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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

1712) Cuba: perigo real de calote

O que se imagina, acontece...

Calote eleva custo de importação para Cuba

Rodrigo Uchoa
Valor Econômico, 25.02.2010

As empresas brasileiras que exportam para Cuba estão recorrendo a intermediários financeiros para validar cartas de crédito cubanas e receber pelos produtos que entregam. Com isso, elas acabam tendo de arcar com taxas de desconto para garantir o pagamento - o que acaba se refletindo em aumento dos preços dos produtos. Essa situação se segue a meses de dificuldades dos empresários brasileiros que tiveram retidos os pagamentos em Cuba.

Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ontem a Cuba, a dificuldade vivida por exportadores brasileiros, que não recebem do governo cubano, não entrou na agenda de discussões. Lula aprovou créditos comerciais para facilitar as futuras compras de produtos brasileiros, além de financiar projetos de infraestrutura, como o do porto de Mariel.

Sofrendo com a falta de divisas, a ilha caribenha adotou no ano passado medidas drásticas, como a restrição dos saques em dólar das contas de empresas estrangeiras em bancos cubanos. Além disso, o Banco Central cubano praticamente suspendeu as remessas feitas aos exportadores que vendem para Cuba - com isso, muitos deles ficam com um dinheiro virtual preso lá, sem conseguir cumprir compromissos em seus países de origem.

O resultado dessa situação é que ficou muito mais difícil para o governo cubano comprar no exterior. O que as empresas cubanas estão fazendo agora é emitir cartas de crédito não confirmadas em bancos cubanos. Aí os empresários estrangeiros buscam bancos internacionais que operam em Cuba para conseguir garantia de recebimento, mediante taxas de desconto e administração, diz um exportador brasileiro com negócios em Cuba. Ele pediu para não ser identificado por temer constrangimentos com seus clientes.

Uma negociação de garantia de pagamento à qual o Valor teve acesso mostra que os bancos estrangeiros cobram sobre o valor total da carta de crédito cubana até 3% a título de comissão de negociação; 0,5% de comissão de tramitação; 0,85% de comissão de emissão. Além disso, cobram 2% ao mês por comissão de compromisso e 18% ao ano de taxa de desconto.

Segundo um outro exportador brasileiro, Cuba voltou a comprar do Brasil materiais de construção e de escritório, abrasivos e insumos para a indústria moveleira.

O recente fôlego cubano se deve à recuperação dos preços das commodities no mercado internacional desde o terceiro trimestre do ano passado. Em 2009, Cuba fechou o ano registrando um crescimento de 1% em seu PIB, de US$ 55 bilhões, segundo o FMI. O resultado foi bem melhor do que o esperado por analistas e foi puxado pela recuperação do preço do níquel, exportado para China e Canadá.

A maior parte das compras cubanas tem sido feita por empresas ligadas às Forças Armadas ou ao Conselho de Estado - o órgão máximo do Poder Executivo. Isso mostraria uma consolidação do poder do presidente Raúl Castro, que colocou aliados próximos das Forças Armadas em posições-chave da economia do país.

Alguns países, como a Espanha, fizeram intensa pressão para que fossem liberados os pagamentos devidos a suas empresas que exportam para Cuba.

O Itamaraty continua a defender que a melhor maneira de proteger os interesses dos exportadores brasileiros é pressionar pela inclusão de Cuba no Convênio de Créditos Recíprocos (CCR) da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). O CCR é um sistema de compensação de pagamentos, operado pelos bancos centrais dos países participantes, que garante as transações comerciais entre seus membros.

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Pergunta final (PRA):

Quem deve pressionar, os exportadores ou o governo brasileiro?

1711) Contas publicas: uma perigosa deriva...

Do competente economista Ricardo Bergamini (http://ricardobergamini.orgfree.com/) recebo esta pequena síntese:

1 - Em 2003 o Presidente Lula assumiu o governo com uma carga tributária de 32,35% do PIB, em 2008 a carga tributária aumentou para 35,80% do PIB. Aumento real de 10,66% em relação ao ano de 2002.

2 - Com base nos números conhecidos no mês de Dezembro de 2009, comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da União da ordem 318.634 servidores: Legislativo - 4.739; Judiciário - 13.775; Executivo Militar - 176.264 recrutas; Executivo Civil - 107.290 e Ex-territórios e DF de 16.566.

3 - De janeiro de 2003 até dezembro de 2009 a União gerou um déficit fiscal nominal de R$ 708,4 bilhões (4,18% do PIB).

4 - O custo total de pessoal da União aumentou de R$ 35,8 bilhões em 1994 para R$ 75,0 bilhões em 2002. Incremento nominal de 109,50% em relação ao ano de 1994. Em 2009 o custo total com pessoal da União foi R$ 167,0 bilhões. Incremento nominal de 122,67% em relação ao ano de 2002.

5 – Os gastos com pessoal militar em 2002 foi de R$ 20,9 bilhões, em 2009 aumentou para R$ 37,7 bilhões. Aumento de 80,38% para uma inflação pelo IPCA de 57,00% no período.

6 – Em 2002 a dívida interna da União (em poder do mercado e do Banco Central) era de R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB), em 2009 era de R$ 2.037,6 bilhões (65,20% do PIB). Aumento nominal de 142,28% do PIB e aumento real em relação ao PIB de 14,57%.

Ricardo Bergamini

1710) Economia Politica do Intelectual

O Google Alert é infalível para certas coisas. Desejando conhecer o que anda sendo publicado de meu, por aí, recebi o aviso de que um artigo meu acabava de ser reproduzido alhures (gostaram do advérbio de local?).
Vou reproduzir só o início e o final, e os intertítulos, pois se trata efetivamente de artigo longo, como diz o seu "reprodutor", a quem agradeço a distinção.
Paulo Roberto de Almeida (25/02/2010)

sábado, 20 de fevereiro de 2010
Economia Política do Intelectual

Um artigo magistral do Prof. Paulo Roberto, publicado na Revista Espaço Acadêmico.
Leiam, pois vale a pena, apesar do texto ser longo!

*καλή ανάγνωση - (Boa Leitura)

Abraços
Paulo G.**********

Economia Política do Intelectual
*Paulo Roberto de Almeida

Pretendo, nestas breves considerações em torno da economia política dos intelectuais, oferecer uma visão cética, ou pelo menos crítica, sobre alguns dos mitos da nossa época, entre eles o do intelectual público enquanto figura de proa dos movimentos vanguardistas, ou progressistas, e portanto, de uma figura isenta que encarna, supostamente, os melhores valores da racionalidade e do humanismo. Ainda que tudo isso possa ser justificado, em bases racionais, ou legitimado socialmente, nenhuma restrição de ordem conceitual ou filosófica deveria nos impedir de examinar essa figura ímpar da modernidade – mas, na verdade, eles não são tão modernos assim, nem tão excepcionais quanto se quer fazer acreditar –, tendo como base analítica essencial a relação de custo-benefício que eles costumam apresentar para a sociedade e como único critério a dissecação sem compaixão desse obscuro objeto de admiração (por vezes indevida).

1. Certidão de nascimento ou temporalidade difusa?
Não é verdade que o intelectual público seja um produto da nossa época,...

2. Natureza do produto e valor agregado: ativos tangíveis e intangíveis.
O intelectual pode ser definido como sendo, essencialmente, um produtor de saber ou, pelo menos, de idéias (nem sempre originais).
(...)

3. Volatilidade e imperfeição dos mercados intelectuais.
Nosso intelectual atua em mercados imperfeitos,...
(...)

4. Um tipo específico de intelectual: a “vaca sagrada”.
Volto, agora, ao problema das “vacas sagradas” e às suas idéias eventualmente nocivas à sociedade em que vivem ou a que servem.
(...)

5. Intelectuais de marca ou genéricos?
Existem muitos modelos de intelectuais, alguns ostentando marcas de prestígio, outros sendo simples genéricos, como ocorre, aliás, com a maior parte dos universitários.
(...)

6. A substituição de importações intelectuais no caso brasileiro.
O intelectual, no Brasil, sempre foi um produto importado, não vindo no porão dos navios, como o bacalhau, o azeite e vinho, mas na coberta das caravelas,...
(...)

7. Regulação e concorrência do mercado de intelectuais.
Todos os intelectuais dizem amar a liberdade, as pugnas intelectuais, o combate de idéias, a liberdade de expressão e a livre circulação das opiniões. Na verdade, como várias outras categorias sociais, sempre temerosas da livre concorrência, eles adoram uma boa reserva de mercado, um nicho garantido por um título de exclusividade, uma licença régia qualquer que lhe garanta a exploração monopólica de um serviço qualquer.
(...)

8. As finanças dos intelectuais: transparência e recursos não-contabilizados.
Assunto nebuloso este, aliás como tudo o que diz respeito a renda e pagamento de impostos em nosso país. O intelectual detesta ser um mero assalariado, o que ele acaba freqüentemente sendo,...
(...)

9. Uma lei de responsabilidade social para os intelectuais?
Seria bem vinda, sobretudo para aplicar naqueles que pretendem revender idéias alheias, métodos não testados, sugestões que não funcionam, problemas que estão longe de problematizar adequadamente, anomalias conceituais, paralaxes cognitivas, enfim, num conceito popularizado por Alain Sokal et Jean Bricmont, “imposturas intelectuais”.
(...)
Uma lei dessas viria a calhar, mas não é provável que ela venha a existir any time soon: intelectuais são como cartomantes, eles oferecem um futuro qualquer, mas não garantem exatamente quando ele vai se realizar, e não admitem cobranças a respeito. Se calhar, eles até vendem suas idéias em seis vezes “sem juros”. Querem apostar?

posted by Paulo Gabrielidis at Sábado, Fevereiro 20, 2010 | Permalink |

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

1709) Cuba: os irmaos Castro merecem toda a confianca (do governo Lula)


O líder cubano Fidel Castro e o presidente Lula, em encontro em Havana
Reação
Ao lado de Lula, Raúl Castro lamenta a morte de preso e nega tortura; presidente brasileiro não se pronuncia
O Globo, 24/02/2010

HAVANA - A lado de Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente cubano, Raúl Castro, lamentou nesta quarta-feira a greve de fome de 85 dias, que resultou na morte do preso político Orlando Zapata Tamayo . Ele afirmou que o homem não foi torturado ou executado porque nenhuma dessas práticas existe em Cuba, informou o site do governo. A morte do operário cubano, de 42 anos, ocorreu na terça-feira, no mesmo dia em que o presidente brasileiro chegava à ilha para sua última visita oficial a Raul e seu irmão, o ex-presidente Fidel Castro, antes de finalizar seu mandato ( Lula inaugura obras em porto cubano ).

Na manhã desta quarta-feira, a blogueira cubana Yoani Sanchez divulgou uma conversa com a mãe do preso , na qual ela afirma que o filho foi vítima de um "assassinato premeditado". ( Assista ao desabafo da mãe de Zapata )

- A tortura não existe, não houve tortura e não houve execução. Isso acontece na base de Guantánamo - disse Castro, enquanto recebia visita de Lula.

O líder cubano se referia à base militar dos EUA, em Cuba, onde suspeitos de terrorismo admitiram ter sofrido torturas durante interrogatórios.
Lula encontra Fidel em última visita a Cuba como presidente

- Lamentamos muitíssimo (a morte). Isso é resultado dessa relação com os Estados Unidos - afirmou o presidente. Castro disse ainda que está disposto a discutir com o governo americano "todos os problemas que eles tiverem".

" A tortura não existe, não houve tortura e não houve execução (...) Isso é resultado dessa relação com os Estados Unidos "

Castro criticou ainda a imprensa que "só publica o que os donos querem".

A mãe de Zapata, Reina Tamayo, reagiu com revolta à declaração do presidente da ilha, segundo o Twitter da blogueira cubana Yoani Sánchez, que acompanha o velório do ativista.

- Por que não garantiram ao meu filho as mesmas condições carcerárias que Batista deu a Fidel Castro? - perguntou. - Agora Raúl Castro lamenta a morte do meu filho. Depois de não ter atendido às suas reivindicações.

Em entrevista à Rádio Martí, Reina falou sobre a sensação de perder o filho.

- Estou destroçada, estou desesperada, sinto uma dor profunda por ter perdido meu filho, Zapata. Um homem lutador pacífico pelos direitos humanos. Foi um assassinato premeditado o do meu filho. Ele morreu de infecção generalizada porque demoraram para levá-lo para o hospital em havana. Isto estava premeditado. Os deixaram dezoito dias sem beber água. O governo totalitário de Fidel Castro é responsável pela morte de meu filho. São assasssinos. Acabaram com meu filho.

Parte dos 75 cubanos presos junto com o ativista na chamada Primavera Negra de 2003 havia pedido por carta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intercedesse em favor do ativista , mas o brasileiro chegou a Cuba pouco depois de sua morte e não vai se encontrar com a oposição. Lula ainda não comentou a morte do cubano e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse a jornalistas que nem o governo nem a embaixada brasileira receberam a carta.

" Muitos estão sendo ameaçados. Se deixarem a cidade, vão presos "

Desde que Zapata foi preso, em 2003, a Anistia Internacional classificava Zapata como "prisioneiro de consciência" mas Cuba considerava ele e outros prisioneiros dissidentes como "mercenários" a serviço dos Estados Unidos. Após a morte do ativista, a organização de direitos humanos classificou a morte por greve de fome como um "indício terrível" de repressão na ilha e pediu ao presidente a libertação de todos os prisioneiros políticos.

O grupo de direitos humanos, com sede em Londres, disse que "uma investigação completa precisa ser conduzida para estabelecer se o mau tratamento pode ter tido um papel" na morte de Zapata.
Oposição denuncia prisões para evitar protestos contra morte de Zapata

A morte do prisioneiro político Orlando Zapata Tamayo após 85 dias de greve de fome acarretou uma onda de revolta entre os dissidentes cubanos. Tanto os opositores moderados quanto os radicais condenaram veementemente o que chamaram de "crime premeditado" e "abuso de poder" e acusaram o governo de Raúl Castro de tentar impedir manifestações de protesto, efetuando prisões de dezenas de ativistas que rumavam para a cidade de Banes, a leste de Havana, na província de Holguín, onde Zapata será enterrado, na manhã de quinta-feira. Segundo fontes, o governo também manteve numerosos adversários em prisão domiciliar (saiba mais: Oposição denuncia prisões para evitar protestos ).

A Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba, dirigida por Elizardo Sanchez, afirma que, ao longo do dia, ao menos 60 prisões ocorreram nas províncias centrais e orientais do país, de Villa Clara para Manzanillo, para impedir que os opositores do governo chegassem a Banes.

- Muitos estão sendo ameaçados. Se deixarem a cidade, vão presos - assegurou.

" Quem permitiu que isto acontecesse [a morte de Orlando Zapata] não mediu o impacto político "

A dissidente Marta Beatriz Roque, membro do Grupo dos 75 e que está em "liberdade condicional" por motivos de saúde, partiu de Havana para Banes em um microônibus na companhia de uma dúzia de Damas de Branco e de dissidentes como Vladimiro Roca. Roque disse por telefone que, apesar de não terem sido impedidos de viajar, viu outros ativistas na capital serem presos.

- A morte de Orlando é certamente um desafio para a oposição; e o governo é um problema muito sério: quem permitiu que isto acontecesse não mediu o impacto político - disse o dissidente.

Mais de meia centena de ativistas e Damas de Branco se reuniram nesta quarta-feira na casa de um dos líderes do movimento, Laura Pollan, no bairro do centro de Havana. A vigília, para expressar condolências pela morte de Zapata, é seguida de perto por um destacamento policial considerável.
Reações

A morte de Zapata deflagrou uma onda de indignação e de protesto dentro do movimento dissidente. Os opositores denunciaram o "crime" do governo de Raúl Castro, salientando que esta morte marca os dois anos de sua posse como presidente.

- Isso é tudo o que você poderia esperar - disse Oswaldo Paya, que criticou o presidente do Brasil por expressar seu apoio político ao regime cubano agora.

Eloy Gutiérrez Menoyo social-democrata, que passou 22 anos nas prisões cubanas, lembrou que ele realizou várias greves de fome e as autoridades nunca abandonou.

" Com o argumento de que não negociam sob pressão, o governo deixa as pessoas morrerem "

- Com o argumento de que não negociam sob pressão, o governo deixa as pessoas morrerem. É isso que tem acontecido - acusou ele.

Diplomatas europeus disseram que a morte do prisioneiro teve um impacto significativo. Raúl Castro se referiu ao que aconteceu durante uma visita ao porto de Mariel em companhia do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que está em sua quarta viagem à ilha desde que chegou ao poder. O presidente cubano, lamentou a morte de Zapata, mas negou que seu país torture presos políticos.

- Não há tortura, não tortura, não houve execução. Isso acontece na Baía de Guantánamo - disse Castro, de acordo com o site oficial do governo cubano.

A embaixada espanhola enviou condolências à mãe do dissidente, Reina Louise Tamayo, que chamou a sua morte "assassinato" e exigiu a libertação de outros prisioneiros políticos para "que não aconteça de novo" o que aconteceu com seu filho.

Zapata, 42 anos, um pedreiro de profissão, foi detido em 2003 e condenado a três anos de prisão por desacato. Na prisão, por sua atitude de desafio e confronto com as autoridades, foi submetido a vários julgamentos e acabou acumulando mais de 30 anos de prisão. Fontes da família disseram que a greve de fome começou no início de dezembro para protestar contra espancamentos sofridos na prisão de Holguín e para exigir um tratamento justo e ser reconhecido como um prisioneiro político. Holguín foi transferido para outra prisão, em Camagüey, e então, quando a situação se agravou, foi levado para o principal hospital da prisão em Havana. Zapata morreu terça-feira, ao meio-dia, no hospital Hermanos Almeijeiras.

=======

Não é preciso comentar...

1708) Venezuela: carta (privada) de um diplomata sobre o presidente

Vejamos o que escreveu o representante diplomático do Brasil em Caracas sobre o presidente da Venezuela, em carta privada a um jornalista, oportunamente divulgada em uma seleção de sua correspondência:

É violento como todo ditador elevado ao poder pelos meios revolucionários… As liberdades públicas não o preocupam muito e se é honesto será a exceção, porque a regra aqui é que os Presidentes enriqueçam. (…) Em roda dele grasnam abutres dos dinheiros públicos, como é natural: há uma claque que se aproveita de seu valimento para acumular reservas… [E]le não é sanguinário (apenas prende e acorrenta, mas não fuzila) é patriota e dá ordem e sossego, o que nesta terra clássica de perturbações sabe bem de quando em vez, com a condição do sossego não ser perene, quando não isso os aborreceria. A revolução está na massa do sangue e há de custar a extirpar o vício. O mal é de origem: todos os caudilhos são descendentes legítimos de Bolívar.”

Não, não é o que vocês estão pensando. A carta é de 16 de junho de 1905, foi escrita pelo diplomata e historiador Manuel de Oliveira Lima, que não se eximia de expressar sua opinião sobre o general Cipriano Castro, então presidente da Venezuela, em correspondência dirigida ao jornalista e amigo Barbosa Lima.
O presidente da Venezuela, a quem Oliveira Lima apresentou suas credenciais em 25 de maio de 1905, era, já então, um militar, o referido general Cipriano Castro, a quem o irônico diplomata brasileiro chamou de montagnard andino.

Fonte: Arquivo de Barbosa Lima Sobrinho, citado em Manuel de Oliveira Lima, Obra Seleta (Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1971), organizada sob a direção de Barbosa Lima Sobrinho, que assina uma excelente introdução sobre “Sua Vida e Sua Obra”.
A transcrição figura à p. 100 e foi usada neste meu trabalho:

"O Barão do Rio Branco e Oliveira Lima: Vidas paralelas, itinerários divergentes"
In: Carlos Henrique Cardim e João Almino (orgs.),
Rio Branco, a América do Sul e a modernização do Brasil
(Brasília: Comissão Organizadora das Comemorações do Primeiro Centenário da Posse do Barão do Rio Branco no Ministério das Relações Exteriores, IPRI-Funag, 2002, ISBN: 85-87933-06-X), pp. 233-278.

disponível neste link.

1707) Dom Total: lista de colaboracoes

Por vezes esqueço algumas colaborações que são selecionadas diretamente pelos editores, como é o caso deste portal Dom Total, um site especializado em Direito que é baseado na Escola Superior Dom Helder Câmara, um centro de ensino administrado por jesuitas e baseado em Belo Horizonte, MG.

Colunista: Paulo Roberto de Almeida

Paulo Roberto de Almeida é doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984). Diplomata de carreira desde 1977, exerceu diversos cargos na Secretaria de Estado das Relações Exteriores e em embaixadas e delegações do Brasil no exterior. Trabalhou entre 2003 e 2007 como Assessor Especial no Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Autor de vários trabalhos sobre relações internacionais e política externa do Brasil.

Almeida escreve para o Dom Total sempre às quintas-feiras.
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Os artigos dos colunistas da Revista DOM TOTAL são de natureza jornalística, escritos por autores especialmente convidados, nas áreas de Direito, Economia, Sociologia, Política e Teologia.

A periodicidade é semanal, conforme a agenda de cada autor, comunicada neste site.

Os autores assumem inteira responsabilidade sobre o conteúdo dos mesmos e sua opinião não necessariamente representa a linha editorial da Revista DOM TOTAL.

A reprodução de seus textos depende de autorização expressa de seus autores.

1706) Cuba: ajuda financeira do Brasil (US$ 1,5 bilhão)

Certamente necessária para incrementar o comércio e a cooperação entre dois países irmãos. Da coluna diária do ex-prefeito Cesar Maia:

LULA HOJE EM CUBA: UM BILHÃO E 500 MILHÕES DE DÓLARES!
(El País, 24) O porta-voz de Lula, Marcelo Baumbach, informa que o Brasil já aprovou créditos a Cuba de 1 bilhão de dólares, dos quais 350 milhões serão destinados à compra de alimentos e uns 600 milhões de dólares às iniciativas para produção de arroz e cana de açúcar, construção de estradas e o porto de Mariel. "Desse total, 150 milhões já foram desembolsados. E está em final de negociação outra parcela de 300 milhões de dólares. Cuba solicitou um adicional de 230 milhões de dólares que está pendente por questões administrativas", explicou Baumbach.

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Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Nota à imprensa n° 65
23 de fevereiro de 2010

Visita de trabalho do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba, Havana, 23 a 25 de fevereiro de 2010

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará visita de trabalho a Cuba entre os dias 23 e 25 de fevereiro. Na ocasião, deverá visitar as obras do Porto de Mariel, que conta com financiamento brasileiro para a exportação de bens e serviços nacionais utilizados em sua construção.

O Presidente Lula participará, ainda, do encerramento de evento empresarial Brasil – Cuba, e manterá reunião de trabalho com o Presidente Raúl Castro, com vistas a examinar os principais temas da agenda bilateral e regional.

Por ocasião da visita, deverão ser assinados os seguintes atos: Protocolo Complementar na área da Saúde; Memorando de Entendimento sobre Tecnologias da Informação; Ajuste complementar em matéria de Vigilância Sanitária; Ajuste Complementar na área de Controle Biológico de Pragas Agrícolas; Ajuste Complementar para cooperação na área de Limites de Metais Pesados na Agricultura; Ajuste Complementar para cooperação em produção de soja; e Ajuste Complementar para cooperação em controle genético em tomates e pimentões.

O fluxo de comércio entre o Brasil e Cuba, em 2009, atingiu US$ 330,6 milhões, dos quais mais de US$ 277 milhões resultaram de exportações brasileiras.

O original desta nota encontra-se disponível no seguinte endereço:
http://www.mre.gov.br/portugues/imprensa/nota_detalhe3.asp?ID_RELEASE=7855

1705) Malvinas-Falkland e seu petroleo...

Demagogia latina na política externa
Editorial O Globo, 23.02.2010

A exploração de petróleo por uma companhia britânica nas Ilhas Malvinas é um assunto delicado para os dois lados, especialmente para a Argentina. A Casa Rosada deveria tratar o assunto dentro dos limites da diplomacia, para que a disputa não se torne uma nova questão de orgulho nacional. Pois é justamente isso que não vem fazendo a presidente Cristina Kirchner.
Assim, ela tenta desviar a atenção do caos interno: a briga com produtores rurais, protestos dos sindicatos contra a inflação maquiada, disputa política com o vice-presidente Julio Cobos, perda da maioria no Congresso, onde a oposição prepara uma ofensiva.
Os políticos argentinos têm memória curta. Há 28 anos, o então líder da ditadura militar, general Leopoldo Galtieri, iniciou uma guerra contra a Grã-Bretanha pelo controle das Malvinas. Pensava em unir em torno de seu governo os argentinos, àquela altura fartos da ditadura. A empreitada resultou num desastre, com cerca de 1 mil mortos e um número não divulgado de feridos, além de um golpe profundo no orgulho argentino. A derrota desgastou ainda mais o regime militar e levou Galtieri à renúncia. Em 1983, houve eleições que restabeleceram a democracia no país.
A atual situação parece feita sob medida para os demagogos, em especial o maior deles, Hugo Chávez. Domingo ele deu seu costumeiro show, prometendo enviar forças para defender a Argentina em caso de ataque britânico. Mas quem falou em ataque? Caso típico em que a frase do Rei da Espanha a Chávez - "por que não te calas?" - cai como uma luva. Até porque diplomatas argentinos afastaram a hipótese de resposta militar.
A divergência entre Argentina e Grã-Bretanha ganha ressonância na Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, iniciada ontem no México e destinada a criar uma espécie de OEA sem EUA e Canadá. Funciona como combustível para o viés terceiro-mundista do encontro, que periga repetir o mesmo cacoete dos líderes argentinos: recorrer a fórmulas surradas e derrotadas. Cristina Kirchner se vangloria de já ter obtido apoio dos líderes latino-americanos e do Caribe, entre eles o presidente Lula. Quando deveriam estar discutindo investimentos e comércio, estão fazendo teatro político para o público interno.

1704) Uma visao (digamos, critica) sobre o ultimo show latino...

EIS AÍ, BRANQUELOS! FAÇAM BOM PROVEITO DESTE GRANDE LÍDER GLOBAL!
Reinaldo Azevedo, 24/02/10

A fantasia caiu! Finalmente! Agora o mundo já conhece o que Lula conseguiu esconder com o seu “carisma” durante alguns anos: não pensa, sobre a ordem internacional, nada muito diferente do gorila Hugo Chávez. O petista só é mais serelepe, amestrado e aprende melhor alguns truques. Mas a essência é a mesma. Solte-o no picadeiro político sem amarras para ver. A política externa brasileira logo começa a fazer micagens e a jogar pedaços mastigados de ovos e bananas no público. Quando não joga coisa pior, a exemplo desta terça-feira.

O presidente brasileiro discursou ontem — de improviso, como gosta — em Cancún, no México, na solenidade de criação de uma patacoada irrelevante chamada Comunidade de Países Latino-Americanos e do Caribe. E, bem…, sou obrigado a dizer que, mesmo para seus tão elásticos padrões, ele exagerou desta vez. Lula atacou os EUA, a União Européia, a ONU e qualquer outra coisa que cheirasse a civilização. Acusou os ricos por todas as mazelas e dificuldades por que passa o mundo e defendeu a China. Agora, as coisas estão em seu devido lugar. Eu espero por este Lula há pelo menos sete anos. Já estava cansado do falso.

Enquanto falava, via-se ao fundo a soturna figura do Rei do Tártaro, o domador Marco Aurélio Top Top Garcia. Ele saboreava a sua vitória, quase mastigando-a com seus dentes novos e suas idéias velhas. Aquele era o seu “Moisés”. Ele tocou em Lula e disse: “Parla!” E Lula “parlou” por todos os cotovelos.

A tal comunidade, como já chamei aqui há muito tempo e está em toda parte, é assim uma “OEA do B”, com o teor democrático rebaixado e a concentração de ditadura aumentada: o grupo não aceita a participação de EUA e do Canadá! Credo!!! Isso não! No lugar, entra Cuba. Isto define bem a entidade: a maior democracia do mundo está proibida de entrar, mas uma das maiores tiranias do mundo é recebida com honra. Lula, aliás, deixou Cancún e seguiu direto para o presídio controlado pelos irmãos Castro, aquele sem comida, remédio e liberdade. Em Cuba, vida boa mesmo só em Guantánamo. Os terroristas presos lá são um verdadeiro showroom de vitaminas e proteínas se comparados, por exemplo, aos professores escravizados por Fidel. O terroristas presos na base têm ao menos papel higiênico. Os pobres cubanos têm de se virar com as páginas do Granma e com os discursos de Fidel… Mas voltemos ao principal.

A fala de Lula foi a confissão de uma monumental derrota. Depois de sete anos adulando todos os ditadores e terrorista da Terra em busca de apoio para uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, ele capitulo. Sabe que não a terá. Saudado como o líder natural do grupo, desceu o sarrafo nas Nações Unidas, acusando-a de irrelevante e de estar a serviço dos países ricos. Robert Mugabe, Khadaffi, Mahmoud Ahmadinejad e aquele terrorista que governa a Faixa de Gaza devem ter pensado: “Pra que tanto radicalismo, companheiro?” Os bocós nos EUA e na Europa que viviam saudando o grande líder moderado devem estar muito orgulhosos de sua própria ignorância. Finalmente, revelava-se o “estadista global” dos tontos de Davos.

Eu também não morro de amores pela ONU, não. Por motivos opostos aos de Lula. Aquilo se transformou numa gigantesca burocracia coalhada de ditadores e facínoras. No momento mais bucéfalo do discurso, disparou:
“É inexorável que a gente discuta este papel [do Conselho de Segurança da ONU]. Não é possível que ele continue representado pelos interesses da Segunda Guerra Mundial. Por que isso não muda? (…) Se nós não enfrentarmos este debate, a ONU vai continuar a funcionar sem representatividade, e o conflito no Oriente Médio vai ficar por conta do interesse dos norte-americanos, quando, na verdade, a ONU é que deveria estar negociando a paz no Oriente Médio”.

Santo Deus! Só não incorram no erro de chamar a fala de “ignorância”. Porque não é. Trata-se de uma escolha política. Lula, é verdade, não sabe o que diz porque dorme lendo até livro do Chico Buarque — ok, não se pode culpá-lo por isso —, mas o Itamaraty, que lhe soprou essa fala, sabe. Respondam depressa: quais são os “interesses dos EUA” no Oriente Médio que seriam contrariados se só a ONU se encarregasse de mediar o conflito? Essa visão delinqüente de mundo, que vem lá das profundezas infernais do pensamento do Top Top e de Celso Amorim, está certa de que, não fossem os americanos, os israelenses já teria encontrado o seu lugar na história: provavelmente, o fundo mar. Os bocós realmente acreditam que Israel se renderia sem o apoio americano…

Avançando na tolice conspiratória, disparou: “Muitos países preferem a ONU frágil para que eles possam fazer do seu comportamento a personalidade de governança mundial”. E desancou, em seguida, União Européia, Alemanha, Inglaterra, EUA de novo, que teriam sabotado a reunião do clima em Copenhague. Todos tentado conspirar contra a China e o Protocolo de Kyoto!!!

Feito uma comadre, a Maroca da Ordem Global, afirmou:
“Tudo era feito para negar o protocolo de Kyoto, para que se tirasse dos europeus as responsabilidades e jogasse nas costas da China o fracasso da reunião do clima (…) Nem quando era sindicalista vi numa reunião tão desorganizada. Eu falei ‘desorganização’. Vocês não têm a dimensão da pobreza de espírito. Tinha presidente de grande país importante discutindo parágrafo e artigo para questionar a China no dia seguinte sobre clima. Não é possível que países ricos deem uma quantia pequena como se tivessem dando favor. Não existe favor. É reparação que eles estão fazendo”.
Lula certamente não é do tipo que acha que, sei lá, vacinas, remédios, Internet ou aparelhos de ressonância magnética sejam boas formas que os ricos têm de oferecer reparação. Lula é um dogmático: ou os ricos escolhem o próprio atraso para nos fazer justiça, ou não tem conversa.

O homem estava com a macaca. Deu outra descompostura na ONU por causa das ilhas Falklands, apelida de “Malvinas”. Vejam que reaciocínio sofisticado:
“Qual é a explicação geográfica, política e econômica de a Inglaterra estar nas Malvinas? Qual a explicação política de as Nações Unidas já não terem tomado uma decisão dizendo: ‘Não é possível que a Argentina não seja dona das Malvinas e seja um país (Grã-Bretanha) a 14 mil quilômetros de distância. Será que é o fato de a Inglaterra participar como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e, para eles, pode tudo e para os outros, não pode nada?”

Nunca ninguém antes resumiu tão bem os 177 anos de domínio inglês das ilhas, onde não há argentino nem para fazer figuração. Mas isso ainda não é o mais encantador. A fala é espantosa porque, sendo, então, as coisas como ele diz, é óbvio que a vaga ao Brasil jamais será aberta. Eu não preciso explicar para vocês a questão lógica envolvida no raciossímio, né? Por que dar um lugar ao Brasil se, antes de entrar, o Brasil já está dizendo que vai defender uma tungada em um de seus membros? Lula só prosperou como sindicalista no Brasil porque, provavelmente, os adversários eram mais idiotas. Ah, sim: os súditos da rainha não deram a menor pelota para a gritaria e já deram início à exploração do petróleo. Ufa! É DESSA ILHA QUE EU GOSTO!!!

Já não estava bom?
Já não estava bom? Não! Ainda não! Lula se referiu a Honduras — que ainda não foi aceita no grupo!!! — acenando com um diálogo e coisa tal, mas impôs uma condição: a volta de Manuel Zelaya, devidamente anistiado. Vejam que estupendo! A atual OEA não se mete, nesse grau de detalhe, na política interna dos países-membros, mas o Aiatolula não vê mal nenhum em fazê-lo, deixando entrever quão deletéria poderia ser tal entidade se realmente fosse relevante. A quem acaba de fazer eleições democráticas e limpas, a suspeição e a imposição de condições. À ilha de Fidel, os salamaleques habituais.

O governante que mais cobrou sanções contra Honduras voltou a exigir o fim do embargo a Cuba. E Lula já deixou claro que esse fim não pode estar condicionado a nada. Entenderam? O Brasil pode impor condições à democracia hondurenha, mas é um absurdo que os EUA imponham condições à tirania cubana!

Os cretinos dos EUA e Europa que babavam de piedosa admiração pelo “operário” progressista e moderado que governa o Brasil talvez façam um favor à própria inteligência e decidam voltar aos livros. Lula pode até ser boneco de ventríloquo de teses cujo alcance histórico e teórico não domine muito bem, mas é também, incontestavelmente, o líder de um partido de esquerda que, sob o pretexto de pregar uma ordem mundial mais justa, tornou-se um dos esteios mais destacados de ditadores, facínoras e aventureiros temerários.

Eis aí, branquelos! Façam bom proveito deste novo “líder global”!

1703) Entrevistas recentes na CBN: apenas para registro

Na verdade, concedi essas entrevistas, mas nunca ouvi novamente o que falei para verificar se o que eu disse fazia sentido. Entrevistas sem um guia prévio quanto as perguntas a serem feitas sempre são um incômodo para os que, como eu, fazem da análise e da reflexão ponderada uma ocupação séria, baseada, portanto, no exame atento da realidade e, depois, o trabalho de alinhar cuidadosamente os argumentos segundo princípios lógicos e evidências bem fundamentadas.
Perguntas on spot por jornalistas nem sempre bem informados sobre o próprio assunto que eles estão abordando são sempre perigosas para um bom debate sobre o tema em questão, em todo caso, vale o registro...
Paulo Roberto de Almeida

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1) A crise financeira na Grécia
Entrevista com Paulo Roberto de Almeida, professor do programa de pós-graduação em direito do Centro Universitário de Brasília, doutor em Ciências Sociais pela Universidade de...
AUDIO | exibição: 20/02/2010 | site: CBN

2) Impacto de uma crise na Grécia, Portugal e Espanha sobre a zona do euro seria 'muito pequeno'
Entrevista com Paulo Roberto de Almeida, ....
AUDIO | exibição: 09/02/2010 | site: CBN

3) Rejeição a Obama apontada por pesquisa da CNN está ligada a economia interna dos EUA
Entrevista com Paulo Roberto de Almeida, ...
AUDIO | exibição: 17/02/2010 | site: CBN.

(...)
As outras são mais antigas...

1702) Lula recebe um continente de presente...

Bem, não é todo dia que se pode posar assim de imperador, da Patagonia à Terra do Fogo. Interessante, de verdade, como disse um observador. Agora, nunca antes neste continente...

Chávez quer que Lula lidere novo bloco América Latina-Caribe
FABIANO MAISONNAVE - SIMONE IGLESIAS
enviados especiais da Folha de São Paulo a Cancún (México), 23.02.2010

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, lançou nesta segunda-feira o colega Luiz Inácio Lula da Silva para comandar a futura entidade que reunirá os países da América Latina e do Caribe e ainda previu a vitória da pré-candidata petista Dilma Rousseff neste ano.

"Proponho que Lula seja o secretário de não sei qual entidade será formada. [É um] tremendo candidato.
Que alguém lance um candidato melhor do que Lula", disse Chávez. "Lula recebeu o Brasil quase sem reservas e está devolvendo um dos países mais ricos do mundo. Não sei o que fará. Vai entregar a Dilma, de qualquer forma."

A "OEA sem EUA e Canadá", como tem sido chamada a nova organização, ainda não tem sequer nome por falta de consenso entre os países e só deve ser formalizada dentro de um ou dois anos, segundo estimativa do Itamaraty.

A proposta de Chávez não foi previamente comunicada ao governo brasileiro. Segundo o subsecretário-geral do Itamaraty para a América do Sul, Antonio Simões, que estava na sessão, Lula foi pego de surpresa, mas achou a proposta "interessante".

A declaração de Chávez foi feita em plenário "bem ao estilo de Chávez, que gosta de fazer as coisas ao vivo e a cores", afirmou Simões. Lula não falou nada sobre a proposta durante a sessão.

1701) A Politica Externa do PT (talvez de um governo Dilma)

A autoria do artigo é do Embaixador Rubens Antonio Barbosa, mas o copyright de fato não lhe pertence, e sim à patota do PT que assinou um quase inacreditável documento programático que foi, aparentemente (posto que as portas se fecharam aos jornalistas), discutido no recente congresso do partido em Brasilia.
Vale transcrever, e tentar encontrar o resto do documento, certamente exemplar nos anais da diplomacia. Como várias outras coisas, nunca antes na história deste país, coisas tão bizarras vem acontecendo com a diplomacia brasileira...

A POLITICA EXTERNA DO GOVERNO LULA
Rubens Barbosa
O Estado de S.Paulo, 23 de fevereiro de 2010, p. A=2

O documento “A Política Internacional do PT”, examinado no Congresso do Partido dos Trabalhadores na semana passada é uma versão mais branda e polida do trabalho “A Política Externa do Governo Lula”, de autoria do Secretário Internacional do PT, Valter Pomar.
A análise de Pomar mostra a influência do PT na política externa do governo Lula, tornando evidentes as motivações ideológicas e partidárias da ação do Itamaraty nos últimos sete anos. Pareceu-me adequado em lugar de uma ana’lise critica, reproduzir literalmente algumas das principais afirmativas incluídas no trabalho, deixando ao leitor a tarefa de tirar suas próprias conclusões.
A grande novidade nas decisões sobre relações internacionais do Congresso do PT foi a sugestão de criar um Conselho Nacional de Política Externa, com participação social (sindicatos, ONGS, movimentos sociais (MST).
“Na política externa, as diferenças entre o governo Lula e FHC sempre foram muito visíveis. A política externa antecipou o movimento progressista do governo Lula, estando desde o início sob a hegemonia de concepções fortemente críticas ao neoliberalismo e a hegemonia dos EUA. Contribuiu também a militância internacionalista do PT e do Presidente Lula, expressa na criação de uma assessoria especial dirigida por Marco Aurélio Garcia.
“Objetivamente, a política externa do Presidente Lula faz o Brasil competir com os EUA (sic). Comparada com outras potencias, trata-se de uma competição de baixa intensidade, até porque a doutriana oficial do Brasil é de convivência pacifica e respeitosa (cooperação franca e divergência serena com os EUA).
“Inclusive por se dar no entorno imediato da potência, a competição com o Brasil possui imensa importância geopolítica e tem potencial para, no médio prazo, constituir-se em uma ameaça aos EUA (sic). Isso é confirmado (....) pela manutenção pela Administração Obama da política de acordos bilaterais e de exibição de força bruta (IV frota, bases na Colômbia, golpe em Honduras e reafimação do bloqueio contra Cuba). É nesse marco que vem se travando o debate sobre a renovação do equipamento das FFAA brasileiras (sic), o submarino de propulsão nuclear e a compra de jatos de combate junto a industria francesa.
“O Governo Lula é não apenas parte integrante, mas também forte protagonista da onda de vitórias eleitorais progressistas e de esquerda ocorrida na América Latina entre 1998 e 2009.
“Governo Lula adotou a integração regional como seu principal objetivo de política externa e busca acelerar a institucionalização da integração regional, reduzir a ingerência externa, as desigualdade e assimetrias. Foi com este espírito, de convergência de políticas de desenvolvimento, bem como de ampla integração cultural e política, que o governo Lula trabalhou para manter o Mercosul e cooperar com os outros acordos sub-regionais.

“Embora toda política progressista e de esquerda deva necessariamente envolver um componente de solidariedade e identidade ideológica, a dimensão principal da integração, na atual etapa histórica latino-americana, é a dos acordos institucionais entre Estados, acordos que não devem se limitar aos aspectos comerciais. Este é o pano de fundo da CASA, agora chamada de UNASUL.
“Com esses objetivos, o governo Lula tem implementado duas diretrizes:
“a)politicamente, opera com base no eixo Argentina-Brasil-Venezuela. Sem desconhecer as distintas estratégias das forças progressistas e de esquerda atuantes em cada um desses países, é da cooperação entre eles que depende o sucesso do projeto de integração. (foi apenas durante o governo Lula que a Venezuela passou a ser reconhecida com um dos principais protagonistas do processo de integração).
“b) estruturalmente, busca implementar uma política de integração de largo espectro, envolvendo projetos de infra-estrutura, comerciais, de coordenação macro-economica, de politcas culturais, segurança e defesa, bem como a redução de assimetrias
“As negociações com a Bolivia (gás), Paraguai (Itaipu), a disposição permanente de negociar com a Argentina e com a Venezuela, entre outros, devem ser vistas como integrantes de uma política mais ampla, que já foi chamada, inadequadamente, pois, remete ao projeto hegemônico norte-americano, de plano Marshall para a América do Sul.
“O crescente protagonismo global do Brasil deve ser combinado com a reafirmação e a ampliação de seu compromisso com a integração regional, seja porque o protagonismo está fortemente vinculado aos sucessos latino e sul-americano,seja porque as características geopolíticas do país e de sua política externa conferem ao Brasil posição insubstituível no processo de integração regional.
“Frente a desafios gigantescos, a política externa implementada pelo goveno Lula é uma política de Estado. Mas parcela da classe dominante brasileira rejeita os fundamentos desta política, conferindo reduzida importância à integração regional, desejando menor protagonismo multilateral e preferindo maior subordinação aos interesses dos EUA.” Apesar de nesse sentido ainda não ser uma política de Estado(sic), a política externa do governo Lula tampouco é uma política de partido.
“Isso significa que, no curto prazo, a continuidade da atual política externa dependerá do resultado das eleições presidenciais. Mudará a correlação de forças regional, resultando no adiamento dos processos de integração e na interrupção do reformismo democrático-popular.
“A rigor, a atual política externa do Brasil corresponde aos interesses estratégicos de uma potência periférica, interesses que nos marcos do governo Lula e de um futuro governo Dilma comportam uma dupla dimensão: por um lado empresarial e capitalista e por outro democrático-popular”.

Rubens Barbosa, ex-Embaixador do Brasil em Londres e em Washington.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

1700) AL quer uma OEA sem os EUA

Bem, talvez os Estados Unidos e o Canadá, então, fiquem com uma OEA sem a América Latina: eles já tem um prédio bonito, bem no coração de Foggy Bottom, em Washington, que já anda um pouco apertado. Creio que vai ficar mais tranquilo, e confortável, com amplos espaços, sem os quase trinta latinos que lá se acotovelam, atualmente.
Acredito que os diplomatas lotados na OEA vão reclamar de perder aquela vida boa de Washington, tendo de se reunir, agora, entre Caracas, Quito, ou quem sabe até em La Paz? Aposto como a frequencia vai diminuir...

América Latina debate la creación de una OEA sin Estados Unidos
SALVADOR CAMARENA - México
El País - 23/02/2010

25 gobernantes del Grupo de Río discuten en México el futuro de la región

Los países de América Latina y el Caribe intentaban ayer superar desacuerdos para concretar un compromiso que los lleve a crear un nuevo organismo que les agrupe, en una jugada que pretende contener la fuerza que ejerce Estados Unidos -que junto a Canadá quedaría fuera- en la Organización de Estados Americanos (OEA).
Reunidos en Cancún (México) desde el domingo, y con la inauguración formal ayer lunes por parte del anfitrión, Felipe Calderón, los mandatarios de 25 de las 32 naciones integrantes del Grupo de Río (Honduras, la que es número 33, está suspendida tras el golpe de Estado del año pasado) negociaban ayer el acuerdo. Estaban presentes Raúl Castro, presidente de Cuba; Hugo Chávez, de Venezuela, Luiz Inacio Lula da Silva, de Brasil, Evo Morales, de Bolivia y René Préval, de Haití, entre otros, y ausentes los gobernantes de Perú, Alan García, y de Honduras, Porfirio Lobo.
El presidente mexicano se refirió al acuerdo como la "oportunidad inédita de construir un espacio común que agrupe a todos los países de América Latina y el Caribe. Un espacio que reafirme la unidad, la identidad de nuestra región y que abra nuevas vías a nuestras aspiraciones de integración para el desarrollo. Que consolide y profundice nuestros procesos democráticos y que amplíe las libertades de todos".

En la reunión de ministros del domingo se adelantó que podría estar lista la formación del nuevo organismo, ya que en contra sólo se ha manifestado Perú. La idea original surgió durante la reunión previa del grupo de Río, en Salvador de Bahía, Brasil, hace dos años, y podría concretarse el año entrante en una nueva cita, aún sin confirmar, en Caracas.

Los diplomáticos discuten si se trataría de una "organización, una unión o una comunidad". La canciller mexicana, Patricia Espinosa, ha planteado que la región tiene que discutir si se trata de "dar los primeros pasos hacia la conformación de una instancia comunitaria como la que dio origen a la Unión Europea".

Sobre Honduras

La reunión, que según los observadores se desarrollaba ayer en un clima propicio, dado el éxito de convocatoria logrado con la asistencia de mandatarios que han faltado a otras citas regionales, abordará igualmente el galimatías hondureño: cómo reinsertar a esa nación en la normalidad diplomática, después de que la OEA suspendiera los derechos al Gobierno surgido del golpe y que organizó las elecciones en las que triunfó Porfirio Lobo, quien ya ha sido reconocido por Estados Unidos.

En la agenda también está el esfuerzo latinoamericano para ayudar a la reconstrucción de Haití y diversos proyectos de cooperación económica, tanto regionales, como bilaterales; entre ellos, el impulso a un acuerdo entre México y Brasil para establecer un Tratado de Libre Comercio.

Para Calderón, además, el encuentro supone la oportunidad de reforzar un protagonismo en América Latina que le disputa Brasil y que le reprochan otros ante la intensidad de su relación político-económica con Estados Unidos y Canadá. "El éxito de la convocatoria demuestra que sí se puede y sí se vale ser bipolar, ver para el norte y para el sur", comentó el analista internacional Gabriel Guerra Castellanos, presente en la reunión, que concluye hoy.

1699) Carta de dissidentes cubanos a Lula

Sem comentarios, so far...

Havana, 21 fev (EFE)

Lula chegará a Cuba na terça-feira depois de participar da cúpula do Grupo do Rio no México. O presidente deve se reunir com os irmãos Castro na quarta-feira.

Em visitas anteriores, Lula não se reuniu com a oposição interna cubana, assim como outros governantes que visitam Cuba.

Cinquenta dissidentes cubanos presos pediram hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que interceda por sua liberdade quando encontrar na próxima quarta-feira com o presidente cubano, general Raúl Castro, e seu irmão mais velho e antecessor, Fidel.

Em carta divulgada em Havana, fazem o pedido a Lula 42 opositores presos e oito que têm "licença extrapenal" por razões de saúde, todos do grupo de 75 condenados em 2003 a penas de até 28 anos de prisão e acusados pelo Governo de serem "mercenários" dos Estados Unidos.

A carta enviada a Lula

Carta de presos políticos cubanos al Presidente de Brasil

La Habana, 21 de febrero de 2010

Sr. Luiz Inacio Lula da Silva
Presidente
República Federativa de Brasil

Estimado Sr. Presidente:

Al conocer su próxima visita a Cuba, integrantes de los 75 prisioneros de conciencia, injustamente condenados durante la Primavera Negra de 2003, abajo firmantes, nos dirigimos a Usted para solicitarle que en las conversaciones que sostendrá con los máximos representantes del gobierno cubano contemple nuestra situación y la de los demás prisioneros políticos pacíficos cubanos y abogue por nuestra liberación. Igualmente aspiramos a que Usted se interese por el prisionero de conciencia Miguel Zapata Tamayo, quien desde diciembre ha sostenido una huelga de hambre para reclamar sus derechos y hoy se encuentra en condiciones de salud peligrosas para su vida en el Hospital Nacional de Reclusos, en la Prisión Combinado del Este.

Brasil, por el camino de la democracia y la paz, ha alcanzado altos niveles de desarrollo y reducido considerablemente la pobreza, y por tal motivo constituye un ejemplo demostrativo de que mediante el respeto a la libre expresión, la justicia social y el aliento a la creación, pueden alcanzarse elevadas cotas de prosperidad para los pueblos. Con ello, además, ha logrado prestigio y autoridad moral y ética internacionalmente. Su desempeño, Presidente, ha sido encomiable en tal sentido.

Usted podría ser un magnífico interlocutor para obtener que el gobierno cubano se decida a acometer las reformas económicas, políticas y sociales urgentemente requeridas, avanzar en el respeto de los derechos humanos, lograr la ansiada reconciliación nacional y sacar a la nación de la profunda crisis en que se encuentra. Usted podría contribuir significativamente a la felicidad y el progreso del pueblo cubano. En tal sentido, con posterioridad a su visita, los representantes diplomáticos brasileños a la vez que mantengan su relación con las autoridades cubanas, deberían escuchar las opiniones de la sociedad civil, incluidos los familiares de los prisioneros de conciencia y políticos, así como de la oposición pacífica.

Reciba el testimonio de nuestra consideración y respeto.

PRISIONEROS DE LOS 75 QUE HAN PODIDO SER CONTACTADOS TELEFONICAMENTE EN LAS CÁRCELES, Y CON LICENCIA EXTRAPENAL POR SERIAS ENFERMEDADES:

Íntegra com a relação dos nomes

1698) O Bric sem o R: Taking Out Russia - Wharthon Knowledge

Taking the 'R' out of BRIC: How the Economic Downturn Exposed Russia's Weaknesses
Knowledge@Wharton: February 17, 2010

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Last June, when Russia's president, Dmitry Medvedev, gathered fellow BRIC heads of state -- Brazil's President Luiz Inácio Lula da Silva, India's Prime Minister Manmohan Singh and China's President Hu Jintao -- in the central Russian city of Yekaterinburg for the group's first-ever leaders summit, he called for those present to "create the conditions for a fairer world order ... a multi-polar world order."

Medvedev's rhetoric is a giveaway to how, at least in some quarters, the BRIC concept, first put forward in 2003 by analysts at investment bank Goldman Sachs, has evolved from one of economic shorthand to one of political posturing, primarily against American superpower dominance. In a similar gesture, Medvedev dedicated significant air time at the summit to calling for a diversification of world reserve currencies away from the dollar -- a point about which China, which holds some $2 trillion in dollar-denominated reserves, remained silent.

Ever since BRIC was first postulated as a way to group those large, fast-growing emerging markets that, at the time anyway, were expected to be the main engines of world economic growth in coming years, observers have wondered which other countries might have BRIC characteristics. Certainly, there is an ever-growing list of countries being promoted for their BRIC-like qualities to attract international business and investment interest. Goldman Sachs, in a 2005 follow-up to its first BRIC report, put forward its so-called "N11" -- or Next 11 -- group of BRIC aspirants, including Bangladesh, Egypt, Indonesia, Iran, Mexico, Nigeria, Pakistan, the Philippines, South Korea, Turkey and Vietnam.

But now many experts question whether the once promising BRIC label has begun to lose its luster -- especially in the case of Russia. Last year, Russia's economic performance was the worst among the BRIC economies by a large measure: For the whole of 2009, its real GDP is expected to have declined by at least 8% and some quarters by more than 10%. That compares to Brazil's smaller real GDP decline of 5.5%, while China's and India's GDPs grew by 8.3% and 6.5%, respectively. Russia's performance is even worse when compared to 2008, which takes into account the bursting of the oil-price bubble in the middle of that year.

Oil and Other Risks
Russia is the world's largest producer of oil and gas, which is the primary source of its power but also a significant source of economic risk. According to Witold Henisz, a management professor at Wharton, oil and gas are "both a blessing and a curse" for the country. Unlike other major emerging economies, such as Korea, Russia hasn't had to aggressively seek its revenue. And because it has never made a clean break from its feudal past, economic -- and political -- power lies in the hands of a few. This has reverberated throughout the country, Henisz says, bringing with it a "tendency toward centralization, control and coercion."

Although the severity of Russia's economic decline has been due to several factors, Ira Kalish, director of global economics at Deloitte Research, says that the obvious beginning was the bursting of the oil-price bubble in mid-2008. This sharply curtailed export revenues and made the country's foreign debt obligation loom much larger than it had when oil prices where heading toward $150 a barrel. Then the worldwide credit crunch squeezed the government's debt position even further and, in turn, percolated into Russia's domestic financial sector, leaving several large institutions in need of bail-outs. Rising interest rates to support a collapsing ruble completed the vicious cycle, leading to even tighter credit and further declines in foreign currency reserves.

Still, while oil prices fell by more than 70% from their 2008 peak, they recovered during 2009 to an average price for the year that was above that of 2007 and well above the average of most of the last decade, when Russia's economy was still growing at a healthy clip. Furthermore, although about 65% of Russia's export earnings come from oil and gas, the sector accounts for only about 20% of overall GDP. Other more oil-dependent economies, such as Kazakhstan or Saudi Arabia, suffered much smaller GDP declines over the same period.

So why has Russia done so poorly compared with its BRIC counterparts, as well as other oil-rich emerging economies?

The reason is "a combination of corruption, poor governance, government interference in the private sector, and insufficient investment in the oil and gas sector," says Kalish. These problems and others -- such as erosion of civil liberties -- will continue to stymie growth unless they are tackled aggressively, according to experts.

Even if there were the will to change, solutions are not obvious, says Wharton professor of legal studies and business ethics Philip Nichols. Consider corruption. "In most countries, the mistrust generated by corruption leads to disengagement from government institutions and the creation of relationship-based networks," he says. "In Russia, you do find these networks and they are quite strong, but they are not as pervasive as in the other BRIC countries. In fact, [in Russia,] in the absence of trust it seems that people often turn to the government for direction. And so it seems that corruption … has the odd, and indirect, effect of further concentrating power in the government."

Nonetheless, Nichols also sees some change in the right direction, including among the country's small and mid-sized enterprises (SMEs), which he has been studying over time. "In the early 1990s, [SMEs] mostly talked about the deal they were working on and maybe the next deal, but rarely looked ahead," he notes. "Now, they talk about their businesses in terms of years. They understand that this requires a sustainable, trustworthy business environment, and that they themselves need to act in trustworthy ways."

More Red Flags
As for the future business environment, Russia's Ministry of Economic Development put forward some fairly optimistic economic growth forecasts at the end of 2009 for the 2010-2012 period. Growth in GDP would be as high as 3.1% in 2010 and 3.4% in 2011, assuming oil prices continue to climb, and GDP growth would rise back to pre-crisis levels by 2012 as foreign investment returns and the domestic economy rebuilds stocks.

The forecasts were quickly dismissed by others, including leading Russian economists. The immediate prognosis for the economy is highly dependent on external factors, argues Sergey Aleksashenko, director for macroeconomic studies at the State University-Higher School of Economics in Moscow. Furthermore, too rapid a recovery -- which might occur if there is another oil price surge -- would be bad for the Russian economy, he says. That would lead to a strengthening of the ruble and foreign currency reserves, an influx of speculative capital, inflation and the strong likelihood of another collapse and an even more severe recession than the one that took place in 2009.

Another red flag that Aleksashenko raises is that Russia's government could be disinclined to follow the healthiest path for recovery -- that is, a long steady one -- ahead of presidential elections in 2012, when former President Vladimir Putin (currently prime minister) is hopeful of a return to the top job.

This highlights the most persistent problem for Russia: its institutional weakness, something that was evident in the dithering over last year's stimulus package, which at 4% of GDP was large by international standards but which was not implemented until late spring because of worries about stoking inflation further. Thus, in the first half of 2009, according to a report by the Economist Intelligence Unit (EIU), Russia had the humiliating distinction of joining the Ukraine and Zimbabwe as the only countries suffering from both a double-digit output decline and double-digit inflation.

Since the fall of communism two decades ago, the Russian business landscape has gone through a turbulent transition that is still nowhere near complete. Corruption, bureaucratic morass and the often arbitrary enforcement of rules have taken their toll. Yet its oil and gas riches are so vast that very large companies still are willing to pump in billions in foreign capital for huge projects -- including BP, Exxon Mobil and Royal Dutch Shell -- despite having been burned on several occasions. "Just by virtue of its size, it deserves continued attention from the investment community," says Henisz.

Inflows, Outflows
But Western companies, on the whole, are wary and have been more inclined to seek less volatile environments for their investments, as was especially evident during the downturn. A case in point: Carrefour. In October, the French retailer -- the second largest in the world after Wal-Mart -- pulled up stakes in Russia, citing bleak short- and medium-term prospects for growth. The move was a surprise given that just months before in June, it had cut the ribbon on its first hypermarket in the country.

That episode underscores not only the fragile investor confidence in the country, but also the difficulty that Russia faces in developing other industries that can reduce its heavy reliance on oil and gas. Outside that sector, the opportunities are "very limited," Henisz notes. "Russia does have the capacity [to develop other sectors] -- there are a lot of engineers and the education level is high. But we're not seeing many entrepreneurs who can develop large service or manufacturing companies. There's a massive gap between the small entrepreneurs -- who want to stay off the tax and political radar screens -- and the oligarchs."

With oil and gas clearly continuing to be a dominant force, Medvedev's new world order for BRICs is perhaps best illustrated in early 2009 by the "oil-for-loans" deal between Russia and China, when the latter arranged for its China Development Bank to lend $25 billion to Russia's Rosneft and Transneft oil companies to build pipelines and secure oil deliveries for the next couple of decades. Russia has been looking to diversify its markets away from the West, while China has aggressively sought to secure energy resources from as many sources as it can.

The oil-for-loans deal also underlines the potential for friction between these two BRIC members. While the BRIC summit was getting under way in Yekaterinburg in June, there was a simultaneous gathering in the same city of the Shanghai Cooperation Organization, made up of Kazakhstan, Uzbekistan, Tajikistan and Kyrgyzstan, as well as China and Russia. While the meeting may have been billed as a further display of independence from the West, Russia and China have competing interests in how these energy-rich countries bring their oil and gas to market. China -- which pledged $10 billion in economic stabilization loans for the Central Asian countries at that meeting -- has the upper hand.

Another destabilizing factor is the effect of concentrated ownership in the hands of a few billionaires, and the risk of capital flight from this small group, which has happened on more than one occasion and leaves the economy open to sharp and volatile outflows of capital during hard times. In the final quarter of 2008, as the financial crisis deepened after the collapse of Lehman Brothers, $164 billion flowed out of Russia's capital account.

The shortcomings of Russia's ruling political and business elite are by now well known. What's more, the warning signs of more economic trouble ahead are growing -- for example, the increasing rate of non-performing loans on Russian banks' balance sheets. Experts say that strong leadership would be required now to stabilize the financial situation and, more than anything, to encourage foreign investment and management expertise to help steady Russia's economy. But the prospects of that happening soon are slim. For the time being, according to Henisz, "the path forward is looking a little darker" for Russia.

Additional Reading
Boom Time: Russia's Abundant Oil and Gas Reserves Are Powering up the Economy
European Conundrum: Increasing Regulation without Stifling Growth
Russia's Best-known Investment Banker, Ruben Vardanian, on Building Trust in a Fast-moving World

1697) Um animal em extincao...o Dodo!


Estava escrevendo um trabalho sobre a decadência material, moral e filosófica do marxismo teórico e do socialismo prático, ao longo do século 20, e não sei por que me veio à cabeça a imagem deste simpático animal que desapareceu da face da Terra.
Bem, no seu seu caso, do animal, quero dizer, ele foi caçado implacavelmente: como não podia voar, e era algo bonachão, acabou desaparecendo...
Não foi o caso do socialismo, obviamente, que se extinguiu sozinho.

Aguardem (em fase de revisão):

A resistível decadência do marxismo teórico e do socialismo prático:
um balanço objetivo e algumas considerações subjetivas

Paulo Roberto de Almeida

Cercando o “animal” e mostrando a arma
Sete anos que mudaram o mundo...
Resistível reação à decadência irresistível
A seleção natural das espécies mais resistentes

Brasília, 21 de fevereiro de 2010.

1696) E agora, para relaxar...


Mes compagnons de promenades philosophiques au bout de la nuit...
(Credit photo: Maira)

domingo, 21 de fevereiro de 2010

1695) EUA: entre a diplomacia e o unilateralismo...

Uma opinião emitida em novembro de 2009, mas não menos importante como reflexão atual.

Lapso de poder
Anne Applebaum
New York Times, 26/11/2009

Como dois cometas correndo um em direção ao outro, vindos de extremidades opostas do espaço, dois fenômenos diferentes em partes diferentes do mundo cresceram na consciência pública na semana passada. Separadamente, eles poderiam não ter tido importância cósmica. Mas juntos podem ser um sinal interessante de coisas que virão.

Na China, o presidente Barack Obama se encontrou com seu homólogo, o presidente Hu Jintao. Ele também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Wen Jibao. O primeiro recebeu mais atenção, mas o segundo foi mais interessante: Wen disse a Obama que "a China discorda da sugestão de um 'Grupo dos Dois'", segundo a agência de notícias chinesa "Xinhua".

"A China ainda é um país em desenvolvimento", disse, e "devemos sempre nos manter sóbrios a esse respeito". A China está deliciada em manter seu relacionamento econômico com os EUA, mas "persegue a política externa independente da paz e não se alinhará com qualquer país ou [bloco de] países".

Tradução: a China não vai cooperar para impor sanções ao Irã, a China não vai atrapalhar o programa de mísseis nucleares da Coreia do Norte e a China não vai ajudar a solucionar os problemas do Afeganistão, do Oriente Médio ou de qualquer outro lugar. Em suma, a China decidiu que não será um parceiro pleno dos EUA em política externa.

Aproximadamente ao mesmo tempo, os líderes da Europa estavam trancados em salas proverbialmente enfumaçadas (hoje sem fumaça), discutindo sobre quem deveria receber o novo cargo de "presidente" da União Europeia e quem deveria se tornar o novo "alto representante", ou ministro das Relações Exteriores, europeu.

Essas conversações representavam o auge de uma década de diplomacia, debates e referendos nacionais destinados a produzir uma política externa europeia mais unida e dar à Europa um único número de telefone que Obama possa chamar quando quiser conversar.

Resultado: o presidente da Europa será o primeiro-ministro belga Herman Van Rompuy, um político desconhecido fora de seu país. O ministro das Relações Exteriores da Europa será a britânica Catherine Ashton, uma burocrata desconhecida até em seu próprio país.

Candidatos de muito maior experiência e influência - incluindo o ex-primeiro ministro britânico Tony Blair e o ministro das Relações Exteriores sueco Carl Bildt - foram rejeitados, aparentemente por medo de que teriam mais experiência e influência do que os poderes de fato. O semanário "Der Spiegel", da Alemanha, anunciou esta notícia com a manchete "Europa escolhe ninguéns".

Tradução: a Europa pode ter um novo número de telefone, mas quando Obama ligar a pessoa do outro lado da linha ainda não será capaz de agir. A "Europa" não será uma entidade unificada capaz de coordenar uma política unificada no Irã, na Coreia do Norte, Afeganistão, Oriente Médio ou qualquer outro lugar tão cedo. Em suma, a Europa não pode se tornar um parceiro pleno dos EUA em política externa.

E assim ficamos com uma situação curiosa: os EUA não querem mais ser a única superpotência. O presidente norte-americano não quer mais ser o líder de uma única superpotência. Ninguém mais quer que os EUA sejam a única superpotência, e na verdade os EUA não têm mais condições de ser a única superpotência. Mas os EUA não têm um parceiro óbvio com o qual compartilhar o papel de superpotência, e se os EUA deixassem de ser uma superpotência nada e ninguém ocuparia seu lugar.

Isso poderia não ser o fim do mundo - alguns lugares problemáticos poderiam passar um longo período de negligência benigna - e poderia não durar para sempre. A Europa, quando contada como uma entidade única, ainda é a maior economia do mundo. A China, seja o que for, ainda é a economia de mais rápido crescimento no mundo. Mais cedo ou mais tarde, a simples necessidade de defender seus interesses econômicos poderia convencer uma ou ambas a começar a levar mais a sério o mundo exterior.

Isso significa que o governo Obama tem um problema, porém: ele chegou ao cargo prometendo trabalhar com os aliados, mas logo poderá descobrir que não há aliados com quem trabalhar.

A Europa ainda é nossa melhor esperança, porque os europeus compartilham a maior parte de nossos valores. Mas organizar sanções com uma Europa dividida - sem falar em uma operação militar - continuará sendo uma grande tarefa.

Enquanto isso, a China está adquirindo vastos interesses estrangeiros, negociando na África e na América do Sul, assim como na Ásia, e mantendo um vasto exército. Mas a China parece desinteressada em aderir a uma campanha internacional contra o terrorismo, a proliferação nuclear ou qualquer outra coisa.

Os militares e a segurança globais parecem, portanto, destinados a permanecer nas mãos dos EUA, quer eles queiram quer não.

A meio caminho de sua presidência, George W. Bush descobriu que tinha de abandonar o unilateralismo em favor da diplomacia. Hoje nos perguntamos: em algum momento de sua presidência Obama descobrirá que tem de abandonar a diplomacia em favor do unilateralismo?

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Anne Applebaum: Jornalista e colunista do Washington Post, Anne Applebaun ganhou o prêmio Pulitzer pelo livro "Gulag: uma História". Escreve regularmente sobre política norte-americana e assuntos internacionais.

1694) Peru: debate academico, em Brasilia, dia 25/02, 18hs

A Flacso - Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais - Seção Brasil, convida para um diálogo com Jorge Nieto M. sobre o Peru, sobre o momento político, as tendências eleitorais e sobre a relação estratégica com o Brasil, a ocorrer em sua sede, sala Celso Furtado, das 18 às 20 horas, no dia 25 de fevereiro de 2010.
A reunião faz parte da iniciativa "Diálogos Latino-Americanos da FLACSO-Brasil".
A Flacso fica no edifício Venâncio 3.000, Setor Comercial Norte, Quadra 6 (ao lado do Shopping Brasilia, atual Shopping id), torre A, sala 602. Tem estacionamento interno e externo.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

1693) Brasil ajuda Cuba, Haiti e El Salvador

Lula deve anunciar verba para Cuba, Haiti e El Salvador
LEONÊNCIO NOSSA
Agencia Estado, 19.02.2010

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar na próxima semana uma série de investimentos em Cuba, Haiti e El Salvador. Na visita que fará a Cuba, na quarta-feira, Lula deve anunciar o repasse de cerca de US$ 300 milhões para a modernização do Porto de Mariel, em Havana. Na ocasião, terá um encontro com o "amigo" Fidel Castro, segundo o porta-voz da presidência, Marcelo Baumbach.

"Será uma visita de conclusão de um ciclo. O encontro com o comandante Fidel é um encontro de um amigo que visita outro amigo para discutir assuntos da atualidade internacional", afirmou Baumbach. Segundo ele, ao longo dos dois mandatos, Lula repassou cerca de US$ 1 bilhão a Cuba, para modernização do porto, compra de alimentos, construção de rodovias e produção agrícola. A previsão é que até 2012 os investimentos do Brasil na ilha caribenha cheguem a US$ 1,2 bi.

==========

Como a competência constitucional para aprovar operações financeiras cabe ao Senado, imagina-se que os senhores senadores examinem esses empréstimos com cuidado, para ver como o Brasil compromete recursos públicos -- todos eles do Tesouro, diga-se de passagem -- com países que, imagina-se, pagarão seus débitos para com o Brasil, sem os calotes que tivemos do passado (no caso de Cuba, desde sempre).
Paulo Roberto de Almeida (20.02.2010)

No Haiti, onde estará na quinta-feira, Lula também anunciará a liberação de recursos, mas o valor ainda não foi definido. Na viagem, o presidente vai sobrevoar a capital Porto Príncipe, que foi devastada por um terremoto de 7,0 graus na escala Richter no dia 12 de janeiro. Ele fará também uma visita às tropas brasileiras e a um hospital da Força Aérea Brasileira (FAB).

Já em El Salvador, onde estará no dia seguinte, Lula anunciará um crédito de US$ 300 milhões para a renovação da frota de ônibus no país. Mas as viagens do presidente, neste último ano de mandato, não param por aí. Já no dia 1º de março, ele embarcará para Montevidéu, para a posse do presidente do Uruguai, José Mujica.

1692) Sherlock Holmes back to work: the case of missing posts

Dois leitores deste blog, escreveram-me para relatar o curioso desaparecimento de algumas centenas de posts deste meu blog.

Escreveu o primeiro:

"...notei que suas postagens estavam em 13xx e quando fui acessar o blog novamente elas estavam já na casa dos 16xx. Depois da postagem 1361) Um Fórum Pela Liberdade de Expressão, vem a postagem 1662) A Arrogancia dos Engenheiros...
Se não houve um simples erro de digitação, onde estão as 300 postagens que faltam???
Obrigado pelo bog.
"

E um segundo leitor:

"...o que o sr. fez com as postagens situadas entre os números 1361 e 1662? Espero que não seja algo relacionado à numerologia..."

Intrigado, fui verificar, e constatei que eles continuavam lá onde sempre estiveram, na ordem sequencial obrigatória dos números e datas, como transcrevo mais abaixo.
O mais curioso, entretanto, é que os números referidos não correspondem aos temas efetivos de cada um deles.
Assim, o suposto (detesto esse conceito de suposto, usado em conexão com bandidos comprovados, que se beneficiam de precauções jornalísticas) post

1361) Um Fórum Pela Liberdade de Expressão
corresponde, na verdade, a este aqui:
1361) Falacias Academicas 12: o mito da exploracao...

e o post
1662) A Arrogancia dos Engenheiros...
coincide com este aqui, em meu registro:
1661) Relacoes Brasil-EUA: melhorando cada vez mais...

Eu sei que tenho vários posts, especializados (resenhas de livros, textos diversos, temas político-eleitorais, etc), mas nenhum deles chegou ainda perto desses números altos, 1361 a 1661, registro que faço para bem distinguir os materiais aqui depositados, independentemente do software Blogspot já identificar cada um com sua data de postagem, e de colocá-los exatamente na sequencia cronologica correta (que não pode ser alterada a posteriori, a menos de eliminação completa). Ou seja, impossível de praticar aqui o que muitos bandidos políticos fazem: construir recibos a posteriori, para justificar dinheiro sujo supostamente de campanhas eleitorais ou desviado para o bolso dos próprios, como acaba de fazer um governador debiloide (mas isso deve ser prática comum nesses meios promíscuos).

Para tranqulizar meus eventuais leitores, desejosos de conhecer todo o besteirol (algumas coisas uteis também) acumulado entre setembro de 2009 e janeiro deste ano, período supostamente (lá vem o conceito outra vez) compreendido no caso dos posts misteriosamente subtraídos à curiosidade desses atentos leitores, permito-me transcrever aqui apenas o índice dessa série, que deve continuar disponível onde sempre esteve.
Se continuar desaparecido, vou ter de visitar Baker Street e demandar os serviços do mais famoso investigador de crimes até hoje inventado pela imaginação humana, neste caso de um espírita, Arthur Conan Doyle (de quem recomendo, aliás, os romances históricos).

OK, fique, aqui e agora, com a lista dos Missing posts: from 1361 to 1662

2010:
• ▼ Janeiro (182)
o 1664) Depois das reticências, as entrelinhas, e as...
o 1663) Books, books, books...
o 1662) Reticencias, entrelinhas, exclamacoes, ponto...
o 1661) Relacoes Brasil-EUA: melhorando cada vez mai...
o 1660) Homenagem a Lincoln Gordon, Embaixador ameri...
o 1659) Mini-tratado das reticencias
o 1658) A arte da escrita (bem, nem tanto...)
o 1657) O Itamaraty e o decreto do governo Lula sobr...
o 1656) Brasil: a caminho da ditadura? (2)
o 1655) Rodada Doha: suficiente para combater a cris...
o 1654) Brasil: a caminho da ditadura? (1)
o 1653) Integrations en Amerique du Sud - Sorbonne
o 1652) Brasil Já Vai À Guerra - Juca Chaves
o 1651) Ainda os caças da FAB: quadratura do circulo...
o 1650) O seu, o meu, o nosso dinheiro, para industr...
o 1649) Sobre decisoes politicas e ferramentas opera...
o 1648) Juíza de Santa Rita (PB) diz que juiz é um s...
o 1647) Balanco da decada e previsoes imprevidentes
o 1646) Fórum Social Mundial: antecipando as conclus...
o 1645) Meu balanço da década que passou...
o 1644) Um balanço otimista dos ultimos dez anos.......
o 1643) Política externa brasileira: uma matéria a f...
o 1642) O Azerbaijão, a terra do fogo (azer)
o 1641) Politica Externa: desacordos Brasil-EUA
o 1640) Quando os grandes economistas erram feio...
o 1639) Countercyclical Policy Measures in Brazil
o 1638) Brasil vai ao espaço? Talvez, em todo caso, ...
o 1637) Economic Freedom of the World 2009, Cato Rep...
o 1636) Nova declaração de princípios, ao início de ...

2009:
o
• ▼ 2009 (648)
o ▼ Dezembro (80)
• 1635) “Todo ano ele faz tudo sempre igual…”
• 1634) Dolar: rumores sobre a sua morte e desaparec...
• 1633) Cenarios para o Brasil nas proximas decadas
• 1632) Mercosul e Brasil: acordos comerciais em sep...
• 1631) Politica externa brasileira: editorial do jo...
• 1630) BNDES: desembolsos superam 137 bilhoes em 20...
• 1629) Livro Relacoes Brasil-Europa 2010-2020
• 1628) Retrospectiva 2009 - Brasil e mundo
• 1627) Brasil é grande, diz ministro da Defesa...
• 1626) Estado forte, mas ausente, onde deveria esta...
• 1625) Jornalismo brasileiro: caminhando rapidament...
• 1624) Estado brasileiro: uma trajetoria insustenta...
• 1623) Bahia de Sao Salvador de Todos os Santos: um...
• 1622) Bolsas de Acao Afirmativa: um dialogo import...
• 1621) Amorim: O Brasil tem um bom diálogo com os E...
• 1620) EUA: sua forca está na imigracao (e na liber...
• 1619) O brasileiro é obcecado por concursos públic...
• 1618) O novo Mister Doom: prometendo calotes "sobe...
• 1617) Self-portrait
• 1616) Investindo em vento
• 1615) EUA - como criar uma nova bolha imobiliária....
• 1614) O profeta Samuel (nao fui eu quem disse...)
• 1613) Planos com a mudanca de ano
• 1612) Uma mensagem de Natal individualista
• 1611) Livros: um crime contra os leitores, um aten...
• 1610) EUA: como o governo engole a economia (o do ...
• 1609) Lula: personalidade do ano para o Le Monde
• 1608) Crise financeira: a boa e a verdadeira expli...
• 1607) Zelaya: bem, já que estamos falando dele...
• 1606) Triste fim de Manoel Zelaya (bem, nao tao tr...
• 1605) Exiting from High Public Debt: uma recomenda...
• 1604) Uma mensagem de Natal diferente
• 1603) Fim do Mundo: ja que estamos nos preparando ...
• 1602) Politica externa brasileira: sintomas preocu...
• 1601) COP-15: Palanque Politico? (Miriam Leitao)
• 1600) Argentina: a angustia de ser seu socio (obri...
• 1599) O fracasso da cupula "climatica" de Copenhag...
• 1598) Politica Externa brasileira: as consequencia...
• 1597) Os dez livros liberais mais importantes da d...
• 1596) Cuba e Coreia do Norte: duas economias socia...
• 1595) Depois do fracasso de Copenhagen, o Consenso...
• 1594) Lincoln Gordon: antecipando sobre a homenage...
• 1593) Preparando o balanco de final de ano (mas es...
• 1592) Morte do embaixador Lincoln Gordon
• 1591) Novo Livro PRA: O Moderno Principe (Maquiave...
• 1590) Banco de imagens sobre o Brasil, Unesco-Libr...
• 1589) Doze bilhoes de dolares para Chavez "investi...
• 1588) Conflito Venezuela-Colombia: a visao chavist...
• 1587) Um papa controverso: Eugenio Pacelli e os ju...
• 1586) Politica externa brasileira: um editorial co...
• 1585) Politica externa brasileira: uma materia a f...
• 1584) Fraude e falsidade na ciencia: a proposito d...
• 1583) A partidarizacao da Politica Externa brasile...
• 1582) Relacoes Brasil-EUA: artigo de Paulo Sotero
• 1581) Maximas de um pais minimo...
• 1580) Bjorn Lomborg: Entrevista na Veja
• 1579) Caio Prado Junior, revisto e rejeitado...
• 1578) Tocqueville de novo em missao: De la Democra...
• 1577) Mercosul: uma análise dos seus primeiros dez...
• 1576) Zelaya na Embaixada do Brasil em Honduras: a...
• 1575) Copenhage: um acordo vazio de significado
• 1574) O Brasil precisa decidir o que quer ser...
• 1573) Oliveira Lima e a diplomacia brasileira do i...
• 1572) Le Monde: o aniversario de um pequeno grande...
• 1571) Cupula do clima em Copenhage: fracasso anunc...
• 1570) Pausa para... um pouco de musica
• 1569) Paul Samuelson: as razoes de sua ampla aceit...
• 1568) Antiglobalizadores atacam outra vez: sim, a ...
• 1567) Trabalhos publicados mais recentes...
• 1566) Trabalhos PRA sobre relacoes internacionais ...
• 1565) Morte de um keynesiano irredutivel: Paul Sam...
• 1564) O petroleo do Iraque e a teoria da conspirac...
• 1563) Antiglobalizadores: de novo, mais transpirac...
• 1562) Obama and the Nobel Peace Prize
• 1561) Mercosul: além de protecionista para dentro ...
• 1560) Triste fim de Mercosul Policarpo Quaresma?
• 1559) Concurso do Itamaraty - Guia de Estudos
• 1558) Os verdes, esses incuraveis sofismadores...
• 1557) Uma pequena licao sobre protecionismo e livr...
• 1556) Ufa, emergindo de uma longa noite censória.....

• ▼ Novembro (88)
o 1555) Cuba: uma economia de penuria
o 1554) Voyage au bout de la Terre (sort of...)
o 1553) The End is Near: are you prepared?
o 1552) Uma discussao sobre o papel do Estado
o 1551) Eleicoes e politica na America Latina: Finan...
o 1550) A Amazonia na Academia Brasileira de Ciencia...
o 1549) Brasileiros gostam do Estado, querem mais Es...
o 1548) Relacoes especiais Brasil-França (muito além...
o 1547) Estado da Populacao Mundial - Relatorio do U...
o 1546) Politica externa do Brasil - editorial do Wa...
o 1545) Politica Externa Brasileira na Campanha Pres...
o 1544) Cupula amazonica: um exercicio de lideranca....
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o 1479) O que nao faltam sao falacias para analisar....
o 1478) Pausa para humor, que ninguem é de ferro
o 1477) A Justiça do sabao que lava mais branco...
o 1476) Livro sobre relacoes internacionais, UnB, 10...
o 1475) Juanita Castro: charlando con sus lectores
o 1474) A familia Castro, de Cuba, obviamente: divid...
o 1473) Um agente soviético, diplomata brasileiro: c...
o 1472) Controversias historicas: Ha-Joon Chang e o ...
o 1471) Bolivarianismo religioso
o 1470) Lenin morreu de sifilis; Sorry, true believe...
o 1469) A profissao academica: do copiar-colar ao co...
o 1468) O passado sinistro do Itamaraty, segundo um ...

• ▼ Outubro (65)
o 1467) De volta ao problema do Estado e da política...
o 1466) O ranking das universidades brasileiras
o 1465) Academic Ranking in Social Sciences
o 1464) The Story of Academic Rankings - Nian Cai Li...
o 1463) Como inviabilizar a industria farmaceutica d...
o 1462) A volta do Estado?, Nao, segundo Mailson da ...
o 1461) Magreb: brevissima história, Beatriz Bissio
o 1460) Concurso para o Itamaraty: 108 vagas
o 1459) Livro sobre a Queda do Muro de Berlim: dia 9...
o 1458) Ricupero sobre Venezuela no Mercosul: "É UM ...
o 1457) Um ajudante de Hitler confirma as ordens par...
o 1456) Arquivos liberados sobre a queda do muro de ...
o 1455) Relações entre União Européia-Brasil, Rodada...
o 1454) Impasses da Rodada Doha
o 1453) Uma visao hilariante sobre a crise financeir...
o 1452) Uma simples tomada, ou plugue, ou seja la co...
o 1451) Republica Sindical em marcha...
o 1450) Clausula democratica do Mercosul: texto de r...
o 1449) Sobre comentaristas anonimos, e seus comenta...
o 1448) Nao faltam idiotas no mundo: suite et (pelo ...
o 1447) Nao faltam idiotas no mundo (e como...)
o 1446) Agricultura mundial em 2050
o 1445) A CPI que nao vai dar em nada, nadica de nad...
o 1444) Os apoiadores das santas causas: fundamental...
o 1443) Nova revista de relacoes internacionais: Mur...
o 1442) Personalidades publicas apoiam descaradament...
o 1441) Dos sapatos: um comentario anonimo (mas iden...
o 1440) Sapatos e soberania
o 1439) O futuro do futuro: George Friedman
o 1438) A marcha da democracia (?) na AL: Nicaragua
o 1437) A construcao do Apartheid no Brasil -- O pré...
o 1436) O ministro volatil e a especulacao nacional
o 1435) Debumking Thucydides: já estava na hora (afi...
o 1434) A vida como ela é: mas nao exatamente na Emb...
o 1433) Semana de relacoes internacionais do Uniceub...
o 1432) Minha homenagem a Norberto Bobbio nos seus 1...
o 1431) A OTAN bolivariana: estava demorando para sa...
o 1430) Mitos sobre o FMI - Mailson da Nobrega
o 1429) Um blog contra o racismo oficial (e promovid...
o 1428) Fome e insuficiencia alimentar - um problema...
o 1427) Mourir Pour des Idées - Georges Brassens
o 1426) Minha homenagem no dia do Professor
o 1425) Criacao de um Instituto de Estudos Brasileir...
o 1424) Avioes militares: transferencia de tecnologi...
o 1423) ABIN: inteligencia talvez seja uma palavra f...
o 1422) Sobre viagens e visitas - um texto pessoal
o 1421) Mudancas de pessoal no Itamaraty
o 1420) Brasil, um pais sem lei, e quem patrocina is...
o 1419) Climate Change: Freakanomics at rescue
o 1418) David Fleischer and current moves in Brazili...
o 1417) Governos privatizam, para fazer caixa; no Br...
o 1416) Os materiais sobre a derrubada do Muro de Be...
o 1415) O projeto sobre a Guerra Fria do Wilson Cent...
o 1414) Teoria da Mais-Valia: a verdadeira paternida...
o 1413) Enquete habitacional: qual a melhor designac...
o 1412) Seguro Saude nos EUA: nao existe solucao mil...
o 1411) Honduras: a base legal para a remocao de Zel...
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o 1409) O Comite Nobel se enganou de Premio Nobel
o 1408) Democracia na Venezuela: pronta para ingress...
o 1407) Petroleo do pre-sal: uma analise sobria e fu...
o 1406) Turismo academico: encerrando uma etapa da v...
o 1405) Turismo academico: ultima experiencia na Tor...
o 1404) Turismo academico: Torino gastronomica
o 1403) Turismo academico: da Venezia a Torino, senz...

▼ Setembro (70)
• 1402) La Serenissima Venezia (não mais tão tranqui...
• 1401) Muro de Berlim: vinte anos de seu final
• 1400) Flaneries a Venise (mais, sans mourir apres....
• 1399) Turismo academico: de Asti a Veneza, em meno...
• 1398) Turismo academico: de Nostradamus as trufas,...
• 1397) Turismo academico: Une journée de voyage, se...
• 1396) Referencia de estudos: nao estou ganhando na...
• 1395) Turismo academico: flaneries em Paris
• 1394) Comunismo religioso: a fé é a última que mor...
• 1393) Uma confusao jamais vista nos anais de uma C...
• 1392) Poder nuclear do Brasil para defender o petr...
• 1391) Discurso de Lula na AGNU, setembro de 2009
• 1390) G20: promessas cumpridas e não cumpridas
• 1389) Turismo academico: Paris, enfim...
• 1388) Concurso diplomatico...
• 1387) Seguranca no uso de banking online
• 1386) Nao intervencao, pelo menos no papel...
• 1385) Começa o festival da corrupção em torno do p...
• 1384) Keynes de volta à preeminencia: nao acho que...
• 1383) Relacoes Brasil-EUA: timidez e distanciament...
• 1382) SHANAH TOVAH - 5770! YISRAEL CHAY! ISRAEL VI...
• 1381) Principe Regente, D. Joao, diplomata: tomada...
• 1380) Entretien sur le Bresil pour la revue Decide...
• 1379) Doutorado em Direito no Uniceub: sou parte d...
• 1378) A ONU não tem dentes (mas isso a gente já sa...
• 1377) Norman Borlaug: o maior benfeitor da humanid...
• 1376) Obama protecionista: nenhuma novidade nisso
• 1375) Sindicalismo diplomatico: aderindo ao corpor...
• 1374) MST: movimento da subtracao total...
• 1373) O Brasil e o G20 financeiro: artigo em Mundo...
• 1372) A volta ao mundo em 29 dias...
• 1371) Doing Business in Brazil (rather: NOT doing ...
• 1370) Um novo codigo penal para punir terroristas
• 1369) Brasil no ranking de competitividade
• 1368) Financial Times: Política de petróleo no Bra...
• 1367) A marcha do apartheid no Brasil
• 1366) Nos pagamos a conta: isto tambem é Brasil......
• 1365) Nos pagamos a conta: isto tambem é Brasil......
• 1364) Nos pagamos a conta: isto tambem é Brasil......
• 1363) Pre-sal: colocando racionalidade no debate
• 1362) Bonnes affaires pour la France au Bresil
• 1361) Falacias Academicas 12: o mito da exploracao...

Bem, se depois disso os posts continuarem desaparecidos (dá até vontade de revisitar alguns, pelo apetitoso do título e a promessa de algumas boas gargalhadas, pelo ridículo efetivo), vou ter de tomar novas providências...

Paulo Roberto de Almeida