domingo, 24 de dezembro de 2006

666) Uma lagrima para Braguinha

Músico Braguinha morre, aos 99 anos, no Rio

Morreu neste domingo, 24 de dezembro de 2006, ao meio-dia, o compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, aos 99 anos, de infecção generalizada. Segundo a assessoria de imprensa do hospital Pró-Cardíaco, zona sul do Rio, o músico foi internado no sábado à noite, após passar mal com alta taxa de glicose.

O hospital irá divulgar um boletim médico nesta tarde com mais detalhes sobre a morte de Braguinha. Braguinha deixa uma filha, três netos e pelo menos seis bisnetos.

Nascido no Rio de Janeiro em 29 de março de 1907, Braguinha compôs sucessos como Carinhoso (1937, com Pixinguinha), Sonhos Azuis (1936, com Alberto Ribeiro), Chiquita Bacana, Balancê, Touradas de Madrid e Pastorinhas, entre outros.

Um de seus maiores sucessos internacionais foi Copacabana, composto em 1944 e gravado por Dick Farney, em 1946, com orquestração de Radamés Gnattali.

Na gravadora continental, ex-Colúmbia, durante muitos anos foi diretor-artístico, contribuindo para a projeção de inúmeros artistas, época em que também lançou, no selo Disquinho, uma coleção de mais de 70 histórias infantis, que adaptava, criava e musicava.

Em 1984, na inauguração do Sambódromo, foi homenageado no desfile da Mangueira, com o enredo Yes, nós temos Braguinha, dando o tíulo à escola verde e rosa. Sua musicografia completa, inclusive com versões e músicas infantis, passa dos 420 títulos, uma das maiores e de mais sucessos de nossa música popular. Seu parceiro mais constante foi Alberto Ribeiro (1902-1971).

Braguinha participou como roteirista e assistente de direção em filmes da Cinédia. Juntamente com Alberto Ribeiro, escreveu composições para a trilha sonora de filmes como Alô, Alô, Brasil e Estudantes, cuja personagem principal foi estrelada por Carmem Miranda.

Em 1938, foi um dos responsáveis pela dublagem brasileira de Branca de Neve e os Sete Anões, da Walt Disney. Também participou das versões brasileiras de Pinóquio (1940), Dumbo (1941) e Bambi (1942), entre outros.

Confira a seguir a discografia do músico:

* Pra vancê/Coisas da roça (1929)
* Desengano/Assombração (1929)
* Salada (1929)
* Não quero amor nem carinho (1930)
* Dona Antonha (1930)
* Minha cabrocha/A mulher e a carroça (1930)
* Quebranto (1930)
* Mulata (1931)
* Cor de prata/Nega (1931)
* Tu juraste¿ eu jurei/Vou à Penha rasgado (1931)
* Samba da boa vontade/Picilone (1931)
* O amor é um bichinho/Lua cheia (1932)
* João de Barro (1972)
* Viva Braguinha (1985)
* João de Barro e Coisas Nossas (1983)
* Yes, nós temos Braguinha (1998)
* João de Barro (Braguinha)? ¿ Nasce um compositor (1999)
* João de Barro - A música do século, por seus autores e intérpretes (2000)

Veja a seguir as marchinhas de Carnaval do músico:

* Uma andorinha não faz verão (1931)
* Moreninha da praia (1933)
* Linda lourinha (1934)
* Deixa a lua sossegada (1935)
* Linda Mimi (1935)
* Pirata (1936)
* Cadê Mimi (1936)
* Cantores do rádio (1936)
* Balancê (1937)
* Touradas em Madri (1938)
* Pastorinhas (1938)
* Yes, nós temos bananas (1938)
* Pirulito (1939)
* Pirata da perna de pau (1947)
* Anda Luzia (1947)
* A mulata é a tal (1948)
* Tem gato na tuba (1948)
* Chiquita bacana (1949)
* Tem marujo no samba (1949)
* Lancha nova (1950)
* Vai com jeito (1957)
* Corre, corre, lambretinha (1958)

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