Estou cada vez mais surpreendido com o pensamento dos jovens -- e de alguns menos jovens -- no Brasil atual.
Ao postar uma matéria de jornal sobre os resultados da PNAD-IBGE e comentar sobre as políticas de apoio social do governo, recebi um comentário de uma leitora que se declarou frustrada, e enganada, pelo fato de que a "essência das [minhas] falas e comentários são de fundamento liberal".
Ela lamentava, então, ter ingressado no meu blog para ler a matéria, e os comentários a respeito da matéria, terminando assim:
"Pretendo não voltar a visitá-lo e lamento ter contado como número de acesso a este blog."
Toda a história está neste post:
Liberalismo: um grave pecado político e econômico (quarta-feira, 29 de setembro de 2010)
Já respondi o que achei que deveria a essa leitora de uma nota só, que no entanto não vai ler minha resposta e tampouco este comentário adicional.
Não importa, vou comentar mesmo assim.
Devo dizer, antes de tudo, que não me considero um liberal, tampouco um neoliberal (que não existe, claro), ainda que muitos acreditem que sim, apenas com base em meus comentários e artigos.
Não tenho afeição por nenhum rótulo, não me considero preso, ou vinculado, à qualquer ideologia política, não faço parte, nem nunca farei, de qualquer partido, nem me prendo a movimentos grupais, quaisquer que sejam eles. Sou apenas eu e meus neurônios funcionando (espero que satisfatoriamente).
A única coisa que poderia me definir seria ser "racionalista" (seja lá o que isso queira dizer), o que entendo seja mais um método do que um conjunto de proposições ordenadas e sistemáticas.
Ser racionalista é considerar cada problema humano, cada questão social em sua dimensão própria, em seu contexto apropriado, em suas relações de causa a efeito (se houver) e, a partir daí, ordenar um conjunto de respostas ou medidas adequadas que possam responder a este ou aquele desafio humano e social. Apenas isto.
Se algumas dessas respostas tiverem qualquer "fundamento liberal", não me preocupo mais da conta em mobilizar argumentos liberais ou posições do liberalismo -- não como um fim em si mesmo, compreenda-se -- para torná-las práticas e efetivas, na convicção de que aquelas posições são as mais racionalmente adequadas à solução ideal que se espera implementar.
Se, em outras circunstâncias, as melhores respostas forem de "base socialista", também não teria nenhuma dificuldade em propô-las, se elas corresponderem de fato à melhor saída "cost-effective" para o problema detectado.
Ou seja, não me prendo a uma classificação prévia, "religiosa", para analisar, julgar e responder a um desafio qualquer.
Não se trata de mero pragmatismo, pois existem valores que nos fazem desistir de adotar certas soluções que, por exemplo, podem impor muito sofrimento a outras pessoas, ou que transfiram os custos para nossos descendentes que ainda nem nasceram. Valores não são racionais, mas correspondem a princípios que defendemos que independem de uma análise racionalista, ou econômica, do problema.
Sou racionalista, portanto, tanto quanto me permitem meus neurônios e meu conhecimento da realidade, sempre ajustada em função de novas leituras, descobertas, pesquisas ou, como eu digo sempre, aprendendo nos livros ou com gente mais esperta do que eu.
Por isso mesmo eu não compreendo alguém que, sem julgar do mérito de uma análise qualquer, descarta o conjunto por possuir, repetindo, "fundamentos liberais".
Seria como se o liberalismo fosse uma peste, uma doença altamente contagiosa, que convém afastar e eliminar.
Pois é, tem gente assim. Curioso que eu encontro mais gente assim nos intolerantes fanáticos -- que no limite se tornam fascistas, ou terroristas -- e nos assim chamados "socialistas", do que entre os liberais, que costumam ser bastante tolerantes com as crenças alheias. Isso porque os liberais prezam, justamente as liberdades individuais e acham que cada pessoa tem o direito de exibir suas crenças em quaisquer circunstâncias (desde que não cerceie o direito de outros de também fazê-lo).
Nesse ponto, sou anarquicamente liberal: não apenas acho que todos devemos ser autônomos em nossa maneira de pensar, como recuso, em especial, as regras de hierarquia que nos fazem "aderir" as ideias de supostos superiores, ou chefes de ocasiao. Isso eu não aceito.
Talvez eu seja um anarco-liberal...
Paulo Roberto de Almeida
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Distribuicao de renda - artigos Paulo R. Almeida
Meu mais recente artigo publicado:
Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?
Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série “Volta ao mundo em 25 ensaios", n, 19, abordando as melhores formas de fazer a renda crescer e de distribuí-la. Revisão em Shanghai, 14.04.2010.
Ordem Livre (27 de setembro de 2010).
Relação de Originais n. 2093; Publicados n. 993.
A questão não é simples e exige, para ser melhor compreendida, dois níveis de análise: quanto aos mecanismos (ou seja, via mercados, ou via políticas públicas) e quanto aos resultados (que nem sempre são os esperados, seja numa via, seja na outra, podendo, inclusive, ocorrer efeitos não desejados). Antes de examinarmos os mecanismos e os resultados, caberia questionar o próprio sentido do conceito-chave, a distribuição, que pode ser entendida como um processo natural e involuntário, mas que é mais usualmente objeto de uma ação deliberada de governos e tida como uma obrigação de políticos orientados a produzir "justiça social", virtuosamente dedicados à boa repartição da riqueza (dita "social") entre os membros da sociedade.
Aquilo que aos olhos de um liberal puro pareceria uma iconoclastia, qual seja, o ato de distribuir renda ou riqueza que só podem ser frutos do trabalho individual, assume, na perspectiva de um socialista ou de um social-democrata, o caráter de uma ação não apenas desejável, como necessária; ela o seria para equilibrar "tendências" inerentemente concentradoras de renda na economia capitalista, requerendo, portanto, a intervenção corretora dos estados para criar um pouco mais de "igualdade".
O mais grave problema do maniqueísmo existente em torno dessas duas concepções aparentemente antinômicas é que elas dificultam um diálogo racional sobre como combinar, ao melhor das possibilidades próprias a cada uma delas, as virtudes dessas duas posições, que estão presentes na sociedade moderna e que se combatem como se fossem duas políticas excludentes. Na prática, as modernas democracias de mercado atendem aos requisitos da criação de riqueza, com base num espírito classicamente individualista, e ainda assim se propõem distribuir a renda gerada e a riqueza acumulada por meio de mecanismos legalmente formalizados.
(...)
Ler o artigo completo neste link.
Distribuição de renda: melhor fazer pelo mercado ou pela ação do Estado?
Brasília, 9 janeiro 2010, 3 p. Continuidade da série “Volta ao mundo em 25 ensaios", n, 19, abordando as melhores formas de fazer a renda crescer e de distribuí-la. Revisão em Shanghai, 14.04.2010.
Ordem Livre (27 de setembro de 2010).
Relação de Originais n. 2093; Publicados n. 993.
A questão não é simples e exige, para ser melhor compreendida, dois níveis de análise: quanto aos mecanismos (ou seja, via mercados, ou via políticas públicas) e quanto aos resultados (que nem sempre são os esperados, seja numa via, seja na outra, podendo, inclusive, ocorrer efeitos não desejados). Antes de examinarmos os mecanismos e os resultados, caberia questionar o próprio sentido do conceito-chave, a distribuição, que pode ser entendida como um processo natural e involuntário, mas que é mais usualmente objeto de uma ação deliberada de governos e tida como uma obrigação de políticos orientados a produzir "justiça social", virtuosamente dedicados à boa repartição da riqueza (dita "social") entre os membros da sociedade.
Aquilo que aos olhos de um liberal puro pareceria uma iconoclastia, qual seja, o ato de distribuir renda ou riqueza que só podem ser frutos do trabalho individual, assume, na perspectiva de um socialista ou de um social-democrata, o caráter de uma ação não apenas desejável, como necessária; ela o seria para equilibrar "tendências" inerentemente concentradoras de renda na economia capitalista, requerendo, portanto, a intervenção corretora dos estados para criar um pouco mais de "igualdade".
O mais grave problema do maniqueísmo existente em torno dessas duas concepções aparentemente antinômicas é que elas dificultam um diálogo racional sobre como combinar, ao melhor das possibilidades próprias a cada uma delas, as virtudes dessas duas posições, que estão presentes na sociedade moderna e que se combatem como se fossem duas políticas excludentes. Na prática, as modernas democracias de mercado atendem aos requisitos da criação de riqueza, com base num espírito classicamente individualista, e ainda assim se propõem distribuir a renda gerada e a riqueza acumulada por meio de mecanismos legalmente formalizados.
(...)
Ler o artigo completo neste link.
STF: um tribunal inconstitucional - e agora, o que fazer?
Eu sempre achei, e sempre afirmei isso aqui, que o Brasil recua politicamente, retrocede institucionalmente, regride mentalmente.
Em grande medida, como resultado dos assaltos bárbaros do Executivo contra os demais poderes, em especial sobre o Legislativo, abastardado, emasculado, castrado (o que vem a ser quase a mesma coisa, mas não quero parecer machista com o Congresso, que tem lá as suas mulheres), subordinado (sobretudo financeiramente) ao Executivo, que compra bancadas inteiras, ao sabor de sua vontade.
Sempre achei, também, que o STF julga mais politicamente do que constitucionalmente, o que não é difícil de provar em um grande número de casos. Suas excelências, uma tribo de tiranetes togados -- já escrevi isso também -- se julgam superiores aos mortais comuns, e de certa forma o são: eles julgam a constitucionalidade das leis aprovadas pelo Congresso e/ou sancionadas pelo chefe do Executivo.
Podem, assim, determinar o que é a lei, em última instância.
Ora, a lei pode ser qualquer coisa, menos inconstitucional, pois para isso lá estão suas excelências -- pagos, regiamente, com o nosso dinheiro -- para justamente julgar as leis em função da sua constitucionalidade.
Mas, o que acontece, como agora, quando suas excelências se arrogam poderes legisladores e extrapolam?
Pior ainda: extrapolam inconstitucionalmente...
Não há recurso contra o STF?
Quando uma sociedade chega a esse ponto de decadência institucional, se impõe uma revolução, mas estou falando de uma revolução mental.
Seria preciso trocar esses tiranetes togados por outros, mais preclaros.
Sou contra a nomeação exclusiva de novos tiranetes, perdão, juízes do Supremo, exclusivamente pelo presidente da República, pois este pode colocar um tiranete a seu serviço. Sou a favor de uma comissão envolvendo congressistas e juristas renomados para apresentar uma lista tríplice ao presidente, que indicaria então um deles, na ordem, ou sem ordem. Sou a favor de um Senado estilo americano: tortura o candidato até ele confessar que conhece a Constituição...
Assim simples.
Estou estarrecido com o que leio aqui, da pluma do conhecido jornalista...
Paulo Roberto de Almeida
STF se confere poderes de Congresso, atropela Constituição e muda lei a três dias da eleição! É um flerte com o baguncismo jurídico
Reinaldo Azevedo, 29.09.2010
Publiquei o texto que segue no fim da noite de ontem. Decidi mantê-lo aqui no alto. No fim dele, faço um comentário adicional.
Caros, pretendo que este seja um dos textos mais importantes publicados neste blog.
Aos poucos, o baguncismo vai se insinuando nas instituições brasileiras, e aquilo que deveria ser o comum, o corriqueiro, que é o cumprimento da lei, vai dependendo cada vez mais da ação de homens, da interpretação de juízes, ministros, de modo que uma das bases do arcabouço legal, que é a tempestividade, vai cedendo ao intempestivo.
Um ou dois documentos para votar? NO ANO PASSADO, graças a uma iniciativa do PC do B, concluiu-se que seriam necessários dois: o título e um documento com foto. TODOS OS PARTIDOS apoiaram a mudança, uma ampla maioria a aprovou, e o presidente da República a sancionou. Pode, agora, o Supremo, a três dias da eleição, dizer que aquela lei, EMBORA CONSTITUCIONAL, não vale? Desculpem-me os respeitáveis ministros que, até agora, acataram a Adin do PT: é um despropósito absoluto!
Uma pergunta dirigida a Marco Aurélio de Mello, José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto: se o Congresso quiser votar amanhã uma nova Lei Eleitoral, com validade já para as próximas eleições, ele pode? Não! A Constituição não permite. Mas o Supremo pode, nesse caso, se comportar como um Legislativo acima da Constituição? É o que está fazendo. Só esse argumento bastaria para que o tribunal não se metesse nessa história.
Ora, os partidos se prepararam para a lei que existe, não? O que se muda ao dizer que a lei não vale é o próprio processo eleitoral. Se a que temos aí, aprovada pelo Congresso, não é boa, que os senhores parlamentares, no tempo e no foro adequados, a mudem. Não cabe ao Supremo dizer: “Ooopsss! Você aprovaram, é CONSTITUCIONAL, mas acho que a gente pode dar uma corrigidinha nos excessos, cuidar do tempero” — como disse Lewandowski, numa declaração que me parece um tanto leviana.
Qualquer lei que mude o processo eleitoral — e essa muda — só pode ser aprovada, no mínimo, um ano antes da eleição. Ora, se o Congresso quisesse voltar atrás agora, não poderia. Então pode o Supremo fazer o que o Parlamento não pode?
Estamos diante de uma aberração óbvia, contra a qual não cabe recurso a não ser a indignação. Mas é assim que as coisas começam; é assim que a ordem instituída inicia o processo de degenerescência, com pequenas concessões — até a hora em que se chega às grandes, que, cedo ou tarde, são cobradas de quem vai, como diria o mestre-cuca Lewandowski ,”temperando” a lei.
Quer dizer que o PT, por alguma razão, intuiu que seria prejudicado por uma lei que ajudou a aprovar, a favor da qual se mobilizou, e apela ao cartório, para resolver no tapetão o que ele próprio endossou no processo político? E os ministros, alegremente, assumem o lugar de 513 deputados e 81 senadores? Em que outras circunstâncias o STF se mostrará disposto a “corrigir” decisões CONSTITUCIONAIS tomadas pelo Poder Legislativo?
Já não era bom
E que se note: quando essa mudança foi discutida, o TSE foi alertado que o ideal seria que as seções eleitorais não tivessem aquelas folhas com o número dos títulos. Afinal, é esse número que, digitado, permite que se vote. Ora, se é para o sistema ser seguro, o ideal seria que:
a - as seções tivessem a listagem com os nomes dos eleitores;
b - um documento com foto identificasse o votante;
c - identificado, ele apresenta o título;
d - digitado o número, abre-se a possibilidade de votar.
Isso já não foi feito. No chamado “Brasil profundo”, nada impede que se vote em lugar do eleitor ausente. Bastam, para tanto, uma fiscalização frouxa e a disposição de fraudar. Abundam as duas coisas no país. A mudança não foi aceita. O processo já ficou menos seguro. A lei votada no ano passado era uma pequena garantia extra, que o STF agora vai derrubar. Mas as coisas não param por aí, não. As circunstâncias a tornam muito piores.
O marqueteiro pediu e os “ministros enquanto isso e enquanto aquilo”
O grande “legislador” intempestivo da causa se chama João Santana, o marqueteiro do PT. Foi ele quem pediu a Antonio Palocci, informou a coluna Painel (Folha), no domingo, que se recorresse contra a lei. E assim foi feito. Pois bem.
ATENÇÃO AGORA! Em julho, a questão foi debatida no TSE. Em favor de Marco Aurélio de Mello se diga uma coisa: ele defendeu que o eleitor pudesse votar apresentando apenas a carteira de identidade. Foi voto vencido. O tribunal soltou uma resolução endossando a lei aprovada: título mais documento com foto. Pois bem: Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, no TSE, votaram pelos dois documentos; no STF, ambos votaram por um documento só.
Encerro
Olhem aqui: se João Santana pediu para mudar a lei, é porque ele acha que um só documento é coisa boa para o PT. Eu, sinceramente, tendo a acreditar que a questão é, em si, irrelevante (mecanismo para evitar que se vote em lugar do ausente seria, sim importante). Minha questão não é de natureza eleitoral ou eleitoreira.
O que me preocupa é ver o STF nessa areia, atropelando a Constituição em vez de protegê-la. Seria exagero dizer que se está dando um pequeno golpe na eleição. Mas não é exagero dizer que, se fosse um golpe, não haveria a quem apelar, uma vez que o tribunal ao qual se apela seria o seu próprio promotor.
Eis aí um péssimo sinal
Adendo importante
A Folha de hoje publica um texto em que afirma que o ministro Gilmar Mendes, que pediu vista, e o tucano José Serra se falaram ontem. Ambos negam. Ainda que tivessem se falado. E daí?
Se a presunção é a de que Mendes teria pedido vista para privilegiar Serra, então seria de supor que os outros cederam ao pedido do PT para privilegiar Dilma — a única diferença, então, é que os jornalistas não saberiam com quem teriam falado ao telefone. É uma questão de lógica elementar.
Isso é irrelevante. Eu não acho que faça grande diferença apresentar um ou dois documentos. Quem acha é João Santana, o marqueteiro do PT. Terá falado com algum ministro? A questão, em si, não tem a menor importância.
Importante é o STF, a três dias da eleição, mudar uma lei aprovada no ano passado. Creio que os motivos foram sucientemente expostos acima.
Em grande medida, como resultado dos assaltos bárbaros do Executivo contra os demais poderes, em especial sobre o Legislativo, abastardado, emasculado, castrado (o que vem a ser quase a mesma coisa, mas não quero parecer machista com o Congresso, que tem lá as suas mulheres), subordinado (sobretudo financeiramente) ao Executivo, que compra bancadas inteiras, ao sabor de sua vontade.
Sempre achei, também, que o STF julga mais politicamente do que constitucionalmente, o que não é difícil de provar em um grande número de casos. Suas excelências, uma tribo de tiranetes togados -- já escrevi isso também -- se julgam superiores aos mortais comuns, e de certa forma o são: eles julgam a constitucionalidade das leis aprovadas pelo Congresso e/ou sancionadas pelo chefe do Executivo.
Podem, assim, determinar o que é a lei, em última instância.
Ora, a lei pode ser qualquer coisa, menos inconstitucional, pois para isso lá estão suas excelências -- pagos, regiamente, com o nosso dinheiro -- para justamente julgar as leis em função da sua constitucionalidade.
Mas, o que acontece, como agora, quando suas excelências se arrogam poderes legisladores e extrapolam?
Pior ainda: extrapolam inconstitucionalmente...
Não há recurso contra o STF?
Quando uma sociedade chega a esse ponto de decadência institucional, se impõe uma revolução, mas estou falando de uma revolução mental.
Seria preciso trocar esses tiranetes togados por outros, mais preclaros.
Sou contra a nomeação exclusiva de novos tiranetes, perdão, juízes do Supremo, exclusivamente pelo presidente da República, pois este pode colocar um tiranete a seu serviço. Sou a favor de uma comissão envolvendo congressistas e juristas renomados para apresentar uma lista tríplice ao presidente, que indicaria então um deles, na ordem, ou sem ordem. Sou a favor de um Senado estilo americano: tortura o candidato até ele confessar que conhece a Constituição...
Assim simples.
Estou estarrecido com o que leio aqui, da pluma do conhecido jornalista...
Paulo Roberto de Almeida
STF se confere poderes de Congresso, atropela Constituição e muda lei a três dias da eleição! É um flerte com o baguncismo jurídico
Reinaldo Azevedo, 29.09.2010
Publiquei o texto que segue no fim da noite de ontem. Decidi mantê-lo aqui no alto. No fim dele, faço um comentário adicional.
Caros, pretendo que este seja um dos textos mais importantes publicados neste blog.
Aos poucos, o baguncismo vai se insinuando nas instituições brasileiras, e aquilo que deveria ser o comum, o corriqueiro, que é o cumprimento da lei, vai dependendo cada vez mais da ação de homens, da interpretação de juízes, ministros, de modo que uma das bases do arcabouço legal, que é a tempestividade, vai cedendo ao intempestivo.
Um ou dois documentos para votar? NO ANO PASSADO, graças a uma iniciativa do PC do B, concluiu-se que seriam necessários dois: o título e um documento com foto. TODOS OS PARTIDOS apoiaram a mudança, uma ampla maioria a aprovou, e o presidente da República a sancionou. Pode, agora, o Supremo, a três dias da eleição, dizer que aquela lei, EMBORA CONSTITUCIONAL, não vale? Desculpem-me os respeitáveis ministros que, até agora, acataram a Adin do PT: é um despropósito absoluto!
Uma pergunta dirigida a Marco Aurélio de Mello, José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto: se o Congresso quiser votar amanhã uma nova Lei Eleitoral, com validade já para as próximas eleições, ele pode? Não! A Constituição não permite. Mas o Supremo pode, nesse caso, se comportar como um Legislativo acima da Constituição? É o que está fazendo. Só esse argumento bastaria para que o tribunal não se metesse nessa história.
Ora, os partidos se prepararam para a lei que existe, não? O que se muda ao dizer que a lei não vale é o próprio processo eleitoral. Se a que temos aí, aprovada pelo Congresso, não é boa, que os senhores parlamentares, no tempo e no foro adequados, a mudem. Não cabe ao Supremo dizer: “Ooopsss! Você aprovaram, é CONSTITUCIONAL, mas acho que a gente pode dar uma corrigidinha nos excessos, cuidar do tempero” — como disse Lewandowski, numa declaração que me parece um tanto leviana.
Qualquer lei que mude o processo eleitoral — e essa muda — só pode ser aprovada, no mínimo, um ano antes da eleição. Ora, se o Congresso quisesse voltar atrás agora, não poderia. Então pode o Supremo fazer o que o Parlamento não pode?
Estamos diante de uma aberração óbvia, contra a qual não cabe recurso a não ser a indignação. Mas é assim que as coisas começam; é assim que a ordem instituída inicia o processo de degenerescência, com pequenas concessões — até a hora em que se chega às grandes, que, cedo ou tarde, são cobradas de quem vai, como diria o mestre-cuca Lewandowski ,”temperando” a lei.
Quer dizer que o PT, por alguma razão, intuiu que seria prejudicado por uma lei que ajudou a aprovar, a favor da qual se mobilizou, e apela ao cartório, para resolver no tapetão o que ele próprio endossou no processo político? E os ministros, alegremente, assumem o lugar de 513 deputados e 81 senadores? Em que outras circunstâncias o STF se mostrará disposto a “corrigir” decisões CONSTITUCIONAIS tomadas pelo Poder Legislativo?
Já não era bom
E que se note: quando essa mudança foi discutida, o TSE foi alertado que o ideal seria que as seções eleitorais não tivessem aquelas folhas com o número dos títulos. Afinal, é esse número que, digitado, permite que se vote. Ora, se é para o sistema ser seguro, o ideal seria que:
a - as seções tivessem a listagem com os nomes dos eleitores;
b - um documento com foto identificasse o votante;
c - identificado, ele apresenta o título;
d - digitado o número, abre-se a possibilidade de votar.
Isso já não foi feito. No chamado “Brasil profundo”, nada impede que se vote em lugar do eleitor ausente. Bastam, para tanto, uma fiscalização frouxa e a disposição de fraudar. Abundam as duas coisas no país. A mudança não foi aceita. O processo já ficou menos seguro. A lei votada no ano passado era uma pequena garantia extra, que o STF agora vai derrubar. Mas as coisas não param por aí, não. As circunstâncias a tornam muito piores.
O marqueteiro pediu e os “ministros enquanto isso e enquanto aquilo”
O grande “legislador” intempestivo da causa se chama João Santana, o marqueteiro do PT. Foi ele quem pediu a Antonio Palocci, informou a coluna Painel (Folha), no domingo, que se recorresse contra a lei. E assim foi feito. Pois bem.
ATENÇÃO AGORA! Em julho, a questão foi debatida no TSE. Em favor de Marco Aurélio de Mello se diga uma coisa: ele defendeu que o eleitor pudesse votar apresentando apenas a carteira de identidade. Foi voto vencido. O tribunal soltou uma resolução endossando a lei aprovada: título mais documento com foto. Pois bem: Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, no TSE, votaram pelos dois documentos; no STF, ambos votaram por um documento só.
Encerro
Olhem aqui: se João Santana pediu para mudar a lei, é porque ele acha que um só documento é coisa boa para o PT. Eu, sinceramente, tendo a acreditar que a questão é, em si, irrelevante (mecanismo para evitar que se vote em lugar do ausente seria, sim importante). Minha questão não é de natureza eleitoral ou eleitoreira.
O que me preocupa é ver o STF nessa areia, atropelando a Constituição em vez de protegê-la. Seria exagero dizer que se está dando um pequeno golpe na eleição. Mas não é exagero dizer que, se fosse um golpe, não haveria a quem apelar, uma vez que o tribunal ao qual se apela seria o seu próprio promotor.
Eis aí um péssimo sinal
Adendo importante
A Folha de hoje publica um texto em que afirma que o ministro Gilmar Mendes, que pediu vista, e o tucano José Serra se falaram ontem. Ambos negam. Ainda que tivessem se falado. E daí?
Se a presunção é a de que Mendes teria pedido vista para privilegiar Serra, então seria de supor que os outros cederam ao pedido do PT para privilegiar Dilma — a única diferença, então, é que os jornalistas não saberiam com quem teriam falado ao telefone. É uma questão de lógica elementar.
Isso é irrelevante. Eu não acho que faça grande diferença apresentar um ou dois documentos. Quem acha é João Santana, o marqueteiro do PT. Terá falado com algum ministro? A questão, em si, não tem a menor importância.
Importante é o STF, a três dias da eleição, mudar uma lei aprovada no ano passado. Creio que os motivos foram sucientemente expostos acima.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Liberalismo: um grave pecado político e economico
Uma leitora, que teve a gentileza de assinar seu nome, fez o seguinte comentário a um post meu sobre os dados da PNAD, tal como refletidos em matéria do jornal O Globo:
Esta é a primeira vez que tenho acesso aos comentários portados nest blog. Contudo achei que a essencia das falas e comentários são de fundamento liberal. Dai a forma preconceituosa e evasiva de comentar sobre questãos sociais.
Pretendo não voltar a visita-lo e lamento ter contado como numero de acesso a este blog.
Obrigada
[A matéria está neste post: Sintese dos indicadores sociais do Brasil - PNAD-IBGE (sexta-feira, 17 de setembro de 2010)]
Meu comentário é o seguinte:
Sem querer ser redundante, tenho, em primeiro lugar, de agradecer, sinceramente, pela sinceridade da leitora e comentarista, embora lamente que eu tenha causado tanto dissabor a essa opositora de qualquer "fundamento liberal" e também o fato de ter perdido, por defeito congenital desde escrevinhador, um leitor potencial, ao afirmar, ela, que não mais irá visitar novamente este blog (e deixará, portanto, de ler este meu comentário em resposta ao dela).
Eu também fico chateado ao saber que provoquei tanto dissabor nessa leitora, pois ela confessa lamentar ter contribuido para aumentar o número de visitantes deste blog. Sinto por isso, mas certas coisas são inevitáveis: depois que a gente abre a porta, não adianta voltar atrás, ela já foi aberta e isso não vai mudar a história, mesmo fechando a porta rapidamente. Isso se chama flecha do tempo, embora existam físicos que estejam trabalhando numa máquina para tentar reverter a flecha do tempo (ler algo a respeito em Stephen Hawking).
Bem, se posso amenizar o sofrimento da leitora, ao ter contribuído para o volume total de visitantes deste blog, a única coisa que posso prometer é que ela não se preocupe, pois vou retirar o ingresso dela da contagem estatística feita de maneira automática, que, segundo meu informa o contador, estava assim até 24 de setembro:
Diplomatizzando - Visits:
Total: 117,235
Page Views: Total: 169,174
Retiro uma visita e uma page view, portanto.
Quanto à substância do comentário da leitora, em todo caso, tenho, também, de agradecer, sinceramente, por ela ter revelado todo o meu preconceito político, social, econômico, quiça cultural ou ideológico, ao ter eu me posicionado contra certos programas sociais do governo, o que parece seria, se não proibido, pelo menos um indicador de um grave e negativo defeito, quase um pecado capital: minha posição seria indicadora de um alegado "fundamento liberal".
Ficamos assim sabendo que possuir "fundamento liberal" é algo errado, só admitido, talvez, naquelas pessoas sem coração e sem compaixão pelos pobres, quem sabe até pervertidas e mal intencionadas.
Não pretenderia, aliás, retrucar à minha leitora o fato de que ela também está revelando um preconceito seu, de outra natureza, certamente contrária à minha -- que já vimos ser um pecado grave -- que é o fato dela demonstrar ser contra qualquer coisa que possa ter um "fundamento liberal".
Devo, uma vez mais, agradecer sinceramente, chamar-me a atenção para esse fato, pois isso me permitirá, uma vez mais, refletir sobre o que pensam os brasileiros em geral, o que certamente vai gerar mais um trabalho da minha lavra.
Aguardem, pois, minhas reflexões sobre o quão difícil é, no Brasil, exibir qualquer "fundamento liberal" para qualquer coisa.
Se alguns companheiros no poder pudessem, eles eliminariam essa possibilidade do mapa, escorraçando todos esses vermes liberais que ainda contaminam o pensamento da juventude, deixando apenas aqueles professores manifestamente favoráveis ao pensamento anti-liberal, que entendo seria a posição correta a exibir.
Anti-liberalismo em política está mais bem próximo do autoritarismo do que da democracia, como deveria reconhecer minha leitora, algo assim o que Chávez está fazendo na Venezuela, segundo ele mesmo reconhece: afastar a burguesia liberal e implantar, se necessário a golpes de martelo, o seu socialismo do século 21.
Anti-liberalismo em economia está mais bem próximo das economias socialistas, ou pelo menos anti-capitalistas, como o mesmo Chávez está tentando fazer no seu país, no seguimento de outras experiências concretas nesse sentido (como em Cuba, por exemplo, ou na Coréia do Norte, ou na..., ops, estão faltando mais opções).
Não sei se é a isso que a minha leitora se refere, mas caberia refletir, sim, sobre as implicações em ser contrário aos "fundamentos liberais" em matéria política e econômica.
Voltaremos ao tema...
Paulo Roberto de Almeida
Esta é a primeira vez que tenho acesso aos comentários portados nest blog. Contudo achei que a essencia das falas e comentários são de fundamento liberal. Dai a forma preconceituosa e evasiva de comentar sobre questãos sociais.
Pretendo não voltar a visita-lo e lamento ter contado como numero de acesso a este blog.
Obrigada
[A matéria está neste post: Sintese dos indicadores sociais do Brasil - PNAD-IBGE (sexta-feira, 17 de setembro de 2010)]
Meu comentário é o seguinte:
Sem querer ser redundante, tenho, em primeiro lugar, de agradecer, sinceramente, pela sinceridade da leitora e comentarista, embora lamente que eu tenha causado tanto dissabor a essa opositora de qualquer "fundamento liberal" e também o fato de ter perdido, por defeito congenital desde escrevinhador, um leitor potencial, ao afirmar, ela, que não mais irá visitar novamente este blog (e deixará, portanto, de ler este meu comentário em resposta ao dela).
Eu também fico chateado ao saber que provoquei tanto dissabor nessa leitora, pois ela confessa lamentar ter contribuido para aumentar o número de visitantes deste blog. Sinto por isso, mas certas coisas são inevitáveis: depois que a gente abre a porta, não adianta voltar atrás, ela já foi aberta e isso não vai mudar a história, mesmo fechando a porta rapidamente. Isso se chama flecha do tempo, embora existam físicos que estejam trabalhando numa máquina para tentar reverter a flecha do tempo (ler algo a respeito em Stephen Hawking).
Bem, se posso amenizar o sofrimento da leitora, ao ter contribuído para o volume total de visitantes deste blog, a única coisa que posso prometer é que ela não se preocupe, pois vou retirar o ingresso dela da contagem estatística feita de maneira automática, que, segundo meu informa o contador, estava assim até 24 de setembro:
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Retiro uma visita e uma page view, portanto.
Quanto à substância do comentário da leitora, em todo caso, tenho, também, de agradecer, sinceramente, por ela ter revelado todo o meu preconceito político, social, econômico, quiça cultural ou ideológico, ao ter eu me posicionado contra certos programas sociais do governo, o que parece seria, se não proibido, pelo menos um indicador de um grave e negativo defeito, quase um pecado capital: minha posição seria indicadora de um alegado "fundamento liberal".
Ficamos assim sabendo que possuir "fundamento liberal" é algo errado, só admitido, talvez, naquelas pessoas sem coração e sem compaixão pelos pobres, quem sabe até pervertidas e mal intencionadas.
Não pretenderia, aliás, retrucar à minha leitora o fato de que ela também está revelando um preconceito seu, de outra natureza, certamente contrária à minha -- que já vimos ser um pecado grave -- que é o fato dela demonstrar ser contra qualquer coisa que possa ter um "fundamento liberal".
Devo, uma vez mais, agradecer sinceramente, chamar-me a atenção para esse fato, pois isso me permitirá, uma vez mais, refletir sobre o que pensam os brasileiros em geral, o que certamente vai gerar mais um trabalho da minha lavra.
Aguardem, pois, minhas reflexões sobre o quão difícil é, no Brasil, exibir qualquer "fundamento liberal" para qualquer coisa.
Se alguns companheiros no poder pudessem, eles eliminariam essa possibilidade do mapa, escorraçando todos esses vermes liberais que ainda contaminam o pensamento da juventude, deixando apenas aqueles professores manifestamente favoráveis ao pensamento anti-liberal, que entendo seria a posição correta a exibir.
Anti-liberalismo em política está mais bem próximo do autoritarismo do que da democracia, como deveria reconhecer minha leitora, algo assim o que Chávez está fazendo na Venezuela, segundo ele mesmo reconhece: afastar a burguesia liberal e implantar, se necessário a golpes de martelo, o seu socialismo do século 21.
Anti-liberalismo em economia está mais bem próximo das economias socialistas, ou pelo menos anti-capitalistas, como o mesmo Chávez está tentando fazer no seu país, no seguimento de outras experiências concretas nesse sentido (como em Cuba, por exemplo, ou na Coréia do Norte, ou na..., ops, estão faltando mais opções).
Não sei se é a isso que a minha leitora se refere, mas caberia refletir, sim, sobre as implicações em ser contrário aos "fundamentos liberais" em matéria política e econômica.
Voltaremos ao tema...
Paulo Roberto de Almeida
Unbricking the BRICs: news about their cohesion are somewhat exaggerate...
China marca el ritmo para los países del BRIC
Ria Novosti, Wednesday, 29 Sep 2010
En la actualidad, China preside el BRIC, la organización de cuatro potencias emergentes: Brasil, Rusia, India y China.
Por este motivo, la siguiente cumbre de los miembros de este grupo está prevista que se celebre en este país asiático. El año pasado, las reuniones de turno se celebraron en la capital de los Montes Urales, la ciudad rusa de Ekaterimburgo, y en Brasil. El habitual encuentro de septiembre, a celebrarse en territorio chino, de los Ministros de Asuntos Exteriores del BRIC se pactó en Nueva York. Y todo parece indicar que fue una decisión precipitada.
Con anterioridad, los representantes del BRIC se solían reunir en la sede de la ONU, pero en estos momentos el edificio está en obras, así que varias manzanas de la ciudad de Nueva York han tomado el testigo de este edificio como centros diplómaticos del más alto nivel. En la zona en torno a la 1ª Avenida y a las calles 42 y 50 se pueden ver con frecuencia, rodeados de sus guardaespaldas y asesores, a personalidades tales como el Rey de Marruecos o la Canciller alemana, Ángela Merkel.
La legación permanente de China ante la ONU se encuentra bastante cerca, en la calle 35. No obstante, por culpa de unos atascos excepcionales incluso para Nueva York, el ministro ruso de Asuntos Exteriores, Serguei Lavrov, no pudo llegar al encuentro con sus homólogos a tiempo y la reunión del BRIC se celebró con suma rapidez.
En realidad, solamente los primeros encuentros ministeriales y las primeras cumbres del BRIC fueron largos y complicados: "las potencias del futuro" parecían moverse a tientas, intentando encontrar campos de interés común. En la actualidad, los Cuatro recuerdan más a una organización internacional que ve marchar sobre ruedas sus cada vez más ambiciosos programas de colaboración. En vísperas de la cumbre anterior, celebrada en Brasil, se habían convocado cuatro reuniones de los ministros de Finanzas, los Presidentes de los Bancos Centrales y de los Bancos del Desarrollo. Se entrevistaron también los Secretarios de los Consejos de Seguridad, los Presidentes de las autoridades de competencia, los ministros de Agricultura, los dirigentes de Servicios de Estadísticas y los empresarios.
Ahora que los Cuatro Grandes "siguen el ritmo marcado por el país en la presidencia", es de esperar que bajo la influencia de China, las actividades conjuntas se intensifiquen. Ha surgido incluso un proyecto de edición (en cuatro idiomas) de una "revista del BRIC". Esta es, de momento, una iniciativa con vistas al futuro. Al igual que la idea de los brasileños y los indios de invitar a la organización a su socio predilecto, Sudáfrica, tras lo cual habría que acostumbrarse al nombre de "SudBRIC".
Entre los objetivos concretos trazados en la última reunión ministerial de Nueva York, figura la tradicional coordinación de las acciones y de criterios de los cuatro países de cara a la cumbre del G-20, a celebrar se en noviembre en Seúl.
En un principio, el mismo concepto de la asociación del BRIC no descarta que entre sus miembros haya ciertas discrepancias: China e India, por ejemplo, llevan mucho tiempo enfrentadas por temas fronterizos. No obstante, los une un objetivo común: cumplir con los pronósticos de hace algunos años, que les otorgaban un papel de potencias mundiales a nivel económico y político en un futuro próximo. Por lo tanto, estos países se dan perfecta cuenta de que han de evitar crearse obstáculos en este camino.
Los asuntos económicos clave se suelen decidir en las cumbres de los veinte países más desarrollados del mundo. En las reuniones anteriores, los países del BRIC se apoyaron mutuamente en las negociaciones sobre las cuotas del FMI y sobre las divisas mundiales de reserva. En breve podremos ver en Seúl hasta qué punto sus posturas se mantienen todavía alineadas.
El concepto del BRIC surgió por mera casualidad. Se mencionó por primera vez en el informe presentado por la Fundación "Goldman & Sachs" en 2001 y, posteriormente, en 2003 en otro informe de la misma Fundación, esta vez de un modo más serio. A todo el mundo le pareció importante la aparición de este grupo, por la sencilla razón de que a mucha gente le gustaría ver quebrada la supremacía occidental (Estados Unidos, la UE, Japón y Australia) en el mundo. Y esto ha tenido lugar, entre otros aspectos, en el terreno de la economía. El BRIC, junto con un par de países más, en vísperas de la crisis producían ya el 32 % del PIB mundial, mientras que Estados Unidos tan sólo el 25 %. Las consecuencias de la crisis se dejarán ver a finales del año, pero todo parece indicar que la noticia sensacional de que el BRIC ha asumido el liderazgo económico mundial está en ciernes.
También podría ocurrir que, en un nuevo informe, "Goldman y Sachs" diga "Queridos amigos: nos hemos equivocado, el BRIC no tiene sentido, ya que Rusia y Brasil son mucho más débiles que China e India. Y la crisis ha revelado (lo cual es cierto) los puntos vulnerables de los dos primeros. Disolved el BRIC y dejad de acudir a sus cumbres y reuniones".
Pero ya sería tarde: no hay vuelta atrás. Los cuatro líderes se han acostumbrado a estar en contacto y ya se está perfilando una cierta estructura dentro de los escalones más altos de la arquitectura económica mundial. Teníamos el G-8, pero la crisis demostró que no respondía a la realidad económica, porque no incluía a China, India, Brasil ni a algunos países más. A modo de solución surgió el G-20, dentro del cual los países del BRIC intentan actuar de forma coordinada. Se puede afirmar con alto grado de seguridad que el próximo año, el G-8, bajo la presidencia de Francia, cambiará de perfil y sus estructuras, posiblemente, se ocuparán de los problemas de la pobreza mundial y obras de caridad en África.
En este contexto, no estaría de más acordarnos de la reforma del Consejo de Seguridad de la ONU, encaminada a aumentar el número de miembros con derecho de veto, que no ha llegado a realizarse. Lo que está ocurriendo allí recuerda bastante al Olimpo económico. A lo mejor el BRIC será capaz de aportar su granito de arena también a esta esfera, sacando la reforma del punto muerto.
Ria Novosti, Wednesday, 29 Sep 2010
En la actualidad, China preside el BRIC, la organización de cuatro potencias emergentes: Brasil, Rusia, India y China.
Por este motivo, la siguiente cumbre de los miembros de este grupo está prevista que se celebre en este país asiático. El año pasado, las reuniones de turno se celebraron en la capital de los Montes Urales, la ciudad rusa de Ekaterimburgo, y en Brasil. El habitual encuentro de septiembre, a celebrarse en territorio chino, de los Ministros de Asuntos Exteriores del BRIC se pactó en Nueva York. Y todo parece indicar que fue una decisión precipitada.
Con anterioridad, los representantes del BRIC se solían reunir en la sede de la ONU, pero en estos momentos el edificio está en obras, así que varias manzanas de la ciudad de Nueva York han tomado el testigo de este edificio como centros diplómaticos del más alto nivel. En la zona en torno a la 1ª Avenida y a las calles 42 y 50 se pueden ver con frecuencia, rodeados de sus guardaespaldas y asesores, a personalidades tales como el Rey de Marruecos o la Canciller alemana, Ángela Merkel.
La legación permanente de China ante la ONU se encuentra bastante cerca, en la calle 35. No obstante, por culpa de unos atascos excepcionales incluso para Nueva York, el ministro ruso de Asuntos Exteriores, Serguei Lavrov, no pudo llegar al encuentro con sus homólogos a tiempo y la reunión del BRIC se celebró con suma rapidez.
En realidad, solamente los primeros encuentros ministeriales y las primeras cumbres del BRIC fueron largos y complicados: "las potencias del futuro" parecían moverse a tientas, intentando encontrar campos de interés común. En la actualidad, los Cuatro recuerdan más a una organización internacional que ve marchar sobre ruedas sus cada vez más ambiciosos programas de colaboración. En vísperas de la cumbre anterior, celebrada en Brasil, se habían convocado cuatro reuniones de los ministros de Finanzas, los Presidentes de los Bancos Centrales y de los Bancos del Desarrollo. Se entrevistaron también los Secretarios de los Consejos de Seguridad, los Presidentes de las autoridades de competencia, los ministros de Agricultura, los dirigentes de Servicios de Estadísticas y los empresarios.
Ahora que los Cuatro Grandes "siguen el ritmo marcado por el país en la presidencia", es de esperar que bajo la influencia de China, las actividades conjuntas se intensifiquen. Ha surgido incluso un proyecto de edición (en cuatro idiomas) de una "revista del BRIC". Esta es, de momento, una iniciativa con vistas al futuro. Al igual que la idea de los brasileños y los indios de invitar a la organización a su socio predilecto, Sudáfrica, tras lo cual habría que acostumbrarse al nombre de "SudBRIC".
Entre los objetivos concretos trazados en la última reunión ministerial de Nueva York, figura la tradicional coordinación de las acciones y de criterios de los cuatro países de cara a la cumbre del G-20, a celebrar se en noviembre en Seúl.
En un principio, el mismo concepto de la asociación del BRIC no descarta que entre sus miembros haya ciertas discrepancias: China e India, por ejemplo, llevan mucho tiempo enfrentadas por temas fronterizos. No obstante, los une un objetivo común: cumplir con los pronósticos de hace algunos años, que les otorgaban un papel de potencias mundiales a nivel económico y político en un futuro próximo. Por lo tanto, estos países se dan perfecta cuenta de que han de evitar crearse obstáculos en este camino.
Los asuntos económicos clave se suelen decidir en las cumbres de los veinte países más desarrollados del mundo. En las reuniones anteriores, los países del BRIC se apoyaron mutuamente en las negociaciones sobre las cuotas del FMI y sobre las divisas mundiales de reserva. En breve podremos ver en Seúl hasta qué punto sus posturas se mantienen todavía alineadas.
El concepto del BRIC surgió por mera casualidad. Se mencionó por primera vez en el informe presentado por la Fundación "Goldman & Sachs" en 2001 y, posteriormente, en 2003 en otro informe de la misma Fundación, esta vez de un modo más serio. A todo el mundo le pareció importante la aparición de este grupo, por la sencilla razón de que a mucha gente le gustaría ver quebrada la supremacía occidental (Estados Unidos, la UE, Japón y Australia) en el mundo. Y esto ha tenido lugar, entre otros aspectos, en el terreno de la economía. El BRIC, junto con un par de países más, en vísperas de la crisis producían ya el 32 % del PIB mundial, mientras que Estados Unidos tan sólo el 25 %. Las consecuencias de la crisis se dejarán ver a finales del año, pero todo parece indicar que la noticia sensacional de que el BRIC ha asumido el liderazgo económico mundial está en ciernes.
También podría ocurrir que, en un nuevo informe, "Goldman y Sachs" diga "Queridos amigos: nos hemos equivocado, el BRIC no tiene sentido, ya que Rusia y Brasil son mucho más débiles que China e India. Y la crisis ha revelado (lo cual es cierto) los puntos vulnerables de los dos primeros. Disolved el BRIC y dejad de acudir a sus cumbres y reuniones".
Pero ya sería tarde: no hay vuelta atrás. Los cuatro líderes se han acostumbrado a estar en contacto y ya se está perfilando una cierta estructura dentro de los escalones más altos de la arquitectura económica mundial. Teníamos el G-8, pero la crisis demostró que no respondía a la realidad económica, porque no incluía a China, India, Brasil ni a algunos países más. A modo de solución surgió el G-20, dentro del cual los países del BRIC intentan actuar de forma coordinada. Se puede afirmar con alto grado de seguridad que el próximo año, el G-8, bajo la presidencia de Francia, cambiará de perfil y sus estructuras, posiblemente, se ocuparán de los problemas de la pobreza mundial y obras de caridad en África.
En este contexto, no estaría de más acordarnos de la reforma del Consejo de Seguridad de la ONU, encaminada a aumentar el número de miembros con derecho de veto, que no ha llegado a realizarse. Lo que está ocurriendo allí recuerda bastante al Olimpo económico. A lo mejor el BRIC será capaz de aportar su granito de arena también a esta esfera, sacando la reforma del punto muerto.
No more real fights, please...
Os impérios (os que sobraram, pelo menos) já não têm mais aquela vontade de sacrificar os seus filhos nas areias do deserto, ou nas selvas fétidas do Terceiro Mundo. Agora é guerra por procuração, ou por objetos teleguiados...
Mais um pouco e alguém vai propor a negociação de algum tratado de guerra "asséptica", sem muito sangue por favor, que isso é disgusting...
Paulo Roberto de Almeida
New dangers over the horizon
David J. Rothkopf
Foreign Policy, Tuesday, September 28, 2010
It can be argued that one of the several ways in which most states have lost power during the past several decades is associated with the declining inclination and ability of most to go to war. Hard as this may be to accept in a world in which wars dominate the headlines, it is a fact and it has several origins.
First, fewer than 20 countries really possess the power to project force beyond their borders in any meaningful way. Further, only about a dozen have nuclear capability, and fewer still have any long-distance missile capability. And only one really has the capability to wage global war from space, land, sea, and air. (And that one seems stretched waging two regional conflicts in the Middle East.)
Further the costs associated with modern warfare are too high. The 20th Century delivered this message in devastatingly clear human terms and the economic costs were also proven to be immense. War went from being an all too regularly used form of diplomacy by other means to being madness.
Major powers were forced not by goodness but by a rational calculus to find other ways to resolve disputes. Not always...but with greater regularity than in the past. To take just one example, Europe, once addicted to war, effectively swore off the continental conflicts that defined its history. For the most part, war became an affliction of failed or failing states or a very regionalized phenomenon. The big powers for the most part took on much weaker adversaries or engaged in proxy conflicts. And even those engagements have grown intolerably costly as advanced technologies were demonstrated to combine well with unconventional tactics on the part of weaker states engaging stronger ones.
While risks still abound, long term trends have been encouraging...Until now.
Take three news stories from the past week. The first is the piece in today's Times indicating that U.S. commanders are contemplating increasing drone attacks in Pakistan due to concerns about inaction by the Pakistani military. The second concerns reports of a computer worm targeting the Iranian nuclear program. And the last is associated with the statement by Hugo Chavez that Venezuela, though sitting on an ocean of oil, needed to seriously explore "peaceful" nuclear technologies.
The first two are worrisome because they are harbingers of an era in which bloodless, tech-empowered over-the-horizon projections of force might become more effective and pervasive. The implication might well be that advanced powers would feel enabled to once again "rationally" project force. During the first phases of the industrial era, technology raised the costs of war to prohibitive highs. That, perversely, had a stabilizing effect. But now it may well be that the next generation of technologies have ... at least temporarily while distribution of technologies or tech advantages are unequally distributed ...a countervailing impact in the opposite direction.
The Chavez statement is worrisome for related reasons. First, it underscores that no one maintains a monopoly on any technology for long and sooner or later all technologies effectively become ubiquitous. Also, it hints that at some point the rational reasons for avoiding nuclear conflict won't adhere as nuclear capabilities fall into the hands of more irrational actors. Certainly risks rise.
Finally, for the near to medium term, should "bloodless" white collar conflict be seen as the option of only advanced countries and a means by which they can impose their will on the unsettled regions of the emerging world...with very bloody consequences there...not only resentments grow but the poorer nations may feel legitimate in cultivating deterrents of a slightly older but still potent technological vintage. And it is worth considering that a WMD equipped terrorist is a particularly dangerous form of "medium" tech over-the-horizon option.
Which leaves me wondering if the technology revolution that has kept us comparatively safer for a while may now be ushering in a more dangerous world.
Mais um pouco e alguém vai propor a negociação de algum tratado de guerra "asséptica", sem muito sangue por favor, que isso é disgusting...
Paulo Roberto de Almeida
New dangers over the horizon
David J. Rothkopf
Foreign Policy, Tuesday, September 28, 2010
It can be argued that one of the several ways in which most states have lost power during the past several decades is associated with the declining inclination and ability of most to go to war. Hard as this may be to accept in a world in which wars dominate the headlines, it is a fact and it has several origins.
First, fewer than 20 countries really possess the power to project force beyond their borders in any meaningful way. Further, only about a dozen have nuclear capability, and fewer still have any long-distance missile capability. And only one really has the capability to wage global war from space, land, sea, and air. (And that one seems stretched waging two regional conflicts in the Middle East.)
Further the costs associated with modern warfare are too high. The 20th Century delivered this message in devastatingly clear human terms and the economic costs were also proven to be immense. War went from being an all too regularly used form of diplomacy by other means to being madness.
Major powers were forced not by goodness but by a rational calculus to find other ways to resolve disputes. Not always...but with greater regularity than in the past. To take just one example, Europe, once addicted to war, effectively swore off the continental conflicts that defined its history. For the most part, war became an affliction of failed or failing states or a very regionalized phenomenon. The big powers for the most part took on much weaker adversaries or engaged in proxy conflicts. And even those engagements have grown intolerably costly as advanced technologies were demonstrated to combine well with unconventional tactics on the part of weaker states engaging stronger ones.
While risks still abound, long term trends have been encouraging...Until now.
Take three news stories from the past week. The first is the piece in today's Times indicating that U.S. commanders are contemplating increasing drone attacks in Pakistan due to concerns about inaction by the Pakistani military. The second concerns reports of a computer worm targeting the Iranian nuclear program. And the last is associated with the statement by Hugo Chavez that Venezuela, though sitting on an ocean of oil, needed to seriously explore "peaceful" nuclear technologies.
The first two are worrisome because they are harbingers of an era in which bloodless, tech-empowered over-the-horizon projections of force might become more effective and pervasive. The implication might well be that advanced powers would feel enabled to once again "rationally" project force. During the first phases of the industrial era, technology raised the costs of war to prohibitive highs. That, perversely, had a stabilizing effect. But now it may well be that the next generation of technologies have ... at least temporarily while distribution of technologies or tech advantages are unequally distributed ...a countervailing impact in the opposite direction.
The Chavez statement is worrisome for related reasons. First, it underscores that no one maintains a monopoly on any technology for long and sooner or later all technologies effectively become ubiquitous. Also, it hints that at some point the rational reasons for avoiding nuclear conflict won't adhere as nuclear capabilities fall into the hands of more irrational actors. Certainly risks rise.
Finally, for the near to medium term, should "bloodless" white collar conflict be seen as the option of only advanced countries and a means by which they can impose their will on the unsettled regions of the emerging world...with very bloody consequences there...not only resentments grow but the poorer nations may feel legitimate in cultivating deterrents of a slightly older but still potent technological vintage. And it is worth considering that a WMD equipped terrorist is a particularly dangerous form of "medium" tech over-the-horizon option.
Which leaves me wondering if the technology revolution that has kept us comparatively safer for a while may now be ushering in a more dangerous world.
Dividas de guerra (da IGM) da Alemanha: fim de uma longa historia
Eu havia acabado de ler o livro de Liaquat Ahamad: Lords of Finance, sobre os banqueiros centrais dos anos 1920 e início dos 30, que provocaram, por ação ou omissão, a terrível depressão -- não a crise, pois esta "independeu" deles -- provocada por políticas erradas. Soube, então, que os pagamentos por reparações deveriam ter ido, se não fosse pela interrupção do Hitler, até os anos 1980, e num esquema de renegociação ulterior, até o ano 2000. Depois tudo ficou parado.
A história completa segue abaixo...
Paulo Roberto de Almeida
Legacy of Versailles
Germany Closes Book on World War I With Final Reparations Payment
By David Crossland
Der Spiegel, Tuesday, September 28, 2010
Germany will make its last reparations payment for World War I on Oct. 3, settling its outstanding debt from the 1919 Versailles Treaty and quietly closing the final chapter of the conflict that shaped the 20th century.
Oct. 3, the 20th anniversary of German unification, will also mark the completion of the final chapter of World War I with the end of reparations payments 92 years after the country's defeat.
The German government will pay the last instalment of interest on foreign bonds it issued in 1924 and 1930 to raise cash to fulfil the enormous reparations demands the victorious Allies made after World War I.
The reparations bankrupted Germany in the 1920s and the fledgling Nazi party seized on the resulting public resentment against the terms of the Versailles Treaty.
The sum was initially set at 269 billion gold marks, around 96,000 tons of gold, before being reduced to 112 billion gold marks by 1929, payable over a period of 59 years.
Germany suspended annual payments in 1931 during the global financial crisis and Adolf Hitler unsurprisingly declined to resume them when he came to power in 1933.
But in 1953, West Germany agreed at an international conference in London to service its international bond obligations from before World War II. In the years that followed it repaid the principal on the bonds, which had been issued to private and institutional investors in countries including the United States.
Under the terms of the London accord, Germany was allowed to wait until it unified before paying some €125 million in outstanding interest that had accrued on its foreign debt in the years 1945 to 1952. After the Berlin Wall fell and West and East Germany united in 1990, the country dutifully paid that interest off in annual instalments, the last of which comes due on Oct. 3.
"Germany's pre-war foreign debt was paid back by the start of the 1980s, it mainly consisted of foreign bonds. This also applied to the debt of the German Reich, which largely consisted of bonds issued in connection with German reparations debt from World War I," the German Finance Ministry said in a statement.
The Federal Office for Central Services and Unresolved Property Issues, which is in charge of managing outstanding debt, said the payment period covering outstanding interest would expire on Oct. 3.
Hitler Tapped into Sense of Injustice
"It's a historical curiosity that the Versailles Treaty should continue to have a financial impact to this day," Professor Gerd Krumeich, a German historian who has specialized in the World War I, told SPIEGEL ONLINE.
He said Hitler's rise to power had its roots in Germany's deep sense of injustice at the 1919 treaty that gave Germany sole responsibility for the war and forced it to make crippling payments.
"The central factor behind Hitler's seizure of power was his promise 'I'll win this war in the end, I will undo this injustice and tear up this treaty and restore Germany to its old greatness,'" Krumeich said.
"There was tremendous frustration in Germany in the 1920s -- this conflict that cost 2 million lives and left 4 or 5 million wounded is supposed to have been in vain, and it was all our fault? The reparations payments compounded everything. Not only was Germany given the moral blame, it was also supposed to pay an outlandish sum that most people had never even heard of."
France and Britain needed the reparations to repay their own debts. Both countries had borrowed vast sums from the US during the war. Germany only settled about an eighth of its treaty obligations by the time it suspended payments
A história completa segue abaixo...
Paulo Roberto de Almeida
Legacy of Versailles
Germany Closes Book on World War I With Final Reparations Payment
By David Crossland
Der Spiegel, Tuesday, September 28, 2010
Germany will make its last reparations payment for World War I on Oct. 3, settling its outstanding debt from the 1919 Versailles Treaty and quietly closing the final chapter of the conflict that shaped the 20th century.
Oct. 3, the 20th anniversary of German unification, will also mark the completion of the final chapter of World War I with the end of reparations payments 92 years after the country's defeat.
The German government will pay the last instalment of interest on foreign bonds it issued in 1924 and 1930 to raise cash to fulfil the enormous reparations demands the victorious Allies made after World War I.
The reparations bankrupted Germany in the 1920s and the fledgling Nazi party seized on the resulting public resentment against the terms of the Versailles Treaty.
The sum was initially set at 269 billion gold marks, around 96,000 tons of gold, before being reduced to 112 billion gold marks by 1929, payable over a period of 59 years.
Germany suspended annual payments in 1931 during the global financial crisis and Adolf Hitler unsurprisingly declined to resume them when he came to power in 1933.
But in 1953, West Germany agreed at an international conference in London to service its international bond obligations from before World War II. In the years that followed it repaid the principal on the bonds, which had been issued to private and institutional investors in countries including the United States.
Under the terms of the London accord, Germany was allowed to wait until it unified before paying some €125 million in outstanding interest that had accrued on its foreign debt in the years 1945 to 1952. After the Berlin Wall fell and West and East Germany united in 1990, the country dutifully paid that interest off in annual instalments, the last of which comes due on Oct. 3.
"Germany's pre-war foreign debt was paid back by the start of the 1980s, it mainly consisted of foreign bonds. This also applied to the debt of the German Reich, which largely consisted of bonds issued in connection with German reparations debt from World War I," the German Finance Ministry said in a statement.
The Federal Office for Central Services and Unresolved Property Issues, which is in charge of managing outstanding debt, said the payment period covering outstanding interest would expire on Oct. 3.
Hitler Tapped into Sense of Injustice
"It's a historical curiosity that the Versailles Treaty should continue to have a financial impact to this day," Professor Gerd Krumeich, a German historian who has specialized in the World War I, told SPIEGEL ONLINE.
He said Hitler's rise to power had its roots in Germany's deep sense of injustice at the 1919 treaty that gave Germany sole responsibility for the war and forced it to make crippling payments.
"The central factor behind Hitler's seizure of power was his promise 'I'll win this war in the end, I will undo this injustice and tear up this treaty and restore Germany to its old greatness,'" Krumeich said.
"There was tremendous frustration in Germany in the 1920s -- this conflict that cost 2 million lives and left 4 or 5 million wounded is supposed to have been in vain, and it was all our fault? The reparations payments compounded everything. Not only was Germany given the moral blame, it was also supposed to pay an outlandish sum that most people had never even heard of."
France and Britain needed the reparations to repay their own debts. Both countries had borrowed vast sums from the US during the war. Germany only settled about an eighth of its treaty obligations by the time it suspended payments
Rolex, Lolex, Lorex: nao confundir, por favor...
Primeiro a nota de chamada, antes mesmo de ler a matéria:
El rolex que tenía jefe de FARC “Mono Jojoy” es auténtico y vale 13.000 dólares
El reloj Rolex que las autoridades colombianas encontraron en la muñeca izquierda del abatido jefe guerrillero de las FARC alias “Mono Jojoy”, es una pieza auténtica valorada en unos 13.000 dólares, informó el noticiero de televisión Noticias Uno.
Comento agora (PRA):
Bem, pelo menos evidencia o bom gosto e o culto do original, do autêntico, pelo chefe militar de um bando narco-traficante e terrorista (esse pessoal sempre gosta de se exibir).
Não é uma cópia desses "Lolex" que se vendem nas calçadas de Shanghai por 15 dólares, alguns até re-denominados Lorex, que talvez seja uma marca chinesa de prestígio, dentro de mais ou menos 15 anos...
Como os legítimos traficantes de droga, o chefe terrorista usava um Rolex autêntico, desses que os chineses compram nas boutiques de Shanghai por 10 ou 15 mil dólares.
Lorex, ou Lolex, a 15 doláres, ficam para os turistas ocidentais, nas ruas.
O meu Calvin Klein, "Swiss Made", custou 120 yuan, ou seja, 20 dólares, numa lojinha de Suzhou...
Assim, é a vida: vou ter de esperar uma reencarnação como traficante para poder comprar um Rolex legítimo...
Paulo Roberto de Almeida
El rolex que tenía jefe de FARC “Mono Jojoy” es auténtico y vale 13.000 dólares
El reloj Rolex que las autoridades colombianas encontraron en la muñeca izquierda del abatido jefe guerrillero de las FARC alias “Mono Jojoy”, es una pieza auténtica valorada en unos 13.000 dólares, informó el noticiero de televisión Noticias Uno.
Comento agora (PRA):
Bem, pelo menos evidencia o bom gosto e o culto do original, do autêntico, pelo chefe militar de um bando narco-traficante e terrorista (esse pessoal sempre gosta de se exibir).
Não é uma cópia desses "Lolex" que se vendem nas calçadas de Shanghai por 15 dólares, alguns até re-denominados Lorex, que talvez seja uma marca chinesa de prestígio, dentro de mais ou menos 15 anos...
Como os legítimos traficantes de droga, o chefe terrorista usava um Rolex autêntico, desses que os chineses compram nas boutiques de Shanghai por 10 ou 15 mil dólares.
Lorex, ou Lolex, a 15 doláres, ficam para os turistas ocidentais, nas ruas.
O meu Calvin Klein, "Swiss Made", custou 120 yuan, ou seja, 20 dólares, numa lojinha de Suzhou...
Assim, é a vida: vou ter de esperar uma reencarnação como traficante para poder comprar um Rolex legítimo...
Paulo Roberto de Almeida
Corujas produtivas (em Nova York)
Não sou executivo e não vivo em Nova York, mas costumo também ser mais produtivo a noite. No entanto, prefiro trabalhar de forma solitária, acompanhado de Carmen Lícia, que também é uma coruja norturna (e que lê muito mais do que eu...).
Penso melhor na solidão da noite, sem apelos externos, sem demandas extras...
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS MUNDIAIS
'Corujas' produtivas se unem na noite de NY
Grupo promove colaboração "high-tech" na madrugada
Por JENNA WORTHAM
The New York Times, 2 de agosto de 2010 (FSP)
Os Nightowls (corujas noturnas) de Nova York são uma espécie de grupo de estudos para empresários, profissionais independentes e desenvolvedores de software que se reúnem todas as terças-feiras das 22h às 4h em busca de ideias criativas e espíritos similares.
"O objetivo é vir, inspirar-se, conhecer novas pessoas e trabalhar", disse Amber Lambke, consultora criativa que formou o grupo em abril com Allan Grinshtein, diretor de design de produtos no site de vídeo Blip.tv.
"São seis horas de um período produtivo e ininterrupto em que você está cercado de outras pessoas criativas fazendo coisas incríveis", acrescentou Lambke.
O conceito está pegando. Grupos já se formaram em quase uma dúzia de cidades, como San Francisco, Boston, Estocolmo (Suécia) e Melbourne (Austrália).
Johan Hedberg, consultor de relações públicas de 33 anos de Estocolmo, se interessou por coordenar uma versão local depois que ele viu uma publicação sobre o grupo na internet.
"Tenho muitos amigos e colegas que escrevem livros e trabalham em projetos da web e que ficam sozinhos em casa", disse. "Há muito a ganhar trabalhando com outras pessoas."
Mas trabalhar à noite pode ir além da necessidade de fugir das distrações. Algumas pessoas são "programadas" para ter um melhor desempenho durante a noite, disse Michael Thorpy, diretor do Centro de Distúrbios do Sono e Vigília no Centro Médico Montefiore, no Bronx, em Nova York.
"Nosso ritmo circadiano de sono é afetado pela genética, e todas as pessoas são diferentes", ele disse. Em Nova York, cerca de duas dúzias de pessoas armadas de notebooks e bebidas cafeinadas se reúnem semanalmente na cobertura de um prédio de escritórios em Chinatown. Alguns, como Grinshtein, trabalham em projetos preferidos e empreitadas colaterais. A maioria passa o tempo mergulhada em pensamentos sobre uma tela reluzente.
Os participantes dizem que um espírito de colaboração e camaradagem se infiltra durante a noite, o que pode ser difícil de conseguir durante as horas de trabalho normais.
"Eu não codifico muito bem, e um desenvolvedor trabalhando aqui poderia ser capaz de resolver em 30 segundos um problema que para mim levaria três horas", disse Jonathan Wegener, que cria aplicativos para celulares. "É muito mais fácil conseguir a ajuda de alguém neste ambiente, e é realmente valioso."
O grupo começou em uma noite de abril passado, quando Grinshtein enviou uma mensagem para o Twitter perguntando se alguém queria formar um grupo de trabalho informal. "Em casa eu durmo, fico adiando as coisas e não faço nada", disse. "Eu pensei: 'Deve haver alguém aí fazendo a mesma coisa'."
Lambke, que não conhecia Grinshtein, ficou imediatamente interessada. "Eu vi o 'tuite' e pensei: 'É exatamente do que eu preciso'", ela disse. Uma semana e vários e-mails depois, estava formado o New York Nightowls.
As reuniões são gratuitas, e Lambke e Grinshtein tentam limitar o tamanho do grupo a cerca de 30 pessoas. Eles pedem que os participantes marquem uma visita por meio do Meetup, um serviço que organiza eventos.
Tony Bacigalupo, que dirige um espaço de trabalho compartilhado chamado New Work City, que atende a profissionais autônomos e outros tipos de personalidades independentes, se ofereceu para deixar os Nightowls usarem o escritório sem custo.
"Já existe uma cultura de realizar trabalhos aqui", disse Bacigalupo. "Podemos colocar a música em volume um pouco mais alto à noite, abrir algumas cervejas, mas acho que as pessoas sabem que vêm aqui para se concentrar e produzir coisas."
E há menos distrações do que durante o dia. Até a web fica tranquila. As pessoas se sentem menos instigadas a verificar o Twitter, o Facebook ou as mensagens instantâneas.
"Quando você não tem seus colegas constantemente a interrompê-lo e menos amigos entediados no trabalho e no MSN é mais fácil fazer as coisas", disse Montana Low, o principal cientista da RescueTime, que faz software para produtividade.
"Muita gente tem problemas com esse tipo de distração, e todo o mundo procura maneiras de produzir um pouco mais durante um dia."
Em uma jornada de trabalho média no escritório, a maioria das pessoas visita cerca de 40 websites, que vão de redes sociais a portais de compras e entretenimento, segundo a RescueTime, que estuda os hábitos de 200 mil pessoas que baixaram seu software.
A frequência com que as pessoas saltitam na internet desacelera quase pela metade durante as primeiras horas da manhã, disse Low. Segundo Thorpy, muitas pessoas experimentam surtos de atividade duas ou três horas antes de dormir.
"Se isso combinar com seu estilo de vida, pode dar muito certo", ele disse. "Uma grande parte do início do dia para elas é quando as coisas se acalmam."
As sessões dos Nightowls duram enquanto houver pessoas trabalhando. "Ficamos abertos até eu me cansar", disse Grinshtein.
Lambke, que admite que na maioria das semanas não fica além de 1h ou 2h da manhã, disse que qualquer pessoa que precisar de um cochilo rápido pode se retirar para uma cadeira-saco muito confortável. "Talvez sejamos meio louco", ela disse. "Mas é divertido."
"Somos nova-iorquinos", acrescentou Grinshtein. "De qualquer jeito não dormimos muito."
Penso melhor na solidão da noite, sem apelos externos, sem demandas extras...
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS MUNDIAIS
'Corujas' produtivas se unem na noite de NY
Grupo promove colaboração "high-tech" na madrugada
Por JENNA WORTHAM
The New York Times, 2 de agosto de 2010 (FSP)
Os Nightowls (corujas noturnas) de Nova York são uma espécie de grupo de estudos para empresários, profissionais independentes e desenvolvedores de software que se reúnem todas as terças-feiras das 22h às 4h em busca de ideias criativas e espíritos similares.
"O objetivo é vir, inspirar-se, conhecer novas pessoas e trabalhar", disse Amber Lambke, consultora criativa que formou o grupo em abril com Allan Grinshtein, diretor de design de produtos no site de vídeo Blip.tv.
"São seis horas de um período produtivo e ininterrupto em que você está cercado de outras pessoas criativas fazendo coisas incríveis", acrescentou Lambke.
O conceito está pegando. Grupos já se formaram em quase uma dúzia de cidades, como San Francisco, Boston, Estocolmo (Suécia) e Melbourne (Austrália).
Johan Hedberg, consultor de relações públicas de 33 anos de Estocolmo, se interessou por coordenar uma versão local depois que ele viu uma publicação sobre o grupo na internet.
"Tenho muitos amigos e colegas que escrevem livros e trabalham em projetos da web e que ficam sozinhos em casa", disse. "Há muito a ganhar trabalhando com outras pessoas."
Mas trabalhar à noite pode ir além da necessidade de fugir das distrações. Algumas pessoas são "programadas" para ter um melhor desempenho durante a noite, disse Michael Thorpy, diretor do Centro de Distúrbios do Sono e Vigília no Centro Médico Montefiore, no Bronx, em Nova York.
"Nosso ritmo circadiano de sono é afetado pela genética, e todas as pessoas são diferentes", ele disse. Em Nova York, cerca de duas dúzias de pessoas armadas de notebooks e bebidas cafeinadas se reúnem semanalmente na cobertura de um prédio de escritórios em Chinatown. Alguns, como Grinshtein, trabalham em projetos preferidos e empreitadas colaterais. A maioria passa o tempo mergulhada em pensamentos sobre uma tela reluzente.
Os participantes dizem que um espírito de colaboração e camaradagem se infiltra durante a noite, o que pode ser difícil de conseguir durante as horas de trabalho normais.
"Eu não codifico muito bem, e um desenvolvedor trabalhando aqui poderia ser capaz de resolver em 30 segundos um problema que para mim levaria três horas", disse Jonathan Wegener, que cria aplicativos para celulares. "É muito mais fácil conseguir a ajuda de alguém neste ambiente, e é realmente valioso."
O grupo começou em uma noite de abril passado, quando Grinshtein enviou uma mensagem para o Twitter perguntando se alguém queria formar um grupo de trabalho informal. "Em casa eu durmo, fico adiando as coisas e não faço nada", disse. "Eu pensei: 'Deve haver alguém aí fazendo a mesma coisa'."
Lambke, que não conhecia Grinshtein, ficou imediatamente interessada. "Eu vi o 'tuite' e pensei: 'É exatamente do que eu preciso'", ela disse. Uma semana e vários e-mails depois, estava formado o New York Nightowls.
As reuniões são gratuitas, e Lambke e Grinshtein tentam limitar o tamanho do grupo a cerca de 30 pessoas. Eles pedem que os participantes marquem uma visita por meio do Meetup, um serviço que organiza eventos.
Tony Bacigalupo, que dirige um espaço de trabalho compartilhado chamado New Work City, que atende a profissionais autônomos e outros tipos de personalidades independentes, se ofereceu para deixar os Nightowls usarem o escritório sem custo.
"Já existe uma cultura de realizar trabalhos aqui", disse Bacigalupo. "Podemos colocar a música em volume um pouco mais alto à noite, abrir algumas cervejas, mas acho que as pessoas sabem que vêm aqui para se concentrar e produzir coisas."
E há menos distrações do que durante o dia. Até a web fica tranquila. As pessoas se sentem menos instigadas a verificar o Twitter, o Facebook ou as mensagens instantâneas.
"Quando você não tem seus colegas constantemente a interrompê-lo e menos amigos entediados no trabalho e no MSN é mais fácil fazer as coisas", disse Montana Low, o principal cientista da RescueTime, que faz software para produtividade.
"Muita gente tem problemas com esse tipo de distração, e todo o mundo procura maneiras de produzir um pouco mais durante um dia."
Em uma jornada de trabalho média no escritório, a maioria das pessoas visita cerca de 40 websites, que vão de redes sociais a portais de compras e entretenimento, segundo a RescueTime, que estuda os hábitos de 200 mil pessoas que baixaram seu software.
A frequência com que as pessoas saltitam na internet desacelera quase pela metade durante as primeiras horas da manhã, disse Low. Segundo Thorpy, muitas pessoas experimentam surtos de atividade duas ou três horas antes de dormir.
"Se isso combinar com seu estilo de vida, pode dar muito certo", ele disse. "Uma grande parte do início do dia para elas é quando as coisas se acalmam."
As sessões dos Nightowls duram enquanto houver pessoas trabalhando. "Ficamos abertos até eu me cansar", disse Grinshtein.
Lambke, que admite que na maioria das semanas não fica além de 1h ou 2h da manhã, disse que qualquer pessoa que precisar de um cochilo rápido pode se retirar para uma cadeira-saco muito confortável. "Talvez sejamos meio louco", ela disse. "Mas é divertido."
"Somos nova-iorquinos", acrescentou Grinshtein. "De qualquer jeito não dormimos muito."
E por falar em Venezuela: la economia al reves...
Sempre me surpreendo com as "lições de economia" do Professor Chávez.
Os chineses fizeram o que se poderia chamar de "negócio da China".
Deuda con China sacrificará $6.000 millones en 2011
Emprestaram, de forma condicional, 20 bilhões de dólares (na verdade, yuans) aos venezuelanos, e vão receber quantidades crescentes de petróleo, nos próximos vinte anos. Tem também minério de ferro.
Se o Chávez não falhar na entrega do petróleo, os chineses fizeram o melhor negócio que poderiam esperar...
Essa economia da Venezuela só pode ir para o brejo...
Paulo Roberto de Almeida
Deuda con China sacrificará $6.000 millones en 2011
Guia.Com.Ve, 29/09.2010
El Gobierno deberá sacrificar 6.000 millones de dólares en ingresos fiscales, correspondientes al ejercicio 2011, para comenzar a pagar el préstamo de 20.000 millones de dólares que se acordó con la República Popular China, denunció el director de la Escuela de Economía de la Universidad Central de Venezuela (UCV), José Guerra.
El economista manifestó que el cálculo se basa en que Venezuela deberá suministrar 250.000 barriles diarios de petróleo a la nación asiática, como parte de pago, durante el año que viene.
Si se toma como referencia un precio promedio de 70 dólares por barril, que es una expectativa my factible según el economista, Venezuela dejará de obtener la cifra mencionada.
Como el convenio con China establece un suministro de petróleo incremental en el tiempo, de acuerdo con los cálculos de Guerra, con el mismo precio petrolero de referencia, Venezuela dejará de percibir 7.000 millones de dólares en 2012.
Lo anterior se deriva de que los envíos de crudo a la potencia asiática deberán elevarse a 300.000 barriles por día.
En consecuencia, Guerra estima, que Venezuela pagará 13.000 millones de dólares a China, en solo dos años, período en el cual solamente habrá recibido el 50% del préstamo acordado por 20.000 de dólares. Esto significa que al cierre de 2012 Venezuela habrá pagado 3.000 millones de dólares excedentarios.
A juicio de Guerra, comprometer la producción petrolera de esta manera configura un claro daño al patrimonio de la República, porque los Chinos hicieron el mejor negocio a costa de las insaciables necesidades fiscales del gobierno venezolano.
Condiciones del acuerdo
El acuerdo entre ambas naciones, firmado el pasado 10 de septiembre en Beijing, contempla que Pdvsa se obliga a venderle petróleo a China National United Oil hasta el 2012, con un tope de 300.000 barriles diarios para esa fecha. Mientras que para 2011 se estiman envíos de crudo por el orden de 250.000 barriles por día. Actualmente, según datos oficiales, Venezuela suministra cerca de 200.000 barriles diarios.
El acuerdo corresponde a dos líneas de créditos, una por 10.000 millones de dólares y otra por 70.000 millones de Yuan (10.200 millones de dólares).
El presidente Hugo Chávez anunció la semana pasada que de este préstamo fueron ya depositados por China 4.000 millones de dólares, destinados ya al 'reimpulso y aceleración de una serie de obras (públicas) y el inicio de otras', añadió sin más detalles.
Analistas del entorno petróleo aseguran que no está muy claro de donde provendrán los hidrocarburos que se requieren para honrar el compromiso con los asiáticos, toda vez que la decaída producción petrolera no muestra síntomas de recuperación, pese a las múltiples asociaciones que ha logrado la estatal petrolera venezolana para materializar proyectos en la Faja del Orinoco, que no logran despegar.
¿Qué hacer con los Yuanes?
Una de las condiciones del acuerdo que más preocupa al director de la escuela de economía de la UCV es que el 50% de la erogación se hará en Yuanes (moneda de curso legal en China), toda vez que esta es una moneda no convertible en cualquier país del mundo, según Guerra, por lo tanto los 10.000 millones de dólares que el gobierno chino entregará en yuanes sólo podrán gastarse en la adquisición de productos del país asiático.
El académico coloca como ejemplo la reciente compra de electrodomésticos a la empresa China Haier, que constituyó un excelente negocio para una economía que está buscando mercados para colocar sus crecientes volúmenes de producción industrial.
Guerra insiste en que pedir prestado para importar bienes y servicios sólo contribuye a reactivar las economías de otros países, pues la inflación y la sobrevaluación del bolívar atentan contra a competitividad de la economía nacional, haciendo imposible producir bienes locales.
===============
WISCO and Venezuela agree iron ore contract price for 2010
Steel Orbis, Wednesday, 21 July 2010
At the end of June this year, Venezuela sent a delegation to China to carry out negotiations regarding iron ore contracts with Hubei Province-based Chinese steelmaker Wuhan Iron and Steel Co. (WISCO). The WISCO and Venezuelan representatives have lately reached agreement on contract iron ore prices for the whole of 2010. Compared with the iron ore price Japan and South Korea contracted with Vale, the price agreed by WISCO and Venezuela is $20 lower. This means that WISCO could save up to RMB 400 million (about $59 million) by importing iron ore from Venezuela in 2010.
Compared with Brazilian iron ore, Venezuela's iron ore is of a high grade. In October 2009, International Economic and Trading Corporation, a subsidiary of WISCO signed a seven-year contract with the CVG mining company of Venezuela, for a total volume of 40 million mt of iron ore. In December 2009, WISCO received priority from CVG as regards iron ore purchases.
The Venezuelan contract reduces the pressure on WISCO from the three main mining giants - Vale, BHP Billiton and Rio Tinto - and also eases the pressure on the Brazilian ship route.
Os chineses fizeram o que se poderia chamar de "negócio da China".
Deuda con China sacrificará $6.000 millones en 2011
Emprestaram, de forma condicional, 20 bilhões de dólares (na verdade, yuans) aos venezuelanos, e vão receber quantidades crescentes de petróleo, nos próximos vinte anos. Tem também minério de ferro.
Se o Chávez não falhar na entrega do petróleo, os chineses fizeram o melhor negócio que poderiam esperar...
Essa economia da Venezuela só pode ir para o brejo...
Paulo Roberto de Almeida
Deuda con China sacrificará $6.000 millones en 2011
Guia.Com.Ve, 29/09.2010
El Gobierno deberá sacrificar 6.000 millones de dólares en ingresos fiscales, correspondientes al ejercicio 2011, para comenzar a pagar el préstamo de 20.000 millones de dólares que se acordó con la República Popular China, denunció el director de la Escuela de Economía de la Universidad Central de Venezuela (UCV), José Guerra.
El economista manifestó que el cálculo se basa en que Venezuela deberá suministrar 250.000 barriles diarios de petróleo a la nación asiática, como parte de pago, durante el año que viene.
Si se toma como referencia un precio promedio de 70 dólares por barril, que es una expectativa my factible según el economista, Venezuela dejará de obtener la cifra mencionada.
Como el convenio con China establece un suministro de petróleo incremental en el tiempo, de acuerdo con los cálculos de Guerra, con el mismo precio petrolero de referencia, Venezuela dejará de percibir 7.000 millones de dólares en 2012.
Lo anterior se deriva de que los envíos de crudo a la potencia asiática deberán elevarse a 300.000 barriles por día.
En consecuencia, Guerra estima, que Venezuela pagará 13.000 millones de dólares a China, en solo dos años, período en el cual solamente habrá recibido el 50% del préstamo acordado por 20.000 de dólares. Esto significa que al cierre de 2012 Venezuela habrá pagado 3.000 millones de dólares excedentarios.
A juicio de Guerra, comprometer la producción petrolera de esta manera configura un claro daño al patrimonio de la República, porque los Chinos hicieron el mejor negocio a costa de las insaciables necesidades fiscales del gobierno venezolano.
Condiciones del acuerdo
El acuerdo entre ambas naciones, firmado el pasado 10 de septiembre en Beijing, contempla que Pdvsa se obliga a venderle petróleo a China National United Oil hasta el 2012, con un tope de 300.000 barriles diarios para esa fecha. Mientras que para 2011 se estiman envíos de crudo por el orden de 250.000 barriles por día. Actualmente, según datos oficiales, Venezuela suministra cerca de 200.000 barriles diarios.
El acuerdo corresponde a dos líneas de créditos, una por 10.000 millones de dólares y otra por 70.000 millones de Yuan (10.200 millones de dólares).
El presidente Hugo Chávez anunció la semana pasada que de este préstamo fueron ya depositados por China 4.000 millones de dólares, destinados ya al 'reimpulso y aceleración de una serie de obras (públicas) y el inicio de otras', añadió sin más detalles.
Analistas del entorno petróleo aseguran que no está muy claro de donde provendrán los hidrocarburos que se requieren para honrar el compromiso con los asiáticos, toda vez que la decaída producción petrolera no muestra síntomas de recuperación, pese a las múltiples asociaciones que ha logrado la estatal petrolera venezolana para materializar proyectos en la Faja del Orinoco, que no logran despegar.
¿Qué hacer con los Yuanes?
Una de las condiciones del acuerdo que más preocupa al director de la escuela de economía de la UCV es que el 50% de la erogación se hará en Yuanes (moneda de curso legal en China), toda vez que esta es una moneda no convertible en cualquier país del mundo, según Guerra, por lo tanto los 10.000 millones de dólares que el gobierno chino entregará en yuanes sólo podrán gastarse en la adquisición de productos del país asiático.
El académico coloca como ejemplo la reciente compra de electrodomésticos a la empresa China Haier, que constituyó un excelente negocio para una economía que está buscando mercados para colocar sus crecientes volúmenes de producción industrial.
Guerra insiste en que pedir prestado para importar bienes y servicios sólo contribuye a reactivar las economías de otros países, pues la inflación y la sobrevaluación del bolívar atentan contra a competitividad de la economía nacional, haciendo imposible producir bienes locales.
===============
WISCO and Venezuela agree iron ore contract price for 2010
Steel Orbis, Wednesday, 21 July 2010
At the end of June this year, Venezuela sent a delegation to China to carry out negotiations regarding iron ore contracts with Hubei Province-based Chinese steelmaker Wuhan Iron and Steel Co. (WISCO). The WISCO and Venezuelan representatives have lately reached agreement on contract iron ore prices for the whole of 2010. Compared with the iron ore price Japan and South Korea contracted with Vale, the price agreed by WISCO and Venezuela is $20 lower. This means that WISCO could save up to RMB 400 million (about $59 million) by importing iron ore from Venezuela in 2010.
Compared with Brazilian iron ore, Venezuela's iron ore is of a high grade. In October 2009, International Economic and Trading Corporation, a subsidiary of WISCO signed a seven-year contract with the CVG mining company of Venezuela, for a total volume of 40 million mt of iron ore. In December 2009, WISCO received priority from CVG as regards iron ore purchases.
The Venezuelan contract reduces the pressure on WISCO from the three main mining giants - Vale, BHP Billiton and Rio Tinto - and also eases the pressure on the Brazilian ship route.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
E por falar em eleicoes manipuladas... (Venezuela, por supuesto)
Chávez se atraganta con su ley electoral
El País, 28/09/10
Caracas - Hugo Chávez está enfadado, muy enfadado. Los resultados electorales del domingo le han torcido el gesto. No tanto por la resurrección de la oposición -que logró 65 diputados de los 165 en juego-, ni siquiera porque los 98 obtenidos por su partido no son suficientes para legislar a su antojo, sino porque la forma de ganar, mediante una ley electoral diseñada a su medida hace solo un año, ha dejado al descubierto su particular manera de usar la democracia. El enfado de Chávez se desató en la tarde del lunes, ante una pregunta de una periodista venezolana.
Más que una pregunta, era “la” pregunta: “La diferencia entre los votos obtenidos por su partido, el Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), y los que ha logrado la Mesa de la Unidad Democrática (MUD) es de apenas 100.000. Y es difícil de entender que habiendo obtenido casi el mismo número de votos, la oposición haya alcanzado 37 escaños menos que el PSUV [finalmente sería de 33 la diferencia]. Me pregunto si se estaría confirmando la tesis de la oposición que sostiene que la redistribución de los circuitos electorales se hizo con la intención de favorecer al PSUV o que quizá el voto del PSUV vale por dos…”. ¿Qué le respondió Chávez? Nada. No supo que responderle y, fiel a su estilo, arremetió contra ella.
La acusó de no conocer la Constitución, de pertenecer a un medio que difunde mentiras, de no prestar atención y formular “preguntas gelatinosas que no tienen fundamentación lógica”, de vivir en la Luna, de manipular… Entre exabrupto y exabrupto -coreado por parte de los miembros de su gobierno y de los periodistas del régimen que le ríen las gracias-, Hugo Chávez intentaba responder, cambiaba papeles de sitio, se removía en su silla, agarraba un lápiz o invitaba a Andreína Flores, la periodista, a tomarse el café que le acababan de servir…
Pero el comandante presidente no hallaba una respuesta lógica… y al final decidió tirar por lo alto: acusó a quienes formulan esas preguntas de obedecer a oscuros intereses desestabilizadores que “lo que buscan es quitarle el petróleo a Venezuela para entregárselo a los yanquis…”. Pero no respondió. Tal vez porque no había forma de hacerlo: con la ley anterior y estos mismos resultados, el PSUV y la Mesa de la Unidad hubiesen empatado a 80 diputados. Pero él reformó la ley de tal forma que en las zonas más proclives a su gestión un diputado valga menos votos que en las demarcaciones donde nunca ganó. El resultado no puede ser más claro: una victoria de 98 a 65 con el mismo número de votos.
Lo cierto es que el presidente, que estuvo 24 horas en silencio digiriendo en la intimidad el mal resultado, está dispuesto a utilizar los meses que le quedan hasta enero -fecha en que se constituirá la nueva Asamblea Nacional- para aprovechar la mayoría absoluta que todavía tiene. El jefe del comando Bolívar y diputado Aristóbulo Istúriz se lo advirtió así a la oposición: “Vamos a legislar hasta el último día, así que prepárense”. Y Chávez, una vez se iba reponiendo del mal trago, desafiaba a la oposición a que convocara un referéndum para revocar su mandato: “Como son mayoría y ya yo cumplí tres años de este periodo, yo les hago un reto: ¡convoquen ya un revocatorio! ¿Para qué van a esperar dos años para sacarme? Dentro de dos años será más difícil, porque lo que viene es joropo, así que vayan comprando alpargatas”.
El País, 28/09/10
Caracas - Hugo Chávez está enfadado, muy enfadado. Los resultados electorales del domingo le han torcido el gesto. No tanto por la resurrección de la oposición -que logró 65 diputados de los 165 en juego-, ni siquiera porque los 98 obtenidos por su partido no son suficientes para legislar a su antojo, sino porque la forma de ganar, mediante una ley electoral diseñada a su medida hace solo un año, ha dejado al descubierto su particular manera de usar la democracia. El enfado de Chávez se desató en la tarde del lunes, ante una pregunta de una periodista venezolana.
Más que una pregunta, era “la” pregunta: “La diferencia entre los votos obtenidos por su partido, el Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), y los que ha logrado la Mesa de la Unidad Democrática (MUD) es de apenas 100.000. Y es difícil de entender que habiendo obtenido casi el mismo número de votos, la oposición haya alcanzado 37 escaños menos que el PSUV [finalmente sería de 33 la diferencia]. Me pregunto si se estaría confirmando la tesis de la oposición que sostiene que la redistribución de los circuitos electorales se hizo con la intención de favorecer al PSUV o que quizá el voto del PSUV vale por dos…”. ¿Qué le respondió Chávez? Nada. No supo que responderle y, fiel a su estilo, arremetió contra ella.
La acusó de no conocer la Constitución, de pertenecer a un medio que difunde mentiras, de no prestar atención y formular “preguntas gelatinosas que no tienen fundamentación lógica”, de vivir en la Luna, de manipular… Entre exabrupto y exabrupto -coreado por parte de los miembros de su gobierno y de los periodistas del régimen que le ríen las gracias-, Hugo Chávez intentaba responder, cambiaba papeles de sitio, se removía en su silla, agarraba un lápiz o invitaba a Andreína Flores, la periodista, a tomarse el café que le acababan de servir…
Pero el comandante presidente no hallaba una respuesta lógica… y al final decidió tirar por lo alto: acusó a quienes formulan esas preguntas de obedecer a oscuros intereses desestabilizadores que “lo que buscan es quitarle el petróleo a Venezuela para entregárselo a los yanquis…”. Pero no respondió. Tal vez porque no había forma de hacerlo: con la ley anterior y estos mismos resultados, el PSUV y la Mesa de la Unidad hubiesen empatado a 80 diputados. Pero él reformó la ley de tal forma que en las zonas más proclives a su gestión un diputado valga menos votos que en las demarcaciones donde nunca ganó. El resultado no puede ser más claro: una victoria de 98 a 65 con el mismo número de votos.
Lo cierto es que el presidente, que estuvo 24 horas en silencio digiriendo en la intimidad el mal resultado, está dispuesto a utilizar los meses que le quedan hasta enero -fecha en que se constituirá la nueva Asamblea Nacional- para aprovechar la mayoría absoluta que todavía tiene. El jefe del comando Bolívar y diputado Aristóbulo Istúriz se lo advirtió así a la oposición: “Vamos a legislar hasta el último día, así que prepárense”. Y Chávez, una vez se iba reponiendo del mal trago, desafiaba a la oposición a que convocara un referéndum para revocar su mandato: “Como son mayoría y ya yo cumplí tres años de este periodo, yo les hago un reto: ¡convoquen ya un revocatorio! ¿Para qué van a esperar dos años para sacarme? Dentro de dos años será más difícil, porque lo que viene es joropo, así que vayan comprando alpargatas”.
E por falar em NAO eleicoes...
Coreia do Norte: uma segunda sucessão dinástica.
Acho que desta vez não vai dar certo.
Tem tudo para ir para o brejo, onde aliás eles já estão há muito tempo...
North Korean leader promotes son, sister in advance of party conference
By Chico Harlan
Washington Post Foreign Service
Tuesday, September 28, 2010; 9:44 AM
SEOUL - North Korean leader Kim Jong Il promoted his son and his sister to top military positions in the hours before the country's largest political conference in 30 years, demonstrating anew his reliance on family bloodlines to protect his reclusive regime.
The elevation of Kim's son Kim Jong Eun to the rank of general verified his status as the Stalinist dictator's heir apparent.
But according to experts, it was the tapping of sister Kim Kyong Hui to a similar position that offered a glimpse into Kim Jong Il's strategy for protecting power as his health declines and his untested son emerges. To put it simply: He plans to rely on his family.
Politics is the Kim family business. Staying in business is the Kim family's latest challenge. Though the Kims have always used North Korea as an expansive family headquarters - "The entire bureaucracy is just a personal staff for Kim Jong Il," Seoul-based analyst Park Hyeong-jung said - experts on Tuesday noted that Kim Kyong Hui's new job reinforces the bloodline-over-party priority. She has no military experience, but she was made a four-star general.
"When things really get tough - when the leader gets ill - it's the family that starts to circle the wagons," said Ken Gause, an Alexandria-based analyst specializing in North Korean leadership.
"We've seen this in Iraq, in the last years of the Saddam regime. And that's the case here. It seems to me not an accident that the day before they make party appointments, they make the bloodline appointments," Gause said. "That is a clear signal to what's happening here: The Kim family is still in control."
Analysts in both Seoul and Washington offered mixed theories on the implications of Kim Kyong Hui's promotion, but several said they suspect that she will play a prominent caretaker role as her nephew learns about the top job and tries to convince Pyongyang's ruling party and military members that he is fit for it.
Even before Kim Kyong Hui received her new title, the father-to-son power transfer was a family job. Kim Kyong Hui's husband, National Defense Commission Vice Chairman Jang Song Taek, is widely viewed as a regent for Kim Jong Eun. He could also serve as an interim ruler if the Dear Leader dies or falls seriously ill before Kim Jong Eun has adapted to his designated role.
Kim Kyong Hui and Jang Song Taek have been married for 38 years, falling in love despite the objections of her father, the late Kim Il Sung. Some experts believe that Kim Kyong Hui was promoted to help legitimize her husband; she can act as a prominent link to the Kim blood, if ever Jang needs public support.
Others believe that Kim Kyong Hui was promoted, in fact, as a counterweight to her husband, checking him from growing too ambitious.
"By giving Kim Kyong Hui power, Kim Jong Eun's succession can be solidified," said Cheong Seong Chang, senior analyst at Seoul's Sejong Institute. "Even though she became a general, that is just a title and it does not mean she'll start controlling and ordering troops. But it would be a base for her to be involved in case of Kim Jong Il's death. She can use her title to persuade the elite power in the military to select Kim Jong Eun as the next leader."
Examining the inner workings of the world's most secretive state requires an element of guesswork, with information based on foreign intelligence, North Korean propaganda and rare accounts from high-level defectors. Accurate details about the workings of Kim's inner sanctum - and the lives of those within it - often do not trickle out until years later.
Most who analyze North Korea, though, believe that Kim Jong Il shares a fiercely close relationship with his sister, younger by four years. Raised primarily by distant family members and nannies, they spent their childhoods together.
In the past two years, Kim Kyong Hui, now 64, has emerged as Kim Jong Il's top companion on guidance tours. According to a recent essay by Yuriko Koike, Japan's former defense minister, Kim Jong Il once told the Central Committee of the Workers' Party that "Kim Kyong Hui is myself, the words of Kim Kyong Hui are my words, and instructions issued by Kim Kyong Hui are my instructions."
Kim Jong Il has also asked Kim Kyong Hui to do many things that sisters rarely do for brothers. She currently heads North Korea's light industry. She has previously been involved with aspects of North Korea's surveillance machine.
According to Gause, Kim Kyong Hui helped to establish a network of contacts in Europe - particularly Switzerland - that the family used to stash its private millions.
For several years during the mid-2000s, Kim Kyong Hui disappeared from public life. North Korea analysts, in a popular but unproven theory, often attribute her absence to a struggle with alcoholism.
Since its founding in 1948, North Korea has occasionally created personality cults for its most important women - most notably for Kim Jong Suk, wife of Kim Il Sung, who was revered as the Sacred Mother of the Revolution, and often referred to as a general. Though North Korean political power remains male-dominated - as illustrated by the recent photos of dark-suited delegates arriving in Pyongyang for Tuesday's meeting - its regime cultivates what author B.R. Myers calls a "coddling mother" image, which can apply to both women and men.
In propaganda artwork, founder Kim Il Sung is bathed in pinkish hues, and children nuzzle his bosom. Propaganda has described Kim Jong Il as "more of a mother than all the mothers in the world."
Within the past decade, North Korean women have grown in status. In 2003, North Korea started drafting all-women military units.The percentage of women in the military has since increased, though accurate numbers are hard to find. Meanwhile, the private market economy is sustained largely by women, who operate food stalls while men maintain government-approved employment.
"That's led, generally, to a rise in status of women," Myers said in an interview. "They can be responsible for their own earnings and their own fate."
Though delegates met Tuesday as part of the rare party conference, North Korea revealed no further significant developments. A promised "major announcement" turned out to be the renomination of Kim Jong Il as head of the ruling party.
No matter the party leadership reshuffling that ensues, experts view the military promotions as a telling sign of Pyongyang's succession plans. The announcement of the promotions, carried by the state-run news agency, was the first time Kim Jong Eun's name ever appeared in a public North Korean report.
In contrast to his inexperienced son, Kim Jong Il worked for roughly a decade behind the scenes before emerging in the public as his own father's heir apparent.
Now, two years removed from a stroke and still dealing with myriad health problems, Kim Jong Il is rushing to reorganize his country so his family can retain power after his death.
"What we can say is, Kim Jong Il is putting his ducks in a row," said Jennifer Lind, a North Korea expert at Dartmouth College. "From the standpoint of this week's events, the regime has taken a step to make itself more stable. It's pretty clear that Kim Jong Il is gathering the people around him who are closest to him."
Special correspondent Yoonjung Seo contributed to this report.
Acho que desta vez não vai dar certo.
Tem tudo para ir para o brejo, onde aliás eles já estão há muito tempo...
North Korean leader promotes son, sister in advance of party conference
By Chico Harlan
Washington Post Foreign Service
Tuesday, September 28, 2010; 9:44 AM
SEOUL - North Korean leader Kim Jong Il promoted his son and his sister to top military positions in the hours before the country's largest political conference in 30 years, demonstrating anew his reliance on family bloodlines to protect his reclusive regime.
The elevation of Kim's son Kim Jong Eun to the rank of general verified his status as the Stalinist dictator's heir apparent.
But according to experts, it was the tapping of sister Kim Kyong Hui to a similar position that offered a glimpse into Kim Jong Il's strategy for protecting power as his health declines and his untested son emerges. To put it simply: He plans to rely on his family.
Politics is the Kim family business. Staying in business is the Kim family's latest challenge. Though the Kims have always used North Korea as an expansive family headquarters - "The entire bureaucracy is just a personal staff for Kim Jong Il," Seoul-based analyst Park Hyeong-jung said - experts on Tuesday noted that Kim Kyong Hui's new job reinforces the bloodline-over-party priority. She has no military experience, but she was made a four-star general.
"When things really get tough - when the leader gets ill - it's the family that starts to circle the wagons," said Ken Gause, an Alexandria-based analyst specializing in North Korean leadership.
"We've seen this in Iraq, in the last years of the Saddam regime. And that's the case here. It seems to me not an accident that the day before they make party appointments, they make the bloodline appointments," Gause said. "That is a clear signal to what's happening here: The Kim family is still in control."
Analysts in both Seoul and Washington offered mixed theories on the implications of Kim Kyong Hui's promotion, but several said they suspect that she will play a prominent caretaker role as her nephew learns about the top job and tries to convince Pyongyang's ruling party and military members that he is fit for it.
Even before Kim Kyong Hui received her new title, the father-to-son power transfer was a family job. Kim Kyong Hui's husband, National Defense Commission Vice Chairman Jang Song Taek, is widely viewed as a regent for Kim Jong Eun. He could also serve as an interim ruler if the Dear Leader dies or falls seriously ill before Kim Jong Eun has adapted to his designated role.
Kim Kyong Hui and Jang Song Taek have been married for 38 years, falling in love despite the objections of her father, the late Kim Il Sung. Some experts believe that Kim Kyong Hui was promoted to help legitimize her husband; she can act as a prominent link to the Kim blood, if ever Jang needs public support.
Others believe that Kim Kyong Hui was promoted, in fact, as a counterweight to her husband, checking him from growing too ambitious.
"By giving Kim Kyong Hui power, Kim Jong Eun's succession can be solidified," said Cheong Seong Chang, senior analyst at Seoul's Sejong Institute. "Even though she became a general, that is just a title and it does not mean she'll start controlling and ordering troops. But it would be a base for her to be involved in case of Kim Jong Il's death. She can use her title to persuade the elite power in the military to select Kim Jong Eun as the next leader."
Examining the inner workings of the world's most secretive state requires an element of guesswork, with information based on foreign intelligence, North Korean propaganda and rare accounts from high-level defectors. Accurate details about the workings of Kim's inner sanctum - and the lives of those within it - often do not trickle out until years later.
Most who analyze North Korea, though, believe that Kim Jong Il shares a fiercely close relationship with his sister, younger by four years. Raised primarily by distant family members and nannies, they spent their childhoods together.
In the past two years, Kim Kyong Hui, now 64, has emerged as Kim Jong Il's top companion on guidance tours. According to a recent essay by Yuriko Koike, Japan's former defense minister, Kim Jong Il once told the Central Committee of the Workers' Party that "Kim Kyong Hui is myself, the words of Kim Kyong Hui are my words, and instructions issued by Kim Kyong Hui are my instructions."
Kim Jong Il has also asked Kim Kyong Hui to do many things that sisters rarely do for brothers. She currently heads North Korea's light industry. She has previously been involved with aspects of North Korea's surveillance machine.
According to Gause, Kim Kyong Hui helped to establish a network of contacts in Europe - particularly Switzerland - that the family used to stash its private millions.
For several years during the mid-2000s, Kim Kyong Hui disappeared from public life. North Korea analysts, in a popular but unproven theory, often attribute her absence to a struggle with alcoholism.
Since its founding in 1948, North Korea has occasionally created personality cults for its most important women - most notably for Kim Jong Suk, wife of Kim Il Sung, who was revered as the Sacred Mother of the Revolution, and often referred to as a general. Though North Korean political power remains male-dominated - as illustrated by the recent photos of dark-suited delegates arriving in Pyongyang for Tuesday's meeting - its regime cultivates what author B.R. Myers calls a "coddling mother" image, which can apply to both women and men.
In propaganda artwork, founder Kim Il Sung is bathed in pinkish hues, and children nuzzle his bosom. Propaganda has described Kim Jong Il as "more of a mother than all the mothers in the world."
Within the past decade, North Korean women have grown in status. In 2003, North Korea started drafting all-women military units.The percentage of women in the military has since increased, though accurate numbers are hard to find. Meanwhile, the private market economy is sustained largely by women, who operate food stalls while men maintain government-approved employment.
"That's led, generally, to a rise in status of women," Myers said in an interview. "They can be responsible for their own earnings and their own fate."
Though delegates met Tuesday as part of the rare party conference, North Korea revealed no further significant developments. A promised "major announcement" turned out to be the renomination of Kim Jong Il as head of the ruling party.
No matter the party leadership reshuffling that ensues, experts view the military promotions as a telling sign of Pyongyang's succession plans. The announcement of the promotions, carried by the state-run news agency, was the first time Kim Jong Eun's name ever appeared in a public North Korean report.
In contrast to his inexperienced son, Kim Jong Il worked for roughly a decade behind the scenes before emerging in the public as his own father's heir apparent.
Now, two years removed from a stroke and still dealing with myriad health problems, Kim Jong Il is rushing to reorganize his country so his family can retain power after his death.
"What we can say is, Kim Jong Il is putting his ducks in a row," said Jennifer Lind, a North Korea expert at Dartmouth College. "From the standpoint of this week's events, the regime has taken a step to make itself more stable. It's pretty clear that Kim Jong Il is gathering the people around him who are closest to him."
Special correspondent Yoonjung Seo contributed to this report.
E por falar em eleicoes...
Você já assinou o manifesto em favor da democracia?
O Manifesto pela democracia já ultrapassou 51.200 assinaturas.
O site do movimento está em nova endereço: assine aqui você também.
(Sim, uns juristas vendidos, que não merecem o nome de juristas, e que já foram chamados de advogados do lulo-petismo, fizeram um contra-manifesto para defender a república mafiosa; quem quiser saber mais, veja aqui.)
O Manifesto pela democracia já ultrapassou 51.200 assinaturas.
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(Sim, uns juristas vendidos, que não merecem o nome de juristas, e que já foram chamados de advogados do lulo-petismo, fizeram um contra-manifesto para defender a república mafiosa; quem quiser saber mais, veja aqui.)
E por falar em roubar eleicoes...
Bem, eu não estava falando do Brasil, pelo menos não ainda. Pode ser que estejam tramando algo, e as urnas eletrônicas, bem, as urnas eletrônicas...
Sim, no Brasil também ocorre o mesmo que na Venezuela: um sistema completamente deformado, totalmente desproporcional, que valoriza regiões atrasadas e grotões que antigamente eram dominados pelos coronelões, hoje por novos coronéis, que talvez não mereçam esse nome, em honra dos nossos militares...
Paulo Roberto de Almeida
Elecciones en Venezuela
Un sistema electoral diseñado a medida salva al líder bolivariano
P. ORDAZ (ENVIADO ESPECIAL) - Caracas
El País, Martes, 28/9/2010
Nueve Estados suman el 67% de la población pero eligen el 53% de los escaños
Un voto no es igual a un voto en Venezuela. Hay votos y votos. Votos suculentos -los que recolecta Hugo Chávez en los barrios que le son propicios- y votos escuálidos, que es precisamente como llama el presidente a los miembros de la oposición. Si creen que esto es una invención de la prensa colonialista -así definió a este periódico el canciller venezolano, Nicolás Maduro-, tomen nota del siguiente dato: la oposición logró en Caracas el 47,8% de los votos frente al 47,7% que logró el Partido Socialista Unido de Venezuela. Pues bien, de los siete diputados en juego, Chávez se llevó seis y la Mesa de la Unidad Democrática solo uno. ¿Que cómo es posible?
Pues cocinando, gracias al poder absoluto que la Asamblea Nacional le otorgaba a Hugo Chávez, una reglamentación electoral a la medida justa de sus necesidades. El chavismo reformó la ley del sufragio y participación política en diciembre de 2009. De tal reforma resultó que las regiones menos pobladas del país tienen ahora más representación en el Parlamento y cada uno de los diputados que se eligen allí cuestan menos votos que en los Estados más grandes.
Un ejemplo muy claro es Amazonas, un Estado pobre y despoblado, donde un diputado se elige con 20.000 votos. Sin embargo, en el Estado de Zulia, un Estado petrolero donde tradicionalmente ha ganado la oposición, se requieren unos 400.000 votos para ganar un escaño o curul. Además del cambio de proporcionalidad, la ley de Chávez también cambió el diseño de las circunscripciones electorales para favorecer al chavismo en número de diputados en aquellos lugares donde -al menos hasta ahora- eran más fuertes.
Hay muchos y muy llamativos ejemplos de que la ley del sufragio aprobada en 2009 es, más que un traje a medida, un chaleco antibalas para el poder de Chávez. Ahí están los casos de Mérida y de Miranda. En Mérida, el Partido Socialista Unido de Venezuela se lleva cuatro de los seis diputados en juego, pese a que la lista de la Mesa de la Unidad Democrática tiene el 50,04% de los votos y la de Chávez el 48,7%. Y en Miranda, más de lo mismo: el comandante presidente -así lo llaman sus fieles- se lleva cinco de los 10 diputados, pese a que solo lograron el 41,4% de los votos frente al 57% que consiguió la oposición.
¿Más ejemplos? Los hay. En Carabobo, la lista de la oposición logra el 53,66% y la de Chávez tiene el 43,04%, pero pese a ganar por 10 puntos, el reparto de las demarcaciones electorales hace que de los 10 escaños, la oposición se lleva solo tres y Chávez seis, aunque faltan aún los datos de una circunscripción.
Hay todavía otro dato muy interesante: los nueve Estados del país donde se concentra el 67% de la población electoral del país (Anzoátegui, Aragua, Bolívar, Carabobo, Lara, Miranda, Táchira, Zulia y Distrito Capital, cinco de ellos gobernados por la oposición) eligen el 53% de los escaños (87 curules).
El sistema electoral garantizó a Chávez una victoria. A pesar de ello, tal vez el líder bolivariano sí tendrá que ir reformando su manera de dirigirse a la oposición. Los escuálidos demostraron el domingo que tienen músculos de acero.
Reparto desigual
- Caracas. El Partido Socialista Unificado de Venezuela (PSUV) logra el 47,7% de los votos en este distrito. La oposición de la Mesa de la Unidad Democrática consigue una décima más, pero el partido de Chávez se lleva seis de los siete escaños.
- Mérida. Con el 50,4% de los sufragios, la alianza opositora se hace con dos escaños. El PSUV se alza con cuatro aun teniendo el 48,7% de los votos.
- Miranda. Ambas coaliciones ganan cinco escaños: el grupo de Chávez con el 41,4% de los votos, y la oposición con el 57%.
Sim, no Brasil também ocorre o mesmo que na Venezuela: um sistema completamente deformado, totalmente desproporcional, que valoriza regiões atrasadas e grotões que antigamente eram dominados pelos coronelões, hoje por novos coronéis, que talvez não mereçam esse nome, em honra dos nossos militares...
Paulo Roberto de Almeida
Elecciones en Venezuela
Un sistema electoral diseñado a medida salva al líder bolivariano
P. ORDAZ (ENVIADO ESPECIAL) - Caracas
El País, Martes, 28/9/2010
Nueve Estados suman el 67% de la población pero eligen el 53% de los escaños
Un voto no es igual a un voto en Venezuela. Hay votos y votos. Votos suculentos -los que recolecta Hugo Chávez en los barrios que le son propicios- y votos escuálidos, que es precisamente como llama el presidente a los miembros de la oposición. Si creen que esto es una invención de la prensa colonialista -así definió a este periódico el canciller venezolano, Nicolás Maduro-, tomen nota del siguiente dato: la oposición logró en Caracas el 47,8% de los votos frente al 47,7% que logró el Partido Socialista Unido de Venezuela. Pues bien, de los siete diputados en juego, Chávez se llevó seis y la Mesa de la Unidad Democrática solo uno. ¿Que cómo es posible?
Pues cocinando, gracias al poder absoluto que la Asamblea Nacional le otorgaba a Hugo Chávez, una reglamentación electoral a la medida justa de sus necesidades. El chavismo reformó la ley del sufragio y participación política en diciembre de 2009. De tal reforma resultó que las regiones menos pobladas del país tienen ahora más representación en el Parlamento y cada uno de los diputados que se eligen allí cuestan menos votos que en los Estados más grandes.
Un ejemplo muy claro es Amazonas, un Estado pobre y despoblado, donde un diputado se elige con 20.000 votos. Sin embargo, en el Estado de Zulia, un Estado petrolero donde tradicionalmente ha ganado la oposición, se requieren unos 400.000 votos para ganar un escaño o curul. Además del cambio de proporcionalidad, la ley de Chávez también cambió el diseño de las circunscripciones electorales para favorecer al chavismo en número de diputados en aquellos lugares donde -al menos hasta ahora- eran más fuertes.
Hay muchos y muy llamativos ejemplos de que la ley del sufragio aprobada en 2009 es, más que un traje a medida, un chaleco antibalas para el poder de Chávez. Ahí están los casos de Mérida y de Miranda. En Mérida, el Partido Socialista Unido de Venezuela se lleva cuatro de los seis diputados en juego, pese a que la lista de la Mesa de la Unidad Democrática tiene el 50,04% de los votos y la de Chávez el 48,7%. Y en Miranda, más de lo mismo: el comandante presidente -así lo llaman sus fieles- se lleva cinco de los 10 diputados, pese a que solo lograron el 41,4% de los votos frente al 57% que consiguió la oposición.
¿Más ejemplos? Los hay. En Carabobo, la lista de la oposición logra el 53,66% y la de Chávez tiene el 43,04%, pero pese a ganar por 10 puntos, el reparto de las demarcaciones electorales hace que de los 10 escaños, la oposición se lleva solo tres y Chávez seis, aunque faltan aún los datos de una circunscripción.
Hay todavía otro dato muy interesante: los nueve Estados del país donde se concentra el 67% de la población electoral del país (Anzoátegui, Aragua, Bolívar, Carabobo, Lara, Miranda, Táchira, Zulia y Distrito Capital, cinco de ellos gobernados por la oposición) eligen el 53% de los escaños (87 curules).
El sistema electoral garantizó a Chávez una victoria. A pesar de ello, tal vez el líder bolivariano sí tendrá que ir reformando su manera de dirigirse a la oposición. Los escuálidos demostraron el domingo que tienen músculos de acero.
Reparto desigual
- Caracas. El Partido Socialista Unificado de Venezuela (PSUV) logra el 47,7% de los votos en este distrito. La oposición de la Mesa de la Unidad Democrática consigue una décima más, pero el partido de Chávez se lleva seis de los siete escaños.
- Mérida. Con el 50,4% de los sufragios, la alianza opositora se hace con dos escaños. El PSUV se alza con cuatro aun teniendo el 48,7% de los votos.
- Miranda. Ambas coaliciones ganan cinco escaños: el grupo de Chávez con el 41,4% de los votos, y la oposición con el 57%.
Prioridades da Política Externa Brasileira - CEBRI-RJ
Um importante documento acaba de ser publicado pelo CEBRI:
Prioridades da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional
CEBRI Dossiê - Edição Especial
Volume 1 - Ano 9 - 2010
ÍNDICE
Introdução
1- The Brazilian Role on Iran’s Nuclear Crisis: opportunities and consequences
Albert Fishlow
2- Política Externa e Questão Nacional
Aldo Rebelo
3- Inserção Internacional e Interesse Nacional: perspectivas para a
segunda década do século XXI
Amado Cervo
4- Opinião Pública e Política Externa
Amaury de Souza
5- O Exim-Brasil e o Apoio às Empresas Exportadoras
Armando Mariante e Lytha Spíndola
6- Cuarenta Años Construyendo Caminos de Integración Regional
Enrique Garcia
7- Reforma do Conselho de Segurança: o problema do tempo
Gelson Fonseca
8- O Brasil e a Segurança Energética da América do Sul
Georges Landau
9- Integração Latino Americana
Hélio Jaguaribe
10- Política Externa
Henrique Rzezinski
11- Mudanças Climáticas e a Souza Cruz
Jorge Augusto Rodrigues
12- Política Externa e Interesse Nacional: desenvolvimento, estabilidade e democracia
José Augusto Guilhon de Albuquerque
13- Prioridades da Política Externa Brasileira
José Botafogo Gonçalves
14- Prioridade da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional:
uma visão do setor privado
Kalil Cury Filho
15- O Brasil e o Regime Internacional de Não-Proliferação
Luiz Felipe Lampreia
16- Política Externa pós-Lula: forma e substância
Marcelo de Paiva Abreu
17- A Política Externa Brasileira
Marco Aurélio Garcia
18- A Retomada das Negociações Mundiais para o Desarmamento
Marcos de Azambuja
19- O Brasil e a Agenda de Governança Global: sinais de mudança
Pedro da Motta Veiga
20- “Interesse Nacional”: há lições de China, Índia e Rússia para o Brasil?
Pedro S. Malan
21- Interesses Nacionais, Realpolitik e Política Externa
Peter Fischer-Bollin
22- Integrar-se, Sem Perder a Flexibilidade
Renato Flôres
23- Liderança e Responsabilidade do Brasil Frente à América do Sul:
algumas considerações
Ricardo Sennes
24- Brasil Precisa Corrigir Algumas Distorções e Equívocos
Roberto Abdenur
25- Mercosul e a Integração Regional
Roberto Teixeira da Costa
Disponível neste link.
Meus cumprimentos ao CEBRI por mais este importante trabalho sobre a diplomacia brasileira, reunindo todas as posições (êpa!) diplomáticas...
Prioridades da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional
CEBRI Dossiê - Edição Especial
Volume 1 - Ano 9 - 2010
ÍNDICE
Introdução
1- The Brazilian Role on Iran’s Nuclear Crisis: opportunities and consequences
Albert Fishlow
2- Política Externa e Questão Nacional
Aldo Rebelo
3- Inserção Internacional e Interesse Nacional: perspectivas para a
segunda década do século XXI
Amado Cervo
4- Opinião Pública e Política Externa
Amaury de Souza
5- O Exim-Brasil e o Apoio às Empresas Exportadoras
Armando Mariante e Lytha Spíndola
6- Cuarenta Años Construyendo Caminos de Integración Regional
Enrique Garcia
7- Reforma do Conselho de Segurança: o problema do tempo
Gelson Fonseca
8- O Brasil e a Segurança Energética da América do Sul
Georges Landau
9- Integração Latino Americana
Hélio Jaguaribe
10- Política Externa
Henrique Rzezinski
11- Mudanças Climáticas e a Souza Cruz
Jorge Augusto Rodrigues
12- Política Externa e Interesse Nacional: desenvolvimento, estabilidade e democracia
José Augusto Guilhon de Albuquerque
13- Prioridades da Política Externa Brasileira
José Botafogo Gonçalves
14- Prioridade da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional:
uma visão do setor privado
Kalil Cury Filho
15- O Brasil e o Regime Internacional de Não-Proliferação
Luiz Felipe Lampreia
16- Política Externa pós-Lula: forma e substância
Marcelo de Paiva Abreu
17- A Política Externa Brasileira
Marco Aurélio Garcia
18- A Retomada das Negociações Mundiais para o Desarmamento
Marcos de Azambuja
19- O Brasil e a Agenda de Governança Global: sinais de mudança
Pedro da Motta Veiga
20- “Interesse Nacional”: há lições de China, Índia e Rússia para o Brasil?
Pedro S. Malan
21- Interesses Nacionais, Realpolitik e Política Externa
Peter Fischer-Bollin
22- Integrar-se, Sem Perder a Flexibilidade
Renato Flôres
23- Liderança e Responsabilidade do Brasil Frente à América do Sul:
algumas considerações
Ricardo Sennes
24- Brasil Precisa Corrigir Algumas Distorções e Equívocos
Roberto Abdenur
25- Mercosul e a Integração Regional
Roberto Teixeira da Costa
Disponível neste link.
Meus cumprimentos ao CEBRI por mais este importante trabalho sobre a diplomacia brasileira, reunindo todas as posições (êpa!) diplomáticas...
O seu, o meu, o nosso dinheiro (e podia ser de outra forma?)
Até podia, mas não neste governo, que usa e abusa do dinheiro de contribuintes que ainda nem nasceram, como nunca antes neste país.
Desculpem a frase clássica, mas ela se aplica inteiramente.
O governo inventa desculpas esfarrapadas, para dizer que não se trata de gasto, mas de investimento, quando o resultado é exatamente o mesmo.
Eles pensam que somos idiotas?
Pensam que nos enganam?
Acho que sim, e neste caso, conseguem de fato, enganar muita gente, ao pretender nos fazer crer que não se trata de aumento da dívida pública.
A mim não me enganam, mas eu sou um, entre milhões que acham que é isso mesmo: vamos fortalecer a gloriosa Petrobras.
Eles não sabem que estão deixando uma pesada herança para os seus filhos, inclusive aqueles que ainda nem nasceram, e possivelmente para os netos também.
Salafrários, com o meu dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida
Novo empréstimo ao BNDES é só para capitalização da Petrobrás, diz Augustin
Adriana Fernandes e Fabio Graner, da Agência Estado
O Estado de S.Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010
Secretário do Tesouro Nacional negou que o governo esteja aumentando a dívida pública para viabilizar a operação
BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendeu o novo empréstimo em títulos que o governo fará ao BNDES. Segundo ele, esse novo empréstimo de até R$ 30 bilhões, previsto na Medida Provisória (MP) 505, editada ontem, é "bem diferente" dos outros dois concedidos ao banco. Augustin enfatizou que o novo empréstimo está "exclusivamente" relacionado à capitalização da Petrobrás.
"É diferente o impacto do ponto de vista econômico. Uma coisa são os recursos injetados na economia e outra os recursos que são imediatamente usados para investir. Nessa operação, os títulos serão esterilizados imediatamente", disse Augustin.
Ao ser questionado sobre o fato de que vários integrantes tinham assegurado que não haveria outro empréstimo ao BNDES, o secretário respondeu: "Para o objetivo que nós fizemos ao banco (estímulo à economia) reiteramos que esse posicionamento. As medidas de aporte para o BNDES foram feitas para financiar a atividade econômica."
Segundo Augustin, já o novo empréstimo é destinado à capitalização da Petrobras. Ele informou que "não necessariamente" o governo vai emitir os R$ 30 bilhões previstos na MP. "O número é o limite. Hipotético. Não necessariamente haverá um repasse naquele montante", disse. O secretário se comprometeu a dar detalhes sobre a atuação do governo na capitalização, depois da liquidação da operação da Petrobras (que ocorre amanhã).
"Esse número limite autoriza a emissão para esse fim. Mais do que isso não posso falar. Eu preferia detalhar esses números, mas há normas. Não posso falar disso agora. Posso falar no dia 29. Assim que pudermos, vamos dar detalhes da capitalização", reiterou.
Augustin negou que o governo esteja aumentando a dívida pública para viabilizar a capitalização da Petrobrás. "Não estamos aumentando o endividamento do País. Pelo contrário, estamos fazendo com que haja um patrimônio bem expressivo da União e das demais entidades que participam junto com o governo do processo de capitalização", afirmou Augustin.
Ele explicou que a emissão de títulos para o BNDES não eleva a dívida porque o pagamento pela cessão onerosa (venda) de 5 bilhões de barris em títulos feito pela Petrobras ao Tesouro vai "esterilizar" essa emissão.
===============
Eis aqui a demonstração antecipada:
Tesouro repassa até R$ 30 bi ao BNDES
Fábio Graner
O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Empréstimo será usado numa manobra financeira para elevar participação do governo na Petrobrás e liberar dinheiro para superávit fiscal
BRASÍLIA - Para tornar viável a participação do BNDES na capitalização da Petrobrás, o governo publicou na segunda-feira medida provisória autorizando que o Tesouro emita até R$ 30 bilhões em títulos públicos para o banco. O aporte de recursos permitirá que o BNDES pague pelas ações compradas à Petrobrás sem reduzir o caixa e perder capacidade de financiamento.
Apesar de a MP prever emissão de até R$ 30 bilhões para o banco, uma fonte do governo informou que o empréstimo deverá ser de um valor próximo de R$ 25 bilhões. Na edição de sábado, o Estado antecipou que o governo estava discutindo a medida. A operação é semelhante aos empréstimos de R$ 180 bilhões que o governo fez para o BNDES, em 2009 e no início deste ano.
Ou seja, o Tesouro repassa os títulos ao banco e fica credor do BNDES, porque, na prática, é uma operação de empréstimo. Essa operação, no entanto, não eleva o valor da dívida liquida do setor público, porque se tem um passivo (os títulos) que corresponde a um ativo (o crédito com o BNDES).
A dívida líquida é o principal indicador de saúde das contas públicas. Mas como o governo resolveu tratar aumento de gastos como empréstimos, os especialistas começaram a suspeitar dos números e do risco de calote desses créditos. Por isso, estão cada vez mais preocupados com a dívida bruta, ou seja, todos os débitos do governo, sem descontar o que tem a receber.
O aporte de recursos ocorre apesar de as principais autoridades da equipe econômica terem dito que não seriam mais feitas operações dessa natureza. A taxa de juros cobrada pelo Tesouro, de acordo com o texto da MP, é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), hoje em 6% ao ano.
A participação do BNDES na capitalização da Petrobrás foi determinante na estratégia do governo de obter receita extra com a operação e, assim, cumprir a meta fiscal de superávit primário – economia para pagar juros. Além do BNDES, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) também dará contribuição nesse processo, embora em menor escala – algo em torno de R$ 5 bilhões.
Com o BNDES e o FSB comprando os papéis da Petrobrás, o Tesouro pode adquirir menos ações (cerca de R$ 45 bilhões), ficando com a sobra (R$ 30 bilhões) do que recebeu pela venda (cessão onerosa) de 5 bilhões de barris de petróleo, no valor de R$ 74,8 bilhões.
Suicídio fiscal
Operações como essa preocupam os analistas. "O principal problema é o risco de aumento significativo do endividamento bruto nos próximos anos. Ao descobrir a mágica de inchar o BNDES sem afetar a dívida líquida, o governo acha que consegue estimular a economia no longo prazo. Mas o que está fazendo é suicídio fiscal de longo prazo. Esse aumento de endividamento vai aumentar o déficit nominal (receita menor que despesa, incluindo juros)", disse o economista da MB Associados, Sérgio Vale.
Desculpem a frase clássica, mas ela se aplica inteiramente.
O governo inventa desculpas esfarrapadas, para dizer que não se trata de gasto, mas de investimento, quando o resultado é exatamente o mesmo.
Eles pensam que somos idiotas?
Pensam que nos enganam?
Acho que sim, e neste caso, conseguem de fato, enganar muita gente, ao pretender nos fazer crer que não se trata de aumento da dívida pública.
A mim não me enganam, mas eu sou um, entre milhões que acham que é isso mesmo: vamos fortalecer a gloriosa Petrobras.
Eles não sabem que estão deixando uma pesada herança para os seus filhos, inclusive aqueles que ainda nem nasceram, e possivelmente para os netos também.
Salafrários, com o meu dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida
Novo empréstimo ao BNDES é só para capitalização da Petrobrás, diz Augustin
Adriana Fernandes e Fabio Graner, da Agência Estado
O Estado de S.Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010
Secretário do Tesouro Nacional negou que o governo esteja aumentando a dívida pública para viabilizar a operação
BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendeu o novo empréstimo em títulos que o governo fará ao BNDES. Segundo ele, esse novo empréstimo de até R$ 30 bilhões, previsto na Medida Provisória (MP) 505, editada ontem, é "bem diferente" dos outros dois concedidos ao banco. Augustin enfatizou que o novo empréstimo está "exclusivamente" relacionado à capitalização da Petrobrás.
"É diferente o impacto do ponto de vista econômico. Uma coisa são os recursos injetados na economia e outra os recursos que são imediatamente usados para investir. Nessa operação, os títulos serão esterilizados imediatamente", disse Augustin.
Ao ser questionado sobre o fato de que vários integrantes tinham assegurado que não haveria outro empréstimo ao BNDES, o secretário respondeu: "Para o objetivo que nós fizemos ao banco (estímulo à economia) reiteramos que esse posicionamento. As medidas de aporte para o BNDES foram feitas para financiar a atividade econômica."
Segundo Augustin, já o novo empréstimo é destinado à capitalização da Petrobras. Ele informou que "não necessariamente" o governo vai emitir os R$ 30 bilhões previstos na MP. "O número é o limite. Hipotético. Não necessariamente haverá um repasse naquele montante", disse. O secretário se comprometeu a dar detalhes sobre a atuação do governo na capitalização, depois da liquidação da operação da Petrobras (que ocorre amanhã).
"Esse número limite autoriza a emissão para esse fim. Mais do que isso não posso falar. Eu preferia detalhar esses números, mas há normas. Não posso falar disso agora. Posso falar no dia 29. Assim que pudermos, vamos dar detalhes da capitalização", reiterou.
Augustin negou que o governo esteja aumentando a dívida pública para viabilizar a capitalização da Petrobrás. "Não estamos aumentando o endividamento do País. Pelo contrário, estamos fazendo com que haja um patrimônio bem expressivo da União e das demais entidades que participam junto com o governo do processo de capitalização", afirmou Augustin.
Ele explicou que a emissão de títulos para o BNDES não eleva a dívida porque o pagamento pela cessão onerosa (venda) de 5 bilhões de barris em títulos feito pela Petrobras ao Tesouro vai "esterilizar" essa emissão.
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Eis aqui a demonstração antecipada:
Tesouro repassa até R$ 30 bi ao BNDES
Fábio Graner
O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Empréstimo será usado numa manobra financeira para elevar participação do governo na Petrobrás e liberar dinheiro para superávit fiscal
BRASÍLIA - Para tornar viável a participação do BNDES na capitalização da Petrobrás, o governo publicou na segunda-feira medida provisória autorizando que o Tesouro emita até R$ 30 bilhões em títulos públicos para o banco. O aporte de recursos permitirá que o BNDES pague pelas ações compradas à Petrobrás sem reduzir o caixa e perder capacidade de financiamento.
Apesar de a MP prever emissão de até R$ 30 bilhões para o banco, uma fonte do governo informou que o empréstimo deverá ser de um valor próximo de R$ 25 bilhões. Na edição de sábado, o Estado antecipou que o governo estava discutindo a medida. A operação é semelhante aos empréstimos de R$ 180 bilhões que o governo fez para o BNDES, em 2009 e no início deste ano.
Ou seja, o Tesouro repassa os títulos ao banco e fica credor do BNDES, porque, na prática, é uma operação de empréstimo. Essa operação, no entanto, não eleva o valor da dívida liquida do setor público, porque se tem um passivo (os títulos) que corresponde a um ativo (o crédito com o BNDES).
A dívida líquida é o principal indicador de saúde das contas públicas. Mas como o governo resolveu tratar aumento de gastos como empréstimos, os especialistas começaram a suspeitar dos números e do risco de calote desses créditos. Por isso, estão cada vez mais preocupados com a dívida bruta, ou seja, todos os débitos do governo, sem descontar o que tem a receber.
O aporte de recursos ocorre apesar de as principais autoridades da equipe econômica terem dito que não seriam mais feitas operações dessa natureza. A taxa de juros cobrada pelo Tesouro, de acordo com o texto da MP, é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), hoje em 6% ao ano.
A participação do BNDES na capitalização da Petrobrás foi determinante na estratégia do governo de obter receita extra com a operação e, assim, cumprir a meta fiscal de superávit primário – economia para pagar juros. Além do BNDES, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) também dará contribuição nesse processo, embora em menor escala – algo em torno de R$ 5 bilhões.
Com o BNDES e o FSB comprando os papéis da Petrobrás, o Tesouro pode adquirir menos ações (cerca de R$ 45 bilhões), ficando com a sobra (R$ 30 bilhões) do que recebeu pela venda (cessão onerosa) de 5 bilhões de barris de petróleo, no valor de R$ 74,8 bilhões.
Suicídio fiscal
Operações como essa preocupam os analistas. "O principal problema é o risco de aumento significativo do endividamento bruto nos próximos anos. Ao descobrir a mágica de inchar o BNDES sem afetar a dívida líquida, o governo acha que consegue estimular a economia no longo prazo. Mas o que está fazendo é suicídio fiscal de longo prazo. Esse aumento de endividamento vai aumentar o déficit nominal (receita menor que despesa, incluindo juros)", disse o economista da MB Associados, Sérgio Vale.
Como os bandidos sao bem tratados no Brasil...
O escândalo da semana -- bem, um dos, pois são vários, como vocês sabem -- é o de um governador que andou roubando demais, demais mesmo, gente, bota demais nisso (desculpem a fala mineira, mas ele não é de Minas, embora fique perto).
Pois bem, destaco este trecho de uma das matérias a respeito:
"Não existe uma acusação formal porque o Ministério Público não pode investigar governador, atribuição do Superior Tribunal de Justiça - corte para a qual cópia do relatório foi enviada."
Não sei o que vai ser feito desse governador ladrão, que, aliás, está no esquema governista, onde ele bem pertence e onde todos se merecem. Não podia ser de outra forma, ou até podia, mas as chances aqui são de 150%, como vocês sabem...
Mas o meu ponto é outro: me revolta essa coisa de saber que o Ministério público não pode investigar, nem denunciar um ladrão, um criminoso comum, apenas porque se trata de um vagabundo de um governador.
Nos EUA, como vocês sabem, pode até ser governador: se existe uma denúncia e uma investigação, o sujeito é levado algemado na frente de todas as câmaras de TV e fica preso até esclarecer as acusações. Aconteceu, como vocês sabem, com o governador do Illinois, que estava querendo negociar o posto de senador que era de Obama, eleito presidente. O cara perdeu o mandato e deve estar sendo processado como criminoso comum, que é.
Outros senadores já foram presos no próprio Congresso.
Isso é democracia igualitária (que me perdõem os socialistas, mas no socialismo tem a nomenklatura corrupta, que rouba à vontade).
O Brasil, nesse caso, está parecendo o velho socialismo carcomido, onde viceja uma nomenklatura corrupta.
Acho que é esse socialismo que estão buscando certos companheiros...
Paulo Roberto de Almeida
Pois bem, destaco este trecho de uma das matérias a respeito:
"Não existe uma acusação formal porque o Ministério Público não pode investigar governador, atribuição do Superior Tribunal de Justiça - corte para a qual cópia do relatório foi enviada."
Não sei o que vai ser feito desse governador ladrão, que, aliás, está no esquema governista, onde ele bem pertence e onde todos se merecem. Não podia ser de outra forma, ou até podia, mas as chances aqui são de 150%, como vocês sabem...
Mas o meu ponto é outro: me revolta essa coisa de saber que o Ministério público não pode investigar, nem denunciar um ladrão, um criminoso comum, apenas porque se trata de um vagabundo de um governador.
Nos EUA, como vocês sabem, pode até ser governador: se existe uma denúncia e uma investigação, o sujeito é levado algemado na frente de todas as câmaras de TV e fica preso até esclarecer as acusações. Aconteceu, como vocês sabem, com o governador do Illinois, que estava querendo negociar o posto de senador que era de Obama, eleito presidente. O cara perdeu o mandato e deve estar sendo processado como criminoso comum, que é.
Outros senadores já foram presos no próprio Congresso.
Isso é democracia igualitária (que me perdõem os socialistas, mas no socialismo tem a nomenklatura corrupta, que rouba à vontade).
O Brasil, nesse caso, está parecendo o velho socialismo carcomido, onde viceja uma nomenklatura corrupta.
Acho que é esse socialismo que estão buscando certos companheiros...
Paulo Roberto de Almeida
Tragedia educacional latino-americana: nem perto de solucao
Para solucionar um problema, primeiro é preciso reconhecer que ele existe, segundo se colocar de acordo sobre soluções possíveis.
Bem, se partimos da premissa que está tudo bem, que não existe problema, aí já podemos desistir de qualquer solução: ela não virá, pelos próximos anos.
Essa é a situação da educação na América Latina.
A tragédia vai nos acompanhar por muito tempo mais...
Paulo Roberto de Almeida
El rezago educativo latinoamericano
Andrés Oppenheimer
El Nuevo Herald, domingo, 09.26.2010
Cuando le pregunté a Bill Gates en una entrevista sobre la convicción muy difundida en Latinoamérica de que la región tiene algunas de las mejores universidades y centros de investigación científica del mundo, el fundador de Microsoft me miró con cara de asombro. ¿De veras creen eso?, me preguntó.
Si los latinoamericanos están satisfechos con sus sistemas de educación pública --tal como lo revelan las encuestas-- la región está en problemas, señaló. El secreto del éxito educativo y tecnológico de países como China e India es la humildad, y cierta dosis de paranoia, me dijo Gates.
En efecto, Latinoamérica podría beneficiarse de una pequeña dosis de paranoia constructiva respecto a la educación, ciencia, tecnología e innovación.
Según una encuesta de Gallup realizada y el Banco Inter-Americano de Desarrollo, los latinoamericanos están mucho más satisfechos con sus sistemas educativos que los estadounidenses, los alemanes o los japoneses, a pesar de que los países latinoamericanos figuran entre los últimos puestos en las pruebas estudiantiles y en los rankings internacionales de educación.
Mientras el 85 por ciento de los costarricenses y el 84 por ciento de los venezolanos están satisfechos con sus sistemas de educación pública, sólo el 66 por ciento de los alemanes y el 67 por ciento de los estadounidenses están conformes con los suyos, dice la encuesta.
Simultáneamente, cuando uno mira los resultados del test PISA de jóvenes de 15 años en todo el mundo, se encuentra con que mientras los estudiantes de Hong Kong, China, sacan un promedio de 550 puntos en matemáticas, los de Corea del Sur 542 puntos y los de Estados Unidos 483 puntos, los estudiantes de Brasil, México, Argentina, Chile y Perú sacan un promedio de 400 puntos, y en otros países de la región mucho menos.
En la educación superior y la investigación, las estadísticas son tanto o más preocupantes.
• No hay una sola universidad latinoamericana entre las 100 primeras instituciones de educación superior del mundo, según el ``Ranking del Suplemento de Educación Superior del Times 2009-2010''. Un ranking similar de la Universidad Shanghai Jiao Tong, de China, tampoco incluye a ninguna universidad latinoamericana entre las mejores 100, a pesar de que Brasil y México figuran entre las 13 economías más grandes del mundo.
• De todas las inversiones en investigación y desarrollo en todo el mundo, menos del 2 por ciento se realizan en Latinoamérica, según el Observatorio Iberoamericano de Ciencia y Tecnología (RICYT). Comparativamente, casi el 30 por ciento de las inversiones mundiales para investigación y desarrollo se realizan en países asiáticos, añade el informe.
• Mientras China invierte el 1.4 por ciento de su PBI en investigación y desarrollo --la mayor parte proveniente del sector privado-- Brasil invierte tan sólo el 0.9 por ciento, Argentina el 0.6 por ciento, México el 0.4 por ciento y Colombia y Perú el 0.1 por ciento, respectivamente.
• En materia de investigación, mientras un país asiático relativamente pequeño como Corea del Sur, que hace apenas cincuenta años era mucho más pobre que la mayoría de los países latinoamericanos, registra 80,000 patentes anuales en todo el mundo, Brasil sólo logra registrar 600 patentes por año, México unas 300, y Argentina 80, según la Organización Mundial de la Propiedad Intelectual.
• Sólo el 27 por ciento de los jóvenes latinoamericanos en edad universitaria están inscriptos en instituciones de educación superior, comparado con el 69 por ciento de sus pares de los países industrializados, según la Organización para la Cooperación Económica y el Desarrollo (OECD).
¿Puede América Latina remontar este rezago? Por supuesto que sí.
Durante la investigación que realicé en los últimos cinco años sobre la educación en el mundo, encontré ejemplos muy concretos que podrían mejorar rápidamente la calidad educativa en toda Latinoamérica, y también en Estados Unidos.
Chile creó un fondo de 6,000 millones de dólares para otorgar 6,500 becas anuales a graduados universitarios para que hagan doctorados --casi todos en ciencias e ingeniería-- en las mejores universidades de Estados Unidos y Europa.
Uruguay se ha convertido en el primer país del mundo en darle una computadora laptop a cada niño en las escuelas públicas. En Brasil se ha generado un exitoso movimiento ciudadano que está impulsando mejoras en la calidad educativa. Los ejemplos esperanzadores abundan.
Pero el primer paso debe ser acabar con el triunfalismo --como el reflejado en la reciente declaración del presidente mexicano Felipe Calderón de que México es una ``fortaleza'' educativa --y, como decía Gates, ser más humildes. Sólo así, con una sana dosis de paranoia constructiva, como la de los asiáticos, podremos vencer la complacencia, crecer más y reducir más rápidamente la pobreza.
........
Nota de la Redacción: Esta columna esta basada en el nuevo libro de Andrés Oppenheimer: !BASTA DE HISTORIAS!: La obsesión latinoamericana con el pasado, y las 12 claves del futuro (Random House-Debate, 2010).
Bem, se partimos da premissa que está tudo bem, que não existe problema, aí já podemos desistir de qualquer solução: ela não virá, pelos próximos anos.
Essa é a situação da educação na América Latina.
A tragédia vai nos acompanhar por muito tempo mais...
Paulo Roberto de Almeida
El rezago educativo latinoamericano
Andrés Oppenheimer
El Nuevo Herald, domingo, 09.26.2010
Cuando le pregunté a Bill Gates en una entrevista sobre la convicción muy difundida en Latinoamérica de que la región tiene algunas de las mejores universidades y centros de investigación científica del mundo, el fundador de Microsoft me miró con cara de asombro. ¿De veras creen eso?, me preguntó.
Si los latinoamericanos están satisfechos con sus sistemas de educación pública --tal como lo revelan las encuestas-- la región está en problemas, señaló. El secreto del éxito educativo y tecnológico de países como China e India es la humildad, y cierta dosis de paranoia, me dijo Gates.
En efecto, Latinoamérica podría beneficiarse de una pequeña dosis de paranoia constructiva respecto a la educación, ciencia, tecnología e innovación.
Según una encuesta de Gallup realizada y el Banco Inter-Americano de Desarrollo, los latinoamericanos están mucho más satisfechos con sus sistemas educativos que los estadounidenses, los alemanes o los japoneses, a pesar de que los países latinoamericanos figuran entre los últimos puestos en las pruebas estudiantiles y en los rankings internacionales de educación.
Mientras el 85 por ciento de los costarricenses y el 84 por ciento de los venezolanos están satisfechos con sus sistemas de educación pública, sólo el 66 por ciento de los alemanes y el 67 por ciento de los estadounidenses están conformes con los suyos, dice la encuesta.
Simultáneamente, cuando uno mira los resultados del test PISA de jóvenes de 15 años en todo el mundo, se encuentra con que mientras los estudiantes de Hong Kong, China, sacan un promedio de 550 puntos en matemáticas, los de Corea del Sur 542 puntos y los de Estados Unidos 483 puntos, los estudiantes de Brasil, México, Argentina, Chile y Perú sacan un promedio de 400 puntos, y en otros países de la región mucho menos.
En la educación superior y la investigación, las estadísticas son tanto o más preocupantes.
• No hay una sola universidad latinoamericana entre las 100 primeras instituciones de educación superior del mundo, según el ``Ranking del Suplemento de Educación Superior del Times 2009-2010''. Un ranking similar de la Universidad Shanghai Jiao Tong, de China, tampoco incluye a ninguna universidad latinoamericana entre las mejores 100, a pesar de que Brasil y México figuran entre las 13 economías más grandes del mundo.
• De todas las inversiones en investigación y desarrollo en todo el mundo, menos del 2 por ciento se realizan en Latinoamérica, según el Observatorio Iberoamericano de Ciencia y Tecnología (RICYT). Comparativamente, casi el 30 por ciento de las inversiones mundiales para investigación y desarrollo se realizan en países asiáticos, añade el informe.
• Mientras China invierte el 1.4 por ciento de su PBI en investigación y desarrollo --la mayor parte proveniente del sector privado-- Brasil invierte tan sólo el 0.9 por ciento, Argentina el 0.6 por ciento, México el 0.4 por ciento y Colombia y Perú el 0.1 por ciento, respectivamente.
• En materia de investigación, mientras un país asiático relativamente pequeño como Corea del Sur, que hace apenas cincuenta años era mucho más pobre que la mayoría de los países latinoamericanos, registra 80,000 patentes anuales en todo el mundo, Brasil sólo logra registrar 600 patentes por año, México unas 300, y Argentina 80, según la Organización Mundial de la Propiedad Intelectual.
• Sólo el 27 por ciento de los jóvenes latinoamericanos en edad universitaria están inscriptos en instituciones de educación superior, comparado con el 69 por ciento de sus pares de los países industrializados, según la Organización para la Cooperación Económica y el Desarrollo (OECD).
¿Puede América Latina remontar este rezago? Por supuesto que sí.
Durante la investigación que realicé en los últimos cinco años sobre la educación en el mundo, encontré ejemplos muy concretos que podrían mejorar rápidamente la calidad educativa en toda Latinoamérica, y también en Estados Unidos.
Chile creó un fondo de 6,000 millones de dólares para otorgar 6,500 becas anuales a graduados universitarios para que hagan doctorados --casi todos en ciencias e ingeniería-- en las mejores universidades de Estados Unidos y Europa.
Uruguay se ha convertido en el primer país del mundo en darle una computadora laptop a cada niño en las escuelas públicas. En Brasil se ha generado un exitoso movimiento ciudadano que está impulsando mejoras en la calidad educativa. Los ejemplos esperanzadores abundan.
Pero el primer paso debe ser acabar con el triunfalismo --como el reflejado en la reciente declaración del presidente mexicano Felipe Calderón de que México es una ``fortaleza'' educativa --y, como decía Gates, ser más humildes. Sólo así, con una sana dosis de paranoia constructiva, como la de los asiáticos, podremos vencer la complacencia, crecer más y reducir más rápidamente la pobreza.
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Nota de la Redacción: Esta columna esta basada en el nuevo libro de Andrés Oppenheimer: !BASTA DE HISTORIAS!: La obsesión latinoamericana con el pasado, y las 12 claves del futuro (Random House-Debate, 2010).
Dilemas da grande estrategia do Brasil - Folha SP repercute estudo americano
Ver o meu post anterior -- Dilemmas of Brazilian Grand Strategy -- que remete ao estudo original.
Paulo Roberto de Almeida
Estudo vê dilema estratégico para Brasil
Andrea Murta
Folha de S.Paulo, 28.09.2010
Escola de Guerra do Exército americano elogia, porém, esforço de Lula para elevar status internacional do país
Segundo documento, novo governo terá rede de opções diplomáticas e comerciais; relação com EUA é mais tensa
Apesar de bem-sucedido, o esforço do governo Lula para elevar o status do Brasil no exterior deixará uma herança de "dilemas estratégicos", incluindo tensão com Washington, afirma análise da Escola de Guerra do Exército dos EUA.
Publicado em agosto, o estudo "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" afirma que poucos países tiveram melhora tão notável em sua "estatura internacional" na última década como o Brasil.
Para o autor, o pesquisador Hal Brands, do Instituto de Análise em Defesa, isso foi obtido por meio de três estratégias: ação leve para contrabalançar o poderio americano; formação de coalizões para aumento do poder de negociação; e posicionamento como líder de uma América do Sul mais unida.
"Lula procurou transformar a crescente confiança nacional oriunda da consolidação democrática e da estabilidade econômica em uma diplomacia mais forte", escreveu Brands.
Ele aponta como ações principais da diplomacia nos últimos oito anos o papel mais ativo em missões de paz da ONU; a promoção de blocos como os Brics (com Rússia, Índia e China) e Ibas (com Índia e África do Sul); a tentativa de obter vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU; e a defesa da integração econômica da América do Sul.
Também é notada a emergência de novas instituições regionais como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e o Conselho Sul-Americano de Defesa.
Brands afirma que essa estratégia de tentar reverter a antiga ordem internacional foi benéfica no curto prazo e que o sucessor de Lula terá nas mãos uma rede de opções comerciais e diplomáticas para escolher onde atuar.
Mas, segundo disse em entrevista à Folha, há quatro problemas que poderão obstruir a ascensão do país.
"Primeiro, não está claro que o Brasil preparou bem os fundamentos para crescimento econômico e coesão social de longo prazo, que são necessários para uma política externa ambiciosa."
"Segundo, as relações com muitos vizinhos são tensas. Países como Bolívia e Paraguai veem o Brasil como uma potência dominadora, enquanto México, Argentina, Venezuela e Colômbia o veem como rival pela liderança regional", continua.
O terceiro ponto é que não está claro se Brics e Ibas são coesos o suficiente para atuar como grandes atores geopolíticos.
E, "finalmente, a política externa assertiva de Lula ocasionalmente leva a conflitos com os EUA".
Mesmo nas projeções mais otimistas, o Brasil não terá capacidade econômica ou militar para competir com outras potências (EUA, China e a União Europeia) por décadas -se é que isso acontecerá algum dia.
Exatamente por isso, o país precisa abordar seus dilemas estratégicos. "Se o Brasil alcançará "impacto sistêmico" -a habilidade de influenciar significativamente a ordem global- terá de fazer isso não por meio da acumulação inexorável de peso geopolítico, mas pela qualidade de sua diplomacia."
Paulo Roberto de Almeida
Estudo vê dilema estratégico para Brasil
Andrea Murta
Folha de S.Paulo, 28.09.2010
Escola de Guerra do Exército americano elogia, porém, esforço de Lula para elevar status internacional do país
Segundo documento, novo governo terá rede de opções diplomáticas e comerciais; relação com EUA é mais tensa
Apesar de bem-sucedido, o esforço do governo Lula para elevar o status do Brasil no exterior deixará uma herança de "dilemas estratégicos", incluindo tensão com Washington, afirma análise da Escola de Guerra do Exército dos EUA.
Publicado em agosto, o estudo "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" afirma que poucos países tiveram melhora tão notável em sua "estatura internacional" na última década como o Brasil.
Para o autor, o pesquisador Hal Brands, do Instituto de Análise em Defesa, isso foi obtido por meio de três estratégias: ação leve para contrabalançar o poderio americano; formação de coalizões para aumento do poder de negociação; e posicionamento como líder de uma América do Sul mais unida.
"Lula procurou transformar a crescente confiança nacional oriunda da consolidação democrática e da estabilidade econômica em uma diplomacia mais forte", escreveu Brands.
Ele aponta como ações principais da diplomacia nos últimos oito anos o papel mais ativo em missões de paz da ONU; a promoção de blocos como os Brics (com Rússia, Índia e China) e Ibas (com Índia e África do Sul); a tentativa de obter vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU; e a defesa da integração econômica da América do Sul.
Também é notada a emergência de novas instituições regionais como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e o Conselho Sul-Americano de Defesa.
Brands afirma que essa estratégia de tentar reverter a antiga ordem internacional foi benéfica no curto prazo e que o sucessor de Lula terá nas mãos uma rede de opções comerciais e diplomáticas para escolher onde atuar.
Mas, segundo disse em entrevista à Folha, há quatro problemas que poderão obstruir a ascensão do país.
"Primeiro, não está claro que o Brasil preparou bem os fundamentos para crescimento econômico e coesão social de longo prazo, que são necessários para uma política externa ambiciosa."
"Segundo, as relações com muitos vizinhos são tensas. Países como Bolívia e Paraguai veem o Brasil como uma potência dominadora, enquanto México, Argentina, Venezuela e Colômbia o veem como rival pela liderança regional", continua.
O terceiro ponto é que não está claro se Brics e Ibas são coesos o suficiente para atuar como grandes atores geopolíticos.
E, "finalmente, a política externa assertiva de Lula ocasionalmente leva a conflitos com os EUA".
Mesmo nas projeções mais otimistas, o Brasil não terá capacidade econômica ou militar para competir com outras potências (EUA, China e a União Europeia) por décadas -se é que isso acontecerá algum dia.
Exatamente por isso, o país precisa abordar seus dilemas estratégicos. "Se o Brasil alcançará "impacto sistêmico" -a habilidade de influenciar significativamente a ordem global- terá de fazer isso não por meio da acumulação inexorável de peso geopolítico, mas pela qualidade de sua diplomacia."
Mestrado e doutorado no Uniceub - Brasilia (apenas informacao)
Como sou professor no Programa de pós-graduação em Direito do Uniceub, Brasília, permito transcrever aqui a informação recebida quanto ao processo de seleção para 2011.
O Programa de Mestrado e Doutorado em Direito do UniCEUB, considerado o melhor de acordo com os critérios do MEC, nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, está com as inscrições abertas para processo seletivo.
São oferecidas duas áreas de concentração: Direito das Relações Internacionais e Direito e Políticas Públicas.
Confira o edital.
Faça sua inscrição.
Saiba mais sobre o Mestrado e o Doutorado do UniCEUB.
UniCEUB
Em tempo: minha cadeira é a de Economia Política Internacional, para a orientação de Direito e Relações Internacionais, e de Economia Política, para a orientação de Direito e Políticas Públicas.
Paulo Roberto de Almeida
O Programa de Mestrado e Doutorado em Direito do UniCEUB, considerado o melhor de acordo com os critérios do MEC, nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, está com as inscrições abertas para processo seletivo.
São oferecidas duas áreas de concentração: Direito das Relações Internacionais e Direito e Políticas Públicas.
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Paulo Roberto de Almeida
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy - study of Brazilian diplomacy
Transcrição de partes, apenas, desse importante estudo.
Para ler na íntegra, clicar aqui.
Paulo Roberto de Almeida
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Hal Brands
Strategic Studies Institute, August 2010
This monograph analyzes Brazilian grand strategy under President Luiz Inácio Lula da Silva. During Lula's nearly 8 years in office, he has pursued a multipronged grand strategy aimed at hastening the transition from unipolarity and Western economic hegemony to a multipolar order in which international rules, norms, and institutions are more favorable to Brazilian interests. Lula has done so by emphasizing three diplomatic strategies: soft balancing against the United States, building coalitions to magnify Brazilian negotiating power, and seeking to position Brazil as the leader of a more united South America.
This strategy has successfully raised Brazil's profile and increased its diplomatic flexibility, but it has also exposed the country to four potent strategic dilemmas that could complicate or undermine its ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to sustain such an ambitious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term cohesion and effectiveness of Lula's various diplomatic partnerships is open to question. Fourth, while Lula has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how Lula's successors address these dilemmas.
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Only a few years after America's post-September 11, 2001 (9/11) displays of military might led commentators like Charles Krauthammer to opine that the post-Cold War “unipolar moment” was on the verge of becoming a prolonged “unipolar era,” the international system seems to be moving toward a more diffuse distribution of power. The United States is widely (if perhaps debatably) assumed to be in relative decline; a range of second- and third-tier powers are jockeying for greater influence. It is now common to hear that the world is moving toward a “post-American” age, that we have reached the “end of American exceptionalism” or “the end of American hegemony”--the common themes in these assessments being the ebbing of U.S. supremacy and the rise of a new class of powers that will rival Washington for influence in the 21st century.1
Few countries have experienced as remarkable an improvement in their international stature over the past decade as Brazil. Brazil has long had a reputation as a country with a great future--if only it could get there. As late as 2002, Brazil was wrestling with chronic financial instability, and the election of a president with a distinguished leftist heritage raised fears of macroeconomic collapse and resurgent political strife. Since then, however, Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva has won widespread praise for his economic and social initiatives. Building on the initiatives of his predecessor, Brazilian President Fernando Henrique Cardoso, President Lula has sought to channel the growing national confidence derived from democratic consolidation and macroeconomic stability into a more forceful diplomacy. Brazil has become more active in United Nations (UN) peacekeeping missions; it has energetically promoted the India, Brazil, and South Africa (IBSA), and Brazil, Russia, India, and China (BRIC) forums as alternative centers of global power; it has forged economic and technological partnerships with France, Russia, China, and other key countries; it has put forward a claim to a permanent seat on the UN Security Council; and it has promoted South American economic integration as well as new regional institutions like the Union of South American Nations (UNASUR) and the South American Defense Council (CSD). Underlying all this is a sense among Brazilian policymakers that their country has finally arrived on the global scene, and that it is destined to reap the benefits of the ongoing changes in the international system. In this spirit, President Lula has announced that Brazil will become a great power in this century, and Brazilian official discourse is infused with a sense of national strength and purpose. “Brazil must think big,” said Defense Minister Nelson Jobim in 2009. “This is the moment in which it's necessary to be audacious in order to advance. . . . There is no longer any possibility of asking Brazil, on the international stage, to take positions that run contrary to its interests.”2
Purely by dint of its size and economic capacity, Brazil will exert a strong pull on regional and global politics in the coming decades. Even under the most optimistic projections, however, Brazil will not possess the economic or military capacity to compete with other major powers--namely the United States, China, and the European Union (EU) --for decades, if then. If Brazil is to achieve what political scientists call “systemic impact”--the ability to shape the global order in meaningful ways--it will have to do so not through the inexorable accumulation of geopolitical weight, but through the resourcefulness of its strategy and diplomacy. Accordingly, this monograph examines Brazilian grand strategy as it has developed under President Lula with an eye to illuminating its characteristics, prospects, and implications for the international system in general and the United States in particular. The present is a propitious time for such an undertaking; with President Lula set to leave office at the end of 2010, Brazilian grand strategy may be approaching an inflection point, making a proper understanding of the strategy pursued over the last 8 years all the more important for Brazilian and U.S. observers alike.3
This monograph makes two principal arguments, one pertaining to the nature of Brazilian grand strategy, the second regarding its ramifications and chances for success. Under President Lula, Brazil has followed a multi-layered grand strategy that emphasizes a gradual and peaceful--yet nonetheless significant-- revision of the international order. While Brazilian officials recognize the benefits that their nation has derived from the Pax Americana, they still view the current order--characterized by U.S. military and strategic hegemony and the economic hegemony of the West-- as prejudicial to the development, commercial interests, and diplomatic influence of emerging countries like Brazil. The fundamental goal of Brazilian grand strategy has thus been to hasten the transition from the dominance of the developed world to a multipolar order in which international power balances and institutions are more favorable to the assertion of Brazil's interests. Because Brazil still faces, and will continue to face, a relative deficit of economic and military might, President Lula has resorted to a strategy commonly used by “middle powers,” countries that rely on multilateralism, coalition-building, and other such methods to achieve systemic influence. At the global level, he has sought to strengthen international norms and organizations that can check American power, a classic soft-balancing technique. He has also forged overlapping webs of bilateral partnerships and multilateral coalitions designed to diversify Brazil's commerce, improve its strategic flexibility, and augment its leverage in international negotiations. This has entailed embracing players from the entire spectrum of international actors, including countries--Iran being one notable example--that are deeply hostile to the United States. At the regional level, President Lula has committed himself to establishing Brazil as the recognized leader of a more united South America, with the aim of expanding his country's power base and hitching its global ambitions to the aggregate geopolitical weight of its continent.
This grand strategy has clearly benefited Brazil in the short term, raising the country's international profile and creating an array of strategic, commercial, and diplomatic options that President Lula's successors may pursue.4 Yet Brazilian grand strategy also entails four key dilemmas that President Lula has not been able to resolve, which could obstruct or at the very least complicate the country's geopolitical ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to sustain such an audacious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support President Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term usefulness of President Lula's various “strategic partnerships” and alliances is open to question. The IBSA and BRIC forums are much less cohesive--and thus less diplomatically effective-- than they appear at first glance, and pursuing close relationships with countries like Iran may ultimately hurt Brazil's democratic image and create more problems than opportunities. Fourth, while President Lula has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. If not managed carefully, these frictions could eventually push U.S.-Brazil relations in a tenser, less productive direction, impairing the interests of both countries. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how President Lula's successors address these dilemmas.
The remainder of this monograph consists of four sections. The first discusses Brazil's strategic culture, the issues that have traditionally frustrated its desires for global influence, and the factors underlying the growing assertiveness of its foreign policy since the return to democratic rule in 1985. The second describes President Lula's worldview and details the military, diplomatic, and commercial components of his grand strategy. The third evaluates this grand strategy, noting its accomplishments but also emphasizing the four key dilemmas mentioned above. The fourth discusses implications for U.S. and Brazilian policymakers and offers some brief concluding remarks.
(...)
Conclusion
Grand strategy is the relation of means to ends, the process by which nations harness and allocate resources in the service of their international objectives. Over the past 8 years, President Lula's grand strategy has exploited Brazil's moral credibility, diplomatic capabilities, and growing economic power to raise his country's profile and diversify its strategic portfolio. Yet, as President Lula's presidency comes to a close, there is still much to be done to make Brazil's foreign policy equal to its lofty aspirations. Brazil must find the resources and political will to make its regional leadership bid more credible; it must become more discerning in its global partnerships and initiatives; it must work toward a sustainable modus vivendi with the United States; and, above all, it must marshal the resources, creativity, and commitment to attack tenacious internal problems.
These are the tasks that fall to President Lula's successors. Brazil is undoubtedly going to play a significant part in world politics over the next century; how significant--and how constructive--will hinge on how these policymakers address the key dilemmas of Brazilian grand strategy.
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Paulo Roberto de Almeida
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Hal Brands
Strategic Studies Institute, August 2010
This monograph analyzes Brazilian grand strategy under President Luiz Inácio Lula da Silva. During Lula's nearly 8 years in office, he has pursued a multipronged grand strategy aimed at hastening the transition from unipolarity and Western economic hegemony to a multipolar order in which international rules, norms, and institutions are more favorable to Brazilian interests. Lula has done so by emphasizing three diplomatic strategies: soft balancing against the United States, building coalitions to magnify Brazilian negotiating power, and seeking to position Brazil as the leader of a more united South America.
This strategy has successfully raised Brazil's profile and increased its diplomatic flexibility, but it has also exposed the country to four potent strategic dilemmas that could complicate or undermine its ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to sustain such an ambitious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term cohesion and effectiveness of Lula's various diplomatic partnerships is open to question. Fourth, while Lula has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how Lula's successors address these dilemmas.
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Only a few years after America's post-September 11, 2001 (9/11) displays of military might led commentators like Charles Krauthammer to opine that the post-Cold War “unipolar moment” was on the verge of becoming a prolonged “unipolar era,” the international system seems to be moving toward a more diffuse distribution of power. The United States is widely (if perhaps debatably) assumed to be in relative decline; a range of second- and third-tier powers are jockeying for greater influence. It is now common to hear that the world is moving toward a “post-American” age, that we have reached the “end of American exceptionalism” or “the end of American hegemony”--the common themes in these assessments being the ebbing of U.S. supremacy and the rise of a new class of powers that will rival Washington for influence in the 21st century.1
Few countries have experienced as remarkable an improvement in their international stature over the past decade as Brazil. Brazil has long had a reputation as a country with a great future--if only it could get there. As late as 2002, Brazil was wrestling with chronic financial instability, and the election of a president with a distinguished leftist heritage raised fears of macroeconomic collapse and resurgent political strife. Since then, however, Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva has won widespread praise for his economic and social initiatives. Building on the initiatives of his predecessor, Brazilian President Fernando Henrique Cardoso, President Lula has sought to channel the growing national confidence derived from democratic consolidation and macroeconomic stability into a more forceful diplomacy. Brazil has become more active in United Nations (UN) peacekeeping missions; it has energetically promoted the India, Brazil, and South Africa (IBSA), and Brazil, Russia, India, and China (BRIC) forums as alternative centers of global power; it has forged economic and technological partnerships with France, Russia, China, and other key countries; it has put forward a claim to a permanent seat on the UN Security Council; and it has promoted South American economic integration as well as new regional institutions like the Union of South American Nations (UNASUR) and the South American Defense Council (CSD). Underlying all this is a sense among Brazilian policymakers that their country has finally arrived on the global scene, and that it is destined to reap the benefits of the ongoing changes in the international system. In this spirit, President Lula has announced that Brazil will become a great power in this century, and Brazilian official discourse is infused with a sense of national strength and purpose. “Brazil must think big,” said Defense Minister Nelson Jobim in 2009. “This is the moment in which it's necessary to be audacious in order to advance. . . . There is no longer any possibility of asking Brazil, on the international stage, to take positions that run contrary to its interests.”2
Purely by dint of its size and economic capacity, Brazil will exert a strong pull on regional and global politics in the coming decades. Even under the most optimistic projections, however, Brazil will not possess the economic or military capacity to compete with other major powers--namely the United States, China, and the European Union (EU) --for decades, if then. If Brazil is to achieve what political scientists call “systemic impact”--the ability to shape the global order in meaningful ways--it will have to do so not through the inexorable accumulation of geopolitical weight, but through the resourcefulness of its strategy and diplomacy. Accordingly, this monograph examines Brazilian grand strategy as it has developed under President Lula with an eye to illuminating its characteristics, prospects, and implications for the international system in general and the United States in particular. The present is a propitious time for such an undertaking; with President Lula set to leave office at the end of 2010, Brazilian grand strategy may be approaching an inflection point, making a proper understanding of the strategy pursued over the last 8 years all the more important for Brazilian and U.S. observers alike.3
This monograph makes two principal arguments, one pertaining to the nature of Brazilian grand strategy, the second regarding its ramifications and chances for success. Under President Lula, Brazil has followed a multi-layered grand strategy that emphasizes a gradual and peaceful--yet nonetheless significant-- revision of the international order. While Brazilian officials recognize the benefits that their nation has derived from the Pax Americana, they still view the current order--characterized by U.S. military and strategic hegemony and the economic hegemony of the West-- as prejudicial to the development, commercial interests, and diplomatic influence of emerging countries like Brazil. The fundamental goal of Brazilian grand strategy has thus been to hasten the transition from the dominance of the developed world to a multipolar order in which international power balances and institutions are more favorable to the assertion of Brazil's interests. Because Brazil still faces, and will continue to face, a relative deficit of economic and military might, President Lula has resorted to a strategy commonly used by “middle powers,” countries that rely on multilateralism, coalition-building, and other such methods to achieve systemic influence. At the global level, he has sought to strengthen international norms and organizations that can check American power, a classic soft-balancing technique. He has also forged overlapping webs of bilateral partnerships and multilateral coalitions designed to diversify Brazil's commerce, improve its strategic flexibility, and augment its leverage in international negotiations. This has entailed embracing players from the entire spectrum of international actors, including countries--Iran being one notable example--that are deeply hostile to the United States. At the regional level, President Lula has committed himself to establishing Brazil as the recognized leader of a more united South America, with the aim of expanding his country's power base and hitching its global ambitions to the aggregate geopolitical weight of its continent.
This grand strategy has clearly benefited Brazil in the short term, raising the country's international profile and creating an array of strategic, commercial, and diplomatic options that President Lula's successors may pursue.4 Yet Brazilian grand strategy also entails four key dilemmas that President Lula has not been able to resolve, which could obstruct or at the very least complicate the country's geopolitical ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to sustain such an audacious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support President Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term usefulness of President Lula's various “strategic partnerships” and alliances is open to question. The IBSA and BRIC forums are much less cohesive--and thus less diplomatically effective-- than they appear at first glance, and pursuing close relationships with countries like Iran may ultimately hurt Brazil's democratic image and create more problems than opportunities. Fourth, while President Lula has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. If not managed carefully, these frictions could eventually push U.S.-Brazil relations in a tenser, less productive direction, impairing the interests of both countries. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how President Lula's successors address these dilemmas.
The remainder of this monograph consists of four sections. The first discusses Brazil's strategic culture, the issues that have traditionally frustrated its desires for global influence, and the factors underlying the growing assertiveness of its foreign policy since the return to democratic rule in 1985. The second describes President Lula's worldview and details the military, diplomatic, and commercial components of his grand strategy. The third evaluates this grand strategy, noting its accomplishments but also emphasizing the four key dilemmas mentioned above. The fourth discusses implications for U.S. and Brazilian policymakers and offers some brief concluding remarks.
(...)
Conclusion
Grand strategy is the relation of means to ends, the process by which nations harness and allocate resources in the service of their international objectives. Over the past 8 years, President Lula's grand strategy has exploited Brazil's moral credibility, diplomatic capabilities, and growing economic power to raise his country's profile and diversify its strategic portfolio. Yet, as President Lula's presidency comes to a close, there is still much to be done to make Brazil's foreign policy equal to its lofty aspirations. Brazil must find the resources and political will to make its regional leadership bid more credible; it must become more discerning in its global partnerships and initiatives; it must work toward a sustainable modus vivendi with the United States; and, above all, it must marshal the resources, creativity, and commitment to attack tenacious internal problems.
These are the tasks that fall to President Lula's successors. Brazil is undoubtedly going to play a significant part in world politics over the next century; how significant--and how constructive--will hinge on how these policymakers address the key dilemmas of Brazilian grand strategy.