Déficit em transações correntes aumenta e preocupa governo
Pela primeira vez em 11 anos o déficit nas transações correntes do Brasil não deve ser coberto pela entrada de investimento estrangeiro direto (IED). Mais que isso: se cumpridas as estimativas feitas pelo Banco Central (BC) para este ano, o déficit nas transações correntes será US$ 15 bilhões superior à entrada dos investimentos estrangeiros - na última vez que houve esse descompasso, em 2001, a diferença foi pequena, de apenas US$ 700 milhões.
Os resultados podem ser ainda piores caso as estimativas mais recentes da equipe econômica para ingresso de investimentos estrangeiros neste ano se realizem, enquanto o mercado trabalha com um déficit na conta corrente ainda maior que o previsto pelo BC.
Oficialmente, o governo Dilma Rousseff trabalha com um déficit de US$ 65 bilhões nas transações correntes neste ano (22,6% superior ao esperado para 2011), e com a entrada de US$ 50 bilhões na forma de investimento estrangeiro direto. Mas os economistas do governo já vêm uma entrada menor de investimentos, na casa de US$ 45 bilhões.
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