baixo escalão, os pagamentos dificilmente caracterizariam crimes, já que não há indícios de que eles tenham realizado atos indevidos na administração pública em contrapartida do dinheiro. Os investigadores avaliam que não existem indícios de crimes praticados por esse grupo. Já os integrantes da alta cúpula que recebiam as mesadas se tornaram alvos de denúncias ou até já estão presos.
Além dos R$ 150 mil para Pezão e Miranda, também tinham direito a esse valor os secretários Régis Fichtner (Casa Civil) e Wilson Carlos (Gestão) e o assessor especial Ary Ferreira Filho, acusado de favorecer empresários na Secretaria de Fazenda. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Aloysio Neves, que foi assessor de Cabral na Assembleia Legislativa e ocupava um cargo de assessoria na administração estadual, tinha direito a R$ 100 mil mensais. Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, apontado como entregador de dinheiro, recebia R$ 50 mil. Para custear o topo de pirâmide, a organização criminosa precisava de R$ 900 mil mensais.
Miranda também forneceu informações sobre como as mesadas eram pagas. Para Pezão, as entregas seriam feitas em dinheiro vivo por Serjão, após o próprio Carlos Miranda recolher a propina junto a empreiteiras ou outras empresas prestadoras de serviço ao governo. “A utilização de Serjão para transportar o dinheiro até o Palácio Guanabara foi feita em razão de Serjão ser funcionário comissionado da Secretaria de Governo e dispensar registros na portaria”, disse o delator.
Ao detalhar o custo de vida de Sérgio Cabral, o delator dividiu as despesas em cinco grupos: 1) gastos com sua casa, contas, itens de consumo e funcionários da residência; 2) mesadas e salários dos funcionários do Guanabara; 3) despesas de sua mansão em Mangaratiba; 4) despesas com a ex-mulher Susana Cabral; 5) gastos com familiares dele e de Adriana Ancelmo.
(Colaborou Igor Mello)
sábado, 8 de dezembro de 2018
Celso Lafer: livro publicado pela Funag: 19/12, 16hs, IRBr
O Senhor Ministro de Estado das Relações Exteriores, senador Aloysio Nunes Ferreira, o Senhor Secretário-Geral das Relações Exteriores, embaixador Marcos Galvão, e o Diretor do CHDD, embaixador Gelson Fonseca, prefaciador, têm o prazer de convidar para o lançamento da obra do ex-chanceler Celso Lafer, Relações Internacionais, Política Externa e Diplomacia: Pensamento e Ação (Funag, 2 vols.), no Auditório Araujo Castro do Instituto Rio Branco, no dia 19/12, às 16:00hs.
Celso Lafer
Sumário Volume 1
Sumário Volume 2
A deformação da Justica pelo grande mafioso brasileiro - Carlos Jose Marques
FOTO – REUTERS/Ueslei Marcelino