O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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domingo, 24 de outubro de 2021

Nota da ADB a propósito da PEC que pretende facultar a parlamentares a chefia de missões diplomáticas sem perda de mandato

 Foi com grande surpresa que a Associação e Sindicato dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical) tomou conhecimento da PEC 34/2021. Se aprovada, a proposta eximiria de perda de mandato parlamentar designado para chefia de Missão diplomática de caráter permanente. A ADB discorda particularmente dos argumentos em que se sustenta a referida PEC, que não se coadunam com a longa história e com os modos de funcionamento da diplomacia brasileira. 


A ADB reconhece e saúda o papel desempenhado historicamente pelo Congresso Nacional em prol da política externa brasileira. Mas salienta que o regime atual, tal como formulado pelo constituinte pátrio, resguarda o equilíbrio imprescindível que deve haver entre os Poderes, em que o Executivo propõe e o Legislativo avalia, com as necessárias isenção e objetividade, as designações a chefias de missão diplomática. O modelo vigente obedece, ainda, à relação hierárquica que garante a unidade e a coerência da política externa brasileira. Por definição e por força de suas prerrogativas constitucionais, fundamentais ao exercício de suas altas funções no Congresso Nacional, os parlamentares não se submetem à hierarquia inerente ao serviço exterior brasileiro. 

Agrega-se que o exercício da chefia de Missão diplomática permanente só é possível mediante a anuência do Senado Federal, segundo o rito estabelecido pela Constituição. O regime atual concilia, dessa forma, o objetivo de dispor de uma diplomacia de Estado com o controle legislativo sobre a política externa brasileira, em obediência ao sistema de freios e contrapesos que fundamenta o Estado Democrático de Direito. 

Não menos importante é relembrar que os processos e negociações diplomáticos costumam ser de grande complexidade e longa maturação, o que exige corpo de profissionais altamente especializado. No Itamaraty, o preparo para o exercício de funções de chefia é o resultado de toda uma vida funcional de estudos e experiências voltada à formação de diplomatas comprometidos com a defesa dos interesses nacionais no exterior. 

Desde o ingresso no Ministério das Relações Exteriores, os diplomatas passam por várias etapas de formação, avaliação e capacitação, em trajetória que costuma levar mais de três décadas até se chegar ao nível de embaixador. As promoções são competitivas, com base em avaliação de mérito - que inclui, principalmente, a capacidade de bem cumprir as instruções impartidas pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, por determinação do Presidente da República e que forçosamente refletirão os debates havidos e decisões tomadas democraticamente nas diferentes esferas do poder. A assunção de chefia de Missão diplomática permanente é, assim, a etapa ulterior de uma carreira pública caracterizada pelo profissionalismo e pela especialização que estão na base da  reputação de excelência de que goza a diplomacia brasileira no País e no exterior. 

Realizado anualmente desde 1945, o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática é porta de entrada rigorosa, mas justa, que incorpora os novos diplomatas oriundos dos mais variados quadrantes do país, de origens e profissões as mais diversas. Da mesma forma, garante olhar abrangente da realidade brasileira que passarão a representar e defender no exterior. 

São esses elementos que garantem ao País contar com carreira de Estado e política externa orientadas pela defesa dos interesses do conjunto da sociedade brasileira, à luz dos princípios que orientam o Brasil em suas relações internacionais.

Embaixadora Maria Celina de Azevedo Rodrigues - presidente da ADB

Duas gerações de estagnação para o Brasil? É a OCDE quem diz - Thales Souza Reis (O Sabiá)

 

Onde está o futuro prometido aos jovens?

Em nova projeção, OCDE considera que o padrão de vida no Brasil deve ficar estagnado pelos próximos 40 anos. Para onde foi o futuro prometido aos jovens que acessaram a universidade em meio a muitas promessas? Um relato sobre o Brasil do futuro.

Thales Souza Reis

Revista O Sabiá, 23/10/2021

Aos 22 anos, tenho pouco distanciamento do fim da minha infância e início da adolescência. Lembro-me bem do mundo em que vivia na virada da década de 2000 para a de 2010, período histórico que, aliado à inocência da infância, me fazia ter uma visão bastante utópica sobre as coisas: minha família foi melhorando de vida com o passar do tempo, assim como as pessoas ao meu redor. Com isso, eu acreditava que era só questão do passar dos anos para que, mesmo os mais pobres, ascendessem e conseguissem viver uma boa vida, afinal, era essa a realidade que eu presenciava.

Na adolescência, fui entendendo melhor as coisas. Durante a primeira grande crise que vivenciei, naquele conturbado momento que o país passou entre 2014-2016, levei a primeira porrada da vida. Vi muito progresso indo por água abaixo. Mas como isso era possível? É claro que, aos 16-17 anos, sabia que o progresso não era uma constante e que dependia de incontáveis fatores, mas não estava preparado para o que aconteceria comigo. Tudo parecia tão sólido, meus pais trabalhavam desde sempre, nunca havia presenciado o desemprego ou a dificuldade financeira.

Não cheguei perto de ser rico, mas dentro do possível, tinha o que queria. As coisas mais caras levavam algum tempo, mas eram alcançadas. Às vezes, esperava o natal ou o meu próximo aniversário para ganhar um novo videogame ou a chegada do verão para as viagens anuais à praia — moro a mais de 500 km do litoral — e aproveitara muito até aquele momento. Foi um choque, aos 17 anos, entender que aquilo não era mais real. O desemprego chegou a minha porta e entrou sem bater. Meu pai, que em todo esse período teve a maior renda da casa, perdeu o emprego da noite para o dia, com a empresa fechando suas portas no Brasil. Minha mãe ganhava menos, e menos ainda no momento da crise, afinal, trabalhava — e trabalha até hoje — no comércio.

Nunca me esqueci da tristeza nos olhos dela quando me disse que não poderia pagar minha festa de formatura ao final daquele ano e me contou a real situação das finanças da família, da qual eu não tinha consciência naquele momento. Eu não sabia o que fazer. Não era assim que eu esperava que as coisas fossem. O que eu me lembrava dos tempos de infância era meu pai dizendo que, aos 18 anos, me daria um carro. Pensava qual carro seria. Eram muitas opções, que, ao fim, não foram.

A faculdade particular que cogitava e aquele desejo de fazer um intercâmbio no exterior foram totalmente excluídos de minha lista de planos. Na última semana do ensino médio, consegui um emprego, alguns dias depois, veio o resultado do vestibular. Passei. A educação ainda era vista por mim como o caminho. Foi isso que meus pais me disseram a vida toda: que eu poderia estudar, mais do que eles estudaram, e, assim, teria condições ainda melhores do que as que eles poderiam me oferecer mesmo nos melhores momentos. 

Mesmo numa realidade diferente, segui à risca o plano. Trabalhei das 8h às 18h, estudei das 19h às 22h. Chegava em casa, dormia e no outro dia bem cedo começava de novo. Guardava quase todo o dinheiro que ganhava, também sempre ouvi que economizar, junto com os estudos, era a melhor forma de ter um bom futuro, mas uma hora não aguentei. Aos 18 anos, era um zumbi. Da casa para o trabalho, do trabalho para a faculdade, da faculdade para casa. De segunda à sexta. Aos sábados, trabalhava também. As coisas estavam melhores em casa, não havia mais o desemprego, mas estávamos muito longe da fartura de tempos anteriores. Com o dinheiro que ganhei, decidi sair do trabalho em busca de um estágio. Demorou um pouco, mas chegou quase que pontualmente: quando consegui a vaga, meu dinheiro já estava acabando.

“Talvez os tempos difíceis tenham sido só um hiato”, pensava. “Há um futuro melhor, há esperança de que novamente haja algum progresso, afinal, porque não seria assim?”. Vi o sucateamento da universidade, a falta de bolsas de pesquisa, a diminuição do quadro de professores sem as reposições necessárias, acúmulo de funções, improvisações, greves e mais greves por falta de reajustes salariais, de investimentos no espaço e na educação como um todo. Faltavam até mesmo os funcionários para a limpeza do campus. Mas ia melhorar, eu sabia que ia. O ano era 2018.

Passar por aquelas eleições não poderia ter sido mais frustrante. Descobri, nas pessoas, um lado que não conhecia. Apesar de a violência ser próxima, o ódio sempre foi-me distante. Não foi aquilo que eu imaginei que seria, definitivamente não foi. 

Vi, pouco a pouco, o que era ruim piorar; a ignorância, a estupidez, a violência eram pela primeira vez, um projeto. O único projeto. Dentro da universidade, de certa forma, senti medo do futuro pela primeira. Por que as pessoas estavam acreditando naquilo?

Foi pior do que eu esperava. O desmonte de tudo que havia sido construído foi gradual, as soluções foram substituídas pela destruição. A lógica do momento era que, em uma parede com uma pequena rachadura — cuja solução eu sempre enxergara como o conserto —, eles viam a saída como a demolição não só da parede, mas da casa toda. Era aquela expressão: estavam jogando o bebê fora junto com a água do banho. A pandemia da Covid-19 configurou-se, então, como a confirmação de toda a incompetência, despreparo, prepotência e, o pior, da pura e simples maldade dos que sentam nas cadeiras do poder, que lá foram postos democraticamente.

Ainda dá para superar? Hoje, ler a notícia de que a OCDE considera que o padrão de vida do Brasil deve ficar estagnado nos próximos 40 anos, foi como um soco no estômago. Por que fizeram isso conosco?Não foi esse mundo que me prometeram dez anos atrás. Não era isso que eu queria. Por que fizeram isso conosco? O que podemos fazer para superar esse ciclo de desgraças, que se instaurou no país que haviam nos prometido tanto?

Nas últimas décadas, acreditou-se que a democracia havia se consolidado no país e a via institucional era vista como o caminho possível para a resolução de nossos conflitos que se perpetuam na história. Porém o que levara décadas para ser construído, em apenas alguns anos, foi corroído a níveis mais do que preocupantes. A política está infantilizada e o desrespeito às leis, aos Direitos Humanos e aos preceitos básicos da construção de uma nação próspera foram deixados de lado. Hoje, os ‘poderosos’ orgulham-se de ter nos tornado párias e, na oposição, os projetos de poder pessoal são postos acima da principal necessidade do país: tirar a caquistocracia que tomou conta do poder público dos postos que ocupam. É difícil a falta de perspectiva no coletivo.

Padrão de vida no Brasil deve ficar estagnado nos próximos 40 anos, diz OCDE É equivalente a 23% do observado nos EUA hoje e deve subir para apenas 27% em 2060 Compartilhe O PIB (Produto Interno Bruto) potencial per capita do Brasil deve ser de 1,1% ao ano na década de 2020 a 2030 e passar para 1,4% de 2030 a 2060 Sérgio Lima/Poder360 - 19.set.2019 PODER360 20.out.2021 (quarta-feira) - 0h00 O padrão de vida dos brasileiros deve ficar praticamente estagnado pelos próximos 40 anos, segundo projeção da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgada nesta 3ª feira ...

Leia mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/economia/padrao-de-vida-no-brasil-deve-ficar-estagnado-nos-proximos-40-anos-diz-ocde/)
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sábado, 23 de outubro de 2021

125 anos: The New York Times Review of Books - seleção de resenhas (Jean-Paul Sartre, o último livro de Conan Doyle, etc.)


Dear Reader, 

Contributors to this week’s issue include Vladimir NabokovMario PuzoNeil SheehanDiane JohnsonJames Baldwin and Roger Angell, among others. It includes reviews of worthwhile new titles including “Ulysses,” “Song of Solomon,” “O Pioneers!” and the latest book by Arthur Conan Doyle.

Have I gotten lost in time? Maybe I have, slightly. And so will you after paging through this week’s special 125th anniversary issue, a keepsake edition that includes some of the most groundbreaking, surprising and absorbing literary coverage and criticism that has run in our pages since 1896. The entire issue is the brainchild of deputy editor Tina Jordan, who also edited a glorious companion book with dozens of additional archival gems, available forpreorder.

If it’s more contemporary work you’re interested in, check out this week’s podcast, which features Farah Stockman, editorial board member of The New York Times, talking about her new book, “American Made: What Happens to People When Work Disappears.” And my colleague John Williams speaks to the Chilean writer Benjamín Labatut about his new book, “When We Cease to Understand the World.”

Please stay in touch and let us know what you think — whether it’s about this newsletter, our reviews, our podcast, our literary calendar, our Instagram or what you’re reading. We read and ponder all of it. I even write back, albeit belatedly. You can email me at books@nytimes.com.

Pamela Paul

Editor of The New York Times Book Review


FICTION & POETRY

From The Book Review Archives

Review: ‘Nausea,’ by Jean-Paul Sartre

Vladimir Nabokov wondered in 1949 whether the French existentialist’s novel was even worth translating.

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From The Book Review Archives

Review: ‘O Pioneers!’ by Willa Cather

In 1913, The Times declared Cather’s “novel without a hero” to be “American in the best sense of the word.”

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From The Book Review Archives

Review: ‘Ulysses,’ by James Joyce

Our reviewer called “Ulysses” the “most important contribution that has been made to fictional literature in the 20th century.” That doesn’t mean he liked it.

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From The Book Review Archives

Review: ‘Song of Solomon,’ by Toni Morrison

In the deep, sprawling 1977 story of Milkman Dead, the reviewer Reynolds Price found evidence for “the possibility of transcendence within human life.”

By Reynolds Price

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Golden Notebook,’ by Doris Lessing

In 1962, our reviewer described this radically feminist novel — now considered Lessing’s most influential work — as “a coruscating literary event.”

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Joy Luck Club,’ by Amy Tan

In this 1989 novel, a young woman comes to understand her place in a Chinese family — and in the world — through visits with her aging aunts.

By Orville Schell

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Review: ‘Roots,’ by Alex Haley

James Baldwin, reviewing this headline-making novel in 1976, called it “a study of … how each generation helps to doom, or helps to liberate, the coming one.”

By James Baldwin

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Bell Jar,’ by Sylvia Plath

To our reviewer, the poet’s novel was “the kind of book Salinger’s Franny might have written about herself 10 years later, if she had spent those 10 years in Hell.”

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Complete Stories,’ by Flannery O’Connor

This collection — which appeared seven years after the Southern Gothic writer’s death in 1964 — was reviewed by Alfred Kazin.

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Road,’ by Cormac McCarthy

In 2006, our reviewer correctly predicted that this father-son tale would eclipse the popularity of McCarthy’s 1992 hit, “All the Pretty Horses.”

By William Kennedy

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Lost World,’ by Arthur Conan Doyle

Dinosaurs in the 20th century? In 1912, Sherlock Holmes’s creator invented the template that Michael Crichton would follow almost eight decades later.

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From The Book Review Archives

Review: ‘Hannibal,’ by Thomas Harris

Eleven years after “The Silence of the Lambs,” Hannibal Lecter returned. Stephen King called him “the great fictional monster of our time.”

By Stephen King

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From The Book Review Archives

Review: ‘Wolf Hall,’ by Hilary Mantel

This fictional portrait of Henry VIII’s scheming aide Thomas Cromwell — the first volume in a trilogy — won the Man Booker Prize in 2009.

By Christopher Benfey

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Street,’ by Ann Petry

This classic story of a single mother’s struggle against poverty, published in 1946, would become the first novel by a Black woman to sell a million copies.

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Age of Innocence,’ by Edith Wharton

This tale of Gilded Age New York City became, in 1921, the first novel by a woman to win the Pulitzer Prize.

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From The Book Review Archives

Review: ‘White Teeth,’ by Zadie Smith

A satirical, multigenerational family saga set during the waning of the colonial British Empire, this 2000 debut established its author as a prodigy of the novel form.

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From The Book Review Archives

Classic Crime Novels That Still Thrill Today

Here’s how we reviewed now-famous mysteries by the likes of Agatha Christie, Ngaio Marsh, Dorothy Sayers, Dashiell Hammett and more.

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Makioka Sisters,’ by Junichiro Tanizaki

A classic Japanese novel echoes Jane Austen, with instructive contrasts.

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From The Book Review Archives

Review: ‘Color,’ by Countee Cullen

In 1925, the Book Review raved about the “sensitive” love poems and “piercing” satire from a young star of the Harlem Renaissance.

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From The Book Review Archives

Review: ‘Sister Carrie,’ by Theodore Dreiser

The novel’s headline-making candor and explicitness led the Book Review to assure its readers, “It is a book one can very well get along without reading.”

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NONFICTION

From The Book Review Archives

Review: ‘Eat, Pray, Love,’ by Elizabeth Gilbert

Reeling from a divorce, a writer sought solace in Italy, India and Indonesia. There, she found peace — and plenty of material for a blockbuster memoir.

By Jennifer Egan

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Death and Life of Great American Cities,’ by Jane Jacobs

This 1961 masterwork offered new, vibrant ways to think about how city neighborhoods ought to look.

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Alice B. Toklas Cook Book’

When Toklas — Gertrude Stein’s partner — published this cookbook, it was reviewed by Rex Stout, the creator of the food-loving detective Nero Wolfe.

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From The Book Review Archives

Review: ‘How to Win Friends and Influence People,’ by Dale Carnegie

The blockbuster forerunner of today’s self-help guides was both sensible and superficial, according to The Times’s reviewer in 1937.

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Jeweler’s Eye,’ by William F. Buckley Jr.

Mario Puzo, who reviewed this collection of the conservative thinker's essays, found himself charmed despite the politics.

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From The Book Review Archives

Review: ‘The Liars’ Club,’ by Mary Karr

The Times would later call this 1995 memoir of a hardscrabble Texas childhood “one of the best books ever written about growing up in America.”

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From The Book Review Archives

Review: Books About Babe Ruth

In 1974, Roger Angell celebrated four new biographies of the Bambino.

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From The Book Review Archives

Review: ‘Between the World and Me,’ by Ta-Nehisi Coates

This 2015 homage to James Baldwin identified racism at the heart of the American dream.

By Michelle Alexander

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Children’s Books

Features

Etc.

Best Sellers

New International Books

Thoka Maer for The New York Times

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