O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

domingo, 3 de março de 2013

Contas Nacionais 2012 - Números do IBGE

Contas Nacionais Trimestrais - Indicadores de Volume e Valores Correntes - Fonte IBGE

Base: Ano de 2012

Em 2012, PIB cresce 0,9% e totaliza R$ 4,403 trilhões


Em relação ao 3º trimestre de 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) do 4º trimestre teve variação positiva de 0,6%, na série com ajuste sazonal. Entre as atividades econômicas, destacam-se os serviços, com crescimento de 1,1%. A indústria teve variação positiva de 0,4%, enquanto a agropecuária registrou queda (-5,2%).

Na comparação com o 4º trimestre de 2011, o PIB cresceu 1,4%, sendo que o valor adicionado a preços básicos cresceu 1,1% e os impostos sobre produtos líquidos de subsídios 2,7%. Entre as atividades econômicas, destacam-se os serviços, com crescimento de 2,2%. A indústria permaneceu estável (0,1%) e a agropecuária teve queda (-7,5%).
No ano de 2012, em relação a 2011, a expansão foi de 0,9%, resultado do aumento de 0,8% do valor adicionado a preços básicos e do crescimento de 1,6% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O destaque positivo ficou com serviços (1,7%), enquanto que a agropecuária (-2,3%) e a indústria (-0,8%) registraram queda. Assim, o PIB em valores correntes alcançou R$ 4,403 trilhões em 2012. O PIB per capita alcançou R$ 22.402, mantendo-se praticamente estável (0,1%) em relação a 2011.



Em relação ao 3º tri de 2012, PIB varia 0,6%


Na comparação com o 3º trimestre do ano, os Serviços foram o destaque positivo do trimestre, com crescimento de 1,1%. A Indústria, por sua vez, apresentou variação positiva de 0,4%, enquanto que na Agropecuária houve queda de 5,2%.

Nos Serviços, todas as atividades cresceram. Destaque para Transporte, armazenagem e correio (2,1%), Outros serviços (1,8%) e Serviços de informação (1,7%). Intermediação financeira e seguros apresentou expansão de 1,0%, seguida por Atividades imobiliárias e aluguel (0,4%), Administração, saúde e educação pública (0,4%) e Comércio (0,3%).

O crescimento da Indústria foi puxado pela atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,8%) e pela Extrativa mineral (1,4%). Por outro lado, as demais atividades industriais apresentaram queda: Indústria de transformação (-0,5%) e Construção civil (-0,5%).

Pela ótica do gasto, a Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,2%, enquanto que a Despesa de Consumo da Administração Pública se expandiu em 0,8%. Já o outro componente da demanda interna, a Formação Bruta de Capital Fixo, apresentou crescimento de 0,5% após ter registrado quatro trimestres seguidos de queda. No que se refere ao setor externo, tanto as Exportações quanto as Importações de Bens e Serviços se expandiram: 4,5% e 8,1%, respectivamente.

Em relação ao 4º trimestre de 2011, Serviços crescem 2,2%

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,4% no quarto trimestre de 2012. Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária apresentou queda de 7,5% neste trimestre em relação a igual período de 2011. Os produtos agrícolas cujas safras são significativas no 4º trimestre e que registraram variação negativa na estimativa de produção anual de 2012 foram: trigo (-23,3%), fumo (-15,6%), cana (-5,6%), laranja (-4,3%) e mandioca (-4,0%), segundo o LSPA/IBGE, divulgado em janeiro de 2013.

A Indústria, que havia registrado queda nos dois trimestres anteriores, manteve-se praticamente estável no último trimestre de 2012 (0,1%). Isso se explica pelos recuos do valor adicionado da Extrativa mineral (-1,9%) e da Indústria de transformação (-0,5%). No que se refere a esta última, o resultado foi influenciado pela redução da produção de máquinas e equipamentos; máquinas para escritório e equipamentos de informática; materiais eletrônicos e equipamentos de comunicações; veículos automotores; metalurgia básica; e artigos do vestuário e acessórios. Já na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana houve crescimento de 4,1%, enquanto que a Construção civil apresentou variação negativa de 0,2%.

O valor adicionado de Serviços cresceu 2,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Todas as atividades que o compõem aumentaram, com destaque para Outros serviços (3,8%), Serviços de informação (2,8%) e Administração, saúde e educação pública (2,5%). Transporte, armazenagem e correio teve expansão de 2,0%, seguida pelas atividades Serviços imobiliários e aluguel (1,3%), Comércio (1,1%) e Intermediação financeira e seguros (1,0%).

Dentre os componentes da demanda interna, a despesa de consumo das famílias apresentou crescimento de 3,9%, sendo esta a 37ª variação positiva consecutiva nessa base de comparação.

A formação bruta de capital fixo registrou redução de 4,5% em relação a igual período do ano anterior, puxada pela queda da produção interna de máquinas e equipamentos. A despesa de consumo da administração pública, por sua vez, cresceu 3,1% na comparação com o mesmo período de 2011. Pelo lado da demanda externa, tanto as exportações (2,1%) quanto as importações de bens e serviços (0,4%) apresentaram aumento.

No ano, PIB cresce 0,9% e PIB per capita se mantém estável (0,1%)

O PIB no ano de 2012 acumulou crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior. Já o PIB per capita alcançou R$ 22.402 (em valores correntes) em 2012, após ter se mantido praticamente estável (em termos reais) em relação ao ano anterior: variação positiva em volume de 0,1%.


A expansão do PIB resultou do aumento de 0,8% do Valor Adicionado a preços básicos e do crescimento de 1,6% nos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (-2,3%), Indústria (-0,8%) e Serviços (1,7%).

A redução em volume do Valor Adicionado da Agropecuária no ano de 2012 (-2,3%) decorreu do fraco desempenho da pecuária e, principalmente, do fato de que várias culturas importantes da lavoura brasileira apresentaram queda de produção anual e perda de produtividade (com exceção do milho e do café, que registraram crescimento anual de produção de 27,0% e 15,2%, respectivamente).

Na Indústria, o destaque foi o crescimento da atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (3,6%) e da Construção civil (1,4%). O desempenho de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana foi puxado pelo consumo residencial e comercial de energia elétrica.

Já nos Serviços, os destaques positivos foram Serviços de informação (2,9%), Administração, saúde e educação pública (2,8%) e Outros serviços (1,8%). A atividade de Serviços imobiliários e aluguel apresentou crescimento de 1,3%, seguida por Comércio (1,0%), Transporte, armazenagem e correio (0,5%) e Intermediação financeira e seguros (0,5%). Ao longo de todo o ano de 2012, o crescimento da massa real de salários, ao lado da expansão do crédito ao consumo, sustentou o crescimento das vendas no comércio varejista de bens em ritmo superior ao da produção industrial.

Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 3,1%, sendo este o nono ano consecutivo de crescimento deste componente. Tal comportamento foi favorecido pela elevação de 6,7% da massa salarial dos trabalhadores, em termos reais, e pelo acréscimo, em termos nominais, de 14,0% do saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas. A despesa do consumo da administração pública aumentou 3,2%.

A formação bruta de capital fixo, por sua vez, apresentou queda de 4,0% em 2012 – puxada pelo recuo da produção interna de máquinas e equipamentos.

No âmbito do setor externo, tanto as exportações quanto as importações de bens e serviços tiveram variações positivas: de 0,5% e 0,2%, respectivamente. A desvalorização cambial ajuda a explicar o maior crescimento relativo das exportações: entre 2011 e 2012, a taxa de câmbio (medida pela média trimestral das taxas de câmbio R$/US$ de compra e venda) variou de 1,67 para 1,95.

Taxas de investimento e de poupança em 2012 foram inferiores ao observado em 2011

A taxa de investimento no ano de 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à taxa referente ao ano anterior (19,3%). A taxa de poupança foi de 14,8% em 2012 (ante 17,2% no ano anterior).


Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

Ricardo Bergamini
(48) 9636-7322
(48) 9976-6974
ricardobergamini@ricardobergamini.com.br
http://www.ricardobergamini.com.br



O fechamento do Brasil (a coisa vem de longe) - Paulo Werneck

Não, não é de hoje que estou falando, embora em nossos tempos também tenha muita gente interessada em decretar o fechamento do país a qualquer comércio estrangeiro, a começar, como sempre acontece nessas coisas, pelas autoridades políticas, nisso pressionadas pelos interesses protecionistas que sempre emergem dentre os seus financiadores naturais, que são os homens de negócio, os capitalistas, os monopolistas e cartelizados habituais.
O fechamento é um pouco mais antigo, como revela aqui esta excelente postagem do meu amigo Paulo Werneck, imbatível nessa penosa tarefa de desenterrar textos antigos de nossa história econômica, especialmente aduaneira, e recolocá-los para nossa leitura e prazer atual.
Muito obrigado.
Paulo Roberto de Almeida

Proibição de Navios Estrangeiros irem ao Brasil
Paulo Werneck
Guardamoria, 02 Mar 2013 05:39 PM PST

Cantamos em verso e prosa as maravilhas da Abertura do Portos, promovida pelo então Príncipe Regente Dom João, que teria acabado com o exclusivo colonial, que impedia o comércio do Brasil com as demais nações do mundo. A questão é saber quando e como houve o fechamento.

Um alvará de 1605, no governo de Felipe II, redigida numa mescla de diploma legal e desabafo, determina o fechamento total do Brasil, assim como das demais possessões portuguesas, ampliando o fechamento anterior, de 1591, promovido por seu pai, Felipe I, que ainda permitia a válvula de escape da concessão de autorizações caso a caso.

Alvará, em que se prohibe irem Náos, ou Navios Estrangeiros á India, Brasil, Guiné e Ilhas, ou outras Provincias de Portugal.

Eu ElRei faço saber aos que esta minha Lei virem, que El-Rei, meu Senhor e Pai, que santa Gloria haja, passou uma Lei feita a 9 de Fevereiro de 1591., pela qual, sob as penas nella declaradas. defendeo, e mandou que nenhuma Náo, nem Navio Estrangeiro, nem pessoa Estrangeira, de qualquer sorte, qualidade e Nação que seja, não pudesse ir, nem fosse dos Portos do Reino de Portugal, nem fóra delle, ás Conquistas do Brasil, Mina, Costa de Malagueta, Reino de Angola, Ilhas de S. Thomé, ou Cabo-Verde, e quaesquer outros Lugares de Guiné e Resgates delles, sem particular licença sua. E depois o dito Senhor, e Eu concedemos algumas licenças a Contratadores, e pessoas particulares, para poderem mandar Urcas, e Navios com Marinheiros, e pessoas Estrangeiras ás ditas partes Ultramarinas, dando fianças a partirem do Reino de Portugal em direitura para as partes declaradas nas ditas licenças, e tornarem em direitura a Portugal; e que os ditos Navios e pessoas Estrangeiras, que nelles fossem, serião de Nações amigas, e não das rebeldes, e outros inimigos. E por que depois fui informado por certas e verdadeiras informações, que das ditas licenças se tem usado mal, mandando com provas falsas alguns Navios de rebeldes; e derrotando-se a torna-viagem para fóra do dito Reino contra o que tinhão promettido, e sem embargo das fianças, que tinhão dado, e que nisto erão culpados alguns dos mesmos Contratadores e outros Vassallos meus, que por seus interesses e respeitos particulares fazião derrotas os ditos Navios, e commettião outros enganos e fraudes contra a dita Lei: do que tudo tem resultado grandes inconvenientes em prejuizo de meu serviço, e perda de minhas rendas, e damno commum de todos meus Reinos e Vassallos, e perder-se o trato e commercio delles, com se levarem a Terras e Reinos estranhos as mercadorias e fazendas, que se trazem de meus Estados Ultramarinos, e faltarem em Portugal, de que procedia não fazerem os Naturaes delles Navios, em que pudessem navegar, e perder-se a criação, que nelles se fazia de Marinheiros, que pudessem servir depois em minhas Armadas, e na Carreira da India. E por todos estes damnos serem tão grandes, houve por necessario e conveniente mandar tratar do remedio delles, e por parte dos Contratadores de minhas Alfandegas, e do páo e dizimos do Estado do Brasil, e do provimento dos Lugares de Africa, me foi pedido, que assi o mandasse, e que elles desistião das licenças, que por seus contratos lhes estavão dadas para poderem mandar ás ditas Conquistas Urcas e Navios Estrangeiros; e sendo tudo bem visto, e tratado pelos do meu Conselho, e sendo-me consultado, mandei passar a presente, pela qual hei por bem, e mando que do dia, em que esta se publicar em diante, não possa Navio algum de quaesquer Nações Estrangeiras ir á India, Brasil, Guiné e Ilhas, nem a quaesquer outras Provincias, ou Ilhas de minhas Conquistas e Senhorios, assim descubertas, como por descubrir; e sómente poderáõ ir ás Ilhas dos Açores e da Madeira, come atégora costumavão, e não a outra parte alguma; e isto sendo de Nações amigas, e não dos ditos rebeldes. E outrosi hei por bem, que nos Navios de meus Naturaes não possa ir pessoa alguma Estrangeira, ainda que moradora seja em meus Reinos; e que todos os Estrangeiros, que viverem, e forem moradores, ou estantes nas partes da India, e no Brasil, Guiné e Ilhas de S. Thomé e Cabo-Verde, e nas ditas Ilhas dos Açores e da Madeira, não possão mais viver nellas; e sejão obrigados a se vir para o Reino de Portugal os que estiverem nas partes da India, nas primeiras Náos, que dellas partirem para o Reino, depois de publicada nellas esta minha Lei; e os que estiverem no Brasil, e mais partes Ultramarinas do Cabo de Boa Esperança para cá, serão obrigados a se sahir dellas, e vir-se para o Reino dentro de um anno, contado do dia da publicação desta minha Lei em Lisboa. E revogo, e hei por revogadas todas, e quaesquer licenças, que estiverem dadas por Provisões e Alvarás meus, e para quaesquer contratos, para os ditos Navios e pessoas Estrangeiras poderem ir ás ditas partes Ultramarinas, e que dellas se não use, nem tenhão força e vigor algum; e qualquer Navio de Estrangeiro, que for ás ditas partes Ultramarinas contra o conteúdo nesta minha Lei, hei por bem que seja perdido com toda a fazenda, que nelle for, assi dos Mestres, e Senhorios dos ditos Navios, como de quaesquer pessoas; e álem disso, os que nos ditos Navios Estrangeiros embarcarem algumas fazendas, ou mercadorias, perderáõ outrosi toda a mais fazenda, que tiverem, e seráõ degradados para sempre para Africa sem remissão; e não se lhes poderá tomar petição de perdão, nem valerá, ainda que se passe: e quaesquer Estrangeiros, que em Navios seus, ou alheios, ou de meus Naturaes, forem ás ditas partes contra esta minha Lei, álem de incorrerem, como dito he, na perda de suas fazendas, incorreráõ em pena de morte, e será nelles executada sem appellação nem aggravo, por mandado de qualquer Governador, ou Capitão, ou Julgador, ante quem forem accusados, ainda que a dita execução não caiba em suas alçadas; e na mesma pena de morte incorreráõ quaesquer de meus Naturaes, que fretarem os ditos Navios, e em qualquer outra maneira os mandarem por si, ou por outrem ás ditas partes Ultramarinas, e será nelles executada pela dita maneira sem appellação, nem aggravo; e todos os que forem contra o conteúdo nesta Lei, poderáõ ser accusados por qualquer pessoa do Povo, e os accusadores haveráõ ametade do valor das fazendas, em que forão condemnados, e a outra ametade pertencerá á minha Fazenda. E outrosi hei por bem, que todos os que desde agora forem contra o conteúdo na dita Lei, feita por ElRei, meu Senhor, que Deos tem, ou se derrotarem, ou fizerem derrotar, possão pela dita maneira ser accusados por qualquer pessoa do Povo, e que hajão ametade das penas, em que forem condemnados; e tudo o conteúdo nesta minha Lei hei por bem, e mando que se cumpra, e guarde inteiramente, sem embargo de quaesquer Leis, Ordenações, Regimentos, Doações, Privilegios, Contratos, Foraes, e quaesquer Provisões, geraes e particulares, que, em contrario haja; por que todas hei aqui por derogadas, posto que de cada uma, dellas fosse necessaria fazer-se expressa menção. E esta Lei valerá Carta, feita em meu nome, por mim assignada, e passada pela Chancellaria, sem embargo da Ordenação do Liv. 2. Tit. 40., que o contrario dispoem: e para que a todos seja notorio o conteúdo nella, mando ao Chanceller mór que a faça publicar na Chancellaria, e passe disso sua certidão nas costas desta dita Lei; e registar-se-ha nos livros de minha Fazenda, Casa da India, Alfandega da Cidade de Lisboa, e nos mais pórtos de Mar do Reino de Portugal; para o qual effeito o Vedor de minha Fazenda lhes enviará o traslado concertado por um dos Escrivães delIa, e outro tal aos Corregedores e Provedores, em cujas Comarcas estiverem pórtos de Mar; e assi enviará outros traslados a todos os Lugares das partes da India, Brasil, Guiné e Ilhas, para lá se publicar, e registar esta minha Lei, e vir á noticia de todos, Gaspar de Abreu de Freitas a fez em Valhadolid a 18 de Março de l605. O Secretario Luiz de Figueiredo a fez escrever. REI.

É interessante a redação contra a lei do alvará: não faz menção às normas revogadas, embora fosse a isso obrigado. Parece desrespeitar o disposto no título 40 do livro 2 das Ordenações Filipinas, que determinava:

Mandamos, que as cousas, que passarem por Nós, cujo effeito haja de durar mais de hum anno naõ passem por Alvarás, mas de todas se façaõ Cartas patentes, que comecem: Dom Joaõ & C. E fazendo-se por Alvarás, sejaõ nenhuns, e naõ se faça por elles obra, nem execuçaõ, e o Escrivaõ, que fizer por Alvará o que havia de fazer por Carta, pagará o interesse á parte. Porêm, se Nós passarmos Alvarás de mercês de quaesquer cousas, ou promessa dellas, que façamos a algumas pessoas, para as haverem de haver dahi a algum tempo, posto que o cumprimento das taes mercês possa ser depois do dito anno, todavia valeráõ os Alvarás, sem ser necessario passarem por Cartas, sendo porém passados pela Chancellaria.

Como o alvará foi mandado passar pela Chancelaria, atendeu à exceção prevista nas Ordenações. O mais incrível é que determina que devam ser ignorados os perdões reais que houver por bem determinar no futuro!

Para a compreensão do texto, é necessário lembrar-se que "derrota" é um termo náutico que pode se referir à viagem de retorno, ou ao trecho navegado.

Contratador pode se referir tanto àquele que obteve um contrato para explorar algo, como pau brasil, devendo pagar por isso, como àquele que venceu uma licitação para administrar a cobrança de tributos, ficando com os tributos arrecadados e pagando uma quantia determinada. Assim essa lei foi feita atendendo às reclamações, entre outros, dos contratadores das alfândegas, prejudicados com a sonegação feita pelos contratadores das autorizações para mandarem naus buscarem mercadorias nas possessões portuguesas.

Curiosa a expressão "ou estantes nas partes da India", onde estantes não significa móveis para guardar livros ou outros objetos, mas as pessoas que estão em algum lugar.

Fontes:
FREITAS, Joaquim Ignacio de. Collecção Chronologica de Leis Extravagantes, Posteriores a Nova Compilação das Ordenações do Reino, Publicadas em 1603. Páginas 36 a 40. Coimbra: Real Imprensa da Universidade, 1819. Disponível em http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/185579.
PORTUGAL. Ordenações, e leys do reyno de Portugal, confirmadas, e estabelecidas pelo senhor Rey D. João IV. Lisboa: Mosteiro de S. Vicente de Fóra, Camara Real de Sua Majestade, 1747. Disponível em http://www2.senado.gov.br/bdsf/item/id/242778.

Taxa Média de Crescimento Econômico, 1964-2012

Taxa Média/Ano de Crescimento Econômico Real de 1964 a 2012 % PIB
Ricardo Bergamini

Períodos - Média/Ano
1964/84 - 6,29
1985/89 - 4,39
1990/94 - 1,24
1995/02 - 2,31
2003/10 - 4,06
2011/2012 - 1,80
 Fonte de Consulta IBGE

1 – Nos 21 anos dos governos militares, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 6,29% ao ano.
2 – Nos 5 anos do governo Sarney, com moratória internacional e hiperinflação, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,39% ao ano.
3 – Nos 5 anos dos governos Collor e Itamar, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,24% ao ano.
4 – Nos 8 anos do governo FHC, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 2,31% ao ano.
5 – Nos 8 anos do governo Lula, o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 4,06% ao ano.
6 – No governo Dilma (2011/2012) o Brasil teve um crescimento econômico real médio de 1,80% ao ano.

Lincoln: o real, e as verdadeiras causas da Guerra Civil

Lincoln's Inversion of the American Union
by Donald W. Livingston
Mises Daily, March 1, 2013

Part 5 of "The Secession Tradition in America," a paper presented at the 1995 Mises Institute conference, "Secession, State, and Economy." Click here for Part 4, "Peaceful Disunion in Europe."

The moral grandeur of Lincoln is rooted in the myth that he made a war on the South to abolish slavery. This is, at most, a Platonic noble lie designed to legitimate the Unionist regime. Lincoln thought that slavery was immoral, but so did Robert E. Lee. And Lee, at his own expense, freed the slaves he had inherited, through marriage, from the family of George Washington. Only around fifteen percent of southerners even owned slaves, and the great majority of these had holdings of one to six. Jefferson Davis was an enlightened slave holder who said that once the Confederacy gained its independence, it would mean the end of slavery. The Confederate Cabinet agreed to abolish slavery within five years after the cessation of hostilities in exchange for recognition by Britain and France. Southerners were not fighting to preserve slavery, but simply and solely because they were being invaded. And the North certainly did not invade to abolish slavery.

Nor should this be surprising considering the Negrophobia that prevailed everywhere in the North. It was assumed by the vast majority of Americans, North and South, that America was a white European polity, and that the Indian and African populations were not—and were never to be—full participants in that polity. For example, blacks were excluded from the western territories. Oregon became a state in 1859, and its constitution, which was passed by a vote of eight to one, declared that

No free negro, or mulatto, not residing in this state at the time of the adoption of this constitution, shall ever come, reside, or be within this state, or hold any real estate, or make any contract, or maintain any suit therein; and the legislative assembly shall provide by penal laws for the removal by public officers of all such free negroes and mulattoes, and for their effectual exclusion from the state, and for the punishment of persons who shall bring them into the state, or employ or harbour them therein.[1]

The constitution of Indiana contained the same prohibition. Lincoln’s state of Illinois prohibited the entrance of Africans unless they could post a bond of $1,000. Free Africans in northern states were severely regulated. The following regulation is from the Illinois revised statutes of 1833:

If any person or persons shall permit or suffer any ... servant or servants of colour, to the number of three or more, to assemble in his, her, or their out-house, yard, or shed, for the purpose of dancing or revelling, either by night or by day, the person or persons so offending shall forfeit and pay a fine of twenty dollars.

And it was the duty of all “coroners, sheriffs, judges, and justices of the peace” who learned of such assemblages to commit the “servants to the jail of the county, and on view of proof thereof, order each and every such ... servant to be whipped, not exceeding thirty-nine stripes on his or her back.”[2]

Emancipation laws in the antebellum North were designed to rid the North of its African population. They typically declared that the children of slaves born after a certain date would, upon reaching a certain age, be emancipated. This meant that adult slaves were not freed and that families could be sold South before children reached the age of emancipation. Emancipation led to a reduction of the African population in the North, not to an increase, as it did in the South. Lincoln’s own solution to the race problem was mass colonization of Africans, and he proposed securing land in Africa and elsewhere for the purpose. Even abolitionists were careful to point out that it was not the slave they loved but the slaveholder they hated, and that emancipation did not at all mean social and political equality with whites.

Slavery was more secure in 1860 than it had ever been. The Supreme Court, in the Dred Scott decision, had declared that Africans were not citizens; and Congress approved a constitutional amendment that would take the regulation of slavery forever out of the hands of the central government. Lincoln said that he had no authority and no inclination to interfere with slavery in the states where it was legal. He could tolerate slavery as a means of controlling what nearly everyone saw to be an exotic and alien population. What he could not tolerate was a dissolution of the Union, loss of revenue from the South, and a low-tariff zone on his southern border. This was the consistent thread running through Lincoln’s policy from 1860–1865. He would not recognize the conventions of the people of the southern states, and he would not negotiate with their commissioners. He would go to war immediately to coerce the states of the deep South back into the Union. And it was this act that Virginia, North Carolina, Tennessee, and Arkansas could not tolerate. They had been opposed to the radicalism of the deep South, and their legislatures had voted firmly to stay within the Union. But they would not answer Lincoln’s call for troops to coerce a state into the Union; this they considered not only unconstitutional, but immoral. And in this they were correct. But so strong is the Lincoln myth and so interwoven with American self-identity that Americans have never been able to confront the stark immorality and barbarism of Lincoln’s decision to invade the South and to pursue total war against its civilian population.

To this we may add that the modern prejudice against secession has also served to occlude the immorality of the invasion. Here was a union of sovereign states only seventy years old. These states had originally asserted their sovereignty in acts of secession from the British empire, and the Union itself had been formed by an act of secession from the Articles of Confederation. Virginia, New York, and Rhode Island reserved the right to secede in their ordinances ratifying the Constitution, and secession was a part of public discourse in all sections throughout the antebellum period. This union, through conquest, purchase, and annexation, had, in fifty years, swollen to some ten times its original size. The Republic of Texas, having seceded from Mexico, had been in the Union only fifteen years. Secession is destabilizing in that it suddenly produces new majorities and new minorities. But annexation is destabilizing in exactly the same way. Rapid expansion led to rapidly shifting majorities and minorities and to conflicts of great and important interests.

By 1860, a choice lay open between either re-negotiating the compact between the states in order to form more perfect unions, as John Quincy Adams counseled should happen, or a powerful section would have to conquer the whole and reconstruct it into its own image, subordinating all else to its own interests. Everything in the older American tradition of the self-government of peoples points to the former path. Lincoln chose the latter path, and in doing so was in step with the nineteenth- and twentieth-century trend of industrial society to consolidationism. Southerners, at great sacrifice, sought to defend that older American notion of self-government, a notion which was pushed to the margins of American consciousness after the Army of Northern Virginia surrendered at Appomattox. But it has not been extinguished, and has greater purchase in the world today than ever before as the consolidated leviathans of the nineteenth and twentieth centuries are being called into question. The Russian invasion of Chechenya is widely regarded as barbarous, but the Russians have a better title to rule Chechenya than Lincoln had to coerce eleven contiguous American states into the Union.

This broader experience enables us to take a fresh look at the morality of Lincoln’s decision. It has been said that, although the Union was originally conceived as a compact between sovereign states entailing a right to secession, it evolved into the notion of an indivisible, organic Union from which secession was impossible. This notion, however, was late in arriving, and was not universally received by 1860. Southerners obviously did not believe it, nor did many northerners. There was tremendous opposition to Lincoln’s invasion of the South. To maintain power, he was forced to suspend the writ of habeas corpus throughout the North for the duration of the war, netting tens of thousands of political prisoners. Some 300 opposition newspapers were closed down. Democratic candidates, critical of the war, were arrested by the military, and the military was used to secure Republican victories at the polls, including Lincoln’s election in 1864.[3]

But the barbarism of suppressing eleven contiguous American states in 1861 can best be brought out by a thought experiment. Today, unlike 1861, everyone has taken the pledge of allegiance affirming an organic union. (It is significant that the origin of the pledge is to be found in the loyalty oaths Confederates were required to take to regain citizenship.) Suppose that California, over a dispute with the central government about immigration, affirmative action, abortion, or some other issue, should, in a legally held convention of the people of the state, claim sovereignty under the Tenth Amendment and withdraw those powers it had delegated to the central government and withdraw from the Union. California is an economic giant. Its population is larger than that of twenty-two American states. Suppose, then, that other states, originally pro-Union, should see it in their interest to enter into a confederacy with California, and that eventually eleven contiguous states should form a western confederacy and send commissioners to Washington to negotiate payment for federal property and to establish a treaty. Would the eastern states be justified in launching an aggressive war to “save the Union”? Perhaps it would be thought that a show of force would cause people to rethink. But if it became clear that the people, at great sacrifice, were determined to gain their independence, could a policy of war aimed now at the civilian population be morally justified merely to preserve the Union?

Or, to vary the thought experiment, northern abolitionists had argued since the 1830s that the northern states should secede from the Union. Secession movements had arisen off and on in New England since 1803. Suppose now that a few New England states seceded over slavery, the tariff issue, and national expenditures for internal improvements. Other states, reluctantly, might find it in their interest to join this union so that by the time Lincoln entered Washington in 1861 he would find himself confronted with the secession of northern states and President of a southern-dominated United States, a Union that would include the eleven states of the Confederacy and most certainly Kentucky, Missouri, Maryland, Delaware, and perhaps others. Would we expect Lincoln to ignore the commissioners of this Northern Confederacy and launch a war to “save the Union?” Would we be celebrating, under his leadership, Stonewall Jackson’s scorched-earth march to the sea, the burning of Boston, and the surrender of Grant to Lee at Scranton, Pennsylvania?

None of this, of course, would have happened. First, it is unlikely that southerners, who had long argued that the Constitution is a compact between sovereign states entailing a right to secede, would have perceived northern secession as treason. Second, the Republican party was a purely sectional party openly hostile to southern interests. And Lincoln, as its leader, was the first and only sectional president in American history. He had received only thirty-nine percent of the popular vote, and had no support outside the North. His goal from first to last was to advance the political agenda of the Republican party, which could be called the New York-Chicago industrial axis. The sectional goal of the Republican party was openly asserted by its most eloquent leaders. Wendell Phillips declared:

It is just what we have attempted to bring about. It is the first sectional party ever organized in this country. It does not know its own face, and calls itself national; but it is not national—it is sectional. The Republican Party is a Party of the North pledged against the South. [4]

Charles Adams has shown that the Republican agenda could not tolerate a low-tariff zone to the south, and that the North had become accustomed to the South’s funding the bulk of the federal revenue through its export trade.[5] And it was just this horror of what an economically independent South would mean to northern industrial interests that Charles Bancroft, writing in 1874, presented as the justification for invading the South:

While so gigantic a war was an immense evil; to allow the right of peaceable secession would have been ruin to the enterprise and thrift of the industrious laborer, and keen eyed business man of the North. It would have been the greatest calamity of the age. War was less to be feared. [6]

A million-and-a-half people were killed, wounded, or missing in the war. The defense of protective tariffs has seldom been so ferocious, or so crude.

Lincoln’s conservative statesmanlike posture about preserving an indivisible union cannot be taken seriously. Not only did he not inherit such a union, the only union he was interested in preserving was a union which was dominated by northern industrial ambition. And it was exactly this that Lincoln, and the Republican party, after his death, accomplished.

But Lincoln also had a philosophical argument for making war on the southern states that brings out the prejudice against secession that is internal to the idea of a modern state. In a message to Congress on 4 July 1861, Lincoln justified his choice of war over a negotiated settlement that allowed the southern states to form their own union:

This issue embraces more than the fate of these United States. It presents to the whole family of man, the question, whether a constitutional republic, or a democracy—a government of the people, by the same people—can, or cannot, maintain its territorial integrity, against its own domestic foes.... It forces us to ask: “Is there, in all republics, this inherent, and fatal weakness? Must a government, of necessity, be too strong for the liberties of its own people, or too weak to maintain its own existence?”[7]

Here we have the familiar argument that a modern state cannot allow territorial dismemberment by secession. This was, of course, the same argument that was used by George III to coerce the American colonies. But Lincoln had in mind not just any sort of modern state (which could include monarchy) but a modern republican state. Being founded in liberty, such states are more liable to dissolution. Thus, the war that is beginning is a dramatic struggle to see whether a modern republican state is really possible. The same theme would be sounded in the Gettysburg Address. If secession is allowed, anarchy follows. As Lincoln put it elsewhere, if a state can secede, then the county of a state can secede, and a part of that county can secede, etc. And, if the American experiment in self-government fails, the world must revert back to monarchy.

There are a number of confusions here. First, the government of the United States in 1861 was not the government of a modern state. Rather, it was a central government of a federative union of states. It was endowed with only enumerated powers and these were delegated to it by sovereign states. The central government was the agent of those states, and the states were the principals in the federative compact. The states themselves were modern states; they had asserted this status in the Declaration of Independence, and had been recognized by the world as such. As modern states, they contained the usual legal prohibition against secession. A county cannot legally secede from an American state, but there is no such prohibition against a state exercising its federative power and withdrawing from the Union.

To describe, as Lincoln did, Virginia and the other southern states as “domestic foes” threatening self-government and to be suppressed by war is not only a spectacular absurdity, it also reveals a hubristic impiety and moral blindness. The first self-governing assembly in the western hemisphere was founded in Virginia. More great statesmen and jurists had come from Virginia than any other state. The leadership of Virginia was crucial in winning the war with Britain, during the period of the Articles of Confederation, and in forming the Union. In her ordinance of ratification, Virginia as a sovereign state, asserted the right to secede, and affirmed this right for every other state. The man often called the “father of the Constitution,” James Madison, always described the Constitution as being a compact between sovereign states. In 1830, Madison could say that it was still not certain that the Union would work. By 1861, it was clear that the Union, as a voluntary association of independent political societies, had failed.

What would the great Virginians, George Washington, Thomas Jefferson, James Madison, Patrick Henry, George Mason, John Randolph, John Taylor, and “Lighthorse” Harry Lee have done? They all supported the Union, believed the Constitution was a compact between the states, and were Virginians first. So when the states of the deep South discussed secession, Virginia called a convention of the people to decide the question, and the convention voted firmly to stay in the Union. It was only after Lincoln had decided on war and called for troops that the convention reconvened and voted to secede. Madison had said in the Federalist that the central government could not coerce a state. To be sure that the will of the people was expressed, the judgment of the convention was put to the people of Virginia, who supported secession by a margin of five to one. Tennessee was also pro-Union, but, in a referendum of the voters, decided to secede by a margin of two to one after Lincoln’s decision to wage war. The pro-Union states of North Carolina and Arkansas seceded for the same reason.

To treat, as Lincoln did, the peoples of entire states who had engaged in deliberate and legal acts of self-government as common criminals and as “domestic foes” aroused deep emotions of resentment and injustice that could be felt only by an American who had received with his mother’s milk the principle, framed in the Declaration of Independence, of the self-government of independent moral and political societies. As the case of Robert E. Lee makes clear, this feeling of resentment had nothing to do with slavery, an institution he thought was on its way to oblivion. It was this deeply felt American resentment that enabled the entire South, 85 percent of whom did not own slaves, to mobilize and to make spectacular sacrifices to keep out an invading army, the government of which was intent on destroying, and did destroy, the corporate liberty of their political societies. It was this sense of state honor that Hamilton had in mind when he said in the Federalist that the central government could never make war against an American state, and which he again asserted again before the New York State convention: “To coerce a state would be one of the maddest projects ever devised. No state would ever suffer itself to be used as the instrument of coercing another.” One cannot imagine the great Virginians of his time disagreeing.

Herman Melville, who had a good eye for the hypocrisy of northern industrial unionism, wrote:

Who looks at Lee must think of Washington
In pain must think and hide the thought
So deep with grievous meaning is it fraught.
[8]

To this conservative and backward-looking image, we should add the forward-looking and “progressive” image: he who looks at Lincoln has seen the consolidationists Bismarck and Lenin.

So Lincoln’s inversion of the original American conception of self-government must itself be inverted. As H.L. Mencken cynically observed of the Gettysburg Address, it was not the Union forces that were fighting for government of the people, by the people, and for the people (a phrase Lincoln borrowed from Webster), but the people of the southern states. And the war was not a dramatic contest to see whether a modern republican state was possible. Virginia and the rest of the southern states were stable, self-governing modern republics whose citizens were loyal and well skilled in the art of self-government. If not conquered, there is every reason to think they would have lasted indefinitely.

All of them were, in fact, conquered, and self-government was destroyed. Virginia was divided and her western counties made into the new state of West Virginia. What Lincoln had presented as the absurdity of allowing a state to secede, namely that counties of that state could also secede, was legitimate after all, provided that it served northern industrial interests. After Lee had surrendered, and unionist governments had been formed in each southern state, and the Thirteenth Amendment outlawing slavery had been ratified by the southern states, they suddenly found themselves, by an arbitrary and unconstitutional act of Congress, expelled from the union and declared “conquered provinces.”

The argument of Lincoln and the Republican party that secession was unthinkable because the Union was indivisible now appeared as the self-serving hypocrisy it was. States could not secede from the Union, but they could be expelled, or more precisely, obliterated. It was during this period of “Reconstruction” that the Fourteenth Amendment was floated. This amendment, since the 1950s, has been manipulated by the Supreme Court to affect a vast transfer of power from the states to the central government, making it virtually impossible for the states to maintain those independent substantial moral communities protected by the powers reserved in the Tenth Amendment. It is fitting that this amendment, which had a corrupt and illegal origin in Congress, was never ratified by the states, and is, thus, not a part of the Constitution! It was simply declared by Congress to have been enacted, something Congress had no authority to do.[9] This shows just how far some Americans had wandered from the original conception of self-government.

The conflict of 1861–1865 was not, as Lincoln said it was, a struggle to see if a modern republican state could survive, but a struggle to see if a vast union of federative republics could survive without the consolidation and consequent destruction of independent moral life that a dominant faction will inevitably seek to impose on the rest. The American experience suggests that it is unlikely, but it must be admitted that our experience with such vast-scale federations is limited, so the question is still open. Since there are obvious advantages to federative unions, the only remedy is to acknowledge a legal right of secession for republics joining the federation. The American failure to achieve a genuine federalism of self-governing moral communities must stand as a challenge to the European Union. It was in recognition of this challenge that Nobel laureate James Buchanan has urged that a right of secession be written into the constitution of the European Union. With the benefit of over a century of experience, the Constitution of the Confederate States of America as an instrument of federalism appears well ahead of its time.

The brief constitutional history I have sketched that views secession as part of the checks and balance system of American federalism is completely unknown to most Americans. The reason is that we have come to believe the nationalist theory of the origin of the Constitution that Lincoln used to legitimate coercing the southern states back into the Union. Plato taught that the guardians of the republic may have to tell a noble lie about its origins. Whether the nationalist theory is a noble lie or an ignoble lie I shall not say. My point is that it is false. It has been said that the War of 1861–1877 decided once and for all the question of whether an American state could secede. But this is only another way of saying that might makes right, a principle that cannot sit well with the American doctrine of government by consent. The great Scottish philosopher David Hume taught a deeper truth; namely, that political authority is founded not on power but on opinion. A change in opinion at a strategic point can transform, in time, an entire political order.

To give an example, America began as a highly decentralized regime of independent moral and political communities jealous of their liberty. These political societies created a central government as their agent and endowed it with enumerated powers. This government was only a speck on the political landscape and its presence was scarcely felt in everyday life. From 1865 to 1965 it underwent a transformation, emerging as the most consolidated and centralized military and financial power in history. Moral and political societies with a life of their own independent of regulation and control by the central government (especially the Supreme Court) are today virtually impossible. By contrast, Canada began as a highly centralized regime under monarchy and has developed into a decentralized regime in which secession as a means of protecting independent moral and political life is part of public debate. There is a tradition in Canada that this change was due in part to Judah Benjamin, the former Secretary of State of the Confederate States of America who, after the war, fled to England and became a distinguished barrister. In a number of cases before the Imperial Parliament, he argued successfully for measures that gave the Provinces more autonomy, thereby setting Canadian federalism on the path to decentralization. [10] Asserting the right to secede, Quebec has already secured rights making it virtually an independent country, thereby making secession perhaps unnecessary.

Let me close with this question. If Hume is right that the authority of government is founded on opinion, and if acceptance of the absurd nationalist theory of the origin of the Constitution advanced by Story, Webster, and Lincoln could serve to legitimate the spectacular change from a decentralized federalism to a consolidated imperial nationalism, what would happen if Americans were taught and came to believe the truth about their own constitutional history?

Donald Livingston is a professor of philosophy at Emory University with an "expertise in the writings of David Hume." Livingston received his doctorate at Washington University in 1965. He has been a National Endowment for the Humanities fellow and is on the editorial board of Hume Studies and Chronicles: A Magazine of American Culture. Livingston is a constitutional scholar and an expositor of the compact nature of the Union, with its concomitant doctrines of corporate resistance, nullification, and secession. The doctrine coincides with federalism, states' rights, the principle of subsidiarity. His political philosophy embodies the decentralizing themes echoed by Europeans such as Althusius, David Hume, and Lord Acton and Americans such as Thomas Jefferson, Spencer Roane, Abel Parker Upshur, Robert Hayne and John Calhoun, which holds the community and family as the elemental units of political society. As Livingston affirms, the compact nature of the Union is opposed to the innovative nationalist theory of Joseph Story, Daniel Webster, and Abraham Lincoln which contends for an indivisible sovereignty, an inviolable aggregate people, and that the American Union created the States following the American War for Independence. This theory as articulated by Lincoln has been characterized by Livingston as "Lincoln's Spectacular Lie." See Donald W. Livingston's article archives.

sábado, 2 de março de 2013

Emergente ou submergente? Boca grande ou pe-frio? O Brasil e as grandes economias...

Depois que o Brasil ultrapassou ligeiramente o Reino Unido, em 2011 (e muito mais por efeito cambial, ou taxa nominal da moeda, do que propriamente por vigor econômico excepcional), o nosso vidente oficial, o dito ministro fazendoca Guido Mantega havia prometido ultrapassar também a França, e colocar o Brasil na quinta posição da economia mundial, depois da China, EUA, Japão e Alemanha.
Mais fácil dizer do que fazer, não é mesmo?
Não sabemos se é boca grande ou pé frio, mas o fato é que essas classificações baseadas em taxas de câmbio de mercado são inerentemente frágeis.
E ainda que fosse verdade, o que nós, simples mortais, ganhamos com isso?
A China vai ultrapassar os EUA em PIB nominal nos próximos anos, se já não ultrapassou em PPP agora mesmo, segundo alguns.
Sabem quando os chineses vão ter um padrão de vida igual ou superior ao dos americanos?
Não nos próximos 150 anos, talvez mais, talvez nunca...
Essa grandiloquência economicista, essa megalomania vazia não é apenas irritante; ela é profundamente enganadora, no que tem de concreto sobre o bem estar das pessoas, indivíduos concretos, vidas humanas, que é a única coisa que deveria contar para estadistas responsáveis, não para demagogos cheios de bazófias e falsos orgulhos para se vangloriar de algo que não fizeram...
Paulo Roberto de Almeida 

Baixo crescimento e real mais fraco fazem Brasil perder posto de sexta maior economia do planeta

  • Embora tenha crescido apenas 0,2% em 2012, moeda estável permitiu ao Reino Unido retomar posição que havia perdido um ano antes.
Ronaldo D’Ercole (Facebook · Twitter)
Infoglobo,
SÃO PAULO – Além de colocar o país no fim da fila entre as principais economias emergentes, o baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 fez o Brasil perder para o Reino Unido o posto de sexta maior economia do mundo. Mesmo tendo crescido apenas 0,2%, diante de uma expansão de 0,9% do Brasil, a economia britânica recuperou a posição que havia perdido um ano antes, devolvendo aos brasileiros o sétimo lugar na lista.
De acordo com levantamento do banco WestLb, o conjunto de riquezas geradas no Reino Unido em 2012 alcançou a cifra de US$ 2,44 trilhões, contra US$ 2,25 trilhões do PIB brasileiro. No fim de 2011, o Brasil ostentava um PIB de US$ 2,47 trilhões, pouco mais que os US$ 2,43 trilhões dos britânicos.

Submarino nuclear: tecnologicamente interessante, militarmente semi-interessante

O tal de submarino nuclear brasileiro, que quando finalmente terminar de ser construído terá custado, provavelmente três vezes mais do que o anunciado nesta matéria e que já vai estar defasado tecnologicamente nesse "entonces" futuro, que ninguém sabe exatamente quando será, pode ser mais interessante no plano da capacitação tecnológica (não exatamente pelo submarino em si, mas pelo que se aprende fazendo) do que propriamente no plano militar, pois sua utilidade real será muito pouco e muito limitada (ainda que os militares e marinheiros possam dizer o contrário).
Vai ser um brinquedo muito caro, que quando ficar pronto provavelmente já estará em certa medida superado tecnologicamente, ainda assim nossos marinheiros e engenheiros navais terão aprendido alguma coisa, para fabricar outros brinquedos, mais úteis no plano da indústria civil, provavelmente.
O problema é que no Brasil os vínculos intra e intersetoriais são muito tênues, quase inexistentes, e os linkages tecnológicos também apresentam dificuldades para spill-over.
Acho que existem brinquedos mais úteis e mais baratos, mas ninguém pode impedir militares de desejar ter os seus brinquedos, caros, ou não, úteis ou não...
Sempre é assim...
Paulo Roberto de Almeida

Fábrica de componentes do submarino nuclear brasileiro começa a funcionar
Daniela Chiaretti
Valor Econômico, 1/03/2013

De acordo com o cronograma, a embarcação estará navegando em 2025
O Brasil está mais perto de ter seu submarino nuclear, um projeto dos militares há 40 anos. Se tudo andar conforme o cronograma da Marinha do Brasil, o SNBR, sigla para Submarino Nuclear Brasileiro, estará navegando em 2025. Hoje será inaugurada em Itaguaí, no Rio de Janeiro, a unidade de produção de onde sairão seus componentes internos e dos outros quatro submarinos convencionais que vão substituir a atual frota.

A presidente Dilma Rousseff inaugura hoje de manhã a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), iniciada em 2010. Trata-se de uma fábrica grande, com um galpão de 40 metros, 90 mil m2, sendo 53 mil m2 de área construída. Fica a três quilômetros da Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A Nuclep constrói os cilindros do casco, a parte do submarino onde ficam os tripulantes. Enquanto a Nuclep fabrica o corpo do submarino, a Ufem faz as estruturas mais leves e internas - os convés, as anteparas, as bases da tubulação e dos equipamentos além da proa e da popa.

O processo de construção dos submarinos acontece simultaneamente em várias unidades. A intenção é que cada um deles fique pronto em cinco anos, o prazo para que não estejam logo obsoletos, explica o almirante Alan Paes Leme Arthou, gerente do projeto e construção da base e do estaleiro de Itaguaí. O primeiro dos quatro submarinos convencionais - a família dos SBR que terá nome das batalhas navais da Guerra do Paraguai-, deve ficar pronto em 2015. Permanece dois anos em teste e será entregue em 2017. O segundo será entregue 1,5 ano depois e assim por diante até que o quarto fique pronto em 2020.

Cada um dos submarinos convencionais custa ? 500 milhões (quase R$ 1,3 bilhão). Substituirão a frota existente, de cinco submarinos (Tupi, Tamoio, Timbira, Tapajó e Tikuna), com vida útil entre 25 e 30 anos e baseados em projeto alemão. A nova família tem cinco metros a mais que os franceses Scorpène, da Direction des Constructions Navales et Services (DCNS). Ali cabem 40 tripulantes.

O submarino nuclear, que será batizado de Álvaro Alberto (homenagem ao militar que introduziu a energia nuclear no Brasil), é bem maior e custará ? 2 bilhões (R$ 5,19 bilhões). São cem tripulantes.

O projeto em curso pela Marinha inclui três frentes - a que vai construir o submarino nuclear, a que construirá os quatro submarinos convencionais e as instalações para fazer tudo isso. O plano prevê a construção do estaleiro e de uma base naval. O chamado Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos) é o maior contrato militar internacional do Brasil - são ? 6,7 bilhões (ou R$ 17 bilhões). Parcela desses recursos para o projeto de defesa brasileiro faz parte de um financiamento a ser pago pelo Brasil em 20 anos, até 2029, a um consórcio formado pelos bancos BNP Paribas, Societé Generale, Calyon Credit Industriel et Commercial, Natixis e Santander.

Cerca de 70 brasileiros estiveram nos estaleiros da DCNS, em Cherbourg, para transferência de tecnologia e capacitação. Uma empresa formada pela DCNS e pela Odebrecht, de propósito específico, constrói a base naval e o estaleiro em Itaguaí.

O projeto de construção dos submarinos faz parte de um acordo entre Brasil e França assinado em setembro de 2009 entre os então presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy. A França não passa ao Brasil a tecnologia da propulsão nuclear. "Ninguém, no mundo, fornece tecnologia para enriquecer urânio, que é o combustível do submarino nuclear", diz o almirante. O Brasil já enriquece urânio desde 1985.

Hoje meia dúzia de países têm submarinos nucleares: Estados Unidos e Rússia (já tiveram cerca de 170 cada e agora possuem 70), Inglaterra e França (dez cada), e China (com quatro). A Índia também tem um projeto, como o Brasil.

O almirante Arthou dá uma ideia da complexidade de se fazer um submarino nuclear. "É o bem mais complexo que se pode produzir no mundo", diz. Um carro tem cerca de 3 mil peças, um avião caça, 100 mil. Um avião comercial de última geração, 150 mil peças. Na Challenger são 180 mil peças. "Um submarino nuclear tem entre 800 mil a 900 mil peças, dependendo do projeto." 

Limitacoes da PeD no Brasil e perspectivas dos Bricks...

Perfil de pesquisa no Brasil 'ameaça crescimento'
Portal G1, 1/03/2013

Foram analisados diversos indicadores ligados à pesquisa e à inovação no Brasil, Rússia, Índia, China e Coreia do Sul
A ausência de grandes avanços no Brasil em pesquisas em áreas como química, física, engenharia e geociências pode ser "um fator limitante no desenvolvimento econômico" do país, segundo um relatório do serviço de análise da Thomson Reuters.

O documento, assinado pelos pesquisadores Jonathan Adams, David Pendlebury e Bob Stembridge, analisou diversos indicadores ligados a pesquisa e inovação no Brasil, Rússia, Índia, China e Coreia do Sul - conjunto de países ao qual se refere pelo acrônimo "Bricks".

Sua conclusão é que os países emergentes estariam conseguindo reduzir o abismo que os separa do mundo rico na área de inovação, mas haveria grandes diferenças entre eles - e segundo dados levantado pelo relatório, o Brasil estaria ficando para trás em vários indicadores.

Em número de pesquisadores e total de patentes, por exemplo, o país seria o último colocado. A parcela dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento feitas pelo setor privado também seria "anomalamente baixa" no Brasil, segundo a Thomson Reuters.

O maior destaque, porém, é dado ao fato de que o Brasil seria "obviamente diferente dos outros Bricks" no que diz respeito a seu portfólio de pesquisas.

"Para Rússia, Índia, China e Coreia do Sul as áreas em foco são física, química, engenharia e estudos sobre os materiais", nota o relatório. Já no Brasil haveria mais avanços e esforços no que é definido como "economia do conhecimento da natureza" que inclui áreas como "ciências agrícolas", "estudo de plantas e animais" e "farmacologia e toxicologia".

"Para o Brasil seria possível dizer que a ausência de [pesquisas sobre] tecnologias e ciências físicas na lista de áreas prioritárias pode ser tornar um fator limitante para o desenvolvimento econômico", defende o documento.

A conclusão é tomada a partir do levantamento, em cada um desses países emergentes, das dez áreas de pesquisa responsáveis por uma maior parcela do total mundial de publicações em seu campo do conhecimento.

No caso do Brasil, além das três áreas mencionadas acima, a lista também inclui "microbiologia", "ecologia", "ciências sociais", "medicina clínica", "biologia e bioquímica", "neurociências" e "imunologia".

Para uma comparação, as áreas de maior contribuição da China incluiriam "estudos dos materiais", "ciências da computação", "engenharia", "matemática", "geociências", "física" e "química".

O país asiático também estaria avançando mais rápido que os outro cinco emergentes em quase todos os indicadores de inovação e pesquisa analisados pela Thomson Reuters.

"Os dados não só confirmam e quantificam o novo status de países que não estão no G7 [na área de pesquisa e inovação", mas também revelam complexidades individuais que estão por trás do rótulo de 'emergente'", diz.

Banqueiros dancam enquanto tem musica (ou ate a crise chegar) - Book review (NYT)

Cause(s) and Effect(s)
‘After the Music Stopped,’ by Alan S. Blinder

By MATTHEW BISHOP
The New York Times Review of Books, March 1, 2013

AFTER THE MUSIC STOPPED
The Financial Crisis, the Response, and the Work Ahead

By Alan S. Blinder
476 pp. The Penguin Press. $29.95.

On March 12, 1933, shortly after temporarily closing the banks in order to clean them up, Franklin Delano Roosevelt held the first of his presidential “fireside chats” with the American people. He delivered this radio address in the belief that the actions of his government, thus far described only in the jargon of banking and law, “ought to be explained for the benefit of the average citizen.” He had three more chats that year, and two the following year. They played a crucial role in bringing the public with him as his government helped lead the economy out of the Great Depression.
Seventy-five and more years later, after the collapse of Lehman Brothers triggered a financial meltdown and deep recession, successive American administrations learned important lessons from Roosevelt, which helped the United States and the world avoid another Great Depression. However, they failed to learn the importance of communicating clearly with the public about what was happening and what the government was doing about it.

This communications failure is the most telling theme of “After the Music Stopped,” Alan S. Blinder’s terrific book on the crisis of 2008. It is a failure he feels viscerally, judging by the ferocity of his comments, particularly about leading members of the Obama administration, including the president, who “has rarely taken the time to give a speech of explanation — far less time than the American people need and deserve.” (As for his predecessor, Blinder writes, “Can you remember even a single Bush speech on the nation’s developing economic crisis?”) Likewise, the two Treasury secretaries during the crisis, Henry Paulson and Timothy Geithner (a “terrible orator”), between them have “barely given a single coherent speech explaining what happened and — perhaps more important — why they did what they did.” As a result, the policy response to the crisis was “an incoherent blur to most citizens — and not a very successful blur, at that.”

Yet, as Blinder argues persuasively, after the terrible blunder of letting Lehman Brothers collapse, both the Bush and Obama administrations did a decent job of stopping the economy’s fall into depression and helping it gingerly back onto its feet. If the public had only understood this, confidence would have returned sooner, and with it stronger growth, and Obama would not have had such a hellish time getting re-elected.

Although Blinder served on President Bill Clinton’s Council of Economic Advisers, and admits to Democratic leanings, this is not an ideological book. Rather, it is the work of a somewhat frustrated technocrat who has spent his career at the highest tables of academia and policy making, never entirely comfortable because of a tendency to speak his mind. His two-year tenure as vice chairman of the Federal Reserve probably would have been longer but for his habit of challenging the unquestioning cult of Alan Greenspan that had taken hold among Fed staff members under the chairman. (Ben Bernanke, Greenspan’s successor at the Fed, was a longtime and much-­admired colleague of Blinder at Princeton; perhaps the weakest aspect of the book is its tendency to give the central bank the benefit of the doubt.) After leaving the Fed in 1996, Blinder gave many speeches warning about the growing bubble in the financial markets, especially in credit, though he is honest enough to acknowledge that he never foresaw the scale of the crisis that was to follow the bursting of that bubble.

Why did the crisis happen? Blinder subscribes to the “perfect storm” theory, in which many unfortunate things occurred simultaneously, producing an outcome far worse than would have resulted from just one or even a few of those things. The culprits ranged from a widespread faith in the academic efficient-market hypothesis to the feeble standards at credit rating agencies, which allowed bundles of subprime mortgages to be treated as “investment grade,” to regulators and policy makers who did not understand the severity of the situation until it was too late. The catastrophic decision to let Lehman Brothers go bust, Blinder argues, was taken in large part because Paulson and Bernanke believed that the markets had used the six months since Bear Stearns was rescued to prepare for Lehman’s failure — though how they came to hold such a naïvely optimistic belief is anyone’s guess. As for the bankers, they exhibited a failure of leadership succinctly reflected in the quotation that inspired the title of Blinder’s book. Charles O. Prince III, then the boss of Citigroup, justified the bank’s lax lending standards by saying: “As long as the music is playing, you’ve got to get up and dance. We’re still dancing.”

Blinder’s criticism of communications failure rests on his view that the response to the post-Lehman meltdown was far better than the public realizes. He points out that the now notorious Troubled Asset Relief Program, known as TARP, which lent billions to the banks to keep them alive, ultimately generated a profit to the American taxpayer as the banks returned to health and repaid what they owed. The stress tests of the banks in early 2009 also helped restore confidence, and Obama’s fiscal stimulus helped end the recession. (Here, Blinder says, the communications failure began to take its toll, because Obama did not make the case for a big enough stimulus or for a necessary additional stimulus later.) Blinder is also fairly satisfied with the controversial Dodd-Frank Act of 2010 that overhauled American financial regulation — although perhaps his praise is largely a reflection of his low expectations. He does not think Dodd-Frank will make financial crises a thing of the past, and is not even sure it will make them rarer. However, Blinder claims, it should reduce the severity and costs of future financial excesses. Well, let’s hope so.

Yet Blinder does find Washington guilty of one grievous blunder, so big that it almost explains the public’s unhappiness more plausibly than a presidential communications failure. The foreclosure crisis that has caused millions of Americans to lose their homes was unnecessarily painful, he believes. A series of government interventions to help struggling homeowners was consistently too little, too late. In February 2008, he argued for the creation of a large program for refinancing borrowers, along lines similar to the Depression-­era Home Owners’ Loan Corporation. Had that been done — and he thinks no one in power was trying hard enough — the United States would now be experiencing “a shortage of housing, rising house prices and a homebuildingboom — which would be helping the economy recover.”

What the economy is now experiencing is a debt crisis, though Blinder explains clearly why this will become really bad only in a decade or so, as health care costs get out of hand. Spending cuts will be essential. Unlike many Democrats, Blinder accepts that “the government can cover no more than a small fraction of the projected deficits by raising taxes.” The sooner America gets control of its government spending, the better, he says. Given a divided Congress and a confused public, making the case for the right fiscal reforms will require a master communicator. Time for Obama to throw a few logs on the White House fire and start talking.

Matthew Bishop is the United States business editor of The Economist and the author of several books on economics.
A version of this review appeared in print on March 3, 2013, on pageBR16 of the Sunday Book Review with the headline: Cause(s) and Effect(s).

sexta-feira, 1 de março de 2013

Petrobras: negocio nebuloso, talvez criminoso...

Que tal, leitor amigo, você intermediar um negócio, usando suas antigas relações, e embolsar alguns milhões de dólares, asi no más, como quem não quer nada, tendo feito quase nada, ou nada mesmo, para a valorização do negócio, ou a criação de riqueza?
Pois é, quando digo que os companheiros são Midas ao contrário, ainda acham que estou exagerando.
Paulo Roberto de Almeida 

Um negócio nebuloso

28 de fevereiro de 2013 | 2h 10
Editorial O Estado de S.Paulo
 
A representação contra a Petrobrás apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico, pedindo que seja investigada a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pode ser o primeiro passo de um processo formal a respeito desse negócio tecnicamente injustificável e que, pelas informações disponíveis, e não contestadas pela empresa, pode resultar em prejuízo bilionário para o País.
Além de provocar a ação do Ministério Público, o caso - sobre o qual o Estado vem há tempos publicando reportagens - já vem sendo acompanhado por congressistas, entre os quais o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), que pediu investigação da Procuradoria-Geral da República. Pode, por todas as evidências já conhecidas, tornar-se um caso de polícia.
Depois de coletar, nos últimos meses, informações a respeito da compra, pela Petrobrás, de metade do controle acionário da refinaria texana em 2006 e, depois, da totalidade das ações por meio de acordo extrajudicial com a antiga sócia, o procurador Marinus Marsico decidiu encaminhar ao ministro José Jorge, relator da questão no TCU, pedido para que apure as responsabilidades da empresa nesse negócio, de grandes proporções e nenhuma transparência.
Na opinião do procurador, houve gestão temerária e prejuízo aos cofres públicos nessa compra. Caso o ministro aceite o pedido, técnicos do TCU examinarão a questão e poderão identificar responsáveis. O relatório técnico será depois julgado em plenário.
Ao anunciar a aquisição da refinaria de Pasadena, a Petrobrás - cujo Conselho de Administração era presidido pela então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - afirmou que, desse modo, iniciaria sua participação no mercado de refino de petróleo e comercialização de derivados no mercado americano. A meta então anunciada era de, por meio de novos investimentos, duplicar a capacidade da refinaria, que, na época, podia processar 100 mil barris de petróleo por dia. Era parte de seu plano estratégico, que previa também investimentos em pesquisa e produção de petróleo em áreas do Golfo do México.
Quando se conheceram os números do negócio, porém, o valor "estratégico" da refinaria para a empresa brasileira começou a ser contestado. A refinaria de Pasadena fora adquirida no início de 2005 pela empresa belga Astra Oil Company por apenas US$ 42,5 milhões. Os entendimentos da Astra com a Petrobrás começaram alguns meses depois e foram concluídos em setembro de 2006, quando a estatal brasileira confirmou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões.
Ou seja, a Astra - da qual um ex-funcionário da Petrobrás era um dos principais executivos - recebia esse valor pela metade da refinaria, que lhe custara US$ 21,25 milhões. Seu ganho, portanto, fora de praticamente 1.600%. O negócio já seria totalmente injustificado se tivesse ficado só nisso. Mas não ficou.
Desentendimentos entre os sócios levaram a parte belga a recorrer à Justiça americana para obrigar a Petrobrás a comprar sua parte. Depois de perder na Justiça, a Petrobrás decidiu fazer um acordo extrajudicial com os belgas. Fechado em junho do ano passado, esse acordo previu que, para encerrar todos os litígios, deveria pagar mais US$ 820 milhões. Em resumo, a Astra vendeu para a Petrobrás, por US$ 1,18 bilhão, uma refinaria que lhe custara US$ 42,5 milhões.
O plano estratégico de 2012-2016 da Petrobrás prevê a venda de US$ 14 bilhões de ativos, sobretudo no exterior, operação indispensável para equilibrar suas finanças e executar o ambicioso plano de investimentos no pré-sal. A Refinaria de Pasadena estava entre os ativos que a estatal pretendia vender para fazer caixa, mas seu valor de mercado certamente é muito menor do que o desembolsado para adquiri-la.
Vendê-la pelo valor oferecido pelos poucos interessados implicaria à Petrobrás o reconhecimento de pesadas perdas financeiras, razão pela qual a empresa agora diz que fará investimentos para torná-la mais atraente. As perdas poderão aumentar. E quem é o responsável por essas perdas?

Enganando muitos durante algum tempo...

...e enganando alguns durante muito tempo, sobretudo aqueles que querem se deixar enganar, como são os companheiros de carteirinha.
Não há maior tolo que...
Enfim, chega de frases de efeito. Vamos ao que interessa, a comparação entre personagens históricos.
Agora fica faltando quem?
Paulo Roberto de Almeida

Lula, aliás Lincoln
01 de março de 2013 | 2h 09
Editorial O Estado de S.Paulo – pág. A3

Lula deu agora para se comparar com Abraham Lincoln. A maior afinidade com o presidente responsável pela abolição da escravatura nos Estados Unidos, Lula a vê diretamente relacionada com a postura crítica da imprensa em relação a ambos: "Esses dias eu estava lendo o livro do Lincoln. E fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860, igualzinho bate em mim". Com seu habitual descompromisso com a seriedade, Lula pretendeu ombrear-se com um dos maiores vultos da História e, ao mesmo tempo, mais uma vez desqualificar o trabalho da imprensa, a quem acusa do imperdoável crime de frequentemente contrariar suas opiniões e interesses. Foi um dos melhores momentos de seu show de meia hora durante as comemorações dos 30 anos da CUT, na última quarta-feira em São Paulo.

Essa nova bravata do Grande Chefe do Partido dos Trabalhadores (PT) não chega a ser novidade. É apenas mais uma a enriquecer a já alentada antologia das melhores pérolas de seu sofisticado pensamento político-filosófico. Novidade é a revelação de que Lula anda lendo livros. Confessou-o explicitamente, em tom de blague, dirigindo-se ao ministro Gilberto Carvalho, que fazia parte da mesa. "Estou lendo muito agora, viu Gilberto? Só do Ricardo Kotscho e do Frei Betto, li mais de 300", exagerou, em simpática referência a dois ex-colaboradores com quem já manteve relações mais estreitas.

Depois de falar mal da imprensa, Lula sugeriu que, diante da "falta de espaço" para as questões de interesse dos assalariados na mídia "conservadora", os sindicatos de trabalhadores se articulem para ampliar e tornar mais eficazes seus próprios meios de comunicação. Uma recomendação um tanto ociosa, pelo menos do que diz respeito à CUT, que dispõe de uma ampla rede de comunicação integrada por uma emissora de televisão, três de rádio, dois sites de notícias, dois jornais e uma revista mensal. Mas o verdadeiro problema não é exatamente a existência ou não de veículos de comunicação abertos às questões de interesse das organizações sindicais, mas o nível de credibilidade e, consequentemente, de audiência e leitura desses veículos.

Na verdade, o que o lulopetismo ambiciona para a consolidação de seu projeto de poder é dispor de mecanismos de controle da grande mídia, dos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão que atingem o grande público e por essa razão têm maior peso na formação de opinião. Por entenderem que a maior parte da grande mídia está comprometida com interesses das "elites" e, por essa razão, é "antidemocrática", o PT e seus aliados à esquerda defendem a criação de mecanismos que permitam a "democratização dos meios de comunicação". Trata-se de um argumento absolutamente falacioso, pela razão óbvia de que, se a grande mídia tivesse realmente o viés que lhe é atribuído pela companheirada, o petismo, que se diz discriminado e perseguido por ela, não venceria três eleições presidenciais consecutivas e não estaria comemorando 10 anos de hegemonia política no plano federal.

Ocorre que o pouco que existe de pensamento político em Lula e seus companheiros está hoje quase todo vinculado estritamente à garantia das vantagens materiais que o poder proporciona. O que vai além disso se deixou impregnar pelo autoritarismo que sustenta regimes como os do Irã, Coreia do Norte e China, no Oriente, e Cuba e as repúblicas "bolivarianas" da Venezuela, Equador, Bolívia e Nicarágua, no Ocidente. Ou seja, as autocracias às quais a diplomacia do governo petista se aliou.

Lula, a bem da verdade, não tem formação marxista - ou qualquer outra. Foi sempre um pragmático, avesso a dogmatismos. Forjado na luta sindical, seu pensamento se resume ao confronto de interesses entre empregados e patrões. O resultado desse pragmatismo é a indigência de valores que, como nunca antes na história deste país, predomina hoje na vida política nacional e tem seu melhor exemplo no nosso desmoralizado Parlamento.

Mas Lula é líder popular consagrado, glória que lhe subiu à cabeça e lhe permite acreditar no que quiser, inclusive que se parece com Abraham Lincoln.

Fabuloso crescimento do PIB em 2012, de 0,9%

Caro leitor, contemple primeiro o seguinte quadro:

Agora veja a manchete do jornal:

PIB do País fecha 2012 com crescimento de 0,9%, o menor patamar dos últimos três anos

Setor de Serviços foi o único a registrar crescimento, de 1,7%. Maior queda foi de agropecuária, 2,3%. Consumo das famílias, apesar de ser o menor desde 2003, ajudou a segurar o Produto Interno Bruto em alta.

Pode parecer que graças ao "Consumo do governo" fomos salvos de um PIB ainda menor, não é mesmo?
O leitor inteligente também deve saber que o governo não produz um grama, um centavo de riqueza e que tudo de que ele dispõe é arrancado da sociedade, dos empresários e dos trabalhadores que produzem todas as riquezas, criam renda e empregos úteis. Tudo o que governo "produz" são despesas (muitas inúteis, terrivelmente inúteis ou perdulárias) e déficit público (porque ainda gasta mais do que arranca da sociedade, aumentando continuamente a dívida pública e gravando a sociedade com o pagamento de juros extorsivos, que só são altos, justamente, porque se trata de um gastador contumaz e um potencial inadimplente, que não pode contar com o beneplácito de risco baixo).
Portanto, meu caro leitor, é fácil deduzir que se o consumo do governo não fosse tão alto, sobrariam mais recursos para investimentos e consumo da própria sociedade, não é mesmo?
O mais preocupante, porém, é registrar a queda brutal na Formação Bruta de Capital Fixo, ou seja, a taxa de investimento. Isso significa que além do baixo crescimento atual, conjuntural, não haverá capacidade produtiva, no médio prazo, para aumentar a oferta de bens e serviços, o que significa que o Brasil vai estacionar no baixo crescimento, numa taxa medíocre de aumento de renda (se houver) e numa inflação crescente, pois os agentes econômicos já não confiam mais na capacidade do governo de manter a estabilidade.
Ou seja, se descontarmos do crescimento do PIB a inflação e o crescimento demográfico, o que sobra para você, caro leitor? Nada, ou menos do que nada: o governo lhe tungou pelo menos 5% do seu poder de compra em 2012, e bem mais no caso da classe média, que paga por mais serviços do que a média da população e estes provavelmente têm uma taxa de inflação maior.
Esse é o resultado que os companheiros podem apresentar na frente econômica, já que estão comemorando não se sabe bem o quê. Se trata também de uma herança maldita, que eles deixam para toda a sociedade: menor crescimento, mais inflação, perda de confiança, baixo investimento, desindustrialização e, claro, aumento exponencial da corrupção.
Agora leia a matéria completa, caro leitor:

SÃO PAULO - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fechou 2012 com crescimento de 0,9%, o pior desempenho desde o pico da crise, em 2009, quando encolheu 0,3%. O resultado ficou abaixo do PIB de 2011, que avançou 2,7%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que os números vieram abaixo das expectativas do governo. Os dados divulgados nesta sexta-feira, 1º, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o País teve o menor PIB entre os Brics e só superou os países europeus, combalidos pela crise. 
No ano, o desempenho foi puxado, pelo lado da oferta, pelo setor de serviços, que avançou 1,7%, contra quedas de  2,3% na agropecuária e de 0,8% da indústria. A participação do setor de serviços no PIB atingiu 68,5%, a maior registrada desde 2000, influenciada, sobretudo, pelo consumo das famílias, avaliou o IBGE.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias desacelerou e subiu 3,1% no ano passado, o pior desempenho desde 2003, quando caiu 0,8%. A despesa do consumo do governo avançou 3,2%. Em valores correntes, o PIB somou R$ 4,4 trilhões.

No quarto trimestre de 2012, o PIB cresceu 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2011, o PIB apresentou alta de 1,4%. Entre o setores, o de serviços também liderou a expansão, com alta de 1,1% ante o trimestre anterior, enquanto a indústria subiu 0,4% e a agropecuária recuou 5,2%. 
O ano foi marcado também pela queda do investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FCBF), que encerrou 2012 com recuo de 4%. No quarto trimestre, contudo, a FBCF apresentou melhora e subiu 0,5% ante o trimestre imediatamente anterior, quebrando uma sequência de cinco quedas seguidas nessa análise. Era a maior sequência desse tipo de comparação desde as cinco quedas registradas entre o terceiro trimestre de 1998 e o terceiro de 1999.
"É um fato que eu não esperava. As contas que tínhamos no Ibre ainda apontavam retração no quarto trimestre", disse o chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), Samuel Pessôa. Para ele, virar o ano já com aumento na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é uma "excelente notícia, pois sugere que a retomada de investimento começou já no quarto trimestre do ano passado, mesmo que timidamente".
A taxa de investimento teve o segundo recuo anual seguido em relação ao PIB e ficou em 18,1%, ante 19,3% em 2011 e contra 19,5% em 2010. Em 2009, a taxa foi de 18,1%, a mesma de 2012.
Expectativa. Para 2013, a expectativa é que a economia volte a crescer com mais força, impulsionada por uma safra recorde de grãos e pela retomada da indústria. A maioria dos economistas projeta avanço de 3% do PIB, embora existam apostas de até 4%.

É o caso do Credit Suisse, mesmo banco que, em junho do ano passado, cortou a projeção do PIB de 2012 para 1,5% e causou reação de Mantega. "É uma piada. Vai ser muito mais que isso", disse o ministro à época. A previsão da Fazenda, em fevereiro de 2012, era bem mais otimista: avanço de 4,5%.

Preocupado com a fraqueza da economia, o governo tem adotado algumas medidas para tentar dar impulso ao PIB. Entram na lista o programa de concessões para ferrovias, aeroportos e portos, a desoneração da folha de pagamentos para 40 setores e o programa de redução do custo da energia elétrica para consumidores e indústria, entre outros.

E veja, finalmente, o comentário de um leitor do Estadão online, que faço questão de destacar em bold, pois se trata da única parte mais agradável de toda essa história lamentável:


1 de Março de 2013 | 14h08
por Luis Oliveira

Em caso de despressurização da economia narizes de palhaço cairão automaticamente a sua frente. Puxe firmemente o mais próximo de você para iniciar o fluxo de desculpas petistas esfarrapadas e cobrindo nariz e boca e aceite-as normalmente. Se estiver acompanhado de um financiamento de automóvel, casa, ou bens de consumo lembre-se de pagar seus impostos primeiro. Em caso de pouso forçado em um mar de inflação os acentos desta economia são depreciantes. Esta economia conta com saídas de emergência para os passageiros com contas na Europa, Estados Unidos ou detentores de maquininhas de remarcação. Luzes indicativas vermelhas com estrelinhas brancas apontarão para armadilha lullopetista mais próxima. Sabemos que a opção de governo tem a ver com o nível intelectual do eleitorado. Obrigado por voar Quadrilhas Petralhas e esperamos você na próxima eleição.

Não gostaria de ser pessimista e reclamão, mas você vê motivos para outras atitudes, caro leitor?
Eu, sinceramente, não...
 Paulo Roberto de Almeida

2005: o ano esquecido pelos companheiros; eu lembro...

Parece que, nas comemorações dos 33 anos do partido dos companheiros, e dos 10 anos dos governos dos companheiros, eles se esqueceram completamente do ano de 2005.
Só pode ter sido por distração.
Vocês sabem como é: tanta coisa boa para lembrar, e eles vão justo esquecer o melhor ano da vida deles, o ano que ainda não terminou.
Dava para fazer um filme: "Os melhores anos de nossas vidas", estreando....
quem mesmo?
Ah, já sei o guia genial dos povos, que ficou fora do script.

Enfim, para ajudar os companheiros, eu me permito colocar algunas souvenirs aqui:


2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão; 2005 = Mensalão;