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Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
Por Caio Junqueira | De Brasília
Valor Econômico, 19/03/2012
Com apoio do governo, a Câmara dos Deputados quer aprovar a possibilidade de que o Estado possa efetuar um "acordo de leniência" com empresas acusadas de corrupção, uma espécie de delação premiada para pessoas jurídicas. O dispositivo está presente no capítulo 5 da versão final do relatório da comissão especial que discute o projeto de lei 6826 de 2010, que trata da responsabilização administrativa e civil de empresas acusadas de corrupção.
Por meio desse acordo, a empresa que colaborar com a apuração poderá se livrar de algumas das punições previstas no projeto, como a declaração de inidoneidade, a proibição de receber financiamentos e de fechar contratos com o Estado. Para tanto, deverá ser a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar, interromper seu envolvimento na infração e confessar sua participação. Ainda assim, não estará livre da multa, a ser fixada entre 0,1% e 20% do faturamento bruto do último exercício da empresa.
O relatório foi apresentado na semana passada pelo relator, Carlos Zarattini (PT-SP), e a expectativa é de que seja aprovado na comissão especial em caráter conclusivo neste semestre. De lá, seguiria diretamente ao Senado, a não ser que 10% dos deputados da Casa façam um requerimento em que peçam que ele passe pelo plenário.
O relator, contudo, contesta a ideia de que seja um dispositivo similar à delação premiada. "É uma colaboração da empresa com a investigação. Ela admite que não houve orientação dela a postura de alguns dos seus funcionários ou diretores e passa a ter algumas possibilidades de punição eliminadas. A delação dá uma ideia de que haverá anistia, o que não é o caso", disse.
O deputado também incluiu outros pontos no projeto original. Alguns deles atendendo a entidades empresariais, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que atuou para que empresas integrantes do mesmo grupo econômico, bem como sociedades controladas, controladoras, ou consorciadas serão subsidiariamente responsáveis, e não mais solidariamente responsáveis pelos atos ilícitos, como no texto original.
Também foi incluído no relatório que as pessoas físicas ligadas à empresa (dirigentes e administradores) só poderão ser responsabilizadas de acordo com sua comprovada participação nos atos ilícitos.
Por outro lado, outros dispositivos agravaram as condições para as pessoas jurídicas, como o trecho que impõe a responsabilidade objetiva sobre seus atos. O Estado, assim, não, precisará comprovar a intenção dos seu ato lesivo. Bastará apenas demonstrar a relação entre a ação e o resultado.
O governo, via Controladoria-Geral da União (CGU), aproveitou o debate para incluir um artigo com o objetivo de potencializar o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS). O atual cadastro possui 5.946 empresas e é regulamentado por uma portaria do órgão de 2010, mas só obriga os três Poderes em nível federal a alimentar o cadastro. Agora, Estados e municípios também terão de abastecer esse cadastro mediante o fornecimento dos nomes das empresas que sofreram sanções administrativas e judiciais.
O texto original foi encaminhado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em fevereiro de 2010, como reação à operação da Polícia Federal intitulada Castelo de Areia. Deflagrada em março de 2009, ela investigou a construtora Camargo Corrêa por crimes financeiros e doações de campanhas irregulares aos principais partidos e políticos do país, oriundos do PT, PMDB, PPS, PSB, PDT, DEM, PP, PR, PSDB. "É um projeto bom para as empresas porque passa a ter uma regra de financiamento e contato com o poder público. Além disso, qualquer corrupção desbalanceia a competição", disse Zarattini.
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NEW YORK — Ambassador Herbie Hancock believes what the world needs is a little jazz diplomacy.
The renowned jazz pianist's first major initiative since being named a UNESCO Goodwill Ambassador last July is to establish International Jazz Day to be held on April 30 of every year. That date coincides with the last day of what has been celebrated as Jazz Appreciation Month in the U.S.
This year's inaugural event – organized by the U.N. Educational, Scientific and Cultural Organization in partnership with the Thelonious Monk Institute of Jazz, which Hancock chairs – will include star-studded concerts in Paris, New Orleans and New York as well as jazz-related events in several dozen countries from Algeria to Uruguay.
Hancock said he had little difficulty lining up support for his proposal from the 195-member U.N. cultural organization "because so many countries have been affected in crucial ways over the years by the presence of jazz."
"Jazz has been the voice of freedom for so many countries over the past half century," Hancock said in a telephone interview ahead of Tuesday's official announcement of International Jazz Day.
"This is really about the international diplomatic aspect of jazz and how it has throughout a major part of its history been a major force in bringing people of various countries and cultures together."
UNESCO Director-General Irina Bokova endorsed the initiative. In a statement, she said International Jazz Day is intended to bring together people all over the world "to celebrate and learn more about the art of jazz, its roots and its impact, and to highlight its important role as a means of communication that transcends differences."
The official kick-off will be on April 27 with an all-day program at UNESCO Headquarters in Paris that will include master classes, roundtable discussions and improvisational workshops. An evening concert will feature Hancock, Dee Dee Bridgewater, South Africa's Hugh Masekela and Brazil's Tania Maria, among others.
The concert will present local jazz luminaries Terence Blanchard, Ellis Marsalis, Dr. Michael White, Kermit Ruffins and the Treme Brass Brand. Hancock plans to perform his funky standard "Watermelon Man" with high school students from around the world via an Internet link.
He then will fly to New York for a sunset all-star jazz concert for the international diplomatic corps at the U.N. General Assembly Hall to be hosted by Morgan Freeman, Robert DeNiro, Michael Douglas and Quincy Jones. The concert will be streamed live via the U.N. and UNESCO websites.
Its lineup already includes Hancock, Bridgewater, Wynton Marsalis, Wayne Shorter, Christian McBride, Esperanza Spalding, Jack DeJohnette, Derek Trucks, Susan Tedeschi and Jimmy Heath. The Americans will be joined by an international cast of musicians spanning different genres, including Richard Bona (Cameroon), Hiromi Uehara (Japan), Zakir Hussain (India), Angelique Kidjo (Benin), Lang Lang (China), and Romero Lubambo (Brazil).
Hancock sees his latest initiative as an extension of his 2010 CD, the double Grammy-winning "The Imagine Project," a globe-trotting, genre-mixing effort that featured a United Nations of pop and world music stars from 10 countries.
"I hope that this day spreads the joy of spontaneous creation that exists in this music," Hancock said. "My feeling is that jazz will be getting its just due."
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Online:
Hancock will begin the April 30 celebrations with a sunrise concert at New Orleans' Congo Square, the birthplace of jazz, which comes right after the first weekend of the city's Jazz and Heritage Festival.
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