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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.

domingo, 22 de novembro de 2015

O samba do sociólogo doido: presidente do Ipea, um maluco completo

Para esse sociólogo aloprado, o Brasil é feito de 1% de elite, 20% de classe média, todos de direita, golpistas, exploradores e reacionários, e 79% de "ralé" explorada, que só dispõe do partido dos corruptos e totalitários (o que ele obviamente não reconhece) para defende-la. 
Nunca li tanta insanidade junta como nas palavras desse masturbador social travestido de engenheiro das mudanças erradas. Sua entrevista é uma asemblagem de tolices, de bobagens, de absurdos. 
Coitado do Ipea: nunca antes no país tão poucos destruíram o trabalho de tantos em tão pouco tempo.
Paulo Roberto de Almeida 

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/10/politica/1447193346_169410.html
“No Brasil, o Estado é demonizado e o mercado é o reino de todas as virtudes”

O sociólogo e presidente do Ipea, Jessé Souza. / Fernando Cavalcanti

O sociólogo Jessé Souza lidera desde o início do ano, quando assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – na esteira da polêmica eleitoral do atraso da divulgação de uma pesquisa sobre miséria –, um levantamento que se propõe a fazer uma “radiografia do Brasil contemporâneo”. A pesquisa, que deve começar a apresentar resultados em setembro do próximo ano, faz parte de um esforço geral do Ipea para compreender melhor quem é o brasileiro e colaborar para a avaliação de políticas públicas que pretendem melhorar a vida da população.

Na radiografia, os pesquisadores pretendem analisar a composição social do país para além dos índices econômicos, como costuma fazer o instituto, e levar em conta questões como “socialização e o capital cultural”, conceitos que Souza explora no livro A Tolice da Inteligência Brasileira, a ser lançado neste mês. Na obra, o sociólogo questiona conceitos basilares do pensamento brasileiro, como o patrimonialismo e o “homem cordial”, e diz que nossa ciência social está baseada em mitos infundados criados e promovidos por pensadores como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.

Pergunta. Em que pé está a radiografia que pretende "estabelecer uma nova divisão de classes no Brasil"?

Resposta. Pretendemos ter um apanhado geral em seis meses, fechado em março. Até setembro do próximo ano, já vamos entrar em questões concretas, ao avaliar programas específicos. Além do MEC [Ministério da Educação] e do MDS [Ministério do Desenvolvimento Social], também trabalhamos com a Secretaria da Juventude em São Paulo, com um estudo sobre o jovem da periferia. Mas a radiografia é apenas uma das nossas pesquisas. Temos uma agenda estratégica, que é uma tentativa do Ipea de fornecer elementos ao Governo para guiar e orientar a estratégia pós-ajuste fiscal. Queremos montar uma inteligência que possa dizer em tempo real o que está acontecendo em cada grande projeto e como ele pode ser corrigido ainda na feitura. Estamos montando convênios e cooperações para analisar os programas profissionalizantes, como o Pronatec, estudar a política de apoio à entrada nas universidades públicas e contribuir com o PNE [Plano Nacional de Educação].

P. Vocês estão atrás de que tipo de informação?

R. As classes normalmente são percebidas como construídas a partir da sua renda. Isso não é verdade, porque não é o bastante para antecipar o comportamento das pessoas, como estudam, agem, como montam suas vidas. É isso o que importa saber, tanto para o mercado quanto para o Estado. E você não consegue antecipar o comportamento das pessoas pela renda. Um exemplo óbvio é o do professor universitário em início de carreira, que ganha 8.000 reais, e o trabalhador qualificado da Fiat, em Betim [MG], que ganha mais ou menos isso. É mínima a probabilidade de que essas pessoas tenham comportamento semelhante, de que lidem na família do mesmo modo, tenham estilos de vida semelhantes, com padrões de consumo e lazer semelhantes, uma concepção de mundo semelhante. O tipo de educação, de socialização familiar e escolar vão montar tipos de pessoas muito distintas, com escolhas muito distintas, embora recebam uma renda semelhante.

P. Como a socialização familiar influencia o rumo da vida desses brasileiros?

R. Os estímulos ao pensamento abstrato só existem na classe média. O estímulo à concentração na leitura só existe na classe média; a valorização das coisas do espírito. Na classe baixa, o filho do pedreiro está brincando com o carro de mão. Está sendo estimulado para ser trabalhador manual, e não para refletir. Dois tipos de pessoas muito distintas, e numa sociedade onde o grande elemento é o espírito, é o conhecimento. Além do capital econômico, o que vai definir a luta por recursos escassos é o conhecimento.

Na classe baixa, o filho do pedreiro está brincando com o carro de mão. Está sendo estimulado para ser trabalhador manual, e não para refletir

P. Nosso Estado ainda não tem noção de quem é o brasileiro?

R. Não só o Estado, mas a sociedade brasileira não tem esse conhecimento ainda. É sempre algo aproximado, e a gente quer contribuir para isso criando um novo elo para além desses dados. Estamos unindo, em um estudo inédito, o dado quantitativo a dados qualitativos, mas qualitativo crítico, que não interpreta a fantasia das pessoas sobre elas mesmas como a verdade. A gente quer descobrir quais são as necessidade e carências desse brasileiro, e também os seus sonhos, e não as fantasias que ele monta sobre si mesmo para continuar vivo. A gente quer saber o que falta para construir uma inteligência institucional mais sofisticada, que se adapte melhor a esse público.

P. É por conta desses conceitos que você questiona os dados que indicam redução nas desigualdades do país nos últimos anos?

R. Houve uma histórica e importante inflexão no Governo Lula, algo que não acontecia há 60anos, porque o Brasil foi, desde o Golpe 1964, um país feito para a minoria, para 20%. É algo que havia acontecido apenas com Getúlio Vargas e Jango [João Goulart]. Jango quis, no fundo, aprofundar as mudanças que Getúlio tinha procurado estabelecer, que tem a ver com o fato de que o Estado deveria ser também dos pobres, da maioria da população brasileira historicamente esquecida. Não vejo um fato mais importante nos últimos 60 anos do que porções significativas dos nossos excluídos tiveram uma ascensão social significativa, não só no consumo, mas em acesso à escola, a serviços estatais importantes. Essa é a grande herança que vale a pena se lutar para ser mantida e aprofundada. Longe de negar que houve esse combate à desigualdade, a gente quer ajudar a combater ainda melhor esse desigualdade.  

P. Você diz no livro que o povo é manipulado por uma pequena elite no Brasil. De que forma?

R. No Brasil se construiu uma ideologia, que não tem nada a ver com a ciência. As ideia dos grandes pensadores são tão importantes quanto as ideias dos antigos profetas e religiosos. Não há nada que se publique que não precise ser atestado por um especialista. Isso mostra como a ciência é importante. O que os jornalistas produzem, o que os professores de universidade dizem, o que os juízes decidem nos tribunais, tudo isso são consensos que foram construídos e criados por grandes intelectuais. As pessoas não percebem isso, acham que cada pessoa está tirando tudo da própria cabeça. O que eu procurei identificar no livro é quais são essas ideias, o que elas defendem, e quem são esses caras.

No Brasil se construiu uma ideologia, que não tem nada a ver com a ciência

P. Que ideias são essas?

R. Essas pessoas defendem um tipo de liberalismo amesquinhado que tem a ver com a imagem negativa do brasileiro. Isso começa com o Gilberto Freyre, em 1933, quando se substitui o racismo científico, fenotípico, por um racismo cultural. A base desse raciocínio é o “complexo do vira-lata”, como chamava Nelson Rodrigues. Supõe-se que existam sociedades superiores, compostas por indivíduos superiores moral e cognitivamente, que estariam nos Estados Unidos e na Europa. Lá, haveria um Estado só público, que não é privatizado por ninguém. Isso é um completo absurdo, fácil de ser destruído. Mas quando essas interpretações se tornam naturalizadas, os fatos não importam mais. O que os grandes pensadores dizem é que a privatização do Estado é uma singularidade brasileira, e nós acreditamos nisso. Há um sequestro da inteligência do povo brasileiro montado por grandes intelectuais. A grande interpretação do Brasil é só uma, que une personalismo e patrimonialismo.

P. Qual é o resultado dessa união?

R. O personalismo diz que o brasileiro é um sujeito inferior, pré-moderno, que se liga a relações pessoais, como se não houvesse relações pessoais e não fossem decisivas em qualquer lugar. [O brasileiro] É sentimental, cordial, emotivo e tendencialmente corrupto. Esse personalismo foi criado a partida da leitura de Gilberto Freyre por Sérgio Buarque de Holanda. Freyre queria fazer um mito nacional, e Buarque queria fazer ciência. Mas a ciência se faz contra todos os mitos. Nossa ciência veio de um mito, mas o mito não tem validade científica, é um conto de fadas para adultos, para explicar a leigos como a sociedade funciona.

P. Como esse pensamento afeta a vida dos brasileiros?

R. Todos os conflitos brasileiros tendem a ser silenciados. A classe média, que se põe como campeã da moralidade, no fundo explora o trabalho de uma ralé, de uma classe de excluídos, que presta todo tipo de serviço a ela — serviços que nem as classes médias europeia ou norte-americana têm. É um exército de escravos, no fundo, para prestar, a baixo custo, serviço na sua casa, cortar a sua grama, fazer comida, cuidar do seu filho. Isso é uma luta de classes A luta de classes é silenciosa, por recursos escassos. Todos recursos, materiais e ideais, são escassos. Não é só a casa, o carro, a mercadoria, mas o reconhecimento, o prestígio, a beleza, o charme. Isso tudo é escasso. Há uma luta de todos contra todos em relação a isso, mas algumas classes monopolizam o acesso a esses recursos: o 1% e seu sócio menor, que é uma classe média de 20%, que monopoliza o capital cultural e tem um estilo de vida europeu em um país como o Brasil. O restante tem de lutar por isso.

A classe média, que se põe como campeã da moralidade, no fundo explora o trabalho de uma ralé, de uma classe de excluídos, que presta todo tipo de serviço a ela

P. É por isso que, na sua avaliação, o Estado virou alvo preferencial no Brasil?

R. Toda essa exploração de classe é escondida e transformada em um conflito construído, irreal, que não existe, entre Estado e mercado. Porque o Estado precisa do mercado para sua sobrevivência, e vice-versa. Mercado e Estado são uma coisa só, mas, no Brasil, você demoniza o Estado e monta o mercado como reino de todas as virtudes. Não existe crime no mercado. Essa coisa de o brasileiro ser inferior tem um lugar específico entre nós desde Sérgio Buarque: o Estado. É a tal tese do patrimonialismo. Há uma elite que, só no Estado, rouba a sociedade como um todo, como diz Raymundo Faoro. Então se cria um conflito artificial.

P. A prisão de grandes empreiteiros na Operação Lava Jato não confronta essa ideia de que o mercado tem tratamento diferente no Brasil?

R. As relações entre economia e política são sempre complicadas. Abrangem todos os partidos e todos os ramos da indústria e da vida econômica. Não consigo entender por que a seletividade, só alguns ramos e alguns partidos. O que existe é uma modernização do golpe de Estado brasileiro. O 1% quer continuar mandando, especialmente num contexto em que não dá para atender a todos. Para isso, silêncio sobre alguns partidos e atividades industriais, e toda a luz para alguns partidos, quase sempre ligados a interesses populares. Se há crime, tem de ser sempre investigado, mas sempre houve seletividade. Com isso, se acirra os ânimos do suporte social e emocional para esse tipo de mensagem.

P. Como o golpe de Estado brasileiro se "modernizou"?

R. Para a democracia moderna, só existe um princípio: soberania popular. A fonte de todo poder é o voto. Não existe nenhum outro princípio, e, como não há, é preciso fabricar um, construir elementos que estariam acima da sociedade e de interesses econômicos e políticos. Antes, esse elemento estava constitucionalmente determinado, eram as forças militares. Os chefes militares constitucionalmente poderiam dizer quando estaria havendo desordem no país, e intervir. Hoje, como não podem ser mais os militares, que perderam a legitimidade para assumir esse papel, o novo elemento é um misto de agências de controle e judiciário, junto com Polícia Federal, etc. Há uma luta por quem vai ocupar esse espaço. Formalmente, o Judiciário tem todos os elementos que as Forças Armadas tinham. Não é eleito pelo povo, faz de conta que interpreta coisas que não têm a ver com a política e o jogo econômico e se põe acima do bem e do mal — e eu não estou falando em nome de nenhum juiz, até porque são vários candidatos a isso. O juiz justiceiro hoje em dia é o substituto do general entre nós. Não é mais o militar, a metralhadora, é o aparato jurídico.

P. Se a sociedade brasileira tem uma ideia equivocada e prejudicial sobre si mesma, como se abandona essa lógica?

R. A escola não é o único lugar onde as pessoas se educam numa sociedade moderna. A esfera pública é extremamente importante. Toda a democracia tem dois pilares. O voto é um deles, mas ele precisa ser refletido. O cidadão brasileiro tem de ter acesso a informações contraditórias, a opiniões divergentes. Porque, sem isso, o voto é desqualificado, manipulado. Os partidos de esquerda no Brasil falharam em grande medida em compreender essa imensa maioria de excluídos e trabalhadores pouco qualificados que não são sindicalizados, por exemplo. Quem compreendeu essas pessoas abandonadas e humilhadas, que compõem a massa do povo brasileiro, foram as religiões pentecostais, que supriram o vazio ao dizer: “você não é um lixo, é um cara importante, Jesus olha para você”. No livro, faço a crítica a esse culturalismo conservador, que é cientificamente frágil, mas também ao economicismo de todas as vertentes, da marxista à liberal. A cegueira de todo economicismo é achar que o comportamento das pessoas é unicamente motivado por estímulos econômicos. Não é, e às vezes os estímulos não-econômicos, como a autoconfiança, são ainda mais importantes. Quer dizer, você é pobre, não enxerga chances e cai no álcool ou no crack. Se receber dinheiro, vai comprar crack, não vai se recuperar como ser humano. Se tem alguém dizendo que você importa, que não nasceu para isso, que lhe dá respeito e estima, isso pode ser mais importante que dinheiro, e faz dinheiro, que é o que acontece com a classe média autoconfiante.

O cidadão brasileiro tem de ter acesso a informações contraditórias, a opiniões divergentes. Porque, sem isso, o voto é desqualificado, manipulado

P. No livro também há criticas às jornadas de junho de 2013. Você escreve, inclusive, que o Brasil “é o país em que a classe média ‘tira onda’ de revolucionária, de agente da mudança e de lutadora por um ‘Brasil melhor’”.

R. As manifestações de 2013 são diferentes das que acontecem agora. Em 2013, houve uma parte inicial do movimento em que havia muitos elementos da classe trabalhadora precária, que passa três horas para sair da periferia para o centro de São Paulo. E esse pessoal estava justamente pedindo uma ampliação e aprofundamento de seus direitos: melhor escola, melhor saúde, mobilidade urbana. A partir de certo momento, toca-se o bumbo e a classe média vai às ruas. Então ocorre uma mudanças dos grandes temas, das demandas, para a demanda típica da classe média: só corrupção. É uma forma de você, que explora os outros, posar de campeão da moralidade. Para isso, você usa todo o estofo montado por essa inteligência para exportar o mal que pratica, e a classe média se transforma numa santa. As ideologias políticas não falam só ao cérebro. Elas falam, antes de tudo, às emoções. A classe média é feita de tola na sua reflexão por suas emoções. É manipulada e sai como tropa de choque para atacar o Estado, apesar de não ter um interesse real nesse ataque, porque os serviços poderiam ser ampliados para a classe média, que usa o SUS [Sistema Único de Saúde]. Atacar o Estado, para a classe média, é morrer em momentos importantes da vida. Essa coisa de dizer que o Estado é ineficiente só serve aos 1% mais ricos.

 P. Diante do que você considera uma ameaça de golpe, como enxerga as perspectivas para o país?

R. Estamos em um instante histórico extremamente delicado. Temos uma tradição dominante, do golpe de 1964, que montou uma sociedade para 20%, esses endinheirados, e uma classe que serve a ela. Os outros foram mais ou menos abandonados, deixados ao Deus dará. Os últimos 10 ou 15 anos foram uma inflexão forte nisso, porque dezenas de milhões saíram de uma situação não só de pobreza, mas de ausência de alternativa de vida, de futuro. Esse processo está em xeque, pode ser desfeito. A gente pode voltar ao esquema que o Brasil era, o que aliás é a maior parte dessa elite quer. Por outro lado, podemos tentar manter esse processo ou até aprofundá-lo. A gente está em uma encruzilhada histórica: ou somos um Brasil que minimamente olha para a maioria da sua população ou um país para 20% que vai ter sempre a ameaça do golpe. Por que não se governa sociedade nenhuma para 20%, a não ser pela força, pela manipulação. Daí a recorrência do golpe na história brasileira. Para a elite brasileira, não importa se você manda com o voto, você tem que poder mandar até sem o voto.

Partido Totalitario homenageia seus mafiosos: natural - Carlos Brickmann

COMPANHEIRO É COMPANHEIRO
Carlos Brickmann
18 /112015

Nada pode ser mais autenticamente petista: o 3° Congresso da Juventude do PT, que se iniciou na sexta, em Brasília, com presença e discurso do maior ícone petista, o ex-presidente Lula, e transmissão ao vivo pela Agência PT de Notícias.

E qual a posição oficial deste congresso oficial petista? Apoio total a José Dirceu, que já cumpriu pena por seu papel no Mensalão, que está preso preventivamente, pela acusação de receber propina, por ordem do juiz Sérgio Moro. José Dirceu é chamado, no encontro do PT, de Guerreiro da Democracia e Guerreiro do Povo Brasileiro. Os jovens petistas manifestam apoio também, em cartazes, a José Genoíno, Delúbio Soares e José Paulo Cunha, condenados à prisão por participar do Mensalão, e João Vaccari Neto, que cumpre pena de 15 anos por corrupção. Mas estes estão um degrau abaixo de Dirceu, já que não são chamados de Guerreiros da Democracia, mas apenas de Guerreiros do Povo Brasileiro.

Agora já não se trata de desvio de conduta de dirigentes partidários, à revelia do partido: o PT os apoia formalmente, embora condenados por corrupção. E o ex-presidente Lula, líder maior do PT, confirma com sua presença esta posição.

Chama a atenção, neste 3º Congresso da Juventude do PT, a discriminação contra alguns condenados, que não mereceram ser chamados de Guerreiro do Povo Brasileiro e nem são lembrados, como o deputado federal André Vargas, condenado a 14 anos por corrupção. Ou Henrique Pizzolatto, que fugiu para a Itália e, depois de longa disputa judicial, cumpre 12 anos no Presídio da Papuda.

Corrupcao: o Brasil se prepara para uma nova onda companheira - Tiago Lobao e Cristiana Castro

Um escândalo, realmente, esse novo Regime de Contratação Diferenciada, que promete ampliar ainda mais os limites da corrupção oficial.
Paulo Roberto de Almeida

RDC para infraestrutura: avanço ou retrocesso?

28 Outubro 2015 | 15h 01

Análise publicada originalmente no Estadão Noite

A Medida Provisória nº 678, de 23 de junho de 2015, que tramitava no Senado, acaba de ser aprovada pelo plenário. O texto, que aguarda agora apenas a sanção da presidente Dilma, prevê, dentre outros temas, que as obras e os serviços de engenharia relacionadas a melhorias na mobilidade urbana e à ampliação de infraestrutura logística sejam realizados por meio do RDC (Regime Diferenciado de Contratação), o que, na prática, decretará o fim das licitações para obras de infraestrutura no País.

O RDC, instituído pela Lei nº 12.462/2011, visava, originalmente, uma maior eficiência nas contratações públicas, em especial frente aos eventos esportivos que ocorreram (Copa do Mundo) e que ocorrerão em 2016 (Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro).

De acordo com o RDC, a empresa ficará responsável pela obra toda, adotando um sistema de 'contratação integrada' que englobaria do projeto básico até a entrega final. Ou seja, o empresário teria toda a responsabilidade desde a elaboração do projeto básico à construção e operação da obra.

O governo deixa de ser o responsável por detalhar o projeto, passando apenas a encomendar a obra ao particular que sairá vencedor caso ofereça o menor preço. Contudo, assim como ocorre com diversos contratos públicos atualmente, por falta de especificações, eles se tornam obras inacabadas, gerando grandes elefantes brancos.

Fato é que, embora a Lei de Licitações esteja defasada em vários pontos, pois a mesma foi editada há mais de 20 anos e em um cenário e uma realidade muito diversos do atual, a aprovação da MP para aplicação do RDC a todos os tipos de contratação de obras de infraestrutura não seria a solução mais adequada para os problemas do País. Muito pelo contrário. Tal medida acabará por atropelar as discussões do Projeto de Lei do Senado (PLS) 559 de 2013, o qual prevê a Reforma e Modernização da Lei de Licitações, atualmente em discussão na Comissão de Assuntos Econômicos, transformando a exceção (RDC) em regra.

Portanto, além de trazer uma grande insegurança jurídica, a MP poderá ainda colocar em risco a qualidade da infraestrutura brasileira, haja vista a possibilidade de realização de projetos que não atendam a real necessidade do interesse público, fortalecendo ainda mais uma prática infelizmente corriqueira no nosso país, qual seja, a 'farra dos aditivos', e demonstrando a incapacidade da administração pública em gerir.

Assim, a lógica de transferir ao privado a responsabilidade pelos projetos é um caminho muito perigoso que poderá trazer um aumento de preços, aditivos, má qualidade da gestão, das obras, mantendo ainda brechas para um aumento da corrupção.

Não há dúvidas de que é necessária uma rápida modernização da infraestrutura do País, racionalizando os procedimentos de contratação. No entanto, a MP não atenderá este fim, ao contrário, tal procedimento pode colocar em xeque a eficácia e a transparência da administração pública, trazendo retrocesso e o aumento da corrupção nas contratações, cenário este diferente do clamado atualmente pela população, que busca transparência e honestidade.

* Tiago Lobão e Cristiana Castro são, respectivamente, sócio e advogada associada do Leite, Tosto e Barros Advogados

sábado, 21 de novembro de 2015

Alianças estratégicas do narcotráfico: essas amizades herdadas e incômodas...

Diz com quem andas e te direi quem és.

 

FILHO DO TIRANETE NICOLÁS MADURO DEU O SERVIÇO PARA AUTORIDADES DOS EUA: DIOSDADO CABELLO, O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA NACIONAL É O CHEFÃO DO CARTEL DO NARCOTRÁFICO.

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Recentemente Dioscado Cabello, acusado de chefe do narcotráfico na Venezuela, esteve no Brasil em contato com  Lula e Dilma. Como presidente da Assembléia Nacional é o segundo homem na hierarquia do poder na narco-comunista ditadura venezuelana.

Na semana passada, Nicolás Maduro foi tragado por um fato capaz de agravar a crise de legitimidade de seu governo. Dois sobrinhos de sua mulher, Cilia Flores, foram presos por tentar vender 800 quilos de cocaína a um funcionário disfarçado da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA). Aproveitando-se do passaporte diplomático, que lhes permitia ter isenção no controle de bagagem, Efraín Antonio Flores e Franqui Francisco Flores desembarcaram na terça-feira 10 em Porto Príncipe, capital do Haiti, com 5 quilos da droga. Era uma amostra do carregamento que estava pronto para ser enviado em um jatinho aos Estados Unidos, de uma pista clandestina no norte de Honduras. Em um quarto de hotel nas imediações do aeroporto local, os venezuelanos entregaram aos agentes que se faziam passar por traficantes a mala recheada de pó com um nível de pureza próximo de 100%. Os Flores queriam impressionar e provar aos falsos clientes, com quem vinham negociando desde outubro, que podiam fornecer grandes quantidades da melhor cocaína possível. Efraín, de 29 anos, foi adotado ainda criança por Cilia ao ficar órfão de mãe e era tratado como filho por Maduro.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibAoOJrvX7ovFfaTT3vhOPOikkjZQ4Tf2uv1F7TtafuHOuqNuGMvOzV2LQvtYb4jEVn-iIi64qVD3QysfjDI7g5d7c2tf6ICYpKapGLdmBRfv-bHdk_PhqxHAn1Smj2iflBh4A9g/s1600/maduroecabello-original.jpeg

DOIS VERMES: Diosdado Cabello é militar da reserva e foi homem de confiança do finado caudilho Hugo Chávez. Hoje divide o poder com Nicolás Maduro, na foto segurando o livro vermelho que contém a essência do regime opressor e assassino que domina a Venezuela há 16anos.

 

ENFRAÍN ENTREGOU DIOSDADO

No avião da DEA que os transportou para os Estados Unidos, Efraín revelou que ele e o primo eram apenas os mensageiros e que a droga pertence ao Cartel dos Sois. Seus chefes, eles asseguraram, são Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional, e Tareck al Aissami, governador de Aragua. Os nomes desses dois líderes chavistas são recorrentes nas delações referentes ao tráfico da cocaína produzida na Colômbia, que tem na Venezuela sua principal rota de escoamento. Em janeiro, Leamsy Salazar, um ex-guarda-costas de Cabello e do presidente Hugo Chávez (morto em março de 2013), detalhou o funcionamento do cartel chavista. Salazar implicou Cabello, Al Aissami e o filho de Chávez, Hugo Colmenares, na cúpula do grupo criminoso. A prisão dos sobrinhos da primeira-dama empurrou Nicolás Maduro para o centro de uma investigação que nos últimos três anos vem corroendo a reputação do chavismo e revelou que não existe fronteira entre o regime instituído em 1999 e o narcotráfico. Maduro, cujo governo enfrentará uma difícil eleição legislativa no início de dezembro, se diz vítima de uma conspiração imperialista. Esse discurso pode funcionar para uma parcela da esquerda latino-americana, mas não na Venezuela.Um funcionário ligado à investigação contou a VEJA que os Flores esperavam apenas pelo pagamento de 100 milhões de dólares para dar a ordem de decolagem ao jatinho rumo aos Estados Unidos. Depois de misturado com outras substâncias, o carregamento poderia render o triplo desse valor no mercado americano. Mas a dupla foi surpreendida com uma ordem de prisão seguida de imediata extradição para os Estados Unidos. Na quinta-feira passada, os primos foram indiciados em um tribunal federal de Nova York por tráfico de drogas e conspiração. Pelas leis americanas, esses crimes podem ser punidos com prisão perpétua. 

Do site da revista Veja

Bandidos petralhas do povo petista: os guerreiros da corrupcao desenfreada

Inacreditáveis petralhas: eles ainda não se constrangem de homenagear ladrões, corruptos, bandidos de alto coturno...
Paulo Roberto de Almeida 

Fotos estilizadas de petistas que tiveram os nomes envolvidos nos escândalos do mensalão e da Petrobrás, como o ex-ministro José Dirceu, Vaccari e seu antecessor Delúbio Soares, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, enfeitavam a quadra onde Lula discursou nesta sexta-feira, 20, durante o 3º Congresso da Juventude do PT, em Brasília, com a frase “guerreiros do povo brasileiro”. Além de Vaccari, Dirceu está preso em Curitiba.
Cobrado pelos jovens por sua aliança com o PMDB, o ex-presidente reiterou que o “ideal” seria que a Presidência, os 27 governadores, os 513 deputados federais e os 81 senadores fossem da esquerda ou “de um partido só”.
(O Estado de S. Paulo, 21/11/2015)

Pasadena arranjada: alguem ainda tinha alguma duvida disso?

Foi um grande negocio, quase totalmente bem sucedido, não fosse pelo primeiro delator anônimo da Petrobras. 
Paulo Roberto de Almeida 

 

21 de Novembro de 2015

http://www.diariodopoder.com.br/noticia.php?i=44595697298

 

Depoimento compromete Dilma com Pasadena

Caiu como uma bomba, no Tribunal de Contas da União, o depoimento que compromete a presidente Dilma com a compra superfaturada da refinaria americana de Pasadena, que provocou prejuízos de US$ 800 milhões (ou R$ 3 bilhões) ao Brasil. O conselho de administração da Petrobras, presidido por Dilma, analisou e aprovou o negócio um dia após ser fechado, segundo contou Aghostilde Mônaco de Carvalho, funcionário da Petrobras, que depôs sob acordo de delação premiada. 

 

Presidente no comando

A pressa na aprovação da compra de Pasadena pelo conselho de administração coloca Dilma como um dos responsáveis pelo negócio.

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Espanto no TCU

O depoimento de Aghostilde foi lido pelo ministro Vital do Rêgo, relator da tomada de Contas Especial na Petrobras. Causou estupefação.

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Ela sabe que é grave

Dilma tem tanto medo do assunto que, no início do escândalo, ela até divulgou nota culpando “parecer falho” de Nestor Cerveró pelo negócio.

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Delação premiada

Aghostilde assessorava Nestor Cerveró, na diretoria Internacional da Petrobras, e prestou depoimento ao Ministério Público Federal.

 

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A Amante da Republica e a republiquetazinha dos salafrarios, gastando por conta - Carlos Newton

Em Domingo, 15 de Novembro de 2015 13:14,
GASTOS DO CARTÃO CORPORATIVO DE ROSE ENFIM SERÃO REVELADOS
Carlos Newton
 
Está chegando ao final um dos maiores mistérios da República. Os autos do Mandado de Segurança 20895, impetrado pelo repórter Thiago Herdy e por O Globo já estão conclusos desde 27 de março, na mesa do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça, para que mande cumprir o acórdão da 1ª Seção da corte, que autorizou o acesso aos dados do cartão corporativo do governo federal usado pela ex-chefe da representação da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha. O tribunal acolheu pedido feito pela rede de jornais Infoglobo e pelo jornalista Thiago Herdy Lana para terem acesso aos gastos, com as discriminações de tipo, data, valor das transações e CNPJ/razão social.
TÓRRIDA PAIXÃO
Como se sabe, desde a década de 1990, quando se conheceram no Sindicato dos Bancários de São Paulo, numa reunião conduzida pelo dirigente sindical João Vaccari Neto, Rosemary era concubina do então líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2003, ao assumir o poder, Lula trouxe a companheira para perto de si, nomeando-a para o importante cargo de chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. E o romance prosseguiu, com o presidente usufruindo da companhia de Rose em 32 viagens internacionais que tiveram a ausência da primeira-dama. Tudo continua bem, até que novembro de 2012, já no governo Dilma Rousseff, Rose acabou envolvida na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, que investigou venda de pareceres técnicos para liberação de obras favorecendo empresas privadas, foi imediatamente demitida e está respondendo a processo.
DILMA USOU ROSE
Desde 2013, já rolava na Justiça o mandado de segurança apresentado pelo repórter Thiago Herdy e pelo O Globo para quebrar o sigilo dos gastos do cartão de Rose, sob argumento de que o acesso a documentos administrativos tem status de direito fundamental, consagrado na Constituição Federal e em legislação infraconstitucional. Em 2014, quando cresceu no PT o movimento “Volta, Lula”, para que o ex-presidente Lula fosse candidato, Dilma Rousseff resistiu e não quis abrir mão da candidatura. Lula insistiu e ela então lançou sobre a mesa a cartada decisiva, ameaçando divulgar os absurdos gastos de Rose no cartão corporativo da Presidência, que se tornariam um escândalo capaz de destruir a campanha eleitoral do PT, Lula foi obrigado a recuar.
DIREITO LÍQUIDO E CERTO
Para o relator do caso no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, a recusa de fornecer os documentos e as informações a respeito dos gastos efetuados com o cartão corporativo, com o detalhamento solicitado, constitui violação ilegal do direito líquido e certo da empresa e do jornalista de terem acesso à informação de interesse coletivo, assegurado pela Constituição e regulamentado pela Lei 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação). “Inexiste justificativa para manter em sigilo as informações solicitadas, pois não se evidencia que a publicidade de tais questões atente contra a segurança do presidente e vice-presidente da República ou de suas famílias, e nem isso ficou evidenciado nas informações da Secretaria de Comunicação”, afirmou em seu parecer. “A divulgação dessas informações seguramente contribui para evitar episódios lesivos e prejudicantes; também nessa matéria tem aplicação a parêmia consagrada pela secular sabedoria do povo, segundo a qual é melhor prevenir do que remediar”, concluiu o ministro, que vai mandar cumprir a sentença do STJ.
O PT VAI ÀS COMPRAS
Segundo o jornalista Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, nos governos petistas de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, os gastos com cartões corporativos já somaram R$ 615 milhões, o que significa mais de R$ 51 milhões por ano, enquanto em 2002, último ano do governo FHC, a conta dos cartões foi de R$ 3 milhões. Cerca de 95% dessas despesas são “secretas”, por decisão do então presidente Lula, que alegou “segurança do Estado”, após o escândalo de ministros usando essa forma de pagamento em gastos extravagantes, como pagar tapiocas, resorts de luxo, jantares, cabelereira, aluguel de carro, etc. Humberto diz que a anarquia chegou ao ponto de um alto funcionário do Ministério das Comunicações quitar duas mesas de sinuca usando o cartão, enquanto em São Bernardo, seguranças da família do então presidente Lula pagavam equipamentos de musculação com cartão corporativo e compraram R$ 55 mil em material de construção para a filha dele, Lurian. Quando o sigilo for quebrado, esta nação vai estremecer.
Será divertido, podem esperar.

Latin America and International Relations: invitation for a collective book

Latin America in the Third World, an edited volume
by Thomas Field
Your network editor has reposted this from H-Announce. The byline reflects the original authorship.

Type: Call for Papers
Date: December 15, 2015
Subject Fields:  American History / Studies, Diplomacy and International Relations, Latin American and Caribbean History / Studies, Political History / Studies, World History / Studies
Call for Papers

Latin America in the Third World

Editors: Thomas Field (Embry-Riddle College of Security and Intelligence), Stella Krepp (University of Bern), and Vanni Pettinà (Colegio de México)

Over the past few years, there has been a growing scholarly interest in the Cold War in the Global South.  This has given rise to a number of works on the nonaligned movement, the overlapping trajectories of decolonization and the Cold War, and the rise and fall of the Third World project during the 1960s and 70s.  Unfortunately, Latin America has largely escaped the attention of scholars interested in the larger Third World, despite the region's substantive participation in the nonaligned movement.  Throughout the Cold War, Latin American countries maintained ties with the Second World, and many o fthe region's regimes and popular movements identified with the Third World experience.

This edited volume will bring together emerging and established scholars whose work highlights a diverse range of strategies used by Latin American governments and political movements to forge ties with Communst bloc countries, with the nonaligned movement, and with one another.

We invite chapter abstracts regarding any aspect of the preceding paragraphs.  While we expect many of the contributions to be country-specific, potential themes include tricontinentalism, decolonization, anti-imperialism, and competing concepts of development, modernization, and natural resource sovereignty.  We welcome chapter abstracts dealing with political issues (high and low), political economy, society, labor, and culture.  We are not averse to abstracts dealing with US - Latin American relations, but we especially welcome submissions that explore Latin American agency, move beyond bilateral diplomacy, and make use of Latin American primary sources.

While contributions are sought for all Latin American countries participating in the Third World project, we are particularly interested in including chapter addressing how smaller countries conceived of their participation in the nonaligned movement.  Contributions are therefore sought for Central America, the Caribbean (including Puerto Rican political parties), Bolivia, Peru, Panama, Ecuardo, Uruguay, Colombia, and Venezuela.  These are in addition to the more obvious actors such as Argentina, Brazil, Cuba, Chile, and Mexico.

The deadline for abstracts is December 15, 2015.  Proposals should include a title, one-page outline, and one-page CV with a list of publications.  Following the acceptance of proposals in early January 2016, authors will receive editorial guidelines for submission of draft chapters (7,000 to 10,000 words) by December 1, 2016.

Proposal abstracts should be emailed to Thomas Field (thomas.field@erau.edu), Stella Krepp (stella.krepp@hist.unibe.ch), and Vanni Pettinà (vpettina@colmex.mx).

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

A Igreja Catolica e o capitalismo: duas posicoes em debate


As duas posições são de um lado, as minhas, e de outro as de um leitor deste blog, que não preciso identificar pelo nome, pois o que interessa, na verdade, é o debate de ideias, o confronto de posições, não quem expressa os argumentos.
Então vamos a ele.
Nesta quarta-feira, 18/11/2015, como sempre faço quando encontro um excerto interessante de algum livro escrutinado pelo serviço de extratos de livros DelanceyPlace, postei um trecho de uma biografia do homem mais rico do mundo na passagem da Idade Média para a era moderna, Jacob Fugger:

O homem mais rico do mundo, Jacob Fugger - livro de Greg Steinmetz 

 http://www.diplomatizzando.blogspot.com.br/2015/11/o-homem-mais-rico-do-mundo-jacob-fugger.html

O que eu disse na introdução à transcrição do excerto  que causou tanto frisson num leitor manifestamente defensor da Igreja Católica?
Isto (e transcrevo primeiro o que eu disse):

"A Igreja Católica sempre teve essa inacreditável capacidade de pecar fragorosamente contra as principais leis da economia, pecados mortais, não simples pecados veniais, talvez atrasando o surgimento do capitalismo na Europa em um ou dois séculos.
Meu argumento é certamente impressionista, mas a Igreja continua a ser altamente expressionista contra a economia de mercado, contra o lucro, contra qualquer coisa que cheire a dinheiro.
Isso, mesmo sendo detentora de um banco (falido por roubo, corrupção e incompetência) e de imensos, gigantescos, incomensuráveis ativos materiais e muitos outros intangíveis.
O atual papa, por exemplo, é um peronista econômico, ou seja, um aloprado em matéria de economia. No resto ele é até bonzinho, reformista, e um bom sujeito, mas se os pobres dependessem dele para ficarem ricos, estão perdidos: é um grande destruidor de riquezas..."

E o que me escreve um leitor atento, que confessa estar decepcionado comigo, me equipara a Carta Capital e disse que vai abandonar este blog? Isto:

Caro PRA,
Afirmar haver a Igreja Católica 'talvez' atrasado o capitalismo na Europa em 'um ou dois séculos' não é um argumento 'impressionista', mas sim duplamente leviano:
. pela infantilidade da assertiva em si mesma;
. e pela impossibilidade de demonstração histórica séria de tal acontecimento.
Como leitor assíduo de seu blog, decepcionei-me ao ler uma colocação dessa espécie, não me surpreendendo, entretanto, com o nível dos comentaristas atraídos por tal postagem.
Pelo que vejo, esse blog assemelhou-se àqueles mantidos nos sites da Carta Capital e da Agência Carta Maior.
De hoje em diante, procurarei leitura mais saudável.
Cordialmente.

[Leitor que se foi..., supostamente]

Bem, vamos ao debate, agora.
Sinto decepcionar outra vez esse leitor, e talvez muitos outros mais -- o que não me preocupa muito, pois debate de ideias servem justamente para que cada um exponha suas posições -- mas vou recrudescer na minha afirmação sobre o papel essencialmente negativo da Igreja Católica na questão da economia, do desenvolvimento econômico, do surgimento e expansão do capitalismo.
A Igreja Católica fez um imenso bem à humanidade, durante séculos e séculos, ao preservar a cultura, a civilização, os valores cristãos (que são todos muito bons, comparativamente a outros, de outras religiões) e ao cuidar dos pobres e dos miseráveis por meio de suas obras caridosas e muitas coisas mais. Tudo isso não impediu certos papas de serem devassos, de cuidarem mais dos bens materiais do que dos valores espirituais e de terem incitado à violência contra heréticos (ou considerados tais) e infiéis, numa missão evangelizadora por vezes agressiva, estúpida e altamente danosa para certos povos. Todas as suas boas contribuições à cultura, à defesa da dignidade humana e da mulher tampouco impediram a Igreja Católica, sobretudo sua versão ultra-montana e carola, de ser uma barreira por vezes formidável ao desenvolvimento do espírito científico (que o digam Galileu, Copérnico, Giordano Bruno, Teilhard de Chardin e tantos outros).
Indo especificamente ao caso da economia, permito-me ressaltar o papel essencialmente negativo da Igreja Católica na acumulação de riquezas, no desenvolvimento dos negócios, no livre funcionamento dos mercados e na promoção da prosperidade dos mais pobres.
A própria biografia do Fugger demonstra isso, pelo lado do comércio de dinheiro, ou seja, empréstimos usurários ou próximos disso. O próprio papa Francisco não cessa de falar contra os mercados e contra a "sede de lucros". Tudo isso é essencialmente negativo, sobretudo para os mais pobres.
Em parte é ignorância econômica, o que se compreende do lado dos preconceitos ancestrais na história da humanidade; mas ao persistirem os preconceitos por tanto tempo, isso já se torna estupidez consumada, e eu não tenho nenhum problema em acusar o papa Francisco de estupidez econômica crassa, e de preconceito infantil contra o capitalismo e contra os mercados.
Por tudo isso, ouso dizer, mesmo correndo o risco de ser impressionista, mas não temendo sê-lo, que a Igreja Católica não atrasou o desenvolvimento do capitalismo em apenas um ou dois séculos, mas provavelmente muito mais, até hoje aliás, com suas posições alopradas em matérias econômicas.

Ao leitor frustrado com minhas posições, eu diria o seguinte.
Ser infantil ou não nessas minhas posições é meu direito, como é meu direito achar que esse leitor está mais preocupado com a reputação da Igreja do que com os fatos históricos.
Ser duplamente leviano é também um direito meu, mas tampouco o leitor me trouxe argumentos que fossem contrários às minhas posições -- ele só fez acusações contra mim, segundo aquele velho costume de atirar contra o mensageiro, em lugar de debater a mensagem -- e menos ainda trouxe argumentos em favor de suas posições, que seriam supostamente a de que a Igreja não apenas não atrasou o capitalismo, como ela contribuiu tremendamente para o seu desenvolvimento.
Pode até ser, mas se ele não avançar fundamentações empíricas a esse tipo de posição, suas acusações ou defesas não valem absolutamente nada.
Minhas posições estavam apoiadas nesse livro de história, de biografia do banqueiro Fugger, que teve de fazer contorsionismos para manter uma atividade altamente capitalista em face da hostilidade de certos homens da Igreja (que nada mais faziam senão refletir as posições retrógradas da Igreja em matéria econômica).
Quanto a dizer que meu blog está ficando parecido com Carta Capital e Agência Carta Maior, é simplesmente ridículo, mas eu acrescento mais uma coisa a esse respeito.
Como acadêmico não religioso e não fundamentalista, eu leio absolutamente de tudo, inclusive esses dois sites, constatando, na maior parte das vezes como eles são, pela ordem: 1) estúpidos; 2) de má-fé; 3) desonestos "subintelequitualmente". Mas nem por isso tenho problemas em lê-los, uma vez que eles refletem exatamente o que pensam os subinteliquituais da esquerda, e milhares, talvez a maioria, dos acadêmicos gramscianos (que nunca leram Gramsci) de nossas universidades.

Um último desejo: que o leitor expresse, uma última vez, antes de abandonar definitivamente este blog, seus argumentos em favor das "consequências econômicas da Igreja Católica".
Meu argumento é de que essas consequências foram essencialmente prejudiciais ao desenvolvimento econômico e à expansão do capitalismo, historicamente e mesmo agora. Basta considerar, por exemplo, as posições expressas na encíclica do papa peronista sobre o meio ambiente, que não falha em atribuir os desequilíbrios ecológicos e ambientais ao mercado, o que não é apenas ingênuo, mas estúpido. Ainda que certos capitalistas possam causar danos ao meio ambiente, é o livre jogo de preços, num mercado que expresse claramente a raridade relativa de bens escassos, e que precifique tudo isso, que vai contribuir para o equilíbrio ambiental, bem mais do que medidas regulatórias de governos.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 19 de novembro de 2015

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O homem mais rico do mundo, Jacob Fugger - livro de Greg Steinmetz

A Igreja Católica sempre teve essa inacreditável capacidade de pecar fragorosamente contra as principais leis da economia, pecados mortais, não simples pecados veniais, talvez atrasando o surgimento do capitalismo na Europa em um ou dois séculos.
Meu argumento é certamente impressionista, mas a Igreja continua a ser altamente expressionista contra a economia de mercado, contra o lucro, contra qualquer coisa que cheire a dinheiro.
Isso, mesmo sendo detentora de um banco (falido por roubo, corrupção e incompetência) e de imensos, gigantescos, incomensuráveis ativos materiais e muitos outros intangíveis.
O atual papa, por exemplo, é um peronista econômico, ou seja, um aloprado em matéria de economia. No resto ele é até bonzinho, reformista, e um bom sujeito, mas se os pobres dependessem dele para ficarem ricos, estão perdidos: é um grande destruidor de riquezas...
Paulo Roberto de Almeida 
Today's selection -- from The Richest Man Who Ever Lived by Greg Steinmetz. For centuries, lending (or usury) stood as one of the worst sins in Christianity, proscribed in such biblical texts as Luke 6:35, "Lend and expect nothing in return." The sin was defined as either lending at all or charging interest rates that were too high, but in any event, the practical effect was that the business of lending was left to those of the Jewish faith. That is, until the business became too profitable to ignore, and Renaissance-era families in Venice and Florence elbowed their way in, side-stepping the theological problem by using other names for interest such as penalties, processing fees, gifts and loss charges. [Note that this is the same issue Islamic bankers struggle with today]. In a monumental historical milestone, the matter was ultimately settled by the German Jacob Fugger, the wealthiest man of his era, and his actions set the stage for the modern era of capitalism:

"Change came in Germany a century later. Anxious to catch the Italians and lured by interest rates as high as 43 percent, German cities cleared the field of incumbents. Augsburg expelled its Jews in 1438 and used the gravestones from the Jewish cemetery to build a new city hall. A textile trader named Hans Meuthing became the first Augsburger to try finance on a major scale. He made a large loan to Archduke Sigmund of Tyrol, which was backed, just like Fugger's later loan to the duke, by the output of the Schwaz silver mine. Others jumped in, replacing Jewish lenders on transactions, large and small. The German satirist Sebastian Brant noted the development in his best-selling Ship of Fools (1494): 'You borrow ten, eleven's due. They're more usurious than the Jew. Their business now the Jews may lose, for it is done by Christian Jews.' Fugger took lending further than anyone, but even he, like the Italians, used dodges to mask interest. He took silver instead of cash for the Tyrolean activities, making the loan repayments look more like purchases than loans.

"The Nuremberg circle [who were competitors to Fugger and the Augsbergians] smartly targeted moneylending as a way to contain Fugger and the new economy he was helping to create. They knew there was no quicker way to stop him than by turning off the cash spigot. ... Fugger had to respond. With his support, Augsburg schoolmaster Sebastian Illsung wrote a defense of lending by focusing on the narrow subject of the Augsburg Contract -- the legal agreement Fugger signed with depositors that promised them 5 percent. Illsung argued the contract was valid if the lender, like the borrower, risked bankruptcy. Then a young theologian named Johannes Eck caught Fugger's eye by echoing Illsung's arguments in a university lecture. Fugger asked Eck to write a dissertation on the Augsburg Contract and enter a debate -- a public showdown with scholars as judges -- to validate it.

"Fugger was taking a risk. The Augsburg Contract mayor may not have been legal under church law. But it was in wide use and Fugger needed it to raise money. If Eck lost the debate and the judges declared the contract usurious, Fugger's depositors would refuse to give him money. This would be lethal. It was one thing to operate in a gray area. It was another to engage in a practice specifically ruled heretical. Fugger must have felt extremely confident because he sought nothing short of a Scopes trial, a winner-take-all smackdown pitting dogma against modernity, but with money instead of monkeys at the center. He had at least one precedent on his side. After theologians squared off over the subject of annuities -- the interest-earning pension schemes that cities sold to raise money -- the pope had sanctioned them. Maybe Pope Leo, who had replaced the 'Warrior Pope' Julius II earlier that year, would do the same with the Augsburg Contract. There was also the fact that Leo was a member of the Medici banking family. Legalization would serve his personal interests. Even better was that Leo himself was a borrower of Fugger's. It goes without saying that Leo would be favorably inclined towards someone who gave him money.

Johann Maier von Eck
"Eck taught at the University of Ingolstadt. He later became notorious for reporting Luther's heresies to Rome and prompting his excommunication. He could advance his career if he won but faced ridicule if he lost. When Eck finished his paper, he submitted it to the university and asked it to host the contest. ... Fugger and Eck turned to Italy where, thanks to Venice and Florence, the universities were open-minded about lending. They found a willing participant in the University of Bologna, Europe's oldest university and among its most prestigious. Thomas Becket, Erasmus, Copernicus and Mirandola had studied there. On his way to Bologna, Eck passed through Augsburg. Fugger assigned him a translator and other assistants. Another Augsburger, the Dominican priest Johannes Fabri, made his own way to Bologna to argue the other side. For all we know, Fugger may have picked Fabri. It was a way of fixing the outcome. But Fabri appears to have been his own man.

Johann Fabri
"On July 12, 1515, Eck and Fabri met at St. Petronius, the city's mammoth fourteenth-century basilica. The doors opened at four in the afternoon. Eager for a good show, students and professors came to watch and walked past an enormous painting of a hideous, two-mouthed Lucifer -- a reminder of what awaited heretics -- as they took their seats in the pews. Organizers engineered these things to entertain. They allowed heckling and encouraged cheering. Eck and Fabri went at it for five hours. Eck avoided scriptural references and focused on intent. Only evil intentions could make a transaction usurious, he declared. A lender committed usury if he aimed to harm the borrower. But he acted legally if he had a legitimate business interest. When his turn came, Fabri rehashed the old arguments; Aristotle, Aquinas and the rest. Eck thought he crushed Fabri. Three professors in the audience agreed with him. But the judges saw merits on both sides. They refused to call a winner and the contest ended in an unsatisfying draw.

"Fugger might have been disappointed, but he could take comfort. The judges had refused to call the Augsburg Contract heretical. Eck and Fabri had presented a cut-and-dried case of charging interest on loaned money, and had given the judges a perfect chance to confirm Luke 6:35. But the judges refused to make a call, a call that could have put Fugger out of business. That was tacit approval. What's more, Fugger's letter to Pope Leo had gotten through and made an impact. Leo ignored the question about debate venues but, in a decree issued that same year, Leo went to the heart of the matter and signed a papal bull that, in direct contradiction of Aristotle and other ancient commentators, acknowledged the legitimacy of charging interest. 'Usury means nothing else than gain or profit drawn from such a thing that is by its nature sterile, a profit that is acquired without labor, cost or risk.' It didn't matter that money wasn't like a cow and provided no milk. Labor, cost and risk were enough to make it unsterile and make interest charges lawful. This was a thunderclap. Usury was a sin. But what defined usury? According to the new doctrine of the church, usury was no longer strictly about what Jesus said about charging interest. It was about charging interest without labor, cost or risk. And what loan didn't involve one of the three? As long as a loan passed that easy test, the lender was off the hook. Fugger's lobbying had paid off in spectacular fashion. He and others were now free to charge borrowers and pay depositors interest with the full blessing of the church. Leo's decree, issued in conjunction with the Fifth Lateran Council, was a breakthrough for capitalism. Debt financing accelerated. The modern economy was under way."
The Richest Man Who Ever Lived: The Life and Times of Jacob Fugger
Author: Greg Steinmetz
Publisher: Simon & Schuster
Copyright 2015 by Greg Steinmetz
Pages xiii-xvi


Quando o maior capitalista contrata o maior neobolchevique...

O Brasil é um país surpreendente, mas talvez nem tanto.
Vejam a notícia abaixo, por exemplo: trata-se, simplesmente, daquele que tinha a pretensão de ser o maior capitalista do Brasil, de se tornar o homem mais rico desta republiqueta de corruptos, e que portanto agiu da forma promíscua como sempre agem capitalistas gananciosos, comprando políticos, partidos, agentes do Estado, corrompendo tudo e a todos.
Só podia contratar o maior corrupto do partido totalitário, não é mesmo?
Afinal de contas, ambos estão no mesmo ramo de atividade: corromper instituições para obter ganhos pessoais.
Pensando bem, não há nada surpreendente nisso.
Só estranho que esse homem ainda não esteja na cadeia...
Paulo Roberto de Almeida

Eike Batista contratou empresa de Dirceu para intermediar negócio na Bolívia

Em depoimento à CPI do BNDES o empresário disse que contratou a empresa do ex-ministro da Casa Civil em 2008. Eike também negou ter negócios com o empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula investigado pela Lava Jato
Luis Macedo/Agência Câmara
Em depoimento na CPI do BNDES, Eike Batista disse que contratou empresa de Dirceu em 2008
O empresário Eike Batista disse, em depoimento à CPI do BNDES, que contratou os serviços de consultoria do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em 2008, para intermediar a construção de uma siderúrgica na Bolívia. Ao responder pergunta do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), Batista admitiu que contratou Dirceu para negociar com o governo de Evo Morales a instalação da siderúrgica. “Como acontece depois de todos os movimentos revolucionários, tudo o que é estrangeiro ou investimento anterior é considerado coisas de multinacionais. Então eu queria que eles fossem menos radicais”, explicou.
O empresário disse, porém, não se lembrar do valor do contrato com José Dirceu e ficou de repassar a informação à CPI. Ele garantiu, ainda, que a construção da siderúrgica não foi adiante.

Banco Central invadido pela policia! (calma pessoal, nao foi aqui); nao se respeita mais nada...

Ah, essa Argentina surpreendente: não existem mais instituições sagradas, se é verdade que algum dia existiram. Mas registre-se que quem invadiu o BC argentino foi a polícia de Buenos Aires, do prefeito opositor ao kirchnerismo e candidato (provavelmente vencedor) das eleições de domingo, em segundo turno.
Parece que, independentemente dessa invasão (que ela possa produzir outros efeitos em outros lugares), o novo presidente pretende introduzir mudanças significativas não apenas na política econômica esquizofrênica seguida nos últimos anos (não só lá, recordemos), mas também na política externa aloprada (ops, esse termo é suspeito) adotada pelos mesmos malucos do poder.
Parece que vem mais mudanças por ai, e o Brasil vai estar involucrado, como dizem por lá...
Paulo Roberto de Almeida

Argentina corrupción

Allanan Banco Central de Argentina por denuncia contra su titular por fraude

BUENOS AIRES (ARGENTINA) 17/11/2015. EFE/David Fernández
Vista de la sede del Banco Central de Argentina en Buenos Aires, donde la policía metropolitana allanó la sede por una denuncia contra el presidente de la autoridad monetaria, Alejandro Vanoli, por presunto fraude.
Infolatam/Efe
Buenos Aires, 17 de noviembre de 2015
Las claves
  • Bonadío investiga una denuncia presentada contra Vanoli y el resto del directorio del Banco Central por presunta defraudación pública en la venta del denominado "dólar futuro".
La policía metropolitana de Buenos Aires allanó la sede del Banco Central de Argentina por una denuncia contra el presidente de la autoridad monetaria, Alejandro Vanoli, por presunto fraude, confirmaron fuentes judiciales.La orden de allanamiento fue librada por el juez Claudio Bonadío, quien dispuso que el procedimiento sea realizado por la policía metropolitana, cuerpo de seguridad de la capital, que depende del gobierno encabezado por el candidato presidencial opositor, Mauricio Macri. Bonadío investiga una denuncia presentada contra Vanoli y el resto del directorio del Banco Central por presunta defraudación pública en la venta del denominado “dólar futuro”.
La investigación se inició por una denuncia presentada el pasado 30 de octubre por los diputados opositores Federico Pinedo, de Propuesta Republicana (Pro) y Mario Negri, de la Unión Cívica Radical.
El miércoles pasado, el fiscal que interviene en la causa, Eduardo Taiano, solicitó la imputación de Vanoli, acusado por los parlamentarios opositores de vaciar las arcas del Banco Central a través de la firma de contratos de dólar a futuro pendientes de ejecución.
Según los denunciantes, mediante estas operaciones la autoridad monetaria habría vendido los dólares a un precio que ronda los 10,65 pesos por unidad, por debajo del precio establecido en la Bolsa de Nueva York para este tipo de contratos (alrededor de 14 pesos por unidad).
Mediante estos contratos a futuro, el Banco Central se compromete a entregar dólares a 10,65 pesos por unidad al 31 de marzo próximo, frente a una cotización oficial actual de 9,64 pesos.
Si para marzo la cotización oficial está por encima del precio establecido en los contratos, el Banco Central debe entregarlos a ese valor pactado, con una millonaria pérdida para la entidad en caso de que el valor de la divisa en el mercado oficial alcance para entonces en torno a los 14 pesos por unidad.
El fiscal había pedido además al juez recoger pruebas, como informes al Banco Central, con el fin de averiguar desde cuándo se están operando estas ventas y con qué condiciones, entre otros documentos que podrían aportar información necesaria para la instrucción.
Bonadío dijo a una emisora local que el Banco Central, este martes, en horas de la mañana, hizo una presentación ante su juzgado por esta causa, cuando el magistrado ya había librado la orden de allanamiento.
El juez precisó a radio La Red que el jueves y el viernes pasado tomó declaración testimonial a Martín Redrado y Alfonso Prat Gay, expresidentes del Banco Central y actualmente dirigentes de oposición.
Redrado y Prat Gay “expusieron las razones técnicas que sostenían, según ellos, esta denuncia e indicaron determinados sectores del organigrama del Banco Central donde se encontraría documentación que era necesario analizar para determinar los extremos de la denuncia”, sostuvo el juez.
“Si se planteara que en realidad se vendió contratos de manera indiscriminada en un dólar que en realidad se sabía no podía resistir la ecuación económico, podría haber una defraudación a la administración pública”, sostuvo Bonadío, quien subrayó que para ese tipo de delito se prevé una pena de “mínimo de 6 años” de prisión.
El magistrado dijo que requirió a las autoridades del Mercado de Futuros de la ciudad argentina de Rosario, donde se operan los contratos de dólar futuro, para que presten declaración testimonial y aporten documentación.
El juez dijo que no tiene previsto citar a declarar a Vanoli hasta que no concluya con el análisis pericial de la documentación del caso.
La investigación al Banco Central coincide con la campaña en Argentina para la segunda vuelta presidencial del próximo domingo y en la que uno de los principales temas de discusión es qué hará el próximo Gobierno con el complejo mercado cambiario local, en momentos en que las reservas monetarias han tocado su mínimo en nueve años.

Uma conferencia mundial islamica para condenar a jihad? - Omar El Seoud

Gosto sempre de ler cartas e comentários de leitores pois, mais do que os próprios artigos de colunistas, de personalidades, ou os próprios editoriais dos grandes jornais, são extremamente reveladores do que anda pela cabeça do povo.
Trata-se de um exercício necessário para acompanhar a realidade real, se me permitem a redundância, da psicologia coletiva, pois artigos e editoriais só revelam o que pensam seus autores, uma minoria minorantíssima, se me permitem esta outra barbaridade.
Este acadêmico da USP, por exemplo, acha que seria possível reunir uma conferência islâmica mundial para simplesmente condenar a (má) jihad. Haveria uma boa? Ele acha que jihad não significa necessariamente luta armada.
Acho que os desacordos começam por aí, e acredito que essa tal de conferência mundial não seja humanamente, ou islamicamente, possível, e se por acaso for convocada, terminará na acrimônia (sobre a dominação do Ocidente, por exemplo), e sem conclusões factíveis de serem implementadas no mundo a que ela se destinaria, supostamente o mundo muçulmano, tão diverso quanto o mundo do cristianismo (com correntes muito opostas entre si, e que no passado também se massacraram mutuamente).
Em todo caso, reproduzo aqui sua carta, suprimindo seu e-mail, mas antecipo que essa conferência não será feita, e se algum dia for realizada (parcialmente, não universalmente), não trará resultados.
Paulo Roberto de Almeida

Cartas ao jornal O Estado de S.Paulo, 18 Novembro 2015 | 02h 55
MASSACRE EM PARIS
Não basta condenar o terror
Os líderes religiosos muçulmanos, sunitas e xiitas, têm a missão urgente de convocar uma conferência islâmica mundial para definir alguns conceitos religiosos, entre os quais se destaca o de jihad. Em falso nome deste, foram recentemente massacrados civis no Líbano, explodidos turistas em pleno voo no Egito e metralhados inocentes em Paris. A conferência deve dar definição clara de jihad e detalhar, inequivocamente, as condições em que um muçulmano deve participar e como fazer isso, uma vez que jihad não significa, necessariamente, luta armada. Em seguida, deve levar esses esclarecimentos, com vigor, aos quatro cantos do mundo. Tal caminho de combate ao fanatismo pseudorreligioso levará tempo para dar frutos. Mas no fim dará certo, pois a História nos ensinou que a razão, e não a repressão, acaba sempre vencendo. É dessa jihad, sim, que nós precisamos!
OMAR EL SEOUD
xxxxxxxxx@gmail.com
São Paulo

Robert Skidelsky e o retorno de Oswald Spengler sobre o declinio do Ocidente

Sociólogos em geral, e Skidelsky pode ser considerado um, amam essas analogias históricas e esse retorno de interpretações passadas. Independentemente das falsas analogias históricas, sempre se aprende alguma coisa com gente inteligente.
Paulo Roberto de Almeida

The Decline Of The West Revisited

Robert Skidelsky
Robert Skidelsky
The terrorist slaughter in Paris has once again brought into sharp relief the storm clouds gathering over the twenty-first century, dimming the bright promise for Europe and the West that the fall of communism opened up. Given dangers that seemingly grow by the day, it is worth pondering what we may be in for.
Though prophecy is delusive, an agreed point of departure should be falling expectations. As Ipsos MORI’s Social Research Institute reports: “The assumption of an automatically better future for the next generation is gone in much of the West.”
In 1918, Oswald Spengler published The Decline of the West. Today the word “decline” is taboo. Our politicians shun it in favor of “challenges,” while our economists talk of “secular stagnation.” The language changes, but the belief that Western civilization is living on borrowed time (and money) is the same.
Why should this be? Conventional wisdom regards it simply as a reaction to stagnant living standards. But a more compelling reason, which has seeped into the public’s understanding, is the West’s failure, following the fall of the Soviet Union, to establish a secure international environment for the perpetuation of its values and way of life.
The most urgent example of this failure is the eruption of Islamist terrorism. On its own, terrorism is hardly an existential threat. What is catastrophic is the collapse of state structures in many of the countries from which the terrorists come.
The Islamic world contains 1.6 billion people, or 23% of the world’s population. A hundred years ago it was one of the world’s most peaceful regions; today it is the most violent. This is not the “peripheral” trouble that Francis Fukuyama envisioned in his 1989 manifesto “The End of History.” Through the massive influx of refugees, the disorder in the Middle East strikes at the heart of Europe.
This movement of peoples has little to do with the “clash of civilizations” foreseen by Samuel Huntington. The more mundane truth is that there have never been any stable successors to the defunct Ottoman, British, and French empires that used to keep the peace in the Islamic world. This is largely, though not entirely, the fault of the European colonialists who, in the death throes of their own empires, created artificial states ripening for dissolution.
Their American successors have hardly done better. I recently watched the film “Charlie Wilson’s War,” which relates how the United States came to arm the Mujahideen fighting the Soviets in Afghanistan. At the end of the film, as America’s erstwhile clients turn into the Taliban, Wilson, the American politician who got them the money, is quoted as saying “We won a great victory, but fouled up the end game.”
This “fouling up” is a continuous thread running through American military interventions since the Vietnam War. The US deploys overwhelming firepower, either directly or by arming opposition groups, shatters local governmental structures, and then pulls out, leaving the country in shambles.
It is unlikely that US policymaking reflects the grip of some ideal view of the world, in which getting rid of dictators is the same thing as creating democracies. Rather, the belief in ideal outcomes is a necessary myth to cover an unwillingness to use force persistently and intelligently enough to achieve a desired result.
However much military hardware a superpower owns, decay of the will to use it is the same thing as a decay of effective power. After a time, it ceases to overawe.
That’s why Robert Kagan’s 2003 neo-conservative proposition, “Americans are from Mars, Europeans from Venus,” offered such a misleading guide. True enough, the European Union has gone farther down the pacifist road than the US. It is the weak nerve center of a flabby semi-state, with almost defenseless frontiers, where humanitarian rhetoric masks spinelessness. But America’s sporadic, erratic, and largely ineffective deployment of power is hardly of Martian quality.
The decline of the West is juxtaposed with the rise of the East, notably China. (It is hard to tell whether Russia is rising or falling; either way, it is disturbing.) Fitting a rising power into a decaying international system has rarely occurred peacefully. Perhaps superior Western and Chinese statesmanship will avert a major war; but this, in historical terms, would be a bonus.
The increasing fragility of the international political order is diminishing the global economy’s prospects. This is the slowest recovery from a major slump on record. The reasons for this are complex, but part of the explanation must be the weakness of the rebound in international trade. In the past, trade expansion has been the world’s main growth engine. But it now lags behind the recovery of output (which is itself modest), because the kind of global political order hospitable to globalization is disappearing.
One symptom of this has been the failure after 14 years to conclude the Doha Round of trade negotiations. Trade and monetary agreements are still reached, but they increasingly take the form of regional and bilateral deals, rather than multilateral arrangements, thereby serving broader geopolitical goals. The US-led Trans-Pacific Partnership, for example, is directed against China; and China’s New Silk Road initiative is a reaction to its exclusion from the 12-country TPP.
Perhaps these regional bargains will prove to be a step toward wider free trade. But I doubt it. A world divided into political blocs will become a world of trade blocs, sustained by protectionism and currency manipulation.
And yet, even as trade relations become increasingly politicized, our leaders continue to urge us to gear up to meet the “challenges of globalization,” and few question the benefits of cost-cutting through automation. In both cases, politicians are trying to force adaptation on reluctant populations who crave security. This strategy is not only desperate; it is also delusive, for it seems obvious that, if the planet is to remain habitable, competition in economic growth must give way to competition in quality of life.
In short, we are far from having developed a reliable set of precepts and policies to guide us toward a safer future. Small wonder, then, that Western populations look ahead with foreboding.
© Project Syndicate