O que é este blog?

Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

Meu Twitter: https://twitter.com/PauloAlmeida53

Facebook: https://www.facebook.com/paulobooks

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Prefácio ao livro de Arnaldo Godoy: Direito e História: formação do Estado brasileiro - Paulo Roberto de Almeida

O prefácio que escrevi para a obra de um grande mestre do Direito, da história política e constitucional do Brasil e da evolução jurídica comparativa dos Estados modernos, com um conhecimento ainda mais preciso sobre a formação do Estado brasileiro: 


Da construção do primeiro Estado brasileiro aos desafios atuais

  

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Prefácio ao livro de Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy: Direito e História: formação do Estado brasileiro (Londrina: Thoth, 2022, p. 13-19; ISBN: 978-65-5959-341-5).

 

 

No frontispício a este livro, o intelectual Arnaldo Godoy seleciona uma frase pouco reproduzida do francês Alexis de Tocqueville, um dos grandes fundadores da sociologia, em uma de suas obras menos famosas, O Antigo Regime e a Revolução: “A história é uma galeria de quadros em que há poucos originais e muitas cópias”. 

De fato, esta é uma tendência visível nas mais diversas comunidades humanas organizadas em forma de Estados, ao longo de toda a história: imperadores, estadistas, partidos políticos, movimentos sociais, pensadores individuais, tendem a reproduzir ideias, formações políticas e instituições que, em democracias ou em regimes autocráticos, prolongam conceitos e organizações que perpassam toda a história humana, ou até das civilizações. Isso se aplicava à própria história francesa, como Tocqueville registrou naquela obra, registrando aqui que em 1848, quando ele foi por breve tempo, chanceler da Segunda República, a França estava ainda na sua quinta constituição, das quinze que o país exibiu até chegar na atual Quinta República. Ou seja, a França teve quase o dobro das constituições quanto o Brasil teve de moedas, campeão absoluto na história monetária mundial (até aqui, esperando a Venezuela chavista nos ultrapassar). 


 Essa característica se aplica particularmente à feitura de novas constituições, que, na história política dos países modernos e contemporâneos, tende a repetir uma glosa dos mesmos dispositivos e instituições mais ou menos num estilo à la Montesquieu, com alguns toques de Benjamin Constant e o liberalismo político da Carta de Cádiz (1812), com outros dispositivos da constituição americana naqueles países presidencialistas, como o Brasil. Praticamente todos os países contemporâneos – com poucas exceções – tendem a consolidar formas de Estado com base no esquema tripartite dos poderes, que devem, pelo menos em teoria, serem harmônicos e independentes entre si, com algumas instituições assessórias no plano judiciário ou no controle dos gastos públicos. Parafraseando George Orwell, se poderia dizer que “todos os animais estatais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”. 


 O livro de Arnaldo Godoy parte do momento em que se funda “o nascimento do Estado brasileiro”, e ele tem razão em identificar o adjetivo brasileiro, uma vez que “Estado”, ou algo equivalente, o Brasil (ou os “Brasis”, pois que não tivemos, de fato, uma nação unificada até meados do século XIX) já tinha, desde que aqui chegou o primeiro governador-geral, Dom Tomé de Souza, em 1549, depois trocado por vários vice-reis e, finalmente, pela Corte dos Braganças em sua inteireza, em 1808. Foram eles que construíram os rudimentos do futuro Estado independente, que toma forma, muito precariamente, em 1821, ainda sob a regência do príncipe Dom Pedro, para depois se apresentar ao mundo como “Império do Brasil”, no final de 1822. O reconhecimento diplomático formal demorou um pouco, ainda que os Estados Unidos tenham dada a partida em 1824, mas as grandes potências europeias só começaram a reconhecer nossa existência depois que “acertamos as contas”, com Portugal e com Dom João VI, no tratado patrocinado pela Grã-Bretanha em 1825.


 No momento em que “comemoramos” – as aspas podem ser necessárias numa fase de aparente “desunião” da nação – os 200 anos desse ato de criação, esta obra é indispensável para conhecermos: como se organizou o novo Estado, a partir da Constituição de 1824 (outorgada, depois do fechamento arbitrário, pelo jovem imperador, da primeira Assembleia Constituinte); como era financiado esse Estado (muito precariamente, para dizer o mínimo, daí a sucessão de empréstimos externos); como se consolidou esse Estado (basicamente pela “parada institucional” oferecida pelo chamado Regresso, depois dos impulsos liberais dos primeiros tempos); quais eram os fundamentos conceituais, no plano econômico e político, da jovem nação americana, a segunda maior do hemisfério (mas muito atrasada em relação ao gigante anglo-saxão do Norte) e, finalmente, quais eram, no início de nossa conturbada história política, os projetos para o Brasil, essencialmente o Estado unitário monárquico que Bonifácio estimava indispensável à preservação da própria existência da nação, e os impulsos libertários, republicanos e progressistas, avançados por Frei Caneca, um dos maiores intelectuais de nossa história, infelizmente ceifado pela prepotência da Corte do Rio de Janeiro, na breve experiência da Confederação do Equador, em 1824, proponente de um Estado federal, como finalmente a República se encarregou de instituir, 67 anos depois. 

O foco central da obra de Arnaldo Godoy é essencialmente o Estado brasileiro, como aliás evidenciado no subtítulo (que é, conceitualmente, o título do livro), antes que a nação, pela simples razão – como já enfatizado por dezenas de historiadores e cientistas políticos – que o Estado precede a nação, e de certa forma a cria, a molda, a organiza (algumas vezes de forma brutal, como na escravidão do século XIX, ou nas ditaduras do século XX). O centralismo ibérico foi preservado na institucionalidade aqui implementada pelos Braganças e depois adaptado às vicissitudes da terra, como detectaram desde cedo os liberais conservadores das Regências e do Regresso ao início do Segundo Reinado. Sua reflexão fundada no Direito e na História – que é o título real da obra – vai de 1808, quando se tem um Estado português no Brasil, até 1831, quando a política “brasileira” deixa, finalmente, de ser em parte portuguesa, como registrado em inúmeras inclinações políticas e diplomáticas do primeiro imperador. Alguns intérpretes, como Manoel Bomfim, no início do século XX, acreditam que o Estado só se tornou realmente “brasileiro” depois de 1831, embora Hipólito da Costa, que pode ser considerado o primeiro estadista brasileiro – a despeito de jamais ter vivido na terra que ele considerava sua, desde os estudos em Coimbra, na última década do século XVIII –, tinha plena convicção de que a nação começou a ser forjada desde a transferência da Corte, quando ele também dá início ao seu grande empreendimento intelectual, o Correio Braziliense, editado em Londres de 1808 a 1822.

O autor tem razão em sublinhar a origem europeia de nossas instituições de Estado, e não poderia ser de outro modo, dados os vínculos de toda a sorte que nos prendiam ao molde português e, em parte, ao espírito liberal da Carta de Cádiz, que foi adotada em Portugal depois da Revolução do Porto, em 1820, e que, portanto, influenciou, em grande medida, os constitucionalistas eleitos e os membros da comissão que redigiu a Carta de 1824. Ele também chama a atenção para o aspecto crucial do financiamento do Estado, autor que é de inúmeros livros e artigos sobre a história e o funcionamento dos diversos sistemas tributários do Brasil, assim como membro de grupos de pesquisas nessa área e, principalmente, um “burocrata-mor” da organização e aplicação da tributação no Brasil atual. Não se trata apenas de um exegeta de normas constitucionais e legais relativas ao Estado e seu funcionamento, mas de um pesquisador no plena sentido da palavra, pois que vai às fontes primárias, aos documentos históricos que fundamentam o que ele chama de “primeiro Estado brasileiro”. 

Ele refaz a “história real”, não apenas aquela documental – como, por exemplo, em Varnhagen, Rocha Pombo e outros – pois que resgata a importância do “corso” utilizado por Dom Pedro, durante os entreveros com os portugueses pretensamente “restauradores” do pacto colonial. A guerra de corso era um empreendimento dos soberanos nos conflitos contra Estados inimigos sem a necessidade de mobilizar frotas e exércitos, contratando simplesmente – por vezes dando cartas patentes oficiais – seus “empresários marítimos” que dividiam o butim, as presas, com os soberanos contratantes. Cabe não confundir corsários com piratas, estes uma espécie de “microempresários” da pilhagem individual, ao contrário dos primeiros, que agiam em favor dos Estados aos quais estavam vinculados. Nos tempos coloniais, os piratas agiam de maneira mais intensa nas águas do Caribe, saqueando os galeões espanhóis carregados de ouro e prata arrancados do México e das colônias andinas da América do Sul. Os corsários visitavam mais frequentemente o continente na parte atlântica e no Pacífico: Brasil e Peru, por exemplo, receberam muitas “visitas” dos corsários mais conhecidos: Fulton, Cavendish, Francis Drake e alguns franceses. Por incrível que pareça, o corso continuou impune durante várias décadas depois do Congresso de Viena (1815) e só foi abolido formalmente em 1856, pelo tratado de Paris, que sacramentou a “nova ordem internacional”, depois da primeira guerra da Crimeia (1853-55); este também foi o primeiro instrumento “multilateral” ao qual aderiu o Brasil do Segundo Reinado. 

O pequeno (menos de 200 páginas) livro de Arnaldo Godoy impressiona pelo volume de minúcias e detalhes sobre a organização e o funcionamento do primeiro Estado brasileiro, um mini-Leviatã burocrático que explica um pouco como chegamos ao super-Leviatã dos tempos atuais. A parte sobre o financiamento daquele Estado, tanto sob Dom João VI quanto sob Dom Pedro I, é primorosa, e completa, em sua descrição das múltiplas formas de “extorsão” estatal, algo certamente preservado em nossos tempos. A tributação foi especialmente “cuidadosa” nas questões do tráfico e da escravidão, provavelmente a maior “tragédia” nacional em mais de 500 anos de história, pois que deixou marcas indeléveis na nacionalidade, mesmo depois de terem sido ambos abolidos. O Brasil, por sinal, é o mais antigo e frequente “cliente” dos relatórios anuais da mais antiga ONG do mundo, a British (depois internacional, quando o Reino Unido aboliu a escravidão) Anti-Slavery Society, pois que nunca deixamos de figurar em seus registros, seja durante o tráfico, depois enquanto durou o regime escravo, seja ainda, contemporaneamente, na parte das “formas análogas à escravidão”, que são ainda abundantes no vasto heartland brasileiro, e até em algumas grandes cidades (e até capitais dos estados). Os três volumes de Laurentino Gomes sobre a escravidão no mundo e no Brasil vão, provavelmente, figurar como clássicos em nossa literatura, e, quando traduzidos, na bibliografia internacional sobre a questão.

Os fundamentos doutrinais e jurídicos desse primeiro Estado – e dos que se seguiram, nos últimos dois séculos – são analisados pela ótica do estudo do Direito, nas duas faculdades criadas ainda no Primeiro Reinado, reformadas no final do Império e na República. Machado de Assis e Joaquim Nabuco comparecem nessa vertente, provavelmente a mais simbólica de uma nação bacharelesca, que continua dando um prestígio talvez exagerado aos bacharéis de Direito. Estes integram a quase totalidade da diplomacia profissional, aberta aos mais diversos talentos – como queria o verdadeiro “pai” da política externa brasileira, Paulino Soares de Souza, o Visconde do Uruguai –, mas essencialmente “lotada” de bacharéis em Direito (nos últimos tempos de egressos dos cursos de relações internacionais). Talvez não por outra razão, o peso do Estado é mais sentido sobre aqueles que cometem crimes contra o Estado, do que aqueles que “florescem” na sociedade civil.

Os dois últimos capítulos, sobre os primeiros pensadores do Estado e da nação – Cairu e Silvestre Pinheiro Ferreira – e sobre aqueles que pioneiramente pensaram a organização do Estado e a forma de governar um continente ainda disperso em regiões pouco conectadas entre si – Bonifácio e Caneca, justamente, talvez devessem ser lidos em primeiro lugar, pois nesses quatro intelectuais estão as ideias fundamentais que percorreram e sustentaram – nem sempre com sucesso, como no caso do frei pernambucano – o processo de formação do Estado brasileiro. Todos eles eram “iluministas” no sentido largo do conceito, mas foram em grande medida contidos em seus projetos pelo arcaísmo da Contrarreforma ibérica, que continuou imprimindo sua marca – como na Inquisição, por exemplo – até meados do século XIX, senão até tempos mais recentes. 

Centenários, ou datas redondas, oferecem uma oportunidade de refletir sobre o que fizemos em nosso passado, sobre o estado presente das coisas e sobre o que nos resta fazer para completar os projetos dos grandes estadistas da nação. Em 1922, começamos com a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, um empreendimento vagamente afiliado ao futurismo que então agitava os círculos intelectuais europeus, e continuamos com as comemorações oficiais da Exposição Internacional do Rio de Janeiro, uma iniciativa que procurava emular as exposições universais que estavam voga desde a Grande Exposição do Palácio de Cristal, em Londres, em 1851. Dom Pedro II compareceu em 1876 à Exposição da Filadélfia, que também comemorava o primeiro centenário da nação americana, quando foi apresentado ao telefone e o trouxe precocemente ao Brasil, pelo menos para uso dos poucos “mandarins” do Estado. Do lado menos oficial, tivemos a fundação do Partido Comunista do Brasil (seção brasileira da III Internacional), nosso mais conhecido Partidão, ou PCB, assim como as primeiras revoltas tenentistas, que desembocariam na Revolução “Liberal” de 1930.

No Sesquicentenário da Independência, em 1972, tivemos a republicação dos Arquivos Diplomáticos da Independência, organizados pelo Itamaraty e publicados entre 1922 e 1926, assim como um bizarro “passeio” dos ossos do primeiro imperador por várias “províncias” brasileiras, como uma espécie de resgate histórico da nossa “lusitanidade”. Ela ainda permanece, como aventado por um projetado novo “passeio” do coração do mesmo imperador, o que certamente será incluído em mais um exemplo de nossas bizarrices. Um dos grandes intelectuais brasileiros, justamente especialista em identificar algumas dessas excentricidades – como representado pela figura de Macunaíma –, traçou um diagnóstico algo melancólico daquele impulso frustrado para a modernidade que ele e seus demais colegas da intelectualidade tinham procurado imprimir com a iniciativa da Semana de Arte Moderna em 1922. Dois anos depois, constatando que o Brasil ainda não tinha deslanchado para o futuro, Mário de Andrade confessou num poema-revelação, bizarramente chamado “O poeta come amendoim”, ele escreveu, de forma talvez decepcionante, o seguinte: “Progredir, progredimos um tiquinho, que o progresso também é uma fatalidade”. 

O livro de Arnaldo Godoy, pela riqueza de informações fundamentadas em fontes primárias, pela densidade de seus argumentos e interpretações, nos demonstra que o Brasil carrega, em seu projeto de nação, um tanto de ideias generosas – as dos intelectuais aqui examinados – e um tanto de fatalismo, que é o peso do Estado central. Este já deixou há muto de ser aquele agente do crescimento e dos grandes empreendimentos nacionais para se converter num freio, talvez até um obstáculo, a um processo de crescimento sustentado, e muito menos um promotor do desenvolvimento social e cultural. Da “altura” destes 200 anos, e baseando-nos nas reflexões de Arnaldo Godoy, podemos traçar um modesto balanço, e talvez até um diagnóstico mais preciso, de nossas insuficiências acumuladas até aqui, como reveladas nas instituições e experiências formuladas e implementadas quando do “primeiro Estado brasileiro”, para concebermos novos projetos para o decorrer do terceiro centenário. 

Arnaldo Godoy está perfeitamente credenciado para, tendo já aplicado o seu bisturi analítico ao “primeiro Estado”, orientar-nos na superação dos entraves burocráticos, jurídicos e políticos, do atual Leviatã inzoneiro, o Estado que, aparentemente moderno, preservou os traços essenciais do patrimonialismo que, segundo Raymundo Faoro, deita raízes na era medieval portuguesa. Um novo exercício de análise do “segundo” Estado – seria o das Regências, o do Regresso, o do Segundo Reinado? – e dos diversos Estados sucessivos – da República Velha, da “curta” era Vargas (que vai dos anos 1930 até praticamente a ditadura militar), da República dos bacharéis de 1946, das duas décadas de tecnocracia autoritária –, até chegarmos ao estado melancólico da “Nova República”, ameaçada em seus fundamentos doutrinais e até burocráticos pela divisão política da nação por dois projetos populistas que nos remetem ao lugar comum dos populismos latino-americanos, considerando todos esses “Estados” incompletos que tivemos nos últimos dois séculos, uma nova arrancada explicativa e interpretativa deste grande intelectual que é Arnaldo Godoy poderia nos ajudar a prever alguns dos desenvolvimentos possíveis de um futuro Estado brasileiro do terceiro centenário. 

Do “nascimento do Estado brasileiro” aos primeiros “projetos para o Brasil”, Arnaldo Godoy conduziu, com mão firme e uma bibliografia adequada, uma compreensão refinada de nossas origens enquanto novo Estado independente no hemisfério americano do início do século XIX. Resta agora apontar os caminhos para o Estado democrático avançado nas próximas etapas de nosso desenvolvimento histórico.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4163: 29 maio 2022, 6 p.


quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Relations internationales du Brésil, de 2019 à 2022 - Paulo Roberto de Almeida (Problèmes d’Amérique Latine)

 Meu artigo mais recente publicado: 

1475. “Relations internationales du Brésil, de 2019 à 2022”, Problèmes d’Amérique Latine (numéro special, novembre 2022; DOI : https://doi.org/10.54695/pal.119120.033043). Relação de Originais n. 4156.


Íntegra do artigo nestes links: 

https://www.academia.edu/89826043/Relations_internationales_du_Bresil_de_2019_a_2022_Paulo_Roberto_de_Almeida_Problemas_dAmerique_Latine_

https://www.academia.edu/89826043/PAL119_120_art2_DE_ALMEIDA



Relations internationales du Brésil, de 2019 à 2022

  

Paulo Roberto de Almeida

Diplomate, professeur

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Article en collaboration au numéro spécial (novembre 2022) de la revue Problèmes d’Amérique Latine sous la direction de Daniel Dory (Université de La Rochelle) et d’Hervé Théry (USP);.

  

Suivant qu’on approche les relations extérieures du Brésil sous le mandat du président Bolsonaro au moyen, d’un côté, du contenu de sa politique extérieure, ou, de l’autre côté, par l’entremise de son outillage diplomatique, il est possible d’avoir deux visions contrastantes, l’une marquée par une certaine continuité, l’autre coupée en deux parties bien démarquées entre elles. En effet, sous cette seconde approche, il y a deux périodes bien nettes du point de vue de la diplomatie : entre janvier 2019 et mars 2021, une première phase ; ensuite, depuis avril 2021 jusqu’à la fin du mandat. Cette division est beaucoup moins nette du point de vue de la politique extérieure, celle qui dépend strictement du président et d’un cercle très limité. Cela se comprend si l’on tient compte de la structure de prise de décisions dans les relations extérieures du Brésil : une république présidentialiste, où la compétence en la matière appartient exclusivement ou essentiellement au chef de l’État (qui l’est aussi du gouvernement), assisté, théoriquement, du ministre des Affaires étrangères, mais éventuellement conseillé par d’autres éléments du cercle présidentiel.

Si la diplomatie a été marquée par une nette rupture, et pas seulement de style, entre le premier ministre, Ernesto Araujo, hautement idéologique, et son successeur, Carlos França, essentiellement professionnel, la politique étrangère n’a pas subi des grands changements, étant donnée la personnalité du président. Celui-ci, élu en 2018 dans une poussée de l’extrême-droite depuis l’impeachment de la présidente Dilma Rousseff (2016), est cependant surtout redevable de son cercle intime de « conseillers », des membres de sa propre famille et d’un noyau de militaires alignés sur la vision de monde de la dictature militaire (1964–1985). Jusqu’à la fin de 2018 le Brésil semblait entièrement satisfait de la qualité de sa diplomatie, tenue pour excellente selon l’avis de ses voisins régionaux mais aussi de ses principaux partenaires ; à partir de 2019, ce consensus interne et externe semble s’être évanoui, au point où l’on en arrive à parler du Brésil, et de sa diplomatie, comme d’un pays « paria » international.

Cet essai survolera les grandes options de politique étrangère de la première moitié du mandat de Bolsonaro — certainement inouïes dans le contexte historique de la diplomatie du Brésil —, pour se détenir ensuite sur les principaux dossiers traités par la présidence et par la diplomatie professionnelle. Cette bipartition est importante, étant données les différences subtiles entre l’une et l’autre, surtout pendant la deuxième moitié du mandat. Ces éléments sont les relations bilatérales avec les États-Unis et particulièrement avec Trump (2019–2020) ainsi qu’avec la Chine, les rapports régionaux avec l’Union Européenne par l’entremise du Mercosur, ainsi que la politique pour l’environnement, responsable de la détérioration de l’image du Brésil dans le monde, et la politique régionale, surtout en Amérique du Sud. Un autre domaine important est constitué par les thèmes à l’ordre du jour dans les organisations internationales, dont les droits de l’homme, le système multilatéral de commerce et, d’une nature conjoncturelle, l’irruption de deux événements majeurs de 2020 à 2022 : la pandémie du Covid-19 et la guerre d’agression de la Russie contre l’Ukraine en 2022. 

 

Au début était l’anti-globalisme, bête noire de la nouvelle droite

(...)

Trump, le sauveteur de l’Occident, tenu comme guide de Bolsonaro

(...)

Chine ou le techno-totalitarisme, censé détruire la démocratie au Brésil

(...)

L’Union Européenne et son insistance agaçante sur l’environnement 

(...)

Le Mercosur et l’Amérique du Sud : des opportunités perdues

(...)

Soudain, la pandémie révèle le négationnisme du président

(...)

L’isolement international du Brésil : une nouveauté depuis la dictature militaire

(...)

L’Ukraine et la disjonction entre la politique présidentielle et l’Itamaraty

(...)

Du jamais vu dans l’histoire de la diplomatie brésilienne : un premier bilan

(...)


Résumé :

Deux périodes distincts dans la diplomatie brésilienne, la première sous um ministre antimondialiste, la deuxième, avec un diplomate tout à fait dans la carrière. La politique extérieure, quant à elle, a suivi les instincts primaires du président : une soumission canine au président Trump, la méfiance politique de la Chine (tenue encore pour « communiste »), des accrocs avec les européens sur des questions d’environnement et des droits indigènes, des ruptures idéologiques en Amérique du Sud, un négationnisme forcené pendant la pandémie et l’appui objectif à Poutine dans sa guerre d’agression. Le Brésil est devenu totalement isolé diplomatiquement. 

 

Abstract

Two very different styles in Brazilian diplomacy, first under a truly anti-globalist minister, followed by a professional diplomat guided by the traditional patterns of the Foreign Service. External policy though was commanded by the primitive instincts of the president: a strict submission to Donald Trump, a mistrust concerning China’s “communist” inclinations, conflicts with European partners around environment and Indigenous rights, an ideological divide in South American between Left and Right governments, a strong negationist stance during the Covid pandemics and an objective position favoring Putin’s aggression war. In the end, Brazil found itself in a complete diplomatic isolation.  

 

Paulo Roberto de Almeida est diplomate de carrière, docteur ès Sciences Sociales de l’Université Libre de Belgique et professeur universitaire ; actuellement est directeur de Publications à l’Institut Historique et Géographique de Brasilia. Auteur de nombreux livres sur la diplomatie brésilienne et l’intégration régionale, son dernier ouvrage publié s’intitule Apogeu e Demolição da Política Externa : itinerários da diplomacia brasileira (2021) ; sous presse, un livre sur les « constructeurs de la nation : projets pour le Brésil, de Cairu à Merquior ». 


Íntegra do artigo nestes links: 

https://www.academia.edu/89826043/Relations_internationales_du_Bresil_de_2019_a_2022_Paulo_Roberto_de_Almeida_Problemas_dAmerique_Latine_

https://www.academia.edu/89826043/PAL119_120_art2_DE_ALMEIDA

Guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia: briefing do NYT

O briefing diário do New York Times sobre a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia:

November 2, 2022

Author Headshot

By Carole Landry

Editor/Writer, Briefings Team

Welcome to the Russia-Ukraine War Briefing, your guide to the latest news and analysis about the conflict.

Ukrainian troops removing the body of a Russian soldier in Kupiansk-Vuzlovyi, in the Kharkiv region.Finbarr O'Reilly for The New York Times

Russian generals discussed tactical nukes

As Russian forces lost ground in recent weeks, senior Russian military leaders had conversations about when and how Moscow might use a tactical nuclear weapon in Ukraine, according to U.S. officials.

President Vladimir Putin was not a part of the conversations, according to intelligence reports that were circulated inside the U.S. government in mid-October, my colleagues Helene Cooper, Julian Barnes and Eric Schmitt report. But the discussions did set off alarm bells.

The discussions showed the frustration of Russian generals about their failures on the ground, and added context to Putin’s veiled threats to use nuclear weapons.

The new intelligence surfaced when Russia began pushing the unsubstantiated claim that Ukraine was planning to use a dirty bomb. U.S. officials expressed concern that Russia was laying the groundwork for a false flag operation, in which the detonation of a dirty bomb would be the pretext for a Russian response using a tactical nuclear weapon.

Late last month, the U.S. defense secretary, Lloyd Austin, and the Russian defense minister, Sergei Shoigu, discussed the claims during two phone calls. Shoigu also spoke with his British, French and Turkish counterparts.

Biden administration officials and U.S. allies say the phone calls helped ease some of the nuclear tensions. Last week, Putin denied in a speech that Moscow was preparing to use a nuclear weapon, which further lowered the temperature, according to some of the officials.

“We see no need for that,” Putin said in his speech. “There is no point in that, neither political nor military.”

No tactical nuclear weapon has ever been used in combat. Such a weapon could be deployed in any number of ways, including by missile or artillery shell.

Russia conducted an annual military exercise last week testing nuclear-capable missiles, but U.S. officials say they have seen no evidence that the Russians are moving nuclear weapons into place or taking other tactical measures. But a top Kyiv official said that more than 400 fallout shelters were being readied in the capital to prepare for a possible nuclear attack.

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Why Vladimir Putin Would Use Nuclear Weapons in Ukraine - Masha Gessen (The New Yorker)

 Why Vladimir Putin Would Use Nuclear Weapons in Ukraine

The more the Kremlin has signalled its readiness to drop a nuclear bomb, the more the rest of the world has sought a reason to believe that it will not.

By Masha Gessen

The New Yorker, November 1, 2022 

On October 23rd, the Russian defense minister, Sergei Shoigu, made phone calls to the defense ministers of four NATOmember countries to tell each of them that Ukraine was planning to detonate a “dirty bomb”—that is, a conventional weapon spiked with radioactive material—on its own territory. Three of the four recipients of this information—France, the United Kingdom, and the United States—responded that day with an unusual joint statement denouncing the claim. (Shoigu’s fourth interlocutor was Turkey.) Russian leaders and propagandists, who covered the phone calls in some detail, don’t necessarily think that anyone, anywhere, will believe that Ukraine would use a radioactive weapon against its own people just so it can blame Russia for the attack. Shoigu’s phone calls were preëmptive, another example of Russia creating information noise, sowing doubt, asserting the fundamental unknowability of the facts of war. On Thursday, Vladimir Putin said that he had personally directed Shoigu to make the calls, and this claim underscored their true meaning: Russia is preparing for a nuclear, or nuclearish, strike in Ukraine.

This was not the first, second, or third time that Moscow had sent this message. Putin has been rattling the nuclear sabre since the start of the full-scale invasion in February, and, indeed, for many years before. In 2014, months after annexing Crimea and at the height of engineering a pro-Russian insurgency war in eastern Ukraine, Russia changed its military doctrine to open up the possibility of a nuclear first strike in response to a threat from NATO. In 2018, Putin first profferedhis promise—since reprised, and replayed many times by Russian television—that, in a world-scale nuclear event, Russians will go to heaven while Americans “just croak.” The threat of a nuclear strike has become more apparent—more frequently repeated on Russian propaganda channels—since the Ukrainian counter-offensive began, at the end of the summer.

The more the Kremlin has signalled its readiness to drop a nuclear bomb, the more the rest of the world has sought a reason to believe that it will not. Earlier this month, the U.K.’s defense secretary, Ben Wallace, reassured the audience at a Conservative Party conference that, although Putin’s actions could be “totally irrational,” he wouldn’t use nuclear weapons because he couldn’t risk losing the support of China and India—both of which, Wallace asserted, had put Putin on notice. President Biden has offered a different perspective: Putin, he said, is a “rational actor who has miscalculated significantly” in launching his offensive in Ukraine, and this was the reason he wouldn’t use nuclear arms. (On another occasion, Biden said that a Russian nuclear strike would unleash Armageddon.) Jake Sullivan, the U.S. national-security adviser, has consistently said that the White House takes Putin’s threats seriously and would respond decisively in the case of a nuclear attack. Still, in recent weeks, as Moscow has ramped up its warnings, it has become conventional wisdom, or perhaps just good form, to say that Putin isn’t really going to use nukes. “Russian President Vladimir Putin will probably not drop an atomic bomb on Ukraine,” a September Washington Post editorial began, axiomatically. Bloomberg’s European affairs columnist Andreas Kluth started a recent column by instructing the reader to “put aside, if you can, the growing anxiety about Russian President Vladimir Putin going nuclear in his barbaric war in Ukraine” because, Kluth asserted, the risk “remains small.”

These reassurances tend to rely on arguments that fall into three categories: Putin fears the consequences of a nuclear strike, Putin is unwilling to put Russian citizens at risk, and a nuclear strike will not help accomplish Putin’s strategic goals. Back in July, James Stavridis, a former Supreme Allied Commander of NATO, laid out most of these arguments in a Bloomberg column. He wrote that Putin understands he needs to work to maintain the political support China has reluctantly given him, and the economic coöperation of Latin American, African, and South Asian countries—especially India—that continue to buy Russian oil and gas. Putin also, according to Stavridis, “likes his life and loves his country”—and the use of a nuclear weapon would jeopardize both. Stavridis argued that the conceivable strategic objectives of using a nuclear weapon—to cut off military supply lines by destroying the western Ukrainian city of Lviv; to decapitate the state by annihilating the capital, Kyiv; to devastate Ukraine’s economy by pulverizing the Black Sea trade-port city of Odesa—could be achieved with less risk by using conventional weapons. Finally, Stavridis noted, if Russia used a nuclear weapon, it could not deny that it had, the way it was able to at least attempt to deny that it had used chemical weapons in Syria.

In an October 5th Substack newsletter, the Yale historian Timothy Snyder, one of the most knowledgeable observers of the war in Ukraine, cautioned his audience against caving to Putin’s “nuclear blackmail” and advanced several new arguments for why Putin is not about to use nuclear weapons. With a military draft in effect since late September, Russia is putting hundreds of thousands of men on the ground in Ukraine, and Putin wouldn’t want to risk killing them by detonating a nuclear bomb, Snyder argued. Russia has unilaterally (and illegally) declared a chunk of Ukraine to be part of Russia—which makes it impossible for Putin to detonate a nuclear bomb in eastern Ukraine, where it would presumably devastate lands and people Russia claims as its own. The country has had so much trouble holding on to its military equipment, and, conversely, Ukraine has proven so adept at shooting down and capturing Russian weapons, that Moscow would not risk bringing a nuclear weapon even close to Ukraine. Finally, Snyder argued, given that Russia has been losing to Ukraine for months, if Putin were going to detonate a nuclear bomb as a desperate response to military defeat, he would have done so already. What Putin really needs, Snyder argued, is to shore up his power at home, something he is more likely to accomplish by finding a way to end the war—a nuclear bomb, Snyder suggested, would almost certainly prolong it.

Snyder is making the case that a nuclear attack against Ukraine would risk too much collateral damage to Putin, his people, and his troops—and that Putin’s awareness of these risks has so far held him back. And, like Stavridis, he suggests that Putin doesn’t need to use nuclear weapons to end the war. But, as the nuclear-arms expert Ankit Panda told my colleague Isaac Chotiner, Putin has been consistently—and unproductively, from the point of view of Western war science—running down his conventional arsenal; soon, cannon fodder, Iranian drones, and nuclear arms may be all he has left. “He’s making tactical military decisions that really don’t make sense from the perspective of rational military planning,” Panda said.

When we say that someone isn’t acting rationally, what we mean is that we do not understand the world in which the person’s actions are rational. The problem is not so much that Putin is irrational; the problem is that there is a world in which it is rational for him to move ever closer to a nuclear strike, and most Western analysts cannot comprehend the logic of that world. Robert Jay Lifton, the pioneering psychiatrist and historian who has written about nuclear arms for half a century, is fond of quoting the philosopher Martin Buber’s phrase “imagine the real.” That is what we fail to do when we talk about Putin and his nuclear threat: we can’t imagine the very real possibility that he will follow through.

We have three sources for understanding what the world looks like to Putin: Putin’s own statements, Russian propaganda, and the voices of Russian defectors. During the Soviet period, memoirs by men who fled to the West—such as the former Party functionary Abdurahman Avturkhanov and the former spy Anatoli Granovsky—served as manuals to the thinking of the Soviet leadership for generations of researchers. These days, it’s much easier to leave Russia than during the Soviet Union, when citizens were rarely allowed to travel abroad and, if they were, had to endure constant surveillance. And yet few highly placed Russians have left recently, and so far only Boris Bondarev, a diplomat who defected following the full-scale invasion of Ukraine, has written in detail about his experience. Bondarev’s article in the current issue of Foreign Affairs is a fascinating account of a conspiracy of distortion. “Even some of my smart colleagues had Russian propaganda playing on their televisions all day,” Bondarev, who had been stationed in Geneva, wrote. “It was as if they were trying to indoctrinate themselves.”

After Russia illegally annexed Crimea in 2014, the U.S., members of the European Union, and some other Western nations imposed economic sanctions on the country. Putin responded with counter-sanctions, effectively isolating the Russian economy even further. The Kremlin spun the entire affair as a victory, a boon for domestic manufacturing—and in some sectors this was true. But, Bondarev writes, some essential components used in defense production—sensors for aircraft, for example—came from Western manufacturers, and sanctions cut off the supply. “Although it was clear to my team how these losses undermined Russia’s strength, the foreign ministry’s propaganda helped keep the Kremlin from finding out,” Bondarev writes. “The consequences of this ignorance are now on full display in Ukraine: the sanctions are one reason Russia has had so much trouble with its invasion.”

Similarly, diplomats covered up losses on the international-relations front. In 2018, when Russia stood accused of poisoning Sergei Skripal and his daughter, in Salisbury, the Kremlin attempted to derail the investigation by introducing a resolution before the Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons. It was easily defeated, but Bondarev writes that cables to Moscow reduced the loss to a single sentence, surrounded by paragraphs “about how they had defeated the numerous ‘anti-Russian,’ ‘nonsensical,’ and ‘groundless’ moves made by Western states.”

Such is the feedback loop of propaganda, ambition, and fear that shapes Putin’s perceptions of the world. When Russia invaded Ukraine, Bondarev writes, many of his colleagues “took pride in our increasingly bellicose behavior.” When questioned, “they gestured at our nuclear force.” This was during the very early days of the full-scale war, when Russians and much of the world believed that Ukraine would quickly lose. As the Russian offensive faltered, the deployment of the nuclear threat went from triumphant to menacing. “One official, a respected expert on ballistic missiles, told me that Russia needed to ‘send a nuclear warhead to a suburb of Washington’”, Bondarev writes. “He added, ‘Americans will shit their pants and rush to beg us for peace.’ He appeared to be partially joking. But Russians tend to think that Americans are too pampered to risk their lives for anything, so when I pointed out that a nuclear attack would invite catastrophic retaliation, he scoffed: ‘No, it wouldn’t.’”

Although it may be evident to a non-Russian military strategist that the use of a nuclear weapon would be strategically disastrous for Russia, Putin sees his mission in grander and less pragmatic terms. He believes that, on the one hand, he is facing down an existential threat to Russia and, on the other, that Western nations don’t have the strength of their convictions to retaliate if it comes to nukes. Any small sign of a crack in the Western consensus—be it French President Emmanuel Macron pressuring Ukraine to enter peace negotiations, or the House Republican leader Kevin McCarthy criticizing what he sees as unconditional aid to Ukraine—bolsters Putin’s certainty. An army of yes-men and the propaganda machine amplify both the threat Russia ostensibly faces and the support it supposedly enjoys.

Last week, Putin hosted his annual Valdai policy conference, an invitation-only junket that has traditionally served as a way for him to broadcast his message to the world. In the past, the audience has consisted largely of Western journalists and Russia scholars. But the crowd at this year’s event was different. The topic was “A Post-Hegemonic World: Justice and Security for All.” Putin delivered a nearly hour-long talk on the need to liberate the non-Western world from the choke hold of “cancel culture” and “the ten different genders” that the West inflicts on countries in place of “traditional values.” For a couple of hours afterward, he fielded questions from representatives of Indonesia, Pakistan, India, Brazil, former Soviet republics in Central Asia and the Caucasus, and others; most speakers began by expressing respect bordering on adulation. “Many countries are tired of living under the rule of external powers,” Putin remarked at one point. “The more they see us pushing back against that pressure, the more they support us. That support will only grow.”

Putin’s world view—in which he, a once-lowly K.G.B. bureaucrat, wields a mighty sword that will save the world from decadence and decay—is the product of his specific background and historical moment, but it also belongs to a recognizable type of thought. Charles Strozier, who founded the Center on Terrorism at the John Jay College of Criminal Justice at the City University of New York, has written extensively on what he calls the “fundamentalist mindset,” the kind of thinking that can fuel genocidal violence. And he has recently written about the evidence that suggests Putin, like Adolf Hitler and Osama bin Laden, has it. Strozier told me, “The thing that psychologically infuses the leadership style of someone like Putin, or Hitler, is the certainty that comes with paranoia.”

That Putin is paranoid is an observable fact: he is obsessed with the idea that Russia is surrounded by enemies; he is terrified of all protest and dissent, even though he has long since disabled any levers by which either could influence his regime; his fear of the coronavirus and, possibly, assassination, has driven him into near-total isolation and compels him to hold in-person conversations across giant tables. “The certainty that comes with paranoia is a strength of their leadership style, but, because they are inflexible, they make huge mistakes,” Strozier said.

The fundamentalist mind-set is apocalyptic and millenarian. Hitler had the idea of the “thousand-year Reich,” which positioned him as a successor to Roman and German emperors. Putin’s excursions into history have been similarly grandiose: he views himself as the last of a lineage of Russian emperors, and he explicitly dismisses historical facts—such as the existence of the Ukrainian state—that interfere with this narrative. Snyder, the Yale historian, has written extensively about the apparent influence on Putin of Ivan Ilyin, a twentieth-century Russian émigré philosopher who believed that the world, corrupted by Western-style liberalism and individualism, was ripe for radical renewal at the turn of the new millennium. I think that Snyder may overestimate the primacy of Ilyin’s teachings in Putin’s thinking: Putin uses ideas instrumentally, picking up and wielding them when he needs to say something that affirms his intuition. He has, similarly, used the ideas of the contemporary philosopher Alexander Dugin, another mystical thinker who believes that Russia’s mission is to restore traditional order to a world endangered by chaos coming from the West. The specific words and concepts are less important than Putin’s sense of his own vast historic mission.

In a 1990 book called “The Genocidal Mentality,” Lifton, the psychohistorian, discussed the term “nuclearism,” which he viewed as an ideology akin to Nazism. The politics of deterrence, he argued—the entire school of thought that saw the survival of the world as contingent on a balance between powers capable of annihilating it—activated “a mind-set that includes individual and collective willingness to produce, deploy, and, according to certain standards of necessity, use weapons known to destroy entire human populations.” Both nuclearism and Nazism offered themselves as cures for historical disasters: Nazism for the humiliation Germany supposedly suffered in the aftermath of the First World War and nuclearism for the catastrophe wrought by the U.S. bombing of Hiroshima and Nagasaki. Both Nazism and nuclearism positioned themselves as preventive, as hedges against a greater threat—to the Aryan race by Jews and others, or to all of human life by nuclear holocaust. Both ideologies are peculiarly modern in that they “include near worship of science and technology.” And both feature “vast societal involvement in a genocidal project, creating dangerous forms of bureaucratic momentum that can carry one across the threshold into genocide.”

In May, I wrote about the way Russian television was broadcasting Putin’s nuclear threat on repeat. Since then, the threat has morphed into a sense of inevitability. “We are not calling for nuclear war,” Margarita Simonyan, the chief of the RT propaganda consortium, said, shortly after Putin ordered the draft in September. “We are telling you that we have no other choice.”

The threat against which Russia must wield its nuclear shield is the encroachment of the West, framed variously as the expansion of NATO, an assault on traditional values, the advancement of “gender ideology,” and a spreading decadence. All of it adds up to an existential threat to Russia, which in Putin’s view is a besieged island of heterosexuality, whiteness, and truth. Strozier has written that the fundamentalist mind-set involves an overarching mission that justifies all means. “The salvational notion is always present in genocide,” he told me, citing Hitler’s belief that inferior forms of life had to be exterminated to enable the thousand-year Reich. “Large-scale violence, genocide is embarked upon for a moral purpose.”

Putin and his propaganda machine have also framed the war in Ukraine as a struggle that flows directly out of the battles of the Second World War. Over the years, Putin has reminded Russians that they sacrificed the most in the fight against the Nazis—at least twenty six and a half million killed, according to post-Soviet historians. (A disproportionate number of those lost lives were Ukrainian, but Russia lays claim to their legacy, too.) He has also asserted that Russia was “alone” in fighting the Nazi menace and therefore Russia has the right to determine who is a Nazi now. But Russia is not just cosplaying the Second World War—the country is still prosecuting it, fighting to regain the superpower status once achieved by beating back Nazi Germany. This narrative bolsters Putin’s belief that he has the moral right to use nuclear arms. The Americans did it, so the Russians can, too.

Lifton won the National Book Award in 1969 for a book about survivors of the bombing of Hiroshima, in which he described the predicament of the city’s residents as a “lifelong immersion in death.” The phrase can just as well be used to describe the experience of Russians who grew up in the shadow of the Second World War. Putin was born in the first postwar decade, and raised in Leningrad, a city that lost a still uncounted number of civilians—the official toll was six hundred and thirty-two thousand, but estimates range upward of a million—during a nearly nine-hundred-day siege. The siege of Leningrad was, by contemporary standards, a war crime, one that Russian troops have repeated this year in Mariupol and elsewhere in Ukraine. The devastation of the city and the degradation of its residents were total: people died of hunger, but not before they had eaten, pawned, or used as fuel whatever remained of their lives.

After the war, Soviet propaganda glossed over the ugly brutality of the siege while it valorized its victims and survivors. Polina Barskova, a Russian poet, literary scholar, and historian at the University of California, Berkeley, told me, “What distinguished books about the siege that could be published from those that couldn’t was that the former claimed the sacrifice had a purpose. It was Victory with a capital “V” over Enemy with a capital “E” and Evil with a capital “E.” It’s the kind of goal for which you can sacrifice any number of human lives.” For Leningrad natives, this myth is a birthright. For Putin, it is further proof that he has the moral right to kill, or condemn, entire human populations.

Putin’s older brother died, as a toddler, during the siege. His parents survived—barely, miraculously. “No one could survive by living solely off the ration cards issued by the government,” Barskova, whose book of short stories and essays about the siege, “Living Pictures,” was recently published in an English translation, said. “That is just a fact. Every survivor was a miracle, and most acts of surviving were transgressive, criminal.” Survivors had access to state power—nomenklatura rations—or committed crimes to pull through, or both. Putin is now the head of the criminal state that is Russia. He believes that he is exceptional and will survive the nuclear disaster he unleashes. It also helps that he has built a series of bunkers, underground palaces where, he imagines, he can survive the nuclear holocaust in luxury.

In the end, every “rational” case for why Putin won’t use nuclear weapons in Ukraine falls short. He is not afraid of losing support from his current allies, because he misapprehends Russia’s position in the world; he sees Russia as politically, economically, and militarily stronger than it is. Chinese and Indian leaders may express alarm at the use of extreme measures such as nuclear weapons, but to Putin this points to their lack of resolve—their weakness, not the Kremlin’s. And, if need be, he is prepared to make outlandish denials, no matter how implausible. Russian propagandists have argued that the Malaysian airliner shot down over eastern Ukraine in 2015 was packed with corpses by bad actors trying to frame Russia and that the scenes of war crimes in Bucha were “staged.” Indeed, Shoigu’s Sunday phone calls opened the possibility of Russia deflecting blame for a nuclear strike by claiming that it was a Ukrainian false-flag operation.

The arguments that Putin won’t use nuclear weapons because doing so would endanger Russians, including himself, are blind to the fact that Putin believes he has the right, possibly the moral obligation, to sacrifice hundreds of thousands or millions of people. The argument that a nuclear strike wouldn’t help Putin achieve his strategic goals mistakes Russia’s strategic goals as anything but inflicting terror on Ukrainians. The losses the Russian military is suffering now can only motivate Putin to create more terror, against more people.

The one credible argument remaining is that Putin may fear repercussions. He is not afraid of nuclear retaliation—because Ukraine doesn’t have its own nuclear weapons and NATO is unlikely to mount a nuclear response against the use of a nuclear weapon inside Ukraine. (And, if NATO did, Putin believes that he would have a totally mobilized, albeit diminished, nation.) What he may fear, however, is an extreme response from NATO using conventional weapons—a series of strikes, for example, that would devastate Russia’s Black Sea Fleet and destroy all its remaining military capability in Ukraine. This would be a blow so humiliating that nothing but a second, more powerful nuclear strike could avenge it. Is that a prospect that Putin is unwilling to contemplate? Possibly not, but it is as close as the West can get to deterrence these days. 

More on Russia’s Invasion of Ukraine

Sign up for our daily newsletter to receive the best stories from The New Yorker.


Masha Gessen became a staff writer at The New Yorker in 2017. Their latest book is “Surviving Autocracy.”

More:Vladimir PutinUkraineNuclear WarRussiaNuclear WeaponsForeign Policy


Petrolão: Petrobras recupera mais de 6 bilhões dos recursos roubados

 Petrobras sobre acordos de leniência

 

Rio de Janeiro, 01 de novembro de 2022 – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que recebeu, ao longo do último trimestre, a devolução de cerca de R$ 439 milhões, recuperados por meio de acordos de leniência das empresas Camargo Corrêa,  Novonor S.A. (anteriormente denominada Odebrecht S.A.) e SBM, bem como acordo de colaboração do Pedro Barusco.

Com essas devoluções, o total de recursos transferidos para os cofres da Petrobras (incluindo subsidiárias), em decorrência de acordos de colaboração, leniência e repatriações, ultrapassou o montante de R$ 6,7 bilhões.

A Camargo Corrêa devolveu, no mês de outubro, R$ 235,6 milhões à Petrobras e outros R$ 6,9 milhões à Transpetro, subsidiária da Companhia e contemplada no mesmo acordo de leniência, além de R$ 88 milhões já recebidos anteriormente, que representam algumas das parcelas do montante total a ser devolvido.

A Novonor S.A., por sua vez, pagou R$ 71,3 milhões para a Petrobras e outros R$ 728 mil para Transpetro, que representam parte do montante total a ser devolvido, que deverá ser pago por meio de 22 (vinte e duas) parcelas anuais.

Os acordos de leniência da Camargo Corrêa e da Novonor foram celebrados com o Ministério Público Federal (MPF), bem como com a Controladoria Geral da União (CGU) e Advocacia Geral da União (AGU). 

A SBM devolveu, para a Petrobras, R$ 113,7 milhões entre agosto e outubro de 2022. Aproximadamente R$ 48,7 milhões foram pagos diretamente à Companhia e outros R$ 64,9 milhões foram abatidos de pagamentos devidos pela Petrobras à SBM em decorrência de contratos vigentes de afretamento de plataformas e prestação de serviços. O acordo de leniência da SBM foi celebrado em 2018 com a Petrobras, além da CGU e da AGU. Excetuados os valores ressarcidos nesse último trimestre, aproximadamente R$ 1,1 bilhão já foram devolvidos pela SBM à Petrobras em decorrência da celebração do acordo.

Os ressarcimentos decorrem da condição de vítima da Petrobras nos crimes investigados no âmbito da Operação Lava Jato. A Companhia tem adotado as medidas cabíveis em busca do adequado ressarcimento dos prejuízos que lhe foram causados. A Petrobras atua como coautora do Ministério Público Federal e da União Federal em 32 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 90 ações penais relacionadas aos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato.

 


Petróleo Brasileiro S.A - PETROBRAS - Relações com Investidores

Depoimento de Paulo Roberto de Almeida a Luiz G. Maluf (Mundo em Análise)

Diplomacia econômica e política comercial: entrevista de Paulo Roberto de Almeida a Luiz G. Maluf

Uma conversa com Luiz G. Maluf sobre a diplomacia econômica do Brasil, sua política comercial e outros aspectos suscitados pelo entrevistador: Luiz G. Maluf, do Mundo em Análise.


A CONVERSA - DIPLOMATA PAULO ROBERTO DE ALMEIDA - PT 1 [Bio + Intersecção com a História Brasileira]

Desenho de um círculo

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Mundo em Análise

 

Como um apaixonado por biografias e trajetórias, tenho um prazer especial em poder acompanhar as histórias e os "causos" daqueles vultos que com certeza marcarão época. É um grande prazer poder ouvir do próprio sujeito, algo muito raro, e ainda interagir. 

 

PARTE I: Paulo Roberto de Almeida permite que em pouco menos de 50 minutos tenhamos a intersecção do que vivenciou em uma longa trajetória diplomático-acadêmica, perpassando o regime militar, o comunismo, as fronteiras políticas, a democracia brasileira e os meandros políticos do PT até desembocar na lastimável política externa do Gov. Bolsonaro.

LINKhttps://www.youtube.com/watch?v=QM7Iz8B0odQ

 

Na PARTE II, A MENTALIDADE PROTECIONISTA VS MULTILATERALISMO, Paulo Roberto de Almeida traz nesta pílula um pouco dos fatores importantes e concepções que marcam os posicionamentos estratégicos que regem a mentalidade tacanha do protecionismo x os avanços multilaterais da esfera político-econômica. AQUI teremos um aprofundamento da visão dos grandes fatos e atores que ditam nosso cotidiano, ainda que não tenhamos plena ciência disso. Nada melhor do que a prática para desmontar as ficções teóricas que rodeiam os acadêmicos.

LINKhttps://www.youtube.com/watch?v=8IHeYolx39U

 

PARTE III: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA DIPLOMACIA BRASILEIRA E SUAS MENTALIDADES

Paulo Roberto de Almeida traz nesta pílula um pouco da evolução contemporânea da diplomacia brasileira e permeia a mentalidade / postura para alguns posicionamentos.

LINKhttps://www.youtube.com/watch?v=M38g3LiqNsE

 

PARTE IV: O QUE SABOTA O COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO; digressões sobre nosso protecionismo renitente e nosso eterno mercantilismo.

LINKhttps://www.youtube.com/watch?v=xE7lCPslKY4

 

Seu site éhttp://pralmeida.org/

Sua biografia: Doutor em Ciências Sociais (Université Libre de Bruxelles, 1984), Mestre em Planejamento Econômico (Universidade de Antuérpia, 1977), Licenciado em Ciências Sociais pela Université Libre de Bruxelles, 1975). É diplomata de carreira, por concurso direto, desde 1977; serviu em diversos postos no exterior e exerceu funções na Secretaria de Estado, geralmente nas áreas de comércio, integração, finanças e investimentos. Foi professor de Sociologia Política no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília (1986-87) e, desde 2004, é professor de Economia Política no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Direito do Centro Universitário de Brasília (Uniceub). É editor adjunto da Revista Brasileira de Política Internacional, colabora com várias iniciativas no campo das humanidades e ciências sociais, e participa de comitês editoriais de diversas publicações acadêmicas. De agosto de 2016 a março de 2019 foi Diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IPRI), afiliado à Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), do Ministério das Relações Exteriores. 

Seus Livros Publicados: Seleção de livros publicados: Apogeu e demolição da política externa brasileira (Curitiba: Appris, 2021) Uma certa ideia do Itamaraty: a reconstrução da política externa e a restauração da diplomacia brasileira (Brasília: Diplomatizzando, 2020); Um contrarianista na academia: ensaios céticos em torno da cultura universitária (Brasília: Diplomatizzando, 2020; 363 p.); A ordem econômica mundial e a América Latina: ensaios sobre dois séculos de história econômica (Brasília: Diplomatizzando, 2020, 308 p.); O Mercosul e o regionalismo latino-americano: ensaios selecionados, 1989-2020 (Edição Kindle, 453 p.) Marxismo e socialismo: trajetória de duas parábolas da era contemporânea (Brasília: Edição de Autor, 2019); Miséria da diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (Boa Vista: Editora da UFRR, 2019); Contra a Corrente: ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil, 2014-2018 (Curitiba: Appris, 2019); A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (São Paulo: LVM, 2018); O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (Curitiba: Appris, 2017); Révolutions bourgeoises et modernisation capitaliste: démocratie et autoritarismo au Brésil (Sarrebruck: Éditions Universitaires Européennes, 2015); Die brasilianische Diplomatie aus historischer Sicht: Essays über die Auslandsbeziehungen und Außenpolitik Brasiliens (Saarbrücken: Akademiker Verlag, 2015); Nunca Antes na Diplomacia…: a política externa brasileira em tempos não convencionais (Curitiba: Appris, 2014); Integração Regional: uma introdução (São Paulo: Saraiva, 2013); O Príncipe, revisitado: Maquiavel para os contemporâneos (Kindle edition: 2013); Relações internacionais e política externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (Rio de Janeiro: GEN, 2012); Globalizando: ensaios sobre a globalização e a antiglobalização (Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011); O Moderno Príncipe (Maquiavel revisitado) (Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2010); O estudo das relações internacionais do Brasil: um diálogo entre a diplomacia e a academia (Brasília: LGE, 2006); Formação da diplomacia econômica no Brasil: as relações econômicas internacionais no Império (São Paulo: Senac, 2001; 2005); Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (São Paulo: Paz e Terra, 2002); Mercosul: Fundamentos e Perspectivas (São Paulo: LTr, 1998). Editou ou coordenou a publicação de diversos outros livros, e participou de várias dezenas de obras coletivas, com capítulos sobre os temas preferenciais de pesquisa. 

Blog : http://diplomatizzando.blogspot.com/

CV-Latteshttp://lattes.cnpq.br/9470963765065128

Academia.edu: https://unb.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida

Research Gatehttps://www.researchgate.net/profile/Paulo_Almeida2