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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Guerrilha obscurantista contra transgenicos (e preconceito contra multinacionais tambem)

Os medievais supostamente ecologistas continuam sua guerra de retaguarda contra os transgênicos, misturando crenças irracionais e preconceitos anticapitalistas contra a introdução de OGMs no mercado alimentar.
Eles são bem sucedidos conjunturalmente, atrasando o progresso, aumentando custos para a sociedade, provocando reações irracionais e paranóicas contra produtos contendo OGMs.
Eles serão derrotados, não sem antes provocar muito desgaste para a ciência e para a economia, barrando empresas e cientistas no caminho do progresso.
Paulo Roberto de Almeida

Justiça proíbe venda de milho transgênico da Bayer
Lígia Formenti
O Estado de S.Paulo, 28/07/2010

Polêmica já dura dois anos; produto só pode retornar ao mercado após CTNBio aprovar o plano de monitoramento do produto no mercado
A Justiça Federal proibiu a venda do milho transgênico Liberty Link, produzido pela Bayer. A decisão, da juíza federal Pepita Durski Tramontine, da Vara Ambiental de Curitiba, na segunda-feira, afirma que o produto só pode retornar ao mercado após a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovar o plano de monitoramento do produto no mercado.

A juíza também ordenou a proibição do uso do milho, resistente ao herbicida glufosinato de amônio, no Norte e Nordeste até que sejam realizados estudos ambientais do produto nas regiões. "Nesses locais, não basta a aprovação do plano de monitoramento pela CTNBio. É preciso que estudos anteriores, relacionados à segurança, sejam realizados", explicou a advogada e consultora do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), Andrea Lazzarini Salazar.

A decisão fixa uma multa de R$ 50 mil diários caso a Bayer não suspenda imediatamente a comercialização, semeadura, transporte, importação e descarte do milho geneticamente modificado. A empresa afirmou que se manifestará apenas quando for notificada judicialmente.

A polêmica em torno do milho transgênico dura mais de dois anos. Liberado pela CTNBio em 2007, o produto foi alvo de uma ação proibindo sua comercialização no mesmo ano. Uma liminar foi concedida e, em janeiro de 2008, revogada. Agora, a juíza analisou a ação principal.

O milho da Bayer provocou uma disputa dentro do governo. Descontente com a aprovação, a Anvisa interpôs um recurso no Conselho Nacional de Biossegurança. Em junho de 2008, o conselho confirmou a liberação.

A CTNBio não se manifestou.

Ditadura militar-governo do PT: tudo a ver - o mesmo projeto do Brasil Grande Potencia

Interessante estas colocações deste cientista social na reunião anual da SBPC. Para ele, o governo do PT e sua diplomacia ativa devem buscar para o Brasil a mesma condição de grande potência sonhada pelos militares na época da ditadura.
Será que o DNA dos dois grupos combinam?
Deixa eu ver: o mesmo espírito autoritário, a mesma vontade de aplastar os inimigos e afastar os óbices que se interpõem no caminho da grandeza, a mesma vocação para afirmar o Brasil grande potência, a mesma definição unilateral em favor da liderança regional e de um grande papel mundial, essa coceira danada para interferir em todos os assuntos da agenda mundial, mesmo naqueles que não têm a ver, diretamente, com os interesses nacionais, a mesma sensação de onipotência, talvez até de onisciência.
Pois é, parece que o projeto do PT é reproduzir o Brasil da era da ditadura militar, talvez uma ditadura civil, mas uma ditadura, ainda assim.
Vejam bem o que fellor traveller do PT disse: "O Brasil não tem a opção de ser uma potência média." Vai ver que é isso: passar de país em desenvolvimento (o que ainda é aceito por todos eles) a grande potência é um mero passito, fruto da vontade unilateral.
Basta querer, e se impor sobre os outros e as barreiras...
Esse pessoal não se corrige. O gene autoritário é de nascença...
Tem também aquela atitude de "menino birrento", sempre procurando briga com os grandes, como escrito na matéria: "...foi esse o caminho que o país escolheu a partir do governo Lula: a opção por "desobedecer" às potências mundiais..."
Parece que é isso: basta desobedecer às potências imperiais que a política externa se define assim mesmo: pela capacidade de dizer não. Pessoal contraditório esse...
Mas, não para por aí: parece que em relação à Venezuela, a assessoria presidencial "ajudou a frear a monumental confusão instaurada no país". Justo: depois da nossa ajuda a Venezuela melhorou muito, e está cada vez mais democrática. Nada de estranho: o critério democrático é o do PT, ou seja, dos cubanos...
Imaginem se a gente iria permitir um reles golpe de Estado em Honduras: não, de forma alguma, a solução ali era apoiar o projeto chavista, amplamente democrático...
Leiam, divirtam-se...
Paulo Roberto de Almeida

Política externa: De novo no palco
Thiago Camelo
Ciência Hoje On-line, 28.07.2010

Em evento promovido pelo Instituto Ciência Hoje na Reunião Anual da SBPC, cientista social fala com otimismo sobre a política externa brasileira nos oito anos do governo Lula
No Irã, na Bolívia, Venezuela, Colômbia, Suíça, em Honduras. O mundo ouviu falar do Brasil nos últimos anos. Oposição e situação concordam aqui: nos anos do governo Lula, seja pelo carisma e pela história do presidente, seja pela competência de quem comanda a política externa, o país atingiu novo patamar diante dos olhos estrangeiros.

- Nós sempre estaremos insatisfeitos. Mas não podemos desconhecer os avanços do país. O mundo não desconhece o que o Brasil vem realizando no plano da política externa.

A afirmação acima é do cientista social e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Sebastião Velasco e Cruz. Ele esteve no evento promovido pelo Instituto Ciência Hoje na reunião anual da SBPC.

Apresentado à plateia por Renato Lessa, Velasco e Cruz falou por quase uma hora, sem interrupção, sobre a política externa do Brasil contemporâneo. E a frase final do cientista social dá o tom de toda a sua palestra: "Otimismo é uma atitude. E eu sou otimista."

Oito anos de mudança
De fato, a visão de Velasco e Cruz sobre o rumo que o país tomou é otimista. Para ele, passada a terrível crise econômica da década de 1980 e a retomada da estabilidade financeira da década de 1990, com o Plano Real, havia a necessidade de afirmação internacional.

- O Brasil não tem a opção de ser uma potência média. Se for assim, seremos derrotados pelo nosso empenho. A única opção é avançar. Resolver os problemas sociais e econômicos - diz Velasco e Cruz. E complementa. - Se fizermos isso, pelo tamanho e pelas características do país, seremos um protagonista do cenário internacional.

Segundo Velasco e Cruz, foi esse o caminho que o país escolheu a partir do governo Lula: a opção por "desobedecer" às potências mundiais - caso fosse necessário - em nome de interesses internos. Cita, como exemplo dessa defesa do país, o rechaço às negociações de uma Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

- Esse governo tem a capacidade de dizer não. E também tem a disposição de se manifestar nas questões atuais, como no caso do Irã.

Cronologia de eventos-chave
Para Velasco e Cruz, algumas ações do governo Lula marcam essa vontade de estar no centro das decisões mundiais. A primeira delas, ainda no primeiro mandato - em 2002 -, teria servido como uma espécie de carta de intenções: no auge de uma crise que poderia colocar a Venezuela em guerra civil, o Brasil se posicionou e, com a mediação do assessor especial da presidência da República Marco Aurélio Garcia, ajudou a frear a monumental confusão instaurada no país.

Em 2003, foi a vez de ser contrário - de modo oficial - à invasão norte-americana ao Iraque. No mesmo ano, uma nova rodada na Organização Mundial de Comércio (OMC), realizada em Cancún (México), mostrou que o Brasil não aceitaria as mudanças propostas pelas grandes potências.

- Naquele momento, foi a consolidação do G20, que mostra a força dos países emergentes - explica Velasco e Cruz.. - Índia e Brasil se apresentaram como novas potências mundiais, capazes de discutir questões cruciais da geopolítica do planeta.

Daí em diante, houve uma sucessão de fatos que, segundo o cientista social, teriam sido consequências dessas ações do primeiro mandato. A intervenção no golpe em Honduras ou a negociação da questão do petróleo na Bolívia, por exemplo, seriam parte de um mesmo pensamento: o plano de um país grande.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O PT e as FARC: precisa de mais comprovacao?

O PT reagiu horrorizado às afirmações -- não insinuações, declarações mesmo -- de que tinha relações com as FARC.
Não é que ele mantenha relações, asi no más. O que acontece, de verdade, é que o partido, ou seus agentes qualificados, estavam, objetivamente, a serviço das FARC, como se depreende da matéria abaixo. Assim como sempre estiveram a serviço dos interesses cubanos e do que mais fosse no gˆ´nero: anti-imperialismo, antiamericanismo, anticapitalismo, antihegemonismo, e outros anti, com alguma coisa a favor, obviamente: pró-socialista, pró-comunista, pró-fascismo bolivariano, etc., etc., etc.
Precisa mais ou estaria bem assim?
Paulo Roberto de Almeida

PT e as Farc
Garcia se ofereceu como “ponte” entre Brasil e Farc

Fernando Mello
Revista Veja, 28.07.2010

Atual assessor especial da presidência pediu audiência no Itamaraty em 1999
O encontro ocorreu no gabinete do então ministro, Luiz Felipe Lampreia, que relatou ter recusado a oferta

No final de 1999, o hoje assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia pediu uma audiência oficial no Ministério das Relações Exteriores. O encontro ocorreu no gabinete do então ministro, Luiz Felipe Lampreia. Garcia se ofereceu ao governo brasileiro para atuar como “ponte” com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Nos últimos dois dias, VEJA.com colheu relatos sobre o encontro.

Nesta quarta-feira, procurou o ex-ministro Lampreia, que confirmou a audiência. Servidor de carreira, com mais de 40 anos de Itamaraty, o ex-ministro não tem filiação partidária. “A proposta era de promover um encontro, uma relação, uma conversa”, afirmou.

Na última semana, o candidato a vice na chapa do tucano José Serra, Indio da Costa (DEM-RJ), provocou reações do PT ao dizer que o partido tem ligações com as Farc. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, chamou Indio de “desqualificado” e “medíocre”.

Em 1999, Garcia era o responsável pela área de assuntos internacionais do PT. Lampreia confirmou a conversa. “Ele pediu uma hora oficialmente, está na agenda”, relata. “Ele me fez essa oferta. Eu agradeci o espírito com que ele fez a oferta, um espírito respeitoso. Mas disse que não aceitava. Como chanceler não tinha nenhum interesse em ter contatos com representantes das Farc. A organização estava combatendo um governo constitucional, amigo do Brasil.”

Lampreia disse a VEJA.com que, recusada a oferta, Garcia não apresentou mais detalhes, nem disse qual seria o representante das Farc escalado para falar com o governo brasileiro. Naquele ano, as Farc tinham muito mais força do que hoje. Seus guerrilheiros se aproximavam da capital, Bogotá, e tinham chances de tomar o poder.

O cartoon da semana: Wikileaks...


Todo o processo, de acumulação e de divulgação de dados aparentemente "secretos" (de algum modo o são, mesmo quando confirmam informações ridiculas), testemunha do vigor das instituições democráticas.
Não se pode dizer que o mesmo ocorre nas ditaduras...
Paulo Roberto de Almeida

Os piores bandidos das relacoes internacionais...

Pardon... Quem disse isso foi a Foreign Policy En Español. Mesmo assim, eles possuem muitos amigos, nos lugares e países mais surpreendentes...
Paulo Roberto de Almeida

LOS 23 PEORES TIRANOS
George Ayittey
FP en Español, Agosto-Septiembre 2010

Dictadores malvados y chiflados varios

Con un continente de por medio, muchos africanos como yo nos alegramos esta primavera cuando, en Kirguizistán, una coalición de grupos de oposición derrocó al dictador, el presidente Kurmanbek Bakiev. “Un loco menos, ¡ya sólo quedan 39!”, gritamos. En el mundo, hoy, existen al menos 40 dictadores, y aproximadamente 1.900 millones de personas viven bajo la opresión de los 23 autócratas que figuran en esta lista. Hay muchos mal de la cabeza por ahí.

Los costes de todo ese despotismo son inconcebibles. Se han perdido millones de vidas, muchas economías se han derrumbado y Estados enteros se han venido abajo por la represión brutal. Y lo peor es que el mundo niega la evidencia. Se suponía que el final de la guerra fría debía ser también el fin de la historia, cuando la democracia invadiera el mundo y la represión se extinguiera como los dinosaurios. Sin embargo, Freedom House informa de que sólo el 60% de los países del mundo son democráticos; una cifra mucho más alta que el 28% de 1950, pero sólo ligeramente por encima de la mayoría. Y muchas de esas democracias no lo son de verdad, sino que están gobernadas por déspotas disfrazados mientras el mundo da por sentada su libertad. En cuanto al resto, están abandonados a su suerte.

Aunque todos los dictadores son malos, existe un aspecto perverso del despotismo que me mortifica y me indigna por encima de todo lo demás: la inquietante frecuencia con que muchos déspotas, como en Kirguizistán, comenzaron su carrera como combatientes de la libertad que, en teoría, iban a liberar a su pueblo. En 2005, Bakiev encabezó la llamada “Revolución de los tulipanes” para derrocar al dictador anterior. Los africanos estamos tan familiarizados con este fenómeno que tenemos un dicho: “Luchamos mucho para apartar a una cucaracha del poder, y llega la siguiente rata para hacer lo mismo. ¡Haba! ¡Mierda!”.

A estos revolucionarios convertidos en tiranos los llamo “libertadores cocodrilo”, y los junto con otros magníficos especímenes: los socialistas con banco en Suiza que obligan a la gente a pagar las pérdidas económicas mientras almacenan sus ganancias personales en el extranjero, los revolucionarios de pacotilla que traicionan los ideales que les llevaron al poder y los bandoleros de guante blanco que se limitan a robar y a saquear. He aquí mi lista de los peores dictadores del mundo. Los he clasificado basándome en sus innobles habilidades para la perfidia, la traición cultural y la destrucción económica. Si este relato de sus maldades les hace estremecerse, imagínense lo que es vivir bajo su yugo.

KIM JONG IL, de Corea del Norte: un aislacionista que fomenta el culto a la personalidad y es aficionado al coñac francés, ha empobrecido a su pueblo, ha consentido que la hambruna se extendiera y ha encarcelado a cientos de miles de personas (hasta unas 200.000), al mismo tiempo que gasta los valiosos y escasos recursos del país en un programa nuclear. AÑOS EN EL PODER: 16

ROBERT MUGABE, de Zimbabue: héroe de la independencia convertido en un déspota asesino; ha detenido y torturado a la oposición, ha exprimido su economía hasta alcanzar un asombroso crecimiento negativo y una inflación de miles de millones por ciento, y se ha quedado con una jugosa porción, manipulando la divisa y las cuentas en paraísos fiscales. AÑOS EN EL PODER: 30

THAN SHWE, de Birmania: loco militar cuya única obsesión es el poder, ha diezmado a la oposición con arrestos y detenciones, negó ayuda humanitaria a su pueblo tras el devastador ciclón Nargis en 2008 y se ha enriquecido con el mercado negro de exportaciones de gas natural. este general vanidoso y arrogante, que viste un uniforme repleto de condecoraciones que él mismo se ha concedido, es demasiado cobarde como para enfrentarse a unas elecciones honradas. AÑOS EN EL PODER: 18

OMAR HASSAN AL BASHIR, de Sudán: Bashir, un fanático megalómano que ha aplastado a toda la oposición, es responsable de la muerte de millones de sudaneses, y la Corte Penal internacional le ha procesado por crímenes de guerra. las milicias árabes de Bashir, las janjaweed, han interrumpido sus matanzas en Darfur, pero mantienen el tráfico de esclavos negros sudaneses (el propio Bashir está acusado de haber tenido varios en algún momento). AÑOS EN EL PODER: 21

GURBANGULY BERDIMUHAMEDOV, de Turkmenistán: este oscuro dentista, que sucedió al excéntrico tirano Saparmurat Niyazov (quien llegó a cambiar los nombres de los meses del año para ponerles el suyo y los de sus familiares), ha mantenido las políticas represivas de su difunto predecesor, diciendo que tiene “un parecido extraordinario con él”. AÑOS EN EL PODER: 4
ISAIAS AFWERKI, de Eritrea: libertador cocodrilo que ha convertido su país en una prisió
n nacional en la que se cierran los medios de comunicación independientes, se rechazan las elecciones, el servicio militar indefinido es obligatorio y el Gobierno apoya a los militantes somalíes antes que a su pueblo. AÑOS EN EL PODER: 17

ISLAM KARIMOV, de Uzbekistán: matón despiadado que gobierna desde el periodo soviético; ha prohibido los partidos de oposición, ha llegado a tener 6.500 presos políticos y califica a cualquiera que se le oponga de “terrorista islámico”. ¿Y qué hace con los terroristas cuando los tiene en su poder? Torturarlos: su régimen se hizo famoso por matar a dos personas en agua hirviendo y torturar a muchas otras. Las tropas del presidente mataron en 2005 a cientos de manifestantes pacíficos después de una rebelión en Andiyán. AÑOS EN EL PODER: 20

MAHMUD AHMADINEYAD, de Irán: inflamatorio, obstinado y traidor a la filosofía de liberación de la revolución islámica, ha llevado adelante un programa nuclear desafiando a occidente. Su última barbaridad consistió en ordenar que sus esbirros paramilitares, las milicias basiij, reprimieran con violencia a los manifestantes tras las controvertidas elecciones presidenciales de junio de 2009, que muchos están convencidos de que perdió. AÑOS EN EL PODER: 5

MELES ZENAWI, de Etiopía: es peor que el dictador marxista al que derrocó hace casi dos décadas. Ha reprimido a la oposición y ha manipulado elecciones. Como corresponde a un auténtico revolucionario marxista, almacena millones en bancos extranjeros y, según la oposición, ha adquirido mansiones en Maryland y en Londres, mientras su régimen brutal obtiene nada menos que 1.000 millones de dólares de ayuda exterior cada año. AÑOS EN EL PODER: 19

HU JINTAO, de China: déspota camaleónico que atrae a los inversores extranjeros con una sonrisa y una reverencia y, al tiempo, aplasta las discrepancias políticas, controla Tíbet y ahora se dedica a buscar nuevas colonias en África para extraer de ellas los recursos naturales que necesita su economía, en pleno crecimiento. AÑOS EN EL PODER: 7

MUAMAR GADDAFI, de Libia: egoísta excéntrico, famoso por sus discursos extravagantes e indescifrables y su política errática, dirige un estado policial basado en su versión del libro rojo de Mao: el libro Verde. Represivo en su país, Gaddafi se comporta como el rey de reyes de África en el extranjero (la unión africana tuvo que insistirle educadamente en que dimitiera como presidente de turno). AÑOS EN EL PODER: 41

BACHAR EL ASSAD, de Siria: déspota pretencioso que trata de ocupar el hueco de su padre (no da la talla), Assad ha despilfarrado miles de millones en aventuras en países como Líbano e Irak, y se ha olvidado de las necesidades de su población. Su enorme aparato de seguridad garantiza que la gente no se queje. AÑOS EN EL PODER: 10

IDRISS DÉBY, de Chad: tras encabezar la rebelión contra el antiguo dictador, Déby se enfrenta hoy a un reto similar, por parte de uno de sus propios ex ministros, entre otros. Para rechazar un posible golpe, Déby ha exprimido las cuentas del estado para equipar al ejército, ha cooptado a los enemigos del líder de la oposición y construye un foso en torno a la capital, Yamena. AÑOS EN EL PODER: 20

TEODORO OBIANG NGUEMA, de Guinea Ecuatorial: Obiang y su familia son dueños de la economía, tras haber amasado una fortuna superior a los 600 millones de dólares mientras la población vive en una pobreza extrema. la extraordinaria riqueza petrolífera del país hace que su PIB esté al nivel del de muchos estados europeos. Pero los ingresos son “secreto de estado”. AÑOS EN EL PODER: 31

HOSNI MUBARAK, de Egipto: autócrata senil y paranoico cuya única preocupación es perpetuarse en el cargo. Mantiene desde hace 30 años una ley de estado de emergencia para aplastar cualquier actividad opositora, y ha preparado a su hijo Gamal para que lo suceda. (No es de extrañar que sólo el 23% de los egipcios votase en las elecciones presidenciales de 2005). AÑOS EN EL PODER: 29

YAHYAH JAMMEH, de Gambia: este excéntrico bufón militar ha prometido gobernar 40 años, y asegura que ha descubierto la cura para el VIH/ sida (también afirma que tiene poderes místicos y que va a convertir Gambia en un país productor de petróleo). En el fondo es un narcisista: insiste en que se le dé el tratamiento de “Su excelencia el Jeque Profesor Alhaji Dr. Yahya Abdul-Azziz Jemus Junkung Jammeh”. AÑOS EN EL PODER: 16

HUGO CHÁVEZ, de Venezuela: el enloquecido líder de la revolución Bolivariana promueve una doctrina de democracia participativa en la que sólo participa él, ha encarcelado a la oposición, prolongado su mandato de forma indefinida y cerrado los medios independientes. AÑOS EN EL PODER: 11

BLAISE COMPAORÉ, de Burkina Faso: déspota de pacotilla sin visión de futuro, salvo la de perpetuarse en el poder a base de liquidar a sus rivales y de acallar a la disidencia, ha cumplido las bajas expectativas que prometía su ascenso, después de matar a su predecesor, Thomas Sankara, en un golpe de estado en 1987. AÑOS EN EL PODER: 23

YOWERI MUSEVENI, de Uganda: tras encabezar una rebelión en Uganda en 1986, Museveni declaró: “Ningún jefe de estado africano debería permanecer en el cargo más de 10 años”. Sin embargo, 24 años después, ahí sigue, ganando una elección amañada tras otra: se supone que los partidos políticos son legales, pero una reunión política de unas cuantas personas no lo es. AÑOS EN EL PODER: 24

PAUL KAGAME, de Ruanda: es un libertador que salvó a los tutsis de la exterminación total en 1994, pero que ahora ejerce el mismo apartheid con el que pretendió acabar. Su Frente Patriótico de Ruanda domina todas las instancias del poder: las fuerzas de seguridad, la administración civil, la rama judicial, los bancos, las universidades y las empresas estatales. Cuando alguien se opone al presidente, se le acusa de crear el odio y las divisiones y se le detiene. AÑOS EN EL PODER: 10

RAÚL CASTRO, de Cuba: aquejado de astigmatismo intelectual, es patéticamente inconsciente de que la revolución que dirige está obsoleta, es un fracaso abismal y no tiene nada que ver con las aspiraciones del pueblo cubano. Según él, la culpa del fracaso es de las conspiraciones extranjeras, que también utiliza para justificar unas medidas represivas cada vez más brutales. AÑOS EN EL PODER: 2

ALEXANDER LUKASHENKO, de Bielorrusia: autócrata, antiguo presidente de una explotación agraria colectiva, que controla su país con mano de hierro y vigila los movimientos de oposición con una policía secreta que tiene un nombre de mal gusto: KGB. Su brutal forma de gobernar le ha valido el título de “último dictador de Europa”. AÑOS EN EL PODER: 16

PAUL BIYA, de Camerún: bandolero elegante, con una fortuna personal de más de doscientos millones de dólares y las mansiones correspondientes, ha logrado reducir a la oposición a la sumisión total. No es que le preocupen las elecciones; ha manipulado las leyes sobre limitación de mandatos en dos ocasiones para garantizar que siga la fiesta. AÑOS EN EL PODER: 28

As FARC e o conflito Venezuela-Colombia: proposta de internacionalizacao

Adivinhem quem mais, depois da Venezuela, vai apoiar a proposta de internacionalização do conflito interno da Colômbia, ou seja, a luta de seu governo legal contra um grupo de narcoterroristas, também conhecido como FARC?
Não prometo um doce a quem acertar, pois esta é muito fácil...
Paulo Roberto de Almeida

Uribe rejeita internacionalização de acordo de paz com guerrilhas
BBC Brasil, 28/07/2010

Caracas – O presidente da Colômbia Álvaro Uribe rejeitou nesta terça-feira a possibilidade de internacionalizar um processo de paz com as guerrilhas colombianas, ao afirmar que a medida daria “oxigênio” aos grupos armados.

“Sabemos que a cobra do terrorismo quando sente que está encurralada e que está com uma corda no pescoço pede processos de paz, para que afrouxemos a forca e para que ela possa tomar oxigênio e voltar a envenenar”, disse afirmou Uribe, durante ato de despedida no ministério de Defesa, em Bogotá.

As declarações de Uribe ocorrem em meio ao giro que o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, faz a sete países da região para concertar um “plano de paz” que deve ser apresentado na quinta-feira, na reunião de chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), em Quito, como proposta para solucionar a crise binacional.

Uribe disse que não se deixará “enganar” e que os colombianos sabem “como conduzir processos de paz”, em referência ao controvertido processo de desmobilização de grupos paramilitares.

“Agora querem internacionalizar a solicitação para que levantemos a forca e nessa armadilha, não vamos cair”, afirmou Uribe, que desde que chegou ao poder, em 2002, endureceu a política de combate às guerrilhas.

Venezuela
Logo depois, o chanceler colombiano Jaime Bermudez disse que a proposta venezuelano representa “intromissão” nos assuntos internos de seu país.

“Não há nada mais sensível que uma política de segurança e paz”, afirmou Bermudez.

A saída militar e não negociada do conflito é uma das principais críticas dos opositores do uribismo, por considerar que a medida incrementa a violência no interior do país e afasta a possibilidade real de um acordo de paz, que daria fim à guerra que já dura mais de 60 anos.

Uribe, que deixará o governo em 10 dias, disse que seu governo pede o cumprimento das normas internacionais para combater os grupos armados.

Sem fazer referência direta à Venezuela, Uribe disse que “alguns setores” falam de paz, quando o problema é a segurança regional para que não exista “nenhum bandido”.

Os brasileiros do exterior: censo vai determinar quantos...

Meu pequeno comentário introdutório (como de hábito):

O Brasil foi, durante quatro séculos, um país de imigração, acolhendo milhões de estrangeiros, entre eles os milhões de escravos -- durante três séculos de forma involuntária -- que estão na origem de sua população afro-descendente, mas também milhões de europeus e centenas de milhares de asiáticos ou de outras origens, conformando uma população única em sua composição, cultura, imbricação de tradições e religiões. O Brasil é, de fato, um grande cadinho de povos e de etnias.
Não obstante essa formidável mistura, que faz do Brasil, justamente, um país único, alguns racistas contemporâneos estão tentando separar todas essas etnias, e criar uma legislação aplicada ao que eles, os racistas, chamam de "negros", numa terrível e indevida incorporação de milhões de mulatos (chame-os como quiser, eles são misturados com brancos, índios, asiáticos, whoever...) ao componente negro original (e jamais "puro", como eles pretendem, numa trágica reprodução da ideologia nazista, ou seja, racista-hitlerista).
Em todo caso, depois de toda essa imigração, inacreditavelmente bem sucedida na incorporação indiscriminada de milhões de estrangeiros, que se misturaram com os locais para fazer o brasileiro que conhecemos hoje, pessoas absolutamente misturadas -- o que constitui um milagre quando pensamos em outros países que mantém guetos e outras situações discriminatórias --, o Brasil se converteu em um país de emigração, enviando seus filhos (também misturados) para o exterior, seja por razões de crise econômica, seja por violência exagerada, por desesperança no futuro do país, o fato é que outras centenas de milhares de brasileiros foram para o exterior, numa situação de emigração econômica na maior parte dos casos, que acabou convertendo-se em vida permanente.
Ainda assim, muitos permanecem brasileiros, como os descendentes de japoneses que vão trabalhar no Japão e que NÃO SÃO japoneses e sim brasileiros...
Agora se trata de verificar, contar, identificar quem são, quantos são, como vivem os brasileiros do exterior.
É o que o próximo censo vai mostrar.
Eu também espero, sinceramente, que ele demonstre que os brasileiros são assim, misturados, totalmente sem preconceitos, sem discriminações mentais e desejosos de se misturar, a despeito de todos os problemas. Estou perfeitamente consciente de que existem muitos racistas, EM TODAS AS ETNIAS E SITUAÇÕES, mas que a maioria da população brasileira não é racista, nem deseja a separação das etnias formadoras do povo brasileiro, como alguns racistas supostamente negros estão querendo forçar no Brasil atualmente, com a aprovação do chamado Estatudo da (Des)Igualdade Racial. O mais incrível é que o senador que apoia vivamente a ideia é um mulato, um cidadão perfeitamente misturado, e que agora se pretende negro e pretende que todos os brasileiros o sigam em suas propostas racistas.
Todos reclamamos, no Brasil, das leis que "não pegam", aliás para desgosto, em algumas situações, quando a legislação é necessária para criar uma situação de melhor bem-estar social. Neste caso específico, gostaríamos que esse estatuto odiosamente racista, essa lei celerada "não pegue", seja ignorado pela mioria do povo brasileiro, pois ela é capaz de produzir maior "mal-estar".
Viva o povo brasileiro, absolutamente multirracial, misturado, mulato e antiracista...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 29.07.2010)

Censo 2010 quer descobrir quantos brasileiros vivem fora do país
Agência Senado, Segunda-feira, 26 Julho 2010

RIO - Quantos brasileiros moram no exterior e em quais países? O Censo Demográfico 2010, que o IBGE leva a campo a partir do dia 1º de agosto, tentará responder pela primeira vez a essa pergunta, que até hoje tem respostas muito parciais. O esforço de estimativa mais consistente e recente foi feito em 2008.

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) computou 3.040.993 pessoas vivendo em 117 países nos quais existe representação diplomática brasileira. O ministério informa na pesquisa "Brasileiros no Mundo - Estimativas" que o levantamento é baseado em "informações locais (quando disponíveis), tais como levantamentos oficiais, estimativas feitas por organizações não governamentais ou pesquisas conduzidas pela mídia, ou em projeções feitas pelas embaixadas e consulados do Brasil".

O próprio ministério admite que entre as limitações do levantamento está o fato de que muitos brasileiros que vivem em situação irregular fora do país não procuram as representações do país no exterior temendo serem descobertos e repatriados.

O Censo vai perguntar no questionário básico, aquele que será aplicado em todos os domicílios do país, se alguma pessoa que ali residia estava morando em outro país no dia 31 de julho de 2010 (dia anterior ao início da pesquisa). Caso a resposta seja afirmativa, o recenseador perguntará o nome da pessoa (ou das pessoas), sexo, ano de nascimento, ano no qual deixou o Brasil pela última vez e o país onde está morando. A contagem de brasileiros morando no exterior é apenas uma das novidades do Censo 2010, o primeiro totalmente informatizado da história. Entre as novidades no conteúdo do Censo estarão também um bloco de perguntas definindo etnia e língua falada pelas pessoas que se declararem indígenas.

Maria Vilma Salles Garcia, coordenadora de logística do Censo, destacou ainda que haverá a possibilidade de os questionários do Censo 2010 serem respondidos via internet, sendo necessário que a pessoa interessada receba um código diretamente do recenseador. Mas o IBGE não está muito animado com a novidade.
Nos testes realizados aqui, e nas experiências de outros países, como Austrália e Espanha, apenas cerca de 15% dos que optaram por responder via internet cumpriram o combinado. Caso o questionário não seja respondido on-line, o recenseador terá que procurar novamente o domicílio para coletar os dados diretamente.

Brasileiros no exterior poderão ser segurados facultativos da Previdência
Revista Oriundi, 23/07/10

Os mais de dois milhões de brasileiros que vivem em outros países poderão passar a contar com o direito de se filiar, como segurados facultativos, à Previdência Social. A possibilidade está prevista no Projeto de Lei do Senado 86/10, de autoria do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), que está tramitando na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

O projeto, que ainda está sendo analisado por seu relator na comissão, senador José Agripino (DEM-RN), modifica a Lei 8212/91, para garantir a possibilidade de filiação à Previdência de "brasileiros emigrados ou residentes permanentes em outros países". Atualmente, são admitidos como segurados facultativos os maiores de 14 anos, desde que não enquadrados nos casos de segurados obrigatórios da Previdência.

Em defesa de seu projeto, que ainda vai tramitar na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa, Mesquita lembra que os brasileiros emigrados ou residentes no exterior enviam ao país cerca de US$ 6,5 bilhões por ano, segundo informações do Fundo Monetário Internacional relativas a 2005.
O senador observa ainda que a situação jurídica dos brasileiros no exterior é bastante diversificada. Existem os que possuem visto de residência temporário e os que contam com visto de residência permanente e permissão para o trabalho.
Mas "grande parte" dos emigrados, lembra Mesquita, "vive ilegalmente, sofrendo as consequências dessa condição". (Agência Senado)

Colombia: a politica externa do presidente Santos

Enviado por um amigo hispano-americano:

Cómo será la política exterior de Santos
SEMANA
Martes 27 Julio 2010

El Presidente electo Juan Manuel Santos es más sensible a la opinión pública internacional, lo cual supone un cambio en el norte de las relaciones con otros países.

RELACIONES INTERNACIONALES
Mayor diversificación, atención a la opinión internacional, más diplomacia, son algunos de los rasgos que podrían caracterizar las relaciones internacionales en el nuevo gobierno. ¿Por qué?

Institucionalización, diversificación, cooperación, diplomacia, integración, han sido algunas de las palabras más utilizadas por el presidente electo, Juan Manuel Santos, al referirse a cómo será la política exterior en su período de Gobierno.

Desde su llegada al poder varios medios de comunicación y analistas de la política internacional han señalado que uno de los principales rasgos distintivos de Santos será una relación más abierta y cordial con los demás países. Han advertido que el mandatario electo tiene interés en darle un rumbo a las relaciones con los vecinos distinto al que le dio el presidente saliente, Álvaro Uribe Vélez.
Para la especialista en Relaciones Internacionales Socorro Ramírez, “el comienzo de un nuevo Gobierno es una oportunidad para comenzar a construir una política exterior de Estado, de largo aliento, que vincule a los estamentos institucionales”.
En su criterio, no es suficiente con los gestos y anuncios de cambio, se requiere con urgencia una política exterior integral, que tenga una mirada de conjunto y que ponga al país en un lugar de liderazgo.

En medio de la ruptura diplomática de Venezuela con Colombia se abre la pregunta sobre cuáles serán los rasgos que caracterizarán la política exterior del mandatario electo. Nadie puede predecir sus efectos, pero sí se pueden advertir, desde ya, algunos de sus lineamientos.

Por ejemplo, en medio de la crisis con Venezuela, Santos ha preferido guardar silencio, lo que ha sido calificado por los especialistas como una actitud prudente. El presidente venezolano, Hugo Chávez, por su parte, ha dicho que espera que el nuevo mandatario de los colombianos se posesione para comenzar a dialogar. De esta manera ha quedado abierta la puerta a la normalización de las relaciones con los vecinos.

Falta mucho para saber si Santos mantendrá su tono conciliador, pero, por lo pronto, analistas, investigadores y hasta los funcionarios del servicio exterior confían en que habrá un cambio de rumbo en la manera en que Colombia se relacionará con otros países.

Diversificación
“Para avanzar hacia la prosperidad democrática, será necesaria una mayor diversificación de las relaciones internacionales de Colombia, tanto en el ámbito multilateral como también en la búsqueda de nuevos socios y alianzas estratégicas en el ámbito internacional”. Con estas palabras, el presidente electo Juan Manuel Santos, definió la prioridad de la política exterior en los próximos cuatro años.

Sus declaraciones fueron hechas en medio del debate electoral, en la presentación de los programas de los candidatos hecha por Semana.com y la Universidad del Rosario.
La gira de Santos por Europa (que incluyó Inglaterra, Alemania, Francia y España) y la actual por América Latina puede considerarse como la primera piedra de esa política de diversificación en las relaciones exteriores.

“Esa fue una señal de que la política exterior va a tener muchos cambios”, señala la internacionalista Laura Gil. “América Latina no estaba en el radar de la política exterior, salvo para buscar algún acercamiento con Venezuela”, explica.

La diversificación implica no un distanciamiento con Estados Unidos, pero sí cambios en la forma de relacionarse con ese país.

En una reciente columna de Michael Shifter, publicada por el diario El Colombiano y titulada Santos y Washington: ¿Una época diferente?, el presidente del Diálogo Interamericano adujo que, aunque no se sabrá cómo será a ciencia cierta esa relación, “lo más probable es que Santos no siga contando con el apoyo de Washington para la aprobación del Tratado de Libre Comercio (firmado hace cuatro años) y asistencia extendida en materia de seguridad y desarrollo. Probablemente (Santos) buscará alianzas económicas y políticas más sólidas con Perú, Chile, México, Brasil, y por supuesto Asia, en particular China”.

Varios analistas han advertido que Santos será amigo del país norteamericano, pero sin la subordinación que demostró Uribe a los intereses de Washington. Algunos coinciden en que ese es un requisito sine qua non, para lograr lo que el mandatario electo ha predicado: la integración con la región.

La internacionalista Ramírez aduce: “el país tiene que cambiar su forma de relacionarse, construir una política exterior más diversificada, que entienda que sus intereses no pueden ser iguales a los de Washington, que mire a la región con respeto”.

En su criterio, tanto Estados Unidos como el continente, y la propia Colombia, han cambiado en los últimos años, y la política exterior debe estar a la altura de esos cambios. Ramírez, aunque sostiene que lidiar con Venezuela “no es fácil”, insiste en que las relaciones internacionales deben ser construidas sobre los intereses del Estado, no sobre los intereses de un Gobierno.

Para Gil, “Santos va a aprovechar la condición de privilegio que tienen las relaciones con Estados Unidos, pero eso no quiere decir que no vaya a diversificar las relaciones”, dice.

Más diplomacia
“La diplomacia y el respeto serán la base de nuestras relaciones”, dijo el presidente electo en el discurso triunfal de las elecciones. “Aspiro a trabajar de la mano con los países vecinos para desarrollar una agenda conjunta de cooperación e integración en todos los frentes”, agregó.

En esas palabras quedó consignada la voluntad de Santos de dialogar por la vía institucional, antes que usar el micrófono para zanjar las diferencias.

Una de las críticas más recurrentes de los analistas a la manera como se han manejado las relaciones internacionales por el Gobierno saliente son las reacciones en caliente, muchas improvisadas, en lugar de acudir a las vías institucionales. Aunque la mayoría de analistas piensa que tratar con Chávez no es fácil, también es cierto que la actividad diplomática hubiera evitado que las relaciones llegaran al punto de quiebre.

En ese sentido, el nombramiento que hizo Santos de María Ángela Holguín en la cartera de Relaciones Exteriores fue interpretado por los diferentes sectores políticos como una muestra de su interés en “institucionalizar y profesionalizar” el servicio diplomático.

“Como Ministra, probablemente, no va a poder hacer todo lo que se proponga. Pero sabemos que reconoce la importancia de la carrera diplomática. Esperamos que influya para que los nombramientos en el ministerio sean por meritos y con menos criterio político”, dice Samira Algecira Díaz-Granados, presidenta del sindicato del Ministerio de Relaciones Exteriores.

Una de las debilidades señaladas por los expertos de la política exterior es que hasta ahora los nombramientos en esa cartera se han manejado como forma de pago de los compromisos políticos. Muestra de ello es que en las embajadas el personal de carrera es tan solo del 12 por ciento, aproximadamente. En la parte administrativa del servicio exterior, la cifra aumenta al 45 por ciento.

Sin embargo, la participación de personal cualificado sigue siendo baja en esa cartera. “La carrera tiene unos niveles de exigencia bastante altos. Lo que se requiere no es “profesionalizar” el servicio diplomático, como ha prometido el Gobierno, sino que utilicen el personal profesional que ya hay”, explica Gil.

La falta de expertos en el manejo de la diplomacia dificulta las relaciones con los connacionales, y es muestra de lo que muchos interpretan como desprecio de Colombia por las relaciones con los demás países.

¿La seguridad como prioridad?
“En las relaciones conflictivas siempre hay dos alternativas: mirar con amargura hacia el pasado o abrir caminos de cooperación hacia el futuro. ¡Los invito a abrir caminos, por el bien de nuestros pueblos!”, dijo Santos en el mismo discurso ya mencionado.

Para el ex vice ministro de relaciones Diego Cardona, las relaciones con Venezuela son una prioridad debido al modelo de desarrollo económico que el mandatario electo tiene en la cabeza. “Su modelo de desarrollo se parece más al de los tigres asiáticos. Pero para poder hacerlo realidad necesita un mercado como el de Venezuela, que es un mercado natural”, explica.

En criterio de Gil, la diversificación en las relaciones internacionales de Colombia no sólo requiere abrir las puertas a las relaciones con otros países, sino también cambiar los temas prioritarios en esas relaciones. La internacionalista aduce que es muy probable que la seguridad ya no esté en el centro de los intereses de Colombia. De hecho, Santos durante la campaña señaló que había que avanzar hacia la “prosperidad democrática”, con lo que trazó un nuevo camino.

A esto se debe la búsqueda de acercamientos con Chávez. No es que Santos sea blando, sino que en el fondo tiene un interés pragmático. “Él dice: ‘no se consiguió nada con el tono confrontacional, pues ahora hay que explorar otras vías’”, argumenta Gil, quien considera que Santos sabe desde hace rato, por ejemplo, que en Venezuela hay presencia guerrillera.

Al final, aunque se recuperen sólo las relaciones comerciales, es ganancia.

Derechos Humanos
Otro de los temas sensibles en la política internacional son las violaciones a los derechos humanos. Las denuncias en Colombia de asesinatos a sindicalistas, entre otras, han servido de argumento al Partido Demócrata de Estados Unidos para impedir la ratificación del TLC con Colombia.

El Presidente electo sabe que ese es uno de los temas que más afectan la imagen de Colombia en el exterior.

Por esta razón suscribió en el trabajo hecho por la Universidad del Rosario y publicado por Semana.com: “otra de las prioridades dentro de la política exterior colombiana será la lucha por los derechos humanos. En un mundo donde la idea de responsabilidad estatal es cada vez más importante, los derechos humanos constituyen uno de los pilares sobre el cual se construye la política exterior. El discurso colombiano frente a la defensa de los derechos humanos se basará en el compromiso del Estado colombiano para desarrollar el Estado Social de Derecho y los compromisos internacionales”, suscribió Santos al exponer su programa de Gobierno.

Santos sabe que enfrentará los coletazos de las ejecuciones extrajudiciales de civiles presentados por el Ejército como combatientes. En criterio de Shifter, “el alegará que trató de corregir los abusos en el escándalo”.

Y ante el episodio de las interceptaciones ilegales hechas por el DAS a integrantes de la oposición, magistrados y periodistas argumentará “que no tuvo responsabilidad”.

En criterio del analista. “Santos es más sensible a la opinión pública internacional que Uribe y se espera que tenga mayor habilidad para manejar las preocupaciones en Washington, una ciudad que conoce muy bien”.

Jorge Castaneda sobre a politica externa do Brasil

ESCRITOR JORGE CASTAÑEDA ANALISA A "POLÍTICA" EXTERNA DE LULA!
Folha de S.Paulo, 26/07/2010

Folha - Como o senhor vê a política externa de Lula, em especial no que diz respeito à América Latina?
Jorge Castañeda - 1. A inércia geográfica, econômica e demográfica da América do Sul levou o Brasil a ter um papel de maior liderança do que antes. Isso aconteceria com ou sem o governo Lula. O fato de Lula estar fazendo um governo bom internamente faz com que o peso natural do Brasil se exerça de maneira mais clara na região. Porém, tudo o que Lula tentou fazer fora do âmbito interno só resultou em fracassos. Tratou de obter um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, não o obteve. Tratou de priorizar a Rodada Doha e não conseguiu nada. Tratou de ser um ator central para que se lograsse um acordo em Copenhague e não só não o alcançou como o Brasil em parte foi responsável para que isso não acontecesse. Tratou de se apresentar como protagonista num acordo nuclear com o Irã, mas sua mediação foi rechaçada pelo mundo inteiro, exceto pela Turquia e pelo próprio Irã.

2. Mas creio que mais importante é o fato de que Lula se absteve de mediar ou resolver conflitos que estão mais perto do Brasil. E há tantos. Os de Uruguai e Argentina, de Colômbia e Venezuela, de Peru e Chile, de Colômbia e Nicarágua, de Chile e Bolívia e o de Equador e Peru. Conflitos próximos abundam, e o Brasil não exerceu nenhuma liderança em nenhum desses casos. Tampouco se apresentou para ajudar em problemas internos de outros países da América Latina. Salvo parcialmente no caso da Bolívia, e isso o fez para defender os interesses da Petrobras. Suas aspirações de potência mundial fracassaram, e ele não mostrou interesse de atuar como legítima potência regional. Lula coleciona fracassos e erros no âmbito externo.

CEBRI 12 anos: A Inserção Internacional do Brasil (5/08/2010, Rio de Janeiro)

CEBRI 12 anos: A Inserção Internacional do Brasil
05/08/2010 - Rio de Janeiro

Em 2010, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais - CEBRI comemora 12 Anos de sua fundação. No escopo das atividades comemorativas será realizada a Mesa-redonda: A Inserção Internacional do Brasil, além da entrega do Prêmio Personalidade CEBRI 2010. Entre os premiados estão Luciano Coutinho, Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como Personalidade Pública; Maurício Botelho, Presidente do Conselho de Administração da EMBRAER como Personalidade Empresarial e, por fim, o prêmio especial Personalidade Acadêmica in memoriam para Gilberto Dupas, Ex-Presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais – IEEI.

Na ocasião, serão lançados a edição especial do CEBRI-Dossiê: Prioridades da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional e também o Relatório de Atividades CEBRI 2008-2009.

DATA: 05 de agosto, quinta-feira.
LOCAL: Auditório da Confederação Nacional do Comércio – CNC, Av. General Justo, 307 - Centro, Rio de Janeiro.
HORÁRIO: 09h00 às 13h00
INSCRIÇÃO: pelo site do CEBRI ou enviando nome, instituição, cargo, endereço, telefone e e-mail para eventos@cebri.org.br

Brasil e seu entorno hemisferico - Samuel Pinheiro Guimaraes

Elementos, muito resumidos, da palestra do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos na abertura do Encontro Nacional da ABED (Associação Brasileira de Estudos de Defesa), em Brasília, no dia 22 de julho. Eu estava presente, mas ainda não comentei as apresentações ou esta palestra.

`Estados Unidos es el país más importante de Sudamérica´
Inforel, 22/07/2010 - 16h51

Pasado lunes, 19, el embajador Samuel Pinheiro Guimarães, ministro-jefe de la Secretaria de Asuntos Estratégicos, inauguró el ENABED IV, encuentro de las asociaciones de estudios de Defensa, en Brasilia.

Para el ex secretario-general de Itamaraty, “Estados Unidos es el país mas importante de Sudamérica”. El afirmó que esta es una realidad y que ella tiene impacto en la Seguridad y Defensa de la región

“La importancia de Estados Unidos en cualquier país de Sudamérica es descomunal se comparada con la importancia de cualquier país sudamericano en la región”, afirmó.

Un ejemplo: más de 50% de las exportaciones de petróleo de Venezuela tiene Estados Unidos como destino.

El embajador habló para un público formado por estudiantes, investigadores, profesores, diplomáticos y militares de las Fuerzas Armadas y destacó que Sudamérica sigue una región extremamente rica en recursos naturales, energéticos y minerales, que posee 25% de la tierra arable del mundo y detiene una población pequeña en relación a su territorio.

“Por otro lado, Sudamérica es una de las regiones mas desiguales del planeta, con grandes asimetrías entre los estados, principalmente entre Brasil y los demás”, reconoció.

En su opinión, la región aún es marcada por resentimientos históricos que afectán la Seguridad regional.

“Son resentimientos que vienen del tiempo de formación de los estados del Prata, de la desintegración de Gran Colombia y de las guerras del Pacifico y del Chaco”, explicó.

Geopolítica

El embajador explicó que Europa cada día pierde espacio en la región para Asia y para Estados Unidos y que España busca a través de la Cumbre Iberoamericana mantener su grado de influencia entre los latinoamericanos.

“Los españoles cambiaron la conquista de las Américas en Encuentro de Civilizaciones, un disparate”, dijo.

El también destaco la presencia de China en Sudamérica. El país ya es el primer aparcero comercial de Brasil y de todos los otros sudamericanos.

“China viene en búsqueda de recursos naturales y alimentos estableciendo lazos de producción para su mercado. La enorme búsqueda de recursos naturales de China y de India, determinarán muchos cambios en el planeta. África también tendrá mucha importancia para el futuro de Brasil por sus necesidades y la posibilidad de Brasil responderlas”, afirmó.

Desafío

Responsable por el Proyecto Brasil 2022, Samuel Pinheiro considera que el gran desafío de Brasil en Sudamérica es el desarrollo de los países de la región.

Esta contribución habría que pasar por un aporte intenso de recursos en obras de infraestructura en transportes, comunicaciones y energía. El llegó a defender un Plan Marshall para fortalecer la integración regional.

Además, aseguró que Brasil no disputa el liderazgo en Sudamérica al dejar clara su postura en defensa de la autodeterminación de los pueblos y de no intervención en asuntos internos de los demás.

“Brasil solo participa como mediador cuando llamado por las partes involucradas”, garantizó.

“La sociedad no acepta que nadie diga como debemos organizarnos y Brasil debe asumir que es el principal país de Sudamérica y que contribuye con la infraestructura de los demás”, afirmó.

Paraguay, por ejemplo, divide la mayor usina hidroeléctrica del mundo con Brasil, pero sufre con los apagones. Además, la inestabilidad política y social en los vecinos puede ser resultado de problemas como esto.

As FARC e o governo do Brasil: efeitos do conflito Colombia-Venezuela?

Para os que se interrogam, no próprio PT, sobre a natureza e a extensão das boas relações entre o grupo narcoterrorista colombiano conhecido como FARC e o Partido dos Trabalhadores, atualmente no poder no Brasil, este artigo, de um analista das questões de defesa no Brasil, fornece mais alguns elementos probatórios. Os que discordam podem apresentar outros fatos, ou outra realidade...

Crisis Colombia – Venezuela: um desafio a UNASUR
Marcelo Rech
27/07/2010

El presidente colombiano Álvaro Uribe deja el poder el 7 de agosto luego de ocho años de gobierno.

Si no ha transformado social y económicamente al país, Uribe seguramente ha trabado una lucha sin treguas contra las guerrillas, especialmente las Farc, reduciendo su letalidad a niveles históricos.

Durante eso período, muchos han los altibajos con el vecino Hugo Chávez, lo que puso la región bajo tensión.

Los dos divergen en casi todo.

Uno es aliado de los Estados Unidos que en los últimos diez años, ha destinado US$ 8 mil millones para la lucha contra el narcoterrorismo en Colombia.

El otro llego al poder al final de los 90 luego de un intento fracasado de golpe de Estado y nadie tiene idea de hasta cuando quedará.

En la última década, no faltaron denuncias y elementos para uno creer que las guerrillas colombianas actuaban extraterritorialmente.

En Brasil, las Farc mantienen al menos cinco de sus miembros entre Brasília, la región Sudeste y las áreas fronterizas.

Durante las tres ediciones del Foro Social Mundial, realizadas en Porto Alegre (RS), bajo la financiación del Partido de los Trabajadores (PT), han ocupado espacios, realizados debates y firmado alianzas.

Los gobiernos – estadual y municipal – de Olívio Dutra y Tarso Genro recibieron los voceros de las Farc con el status diplomático en la capital gaucha.

En Manaos (AM), la guerrilla es vieja conocida. Hasta apartamentos ocupan en la ciudad.

Campamientos de la guerrilla en Brasil, no se tiene noticia, pero su presencia es explícita.

Olivério Medina, antiguo cura católico y uno de los más importantes enlaces de la guerrilla en América del Sur, recibió de actual gobierno, status de refugiado lo que le da el derecho a tener un salario mensual bajo los auspicios del contribuyente brasileño.

Colombia ha luchado para obtener su extradición, pero varios partidos políticos de izquierda pagaron abogados y ejercieron influencia en la decisión del Comité Nacional para los Refugiados (Conare), subordinado al ministerio de Justicia a la época comandado por Tarso Genro.

Medina ha casado con una brasileña integrante del PT que del estado de Paraná ha sido llamada a trabajar en Brasília en la Secretaría Nacional de Pesca, órgano comandado por el partido.

El mismo gobierno que ha sido incapaz de impedir el ingreso de la guerrilla en Brasil y así dar el ejemplo contundente contra el narcoterrorismo, habla en mediar la crisis que tiene las Farc como centro, involucrando Colombia y Venezuela.

En muchos aspectos, la política exterior del actual gobierno emite señales contradictorios.

Usa la Constitución para reafirmar el respecto a la autodeterminación de los pueblos y de la no injerencia, para en seguida, escoger cirurgicamente dónde y cómo meterse.

De todas formas, importante mismo es el papel que desarrollará la Unión de Naciones Sudamericanas (UNASUR).

Una reunión extraordinaria de cancilleres está marcada para el jueves, 29, en Quito.

Brasil no acepta que la crisis sea solucionada con la participación de actores externos lo que le exigirá llamar la responsabilidad por ver Colombia y Venezuela normalizaren sus relaciones.

Venezuela sabe que las pruebas presentadas ante la Organización de Estados Americanos (OEA), son fuertes. Hay poca margen de maniobra.

Chávez tendrá de aceptar los hechos y mostrar habilidad para convencer la región que los 80 campamientos y 1.500 guerrilleros en su país, no cuentan con su apoyo ni financiación.

La tendencia es que tanto Colombia como Venezuela disminuyan el tono hasta que Uribe entregue el poder al ex ministro de Defensa, Juan Manuel Santos, que tendrá la difícil tarea de restablecer las relaciones con Chávez.

El hecho concreto es que las Farc representan un problema regional que como tal debe de ser atacado.

Ponerlo en la mesa en un mecanismo regional que todavía no ha mostrado la razón de ser, es fundamental para su propia supervivencia y para la credibilidad de América del Sur.

Marcelo Rech es periodista, editor de InfoRel y especialista en Relaciones Internacionales, Estrategias y Políticas de Defensa y Terrorismo y contrainsurgencia. Correo electrónico: inforel@inforel.org

A agricultura e o Brasil - Senadora Katia Abreu

Na sequencia da postagem anterior, a íntegra do artigo da Senadora Katia Abreu, que merece comentários mais elaborados (o que procurarei fazer tão pronto possível).
Paulo Roberto de Almeida

O que houve de novo com o Brasil
Kátia Abreu
O Estado de S.Paulo, 26 de julho de 2010

O Brasil orgulha-se hoje de ser uma economia estável e forte, que consegue crescer de modo sustentável a taxas elevadas e ao mesmo tempo distribuir renda, incorporando largos contingentes de população ao mercado de consumo e a padrões mais civilizados de bem-estar material. Olhando para trás, para tantas décadas de instabilidade, de surtos breves e logo frustrados de crescimento, temos de reconhecer que vivemos uma grande transformação.

O que tornou possível essa transformação? Tivemos vários momentos de crescimento, que não duravam muito. Após poucos anos, o crescimento provocava inflação, pois a oferta interna, especialmente de alimentos, não era capaz de acompanhar o aumento da demanda induzida pelo crescimento da renda. Mais grave era o outro problema, o cambial.

Diante da inflação sem controle e do desequilíbrio cambial, a única política possível era conter o processo de crescimento, para aliviar as pressões sobre os preços e sobre o déficit externo. Assim, voltávamos à estagnação econômica, embora a população continuasse crescendo e a imensa maioria vivesse na pobreza.

Para crescer sem interrupções seria necessário superar o limite de nossa capacidade para importar. Financiar indefinidamente o déficit cambial com financiamento externo não seria sustentável. Por termos tentado este caminho, incorremos em várias crises de endividamento e chegamos à moratória. Era preciso encontrar um meio realista de elevar a receita cambial.

Como sabemos hoje, no Brasil só a agricultura e a pecuária podiam realizar essa tarefa. Mas ninguém pensava nisso seriamente. Afinal, a produção rural brasileira crescia pouco e não éramos, de fato, até 1970, sequer capazes de atender ao abastecimento interno. Além do mais, a sabedoria convencional de então ditava que o desenvolvimento econômico significava o aumento da produção industrial e o encolhimento relativo da produção rural.

Apesar disso, a partir dos anos 70, teve início uma silenciosa revolução no campo brasileiro. Novas gerações de produtores rurais começaram a emergir, muitos deles abrindo novas fronteiras agrícolas ou transformando os modos de produzir nas fronteiras já estabelecidas. Esses novos agricultores romperam com as formas tradicionais de produção, apropriaram-se do conhecimento acumulado nas universidades rurais e na nova Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e trouxeram para a produção rural a disposição de assumir riscos e a compulsão do crescimento.

A ação destes novos empreendedores transformou em pouco tempo a produção rural brasileira, tornando-a em poucas décadas a segunda maior do mundo em escala e diversidade de produção e a primeira e única grande agricultura em área tropical.

Os números dessa revolução são impressionantes. Em 1965, antes do início desse processo, a produção brasileira de grãos era de 20 milhões de toneladas, para uma população de 80 milhões de habitantes, portanto, uma produção de 250 kg de grãos por habitante. Em 2008 a produção de grãos chegou a 144 milhões de toneladas, para uma população de 190 milhões de habitantes, o que representa uma produção per capita de 758 kg. A produção total cresceu 7 vezes, mas a área de plantio, que era de 21 milhões de hectares em 1965, passou para apenas 48 milhões de hectares em 2008, apenas 2,5 vezes mais. A produção de carnes, em 1965, era de 2,1 milhões de toneladas, o equivalente a 25 kg por habitante por ano. Em 2006 a produção alcançou 20 milhões de toneladas, o equivalente a algo como 100 kg por habitante/ano. A produção total aumentou dez vezes, mas as áreas de pastagens cresceram apenas 15%.

Esses gigantescos aumentos de produção e de produtividade mudaram a história da economia brasileira. Essa agricultura altamente produtiva e de grande escala conquistou os mercados externos e passou a gerar grandes superávits no balanço de pagamentos, dada a sua pequena dependência de importações. Entre 1994 e 2009, o agronegócio acumulou um saldo comercial com o exterior de US$ 453 bilhões. No mesmo período, o saldo comercial total do Brasil foi de US$ 255 bilhões. Significa que, sem a contribuição das exportações do agronegócio, o Brasil teria incorrido num déficit comercial de US$ 198 bilhões, praticamente o valor das reservas cambiais do País no final do ano passado. Não fora a contribuição do agronegócio, o País estaria vivendo gravíssima crise cambial e a história do nosso crescimento recente teria sido muito diferente.

Outro efeito dessa revolução no campo foi a persistente queda no custo da alimentação no mercado interno. Os professores José Roberto Mendonça de Barros e Juarez Rizzieri mostraram, em pesquisa, que o custo no varejo de uma ampla cesta de alimentos na cidade de São Paulo caiu pouco mais de 5% ao ano, em termos reais, entre 1975 e 2005. Uma queda dessa dimensão só foi possível pelos aumentos impressionantes da produção e da produtividade no campo. E, em decorrência, as classes de renda média e baixa não apenas puderam consumir mais e melhores alimentos, como elevaram seu poder de compra de produtos industriais. Assim, o efeito da queda dos preços agrícolas é mais importante que as transferências de renda para explicar a melhoria do padrão de vida das populações mais pobres.

O Brasil que se desenvolve hoje e se projeta no mundo como uma economia dinâmica e moderna é um País construído a partir da agricultura e da pecuária. E continuará sendo, no futuro, sem estar por isso condenado ao atraso e à pobreza, como vaticinavam no passado. Mas para isso é necessário que o Brasil valorize o agricultor e o pecuarista, que foram os agentes dessas transformações, dando-lhes o realce merecido e poupando-os dos preconceitos que sobrevivem às evidências da realidade.

SENADORA DA REPÚBLICA (DEM-TO), É PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL (CNA)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Economia brasileira: agravamento das contas externas

Não concordo com o jornalista, sobretudo com o seu título, mas abordarei a questão mais adiante. No momento, limito-me a transcrever o material, pela importância do tema.

Falta de política desenvolvimentista produz problemas terríveis nas contas externas
Políbio Braga, 27.07.2010

Em artigo que assinou no jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira, a senadora Katia Abreu, presidente da CNA, demonstra de que modo as exportações brasileiras dependem, neste momento, do chamado complexo agribusiness, sobretudo das commodities agrícolas.

. O artigo vai em link, a seguir, na íntegra.

. O editor trata deste tema porque saiu atrás de mais informações sobre o enorme saldo negativo da balança de pagamentos brasileira, que fechou o primeiro semestre com número intolerável de US$ 23,7 bilhões. O Banco Central acha que no ano o valor chegará a Us$ 49 bilhões.

. São os piores números desde 1947. Um terror econômico para o futuro.

. A FGV mandou dizer ao editor, nesta terça, que o déficit crescente não está sendo atacado pelo governo federal, porque não existe uma estratégia de desenvolvimento bem definida. Faltam estradas, energia - e até uma solução para o déficit público global, já no limite da LRF. O professor Evaldo Alves, da FGV, também aponta para a importação crescente de bens industriais:

- Temos que produzir volume maior de bens e serviços ao invés de importá-los.

. As declarações da FGV confirmam Kátia Abreu: o Brasil exporta matérias-primas agrícolas e minerais como nunca.

. Aliás, também nesta terça-feira, o editor conversou com a Abimaq, que confirma a análise da FGV:

- As exportações do setor de bens de capital mecânicos cresceram 6,5% no semestre, chegando a US$ 4 bi. Em compensação, a importação foi a US$ 10,6 bilhões, com crescimento de 14,6%.

. A Abimaq acha que a política de juros do governo federal compromete todo o esforço da indústria brasileira de bens de capital, sem contar o câmbio defasado, que favorece as importações.

CLIQUE AQUI
para ler o artigo de Kátia Abreu.

Diplomacia brasileira: julgamento severo do Estadao

Entre o erro e a omissão
Editorial - O Estado de S.Paulo
27 de julho de 2010

A coincidência não poderia ser mais simbólica. Enquanto na vizinhança do Brasil arde a crise deflagrada com o rompimento de relações entre a Venezuela e a Colômbia -- depois de o governo de Bogotá denunciar que 1.500 narcoterroristas das Farc vivem no país vizinho sob a proteção de Hugo Chávez --, eis que o chanceler Celso Amorim dá o ar de sua presença em Istambul, participando de uma reunião com os seus colegas da Turquia e do Irã.

A diplomacia brasileira sofreu há pouco um desmoralizante revés na região, ao se associar a um esquema de enriquecimento de urânio iraniano no exterior que corroboraria os alegados fins pacíficos do programa nuclear de Teerã. Concluído durante a visita do presidente Lula ao Irã, o acordo foi apresentado como gesto de boa vontade do país e saudado pelo Itamaraty como evidência de que o contencioso entre o Ocidente e a República Islâmica pode ser resolvido pela negociação, sem ameaças.

Isso justificaria o envolvimento do Brasil no Oriente Médio, contrastando com o silêncio ensurdecedor do governo diante dos problemas bilaterais no seu entorno, como entre Colômbia e Venezuela, ou em relação à sina dos presos políticos em Cuba. Mas a euforia durou pouco. Logo em seguida, com o apoio até da China e a solitária oposição do Brasil e da Turquia, o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas aprovou nova rodada de sanções contra o Irã.

Em favor do endurecimento, os Estados Unidos invocaram fatos que deixaram o Itamaraty sem respostas convincentes. Em primeiro lugar, os 1.200 quilos de urânio a serem beneficiados no exterior passaram a representar metade dos estoques iranianos, ante os 3/4 que seriam despachados caso Teerã não tivesse renegado o acerto de outubro de 2009 com a AIEA, a agência nuclear da ONU.

Além disso, expondo ao mundo a ingênua sofreguidão brasileira para tomar pelo valor de face a palavra de um governo destituído de credibilidade nessa esfera -- tantas as suas tentativas de iludir os inspetores internacionais sobre as suas atividades --, imediatamente após a assinatura da chamada Declaração de Teerã o chefe do programa nuclear iraniano anunciou que o país continuaria a enriquecer urânio à taxa de 20%, cerca de seis vezes mais do que o necessário para um reator destinado à produção de energia elétrica. É mais fácil passar de 20% para os 95% usados numa bomba atômica do que completar a etapa anterior.

Por fim, a Declaração silenciou sobre a origem da crise -- a recusa iraniana a abrir as suas instalações e programas à inspeção da AIEA, bem como a permitir entrevistas com os cientistas envolvidos. Consumada a decisão do Conselho de Segurança da ONU, reforçada pelo pacote de punições unilaterais dos Estados Unidos, e às vésperas da aprovação, prevista para ontem, de outra série de medidas, desta vez pela União Europeia, o Irã tornou a fazer o seu número -- e o Brasil tornou a entrar no seu jogo.

O fato é que a coleção de sanções impostas a Teerã já começou a fazer efeito. O ponto crítico é o acesso aos derivados de petróleo. Embora detenha a terceira maior reserva mundial do combustível (e a segunda maior de gás), o país importa quase a metade da gasolina que consome. Grandes transportadoras estão pensando duas vezes antes de carregar gasolina para o Irã e as grandes seguradoras hesitam em atender à frota iraniana -- praticamente bloqueando a entrada dos seus navios em portos estrangeiros.

Que o Irã, diante disso, faça expressão corporal de voltar "imediatamente" à mesa de conversações não deve surpreender. Mas a reincidência brasileira no erro só pode ter uma explicação: o fracasso da ambição de promover o País a potência mundial subiu à cabeça do Itamaraty. Para mal dos pecados, a diplomacia lulista, ainda que o queira, não tem como assumir agora o papel que poderia desempenhar na América Latina, como mediador credenciado pela equidistância entre as partes desavindas.

Não se vê, por exemplo, como Bogotá poderia aceitar a intermediação brasileira depois de Lula dizer que "as Farc são um problema da Colômbia, e os problemas da Venezuela são da Venezuela". Se vestisse uma camiseta com a efígie de Chávez não deixaria mais claro de que lado está.

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Addendum (agradeço a meu leitor Rubens, por chamar-me a atenção para este artigo, abaixo reproduzido) de um jornalista que se pretende de esquerda:

Falta o "algo mais"

Blog do Alon, terça-feira, 13 de julho de 2010
(Alon Feuerwerker, Observações Políticas)

Têm faltado sofisticação e inteligência à nossa política externa. Ela pode ser “de direita” ou “de esquerda”. Só não deve ser incompetente

Talvez esteja na hora de a diplomacia brasileira tentar reencontrar o eixo perdido. As últimas semanas não foram boas para o Itamaraty. Nem para o presidente da República, no front externo. Um ponto de derrapagem foi a condução final do tema nuclear iraniano. De lá para cá as coisas parecem meio fora de lugar.

Ao ponto de o G20 reunir-se para debater as estratégias econômico-financeiras globais e o Brasil passar em branco. Lula sempre defendeu a necessidade imperiosa de ampliar o debate para além do G8, para fora dos estreitos limites do mundo desenvolvido. Quando a ampliação começa a acontecer, o Brasil parece meio à margem.

Tem sido notável o investimento político brasileiro nos Brics, o grupo das nações emergentes mais importantes, como polo alternativo aos Estados Unidos e à Europa. Mas as últimas semanas registram não apenas o nosso isolamento no âmbito dos Brics — como se viu na aprovação das sanções contra o Irã pelo Conselho de Segurança da ONU. Há uma inédita coordenação entre os Estados Unidos, a China e a Rússia.

Passou meio despercebido aqui, encoberto pela reta final da Copa do Mundo e pelo horrendo “Caso Bruno”, mas americanos e russos fizeram uma troca-relâmpago de espiões semana passada que é um sintoma das excelentes relações bilaterais. E nos últimos dias apareceram conexões de separatistas islâmicos chineses uigures com a Al Qaeda, quando se desbaratou uma conspiração terrorista na Noruega.

Em Cuba, finalmente o Partido Comunista começa a se mover, pressionado pela exigência internacional de mais respeito aos direitos humanos. De um jeito meio torto, é verdade, pois propõe banir do país os oposicionistas presos, em vez de simplesmente libertá-los. A ditadura brasileira fazia isso nos anos 1960 e 1970.

O Itamaraty correu para dizer que o Brasil tem um papel no avanço obtido, mas nossa capacidade de capitalizar politicamente é zero. Aqui menos por culpa dos diplomatas e mais por causa do incrivelmente desastroso paralelismo que Lula fez lá atrás entre os presos políticos cubanos e bandidos brasileiros condenados por crimes comuns. E tem mais: custava aos amigos de Lula em Havana avisarem da nova disposição para o diálogo? Teria evitado a saia justa.

Outro desconforto é acabarmos empurrados para o incômodo papel de aliados de Mahmoud Ahmadinejad. Tem gente no governo brasileiro achando que uma bomba iraniana ajuda o Brasil, mas a ideia inicial não era essa, era credenciarmo-nos como interlocutores.

Lula em Teerã deu uma de Asamoah Gyan. No último minuto da prorrogação perdeu o pênalti. Achou antes da hora que o sucesso estava consumado. Deu-se mal.

Em vez de entrar na História como o construtor do canal de negociação entre o Irã e as grandes potências, acabou por enquanto confinado a “marcar posição” contra americanos, russos, chineses, franceses e britânicos. Está emparedado.

Nada porém é definitivo. O peso do Brasil no jogo das relações políticas planetárias deve-se menos a aspectos subjetivos da ação dos governantes e mais ao nosso tamanho econômico, populacional, territorial. Só que talvez esteja faltando o “algo mais” para gerir esse capital.

O Itamaraty tem sua culpa. Por aceitar a relativização e o enfraquecimento do profissionalismo. Uma chancelaria subserviente é ruim para o país.

Falta também à diplomacia adaptar-se adequadamente às novas realidades. O sinal de alerta veio em Honduras, quando não tivemos inteligência (informação) sobre a real força política de Manuel Zelaya. Em Teerã, ninguém disse a Lula que talvez o acordo obtido por ele não fosse suficiente para brecar o expresso das sanções. E que era preciso trabalhar um pouco mais antes de ir para o palco.

Foi evidente ali que o Itamaraty e o Palácio do Planalto não tinham a mínima ideia do estágio das negociações entre as potências no Conselho de Segurança.

Ninguém avisou Lula que era uma má estratégia colocar todas as fichas na possibilidade de Barack Obama destravar as negociações da Rodada Doha?

Tem faltado sofisticação e inteligência à nossa política externa. Ela pode ser “de direita” ou “de esquerda”. Só não deve ser incompetente.

É um bom tema para quem vier a ocupar a cadeira presidencial em janeiro.

Contradicoes do capitalismo: bancos americanos possuem muito dinheiro

Ironia da história: com a crise, os bancos não estão encontrando muitas oportunidades para investir. Dentro em pouco vão recusar depósitos de clientes...

In Cash Glut, Banks Try to Discourage New Deposits
From the Editors of American Banker, July 27, 2010

With attractive lending opportunities hard to come by, bankers are finding themselves doing what would have been unthinkable just two years ago: discouraging deposits.
Most large and regional banking companies are drowning in deposits, raising concern that excess liquidity could be a drag on earnings in coming quarters.
Though interest rates on deposit accounts are manageable, due in part to historically low rates, costs remain associated with handling those relationships. Banks have also seen their ability to charge certain fees, on overdrafts, for example, constrained by the recent wave of financial reforms.

O racismo em construcao no Brasil: muito parecido com o nazismo

Tenho colocado muitos posts sobre o Estatudo da (Des)Igualdade Racial recentemente aprovado no Brasil. Em resposta tenho recebido diversos comentários raivosos de partidários desse instrumento racista, vários deles ofensivos.
Essas pessoas estão manifestamente descontentes, senão com ódio de minha posição, expressamente contrária ao espírito, à letra e aos efeitos de curto, médio e longo prazo desse veículo de construção do Apartheid no Brasil.
Seus defensores acham que ele vai resgatar o povo negro-africano, fazendo um amálgama indevido entre os negros e mulatos brasileiros e os africanos da época da escravidão.
Eles não se dão conta de que estão estimulando um sistema que pertence ao mesmo universo filosófico que o racismo hitlerista, ele também baseado numa concepção de diferença racial.
O fato de que o nazismo proclamava a superioridade da "raça ariana" e que os afro-descendentes atuais pretendam à "igualdade racial", mas distinguindo os "negros" brasileiros, não impede que os dois instrumentos sejam aparentados, em suas intenções respectivas de separar raças e de tratá-las de maneira diversa.
Isso é aparteísmo, ou Apartheid.
Isso é racismo, da pior espécie.
O povo brasileiro é diverso e misturado.
Os racistas negros pretendem transformá-lo em uma nação de etnias separadas.
Paulo Roberto de Almeida

Estatuto da (Des)Igualdade RaciaL: o mito da divida do Brasil com a Africa

O presidente extrapola. Não existe dívida do Brasil atual, dos cidadãos do Brasil atual, para com a África atual, com os africanos da atualidade. Essa interpretação é historicamente errada, economicamente equivocada e politicamente demagógica.
Falar em dívida do Brasil implicaria em que todos os cidadãos brasileiros, mesmo aqueles que nunca tiveram nada a ver com o ato da escravidão em si -- o que compreende tanto os afro-descendentes atuais e os descendentes de imigrantes europeus ou asiáticos -- sejam obrigados a desviar uma parte de sua renda e de seu patrimônio para africanos atuais, que tampouco estiveram envolvidos no comércio de escravos e que não foram minimamente afetados pelo tráfico, em qualquer sentido.
O presidente também é profundamente contraditório nesta afirmação:
"Lula afirmou que o Estatuto da Igualdade Racial garante que, 'a partir de agora, não exista nenhuma diferença entre negros e brancos'."
Ora, o Estatuto se destina, precisamente, a criar um desigualdade, a afirmar a ideia de uma raça negra, diferente e especial, pois que beneficiária de políticas das quais todas as demais "raças" estão excluídas.
O Estatuto é um instrumento racista que cria o Apartheid no Brasil.
Seus defensores acreditam que o povo africano -- que na verdade não existe -- será resgatado em sua atual condição subalterna. Os que assim pensam, acreditam numa via rápida para a promoção de certas categorias de pessoas, com a exclusão de todas as outras.
Toda a sociedade vai sofrer com esse tipo de política.
Paulo Roberto de Almeida

Lula: não dá para pagar dívida com negros em dinheiro
Renata Camargo
Congresso em Foco, 26/07/2010

O presidente Lula disse hoje (26), em seu programa Café com o presidente, que a dívida do Brasil com os negros não pode ser paga em dinheiro, mas com "solidariedade". Ao comentar a sanção do Estatuto da Igualdade Racial, ocorrida na semana passada, Lula relembrou a dívida histórica que o país tem com os negros e afirmou que esse débito tem que ser pago com ajuda aos países africanos.

"O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão. Acho que nós temos uma dívida enorme com o continente africano, com o povo africano. É uma dívida que a gente nunca vai poder pagar em dinheiro. A gente vai poder pagar em solidariedade, em ajuda humanitária, em ajuda ao desenvolvimento, em ajuda no conhecimento científico e tecnológico que o Brasil tem a ajudar o povo da África", afirmou.

Entre as formas de pagamento, o presidente citou a criação da Universidade Federal de Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab). A lei que cria a instituição foi sancionada também na semana passada. "É o Brasil assumindo a sua grandeza, assumindo a condição de um país que, a vida inteira, foi receptor e, agora, é um país doador. Nós queremos ajudar os outros a se desenvolverem", disse.

No programa semanal, Lula afirmou que o Estatuto da Igualdade Racial garante que, "a partir de agora, não exista nenhuma diferença entre negros e brancos". "Na verdade, a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, transformado em lei, vem reforçar aquilo que a gente já tinha previsto na Constituição de 1988: fazer do Brasil uma República efetivamente democrática em que todos, sem distinção, sejam tratados em igualdade de condições", considerou.

O estatuto prevê garantias e políticas públicas de valorização da raça negra e propõe uma nova ordem de direitos para os brasileiros negros, que hoje são cerca de 90 milhões de pessoas. O documento, formado por 65 artigos, tem como objetivo "a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do país".

Ouça aqui o programa Café com o Presidente

Jerry D'Avila e a politica africana do Brasil

Matéria do Estadão sobre o livro recentemente lançado de meu amigo brasilianista Jerry D'Avila. Falarei mais dele em breve.

''Como Jânio e Geisel, diplomacia de Lula vê África imaginária''
Jerry Dávila, historiador especializado em Brasil
Roberto Simon
O Estado de S.Paulo, 25 de julho de 2010

Em nome do elo "Sul-Sul", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é, de longe, o líder brasileiro que mais países africanos visitou - 25 de 53, ao todo. Mas para Jerry Dávila, historiador da Universidade da Carolina do Norte e especialista na relação Brasil-África, esse esforço de aproximação está longe de ser inédito. Na retórica de Lula, existiriam ecos de dois momentos históricos do Itamaraty: a "política externa independente", iniciada por Jânio Quadros, e o "pragmatismo responsável", de Ernesto Geisel.

"Em ascensão, o Brasil vê novamente a África como um lugar onde pode exercer sua influência, impulsionado por uma afinidade cultural e racial", diz ao Estado Dávila, que lançará esta semana nos EUA um dos primeiros estudos amplos sobre a diplomacia do Brasil para a África, intitulado Hotel Trópico: Brazil and the challenge of African decolonization (Hotel Trópico: Brasil e o desafio da descolonização na África). O livro sai no Brasil em 2011 pela editora Paz e Terra.

O sr. diz que essa "nova" política Sul-Sul do Brasil para a África tem raízes visíveis em governos anteriores - sobretudo de Jânio e Geisel. Por quê?
O teor e a linguagem da abertura de Lula na África são legados diretos das políticas de Jânio e Geisel. A aproximação atual é notável, mas faz parte de um ciclo que oscila entre o estreitamento com EUA e a Europa Ocidental, e momentos de abertura para países em desenvolvimento, numa procura por maior "autonomia".

A própria cultura do Itamaraty evoluiu por meio desse movimento pendular: foram jovens diplomatas da era janista que tomaram a liderança na articulação da política externa chamada de "pragmatismo responsável" de Geisel - como o ex-chanceler Mário Gibson Barbosa. E, agora, jovens diplomatas da época Geisel, como Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães, conduzem o barco.

A imagem que a diplomacia brasileira tem da África também foi "herdada" desses governos?
A percepção de uma África imaginária, como um lugar onde o Brasil pode exercer sua influência, impulsionado por uma afinidade racial, ainda é forte no Itamaraty. Aos olhos da diplomacia brasileira, países africanos - diferentemente dos latino-americanos - seriam uma nova fronteira, cujas potencialidades seguem quase inexploradas.

Em seu livro, o sr. defende que a política para a África, em sua "idade de ouro", apoiava-se em três preceitos. Primeiro, que a ascensão do Brasil era inevitável. Segundo, que a África, recém-libertada do jugo colonial, era um lugar ideal para exercer a influência brasileira. Terceiro, que o fato de o Brasil ser uma "democracia racial", como teorizado por Gilberto Freyre, criava uma afinidade especial entre africanos e diplomatas brasileiros - mesmo que entre estes praticamente inexistissem negros. É isso?
Sim. Diplomatas brasileiros nem percebiam a contradição que você aponta por um motivo importante: no contexto, presumiam que a mestiçagem ente africanos e europeus no Brasil foi um processo tanto cultural quanto biológico - essa é uma das lições fundamentais de Freyre.

Com essa miscigenação cultural, acreditavam e projetavam a ideia de que o Brasil era uma democracia racial - um país de "africanos de todas as cores", como dizia uma propaganda do Itamaraty na Costa do Marfim, nos anos 70. Para esses diplomatas, a cor da pele importava menos do que a atitude de ser miscigenado.

Mas é claro que interlocutores africanos notavam a cor da pele. Em horas de tensão, especialmente sobre a questão da descolonização nos territórios portugueses, quando o Brasil geralmente apoiou Portugal, africanos "desmascaravam" os brasileiros.

Esse "tripé" ainda existe? O sr. aponta que Fernando Henrique Cardoso e Lula, embora brancos, reivindicaram uma herança simbólica negra.
Para o estrangeiro, a elasticidade e multiplicidade de identidades da cultura brasileira é fascinante. Um brasileiro se define como africano, português ou japonês segundo o contexto.

Essa elasticidade serve como uma base de articulação poderosa: seleciona-se essas identidades de maneira estratégica. Por exemplo, quando FHC disse ter "um pé na cozinha", ao abrir um discurso sobre a desigualdade racial, estava ao lado do presidente sul-africano Thabo Mbeki. Acho também muito interessante quando Lula diz ser "o primeiro presidente negro do Brasil". Diz algo sobre a relação entre raça e classe social.

Por que o projeto de aproximação Brasil-África fracassou?
Encalhou na crise econômica dos anos 80, que abalou tanto a América Latina quanto a África. O intercâmbio comercial com países africanos culminou em 1984, quando 8% das exportações brasileiras foram consumidas na África. Mas não era uma presença com base segura. Deste lado do Atlântico, dependia de uma imensa intervenção do governo, que foi insustentável - por exemplo, a tentativa da Petrobrás de vender eletrodomésticos de companhias brasileiras sob a marca Tama, na Nigéria.

PONTOS-CHAVE
Lusotropicalismo
A convite de Lisboa, Gilberto Freyre faz em 1950 visita às colônias portuguesas na África, onde vê uma "bastante avançada democracia étnica e social". Freyre advogará, no Brasil, o colonialismo de Portugal

Diplomacia "independente"
Jânio Quadros promete em 1961 romper apoio a Portugal e apoiar a descolonização. Abre 3 embaixadas na África e nomeia 1º embaixador negro do País, Souza Dantas (foto)

Pragmatismo e recuo
Geisel aproxima-se de africanos e Brasil é 1º país a reconhecer independência de Angola. Nos anos 80, crise econômica inviabiliza relação

Comentários para este post:

2 Alberto Martinet
25 de julho de 2010 | 8h 17
A África está longe de ser a «terra virginalis» que imagina a diplomacia brasileira. Desde o século XIX, está sob a cúpula das potências europeias que a colonizaram. Pelos anos sessenta, foi declarada a independência de dezenas de novos países. Mas essa independência deve ser relativizada.

A França, por exemplo, entretém relações carnais com suas numerosas ex-colônias, incluindo tratados de cooperação militar e relações comerciais intensas. O Reino Unido não fica muito atrás no trato com suas antigas possessões. Até o pequenino Portugal não desgrudou por completo de seus antigos territórios africanos.

É por isso que, nossa diplomacia indigente e monomaníaca tem de se contentar em tratar com os párias do continente, rejeitados pelas potências europeias. Exemplo mais recente: a Guiné Equatorial.

E tem mais: enquanto o Brasil se especializa no trato com ditadores e déspotas africanos, a China, sorrateiramente, solapa a influência das antigas potências coloniais, e vai-se implantando no continente, valendo-se da via expressa que o comércio lhe abre.

1 roberto teixeira da silva
25 de julho de 2010 | 6h 19
Na diplomacia internacional o Sr LULA é um pé atolado no escuro!!!

ler todos os comentários

domingo, 25 de julho de 2010

Crimes politicos no Brasil: tolerancia ou conivencia do governo

O Brasil é um país no qual autoridades supremas se permitem violar a lei em toda a impunidade. Crimes políticos, crimes eleitorais, crimes comuns são cometidos todos os dias por aqueles mesmos que são responsáveis pela prevenção, apuração ou punição desses crimes.
Existe tolerância, conivência, eu até diria cumplicidade com esses crimes, por parte dessas autoridades.
O crime cometido no âmbito da Receita Federal é o mais recente, certamente não o último, que essa tropa de meliantes que se apoderaram do poder perpetrou na certeza da impunidade. Eu até chegaria a dizer que eles estão certos: todos os criminosos acobertados pelo poder vão escapar ilesos desse e de outros crimes. Tenho quase certeza disse e seria até capaz de apostar.
Como não está em meu poder fazer algo em relação a isso, utilizo-me da única arma à minha disposição: a divulgação ampla desses crimes, e a expressão de meu horror, ojeriza, asco por esse tipo de gente.
Fica o registro.
Paulo Roberto de Almeida

Sobre violação de sigilo e democracia
Everardo Maciel
O Globo, 25 de julho de 2010

O Estado pode, quando indispensável ao exercício de suas responsabilidades, ter acesso a informações que revelem a intimidade do cidadão ou da empresa. Essa excepcionalidade se exerce nos estritos limites da lei, sempre tendo em conta que a intimidade é um bem jurídico tutelado pela Constituição e que a esse poder corresponde a obrigação de guardar sigilo das informações obtidas.

Nesse contexto, causam perplexidade os seguidos vazamentos, no âmbito da Receita Federal, de informações protegidas por sigilo fiscal, em desfavor da reputação do órgão, conquistada arduamente com competência e trabalho.

De fato, nos últimos doze meses, foram veiculadas informações sigilosas relativas à Ford, ao Banco Santander, à Petrobras, à BMF&BOVESPA (com repercussões no movimento diário dessa instituição) e às empresas de Guilherme Leal, candidato à Vice-Presidência da República na chapa da Senadora Marina Silva. Por último, constatou-se que vazaram informações fiscais de Eduardo Jorge, dirigente do PSDB, com o objetivo de alimentar um suposto dossiê a ser utilizado, de forma criminosa, como arma na próxima campanha presidencial.

A apuração desses vazamentos, lamentavelmente, está encoberta por mistificações e mal-entendidos conceituais, além de aparentes manobras diversionistas e exercícios de contra-informação.

A competência do servidor fiscal para acessar informações sigilosas é definida pela natureza do cargo por ele exercido e dela resultam senhas e perfis de acesso individuais.

Os acessos são registrados em uma fita específica, em que se identificam o CPF do servidor, bem como o local e a data em que foram realizados. Por essa razão, constitui operação simples, ainda que relativamente morosa, proceder ao levantamento de acessos a um determinado CPF ou CNPJ.

Para ter acesso, entretanto, não basta ter competência funcional, é indispensável também que haja motivação. Em outras palavras, o funcionário fiscal deve ter uma justificativa plausível, associada à sua atividade profissional, para buscar informações protegidas por sigilo. Se o faz de forma imotivada, está sujeito a penalidades administrativas, que vão da advertência à suspensão.

O repasse dessas informações para terceiros, obtidas com ou sem motivação, configura crime de violação de sigilo, capitulado no art. 325 do Código Penal, cuja pena, a depender das circunstâncias, é de seis meses de detenção a seis anos de reclusão. Há, portanto, uma distinção conceitual entre motivação para acessar e violação de sigilo.

Como o levantamento dos acessos ao CPF de Eduardo Jorge já foi concluído, a Receita instituiu comissão para apurar as respectivas motivações. Estranhamente, contudo, na lista de pessoas que tiveram acesso, divulgou-se o nome de uma servidora, ferindo claramente a exigência legal de sigilo no procedimento administrativo disciplinar. Presumiu-se que seu ato foi imotivado tão somente porque, até o momento, ela não ofereceu justificação para o acesso. Mais grave, insinuou-se que a presumida falta de motivação a tornava suspeita do vazamento. É ilação falsa entender que um ato imotivado resulta inevitavelmente em violação de sigilo. Esse crime pode estar associado a um ato motivado ou não.

A investigação deve ser firme, imparcial e competente, sem descurar, entretanto, a observância dos princípios constitucionais da presunção de inocência e do devido processo legal, sob pena de o processo converter-se em pena, como bem lembrou o Professor Joaquim Arruda Falcão. De mais a mais, a simples possibilidade de que venha a ser cometida uma injustiça, na suposição aventada quanto à quebra de sigilo, é uma temeridade que pode tornar-se leviandade.

Da mesma forma que a Corregedoria da Receita está apta para apurar a motivação dos acessos, parece claro que a investigação do vazamento, por sua natureza criminal, guarda mais afinidade com a missão da Polícia Federal. Essa divisão de trabalhos, não dispensa, contudo, cooperação interinstitucional, pautada pelo interesse público.

A reputação da Receita não deve ser confundida com a ação deletéria de pessoas movidas por ânimo político ou pessoal. É indispensável, portanto, que os fatos sejam apurados com rigor e os infratores sejam punidos. Os mecanismos de controle no acesso a informações sigilosas devem permitir apurações mais ágeis e precisas, com registro da motivação. A propósito, como noticiado, um funcionário da Receita, em um curto período, acessou dados de aproximadamente 13 mil pessoas físicas e jurídicas. Feita a sindicância, chegou-se à impressionante conclusão de que todos os atos foram motivados, o que constitui um escárnio merecedor de catalogação no Guiness Book of Records, como a maior bisbilhotice fiscal da história.

De tudo, resta uma grave reflexão: o uso indevido do sigilo tutelado pelo Estado é um caminho por onde passam todas as formas autoritárias de governo. Isso não pode passar despercebido pelos que têm compromisso com o Estado Democrático de Direito, independentemente de suas opções políticas ou partidárias.

Everardo Maciel é ex-secretário da Receita Federal

Formacao da Diplomacia Economica no Brasil: faltam o segundo e o terceiro volumes...

Minha pesquisa histórica sobre a diplomacia econômica no Brasil foi concebida em três volumes. O primeiro já saiu, teve segunda edição e seu sumário figura abaixo. Estou tentando concluir o segundo volume, cobrindo o período 1889-1945, antes de lançar-me à redação do terceiro e último volume, sobre o período contemporâneo.
Alguns textos do primeiro volume estão disponíveis, como linkado abaixo.

Formação da Diplomacia Econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império
(2ª edição; São Paulo: Editora Senac; Brasília: Funag, 2005; 680 p. ISBN: 85-7359-210-9)

Sumário resumido:

Apresentação à segunda edição (2005)
Prefácio(Embaixador Alberto da Costa e Silva)

1. Fundamentos da diplomacia econômica brasileira

Parte I: Diplomacia econômica e relações internacionais do Brasil
2. A diplomacia econômica do Brasil como objeto de estudo
3. As relações econômicas internacionais do Brasil no século XIX

Parte II: Diplomacia comercial: dos tratados desiguais ao protecionismo
4. Fim do pacto colonial e abertura dos portos
5. O tratado de comércio com a Inglaterra e o livre cambismo
6. Os primeiros tratados de comércio do Brasil independente
7. Diplomacia comercial: revisão conceitual
8. Evolução da política comercial no Império

Parte III: Diplomacia financeira: a hegemonia britânica
9. Diplomacia da dívida: o financiamento externo do Estado
10. A diplomacia dos patacões: o Brasil como credor
11. A diplomacia da libra esterlina: o Brasil como devedor

Parte IV: Diplomacia dos investimentos: precocidade e abertura
12. A diplomacia das exposições: as vitrines do capitalismo
13. A diplomacia das patentes: o comércio de tecnologia
14. A diplomacia dos investimentos: ainda o predomínio britânico

Parte V: Diplomacia da força de trabalho: escravidão e imigração
15. A diplomacia do tráfico e as convenções com a Inglaterra
16. A diplomacia da colonização e os obstáculos à imigração
17. A diplomacia da escravidão e o contencioso com a Grã-Bretanha
18. A diplomacia da imigração e a competição estrangeira

Parte VI: Diplomacia econômica: a emergência do multilateralismo
19. Emergência da diplomacia econômica multilateral
20. Diplomacia regional: da teoria política à prática econômica
21. A diplomacia econômica em transição: mudança de hegemonia

Parte VII: A diplomacia econômica do Brasil: o quadro institucional
22. Estrutura política da diplomacia econômica
23. Estrutura funcional da diplomacia brasileira

Parte VIII: A diplomacia econômica do Brasil em perspectiva histórica
24. A experiência do passado: o progresso da ordem escravocrata
25. As exigências do presente: a ordem do progresso republicano
26. A economia política da diplomacia brasileira

Apêndice: Cronologia do processo econômico colonial, 1415-1822.
Anexo: Tabelas estatísticas e quadros analíticos; Bibliografia; Índice remissivo.

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