Ao que se sabe, na última reunião presidencial do antigo Pacto Andino -- desde os anos 1990 chamado de Comunidade Andina de Nações --, reunião aliás convocada pelo novo presidente boliviano (e bolivariano) Evo Morales, este mesmo presidente propos que a CAN, em lugar de Andina (um mero detalhe geográfico), pudesse ser chamada de Comunidade Antiimperialista de Nações, refletindo certamente os novos brios montagnards (da Revolução francesa, bien sur) na região.
Aparentemente, nem o presidente do Peru, Alejandro Toledo, nem o da Colômbia, Alvaro Uribe, concordaram com a insólita proposta do presidente da Bolívia, com o que a CAN perdeu uma oportunidade de ser “revigorada” bolivarianamente, como era a intenção original de Evo Morales.
Ele também insistiu em que o Chile fosse convidado a retomar sua qualidade de membro da "comunidade", a qual o longo país andino (e também amigo dos EUA, o maior e provavelmente único império da região) deixou em 1975 por diferenças de visão quanto a políticas setoriais, em especial em relação ao capital estrangeiro. Aparentemente, a posição defensiva em relação ao capital estrangeiro diminuiu na região.
Não se sabe se Evo Morales também exigiu o abandono dos acordos de livre-comércio que Colômbia e Peru firmaram com o império, em troca talvez de sua aceitação no quadro da Alba, a aliança bolivariana proposta por Chávez, e que até agora conta com Cuba e a própria Bolívia (e provavelmente o MLST de Bruno Maranhão, além de seu embaixador francês, José Bové).
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