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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

“Momentos do Espírito, Paisagens da Alma”: ciclo de conferências de Cláudio Guimarães dos Santos (IHG-DF)

O colega, amigo e grande intelectual, Claúdio Guimarães dos Santos, anuncia seu ciclo de palestras no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. 


Compartilho, abaixo, o Programa do Ciclo de Conferências "Momentos do Espírito, Paisagens da Alma", que ministrarei, ao longo de 2023, no Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal (IHG-DF), no qual ocupo a cadeira de número 126, cujo patrono é o Embaixador Sérgio Corrêa da Costa.

Serão, no total, 6 conferências gratuitas e abertas aos interessados.


Um abraço caloroso a todos.


INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO DISTRITO FEDERAL - IHG-DF

 

CICLO DE CONFERÊNCIAS

“Momentos do Espírito, Paisagens da Alma”

Cláudio Guimarães dos Santos

Poeta, Ensaísta, Artista Plástico, Cineasta, Médico, Diplomata,

Mestre em Artes (ECA/USP), Doutor em Linguística (Université de Toulouse-Le Mirail), 

Acadêmico do IHG-DF (Cadeira 126)

 

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PROGRAMAÇÃO:

 

Terça-feira - 7/março/2023 – das 19h30 às 21h30:

“A natureza da poesia: da clareza do belo ao mistério do sublime”

 

Quarta-feira - 26/abril/2023 – das 19h30 às 21h30:

“O problema mente-corpo: como reunir o que nunca esteve separado?”

 

Quarta-feira - 31/maio/2023 – das 19h30 às 21h30:

“As fronteiras do mito: por uma cartografia dinâmica da alma”

 

Quarta-feira - 21/junho/2023 – das 19h30 às 21h30:

“As faces de Deus: a busca (inelidível) pelo sentido da existência”

 

Quarta-feira - 20/setembro/2023 – das 19h30 às 21h30:

O caos contemporâneo: do autismo midiático à solidão coletiva”

 

Quarta-feira - 25/outubro/2023 – das 19h30 às 21h30:

“Linguagem e silêncio: educação, autoconhecimento, ascese, redenção”

 

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AS CONFERÊNCIAS SERÃO GRATUITAS E ABERTAS AOS INTERESSADOS



Guerra na Ucrânia: 5 possíveis caminhos para o conflito em 2023 - BBC Internacional

 

Cenários sempre imprevisíveis...

Guerra na Ucrânia: 5 possíveis caminhos para o conflito em 2023

Tanque russo destruído em frente a templo ortodoxo na cidade libertada de Sviatohirsk

CRÉDITO, GETTY IMAGES

Legenda da foto, 

Tanque russo destruído na cidade libertada de Sviatohirsk

A guerra na Ucrânia está prestes a entrar no segundo ano-calendário. Perguntamos a vários analistas militares quais serão os desdobramentos do conflito, na opinião deles, em 2023.

Será que pode terminar no ano que se inicia? E como se daria isso — no campo de batalha ou na mesa de negociações? Ou será que pode continuar até 2024?

'A ofensiva de primavera da Rússia será fundamental'

Michael Clarke, diretor adjunto do Strategic Studies Institute, em Exeter, Reino Unido

Aqueles que buscam invadir outro país em qualquer lugar atravessando as grandes estepes da Eurásia são condenados a acabar passando o inverno lá.

Passo cadenciado' do governo Lula na relação com a OCDE - Assis Moreira (Valor)

Passo cadenciado' do governo Lula na relação com a OCDE


Sinalização é de menos ‘agenda Faria Lima’’ e mais ‘agenda face humana’’ de temas sociais
Assis Moreira
Valor — Genebra, 31/01/2023 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidirá em algum momento como tratará efetivamente as negociações para o Brasil entrar como sócio da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico (OCDE). Em entrevista ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, Lula sinalizou que o Brasil se interessa em participar da organização - ou seja, não vai fazer como a Argentina que congelou as discussões sobre a adesão.

De toda maneira, diante do pouco entusiasmo até agora demonstrado por Lula, alguns interlocutores falam de adoção de ‘passo cadenciado’’ e reorientação forte na relação com a OCDE, com menos ênfase na ‘agenda Faria Lima’’, restrita a questões econômicas, e bem mais na ‘agenda face humana’’ ou temas sociais.

Na verdade, nos próximos 18 meses não há grandes decisões políticas sensíveis que o governo precisará tomar nas negociações. O que está previsto é muito trabalho em comitês técnicos, com preparação de relatórios, questionamentos e respostas sobre diferentes aspectos da situação brasileira.

É preciso, porém, calibrar bem mesmo esse dito ‘passo cadenciado’’, porque é melhor estar dentro, e quanto mais cedo melhor, do que fora de uma organização com crescente influência na definição de padrões internacionais e com consequências econômicas concretas.

Há muitas questões a tratar com a OCDE, e a organização também sabe que a presença de um emergente de peso como o Brasil dá uma capacidade de legitimidade que ela ainda não tem. Alguns países membros parecem querer politizar mais a OCDE, como a Austrália, que se diz ‘preocupada’’ com relação à Rússia. Mas não são os australianos que vão definir o futuro da OCDE. Além disso, a avaliação de importantes observadores é de que nada obriga um país sócio a ter postura anti-China, por exemplo. O Brasil não vai ser menos desenvolvido por aderir à organização.

A OCDE de hoje não é controlada por uma agenda puramente neoliberal que alguns setores do governo parecem identificar. Dos 38 países membros, 20 tem governos de centro-direita ou de direita, mas a verdade é que a maioria da população vive sob governos de centro-esquerda.

Uma agenda progressista dentro da entidade avança, com a enfase a temas como educação, busca de uma globalização que possa gerar bons empregos, igualdade de gênero, proteção dos povos indígenas, proteção da floresta.

Uma das batalhas do precedente secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, com a então administração de Donald Trump foi que Washington queria priorizar economia, enquanto Gurria insistia na importância de agenda social. Com a saída de Trump, essa tensão deixou de existir.

O que é discutido na OCDE interessa a diferentes setores no Brasil, não apenas ao setor produtivo. A Nova Zelândia e o Canadá estão fortemente interessados em discutir formas de melhorar a situação econômica e social dos povos indígenas, algo que é prioridade também do governo Lula.

A OCDE é cada vez mais um centro da gestão da economia internacional e um definidor de agenda. Com a paralisia da Organização Mundial do Comércio (OMC), a OCDE toma a dianteira sobre definição da precificação do carbono, algo de peso na transição para a economia verde.

A possibilidade de influência brasileira na agenda internacional se ampliaria como membro ao mesmo tempo da OCDE, do Brics (grupo de grandes emergentes) e do G20, uma situação única entre os sócios. Também reforçaria a voz latino-americana, juntando-se a México, Colômbia, Chile, Costa Rica na entidade.

É preciso ver que, na verdade, a intensificação da cooperação entre o Brasil e a OCDE começou no governo Lula, e não antes. Foi em 2007, quando o país se tornou um dos parceiros do ‘engajamento ampliado’, facilitando sua participação nas atividades da organização.

Em 2015, com Dilma Rousseff, o Brasil aprofundou esse relacionamento, por um acordo assinado pelo então ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira. Alguns membros do governo queriam dar mais um passo, quando veio o impeachment de Dilma.

Foi no governo de Michel Temer que o Brasil, em 2017, encaminhou à OCDE a comunicação solicitando o início do processo de acessão à organização.

Quando veio o governo de Jair Bolsonaro, a demanda foi tirada do curso normal pelo Ministério da Economia, que viu uma oportunidade para promover a agenda de reformas estruturais.

Cinco anos depois do pedido brasileiro, em janeiro do ano passado, o conselho de ministros da OCDE aprovou convite ao Brasil para “abertura das discussões de adesão”. Às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial, o governo Bolsonaro enviou à OCDE um memorando com cerca de mil páginas para começar efetivamente as negociações de acessão à entidade.

Pelos parâmetros históricos, um processo de acessão na OCDE dura em média cinco anos.

Como a negociação envolvendo o Brasil começou no ano passado, Lula, se quiser, poderá conclui-la no prazo normal até o final de seu mandato de quatro anos e elevar a presença brasileira na governança global.