Sob o título totalmente sarcástico de "Agência Brasil tem novo Dissionario da Lingua Brasileira (whatever...)", eu havia postado uma matéria recebida do Google Reader como tendo a dita Agência como origem. Fui leviano, e deveria ter verificado antes a procedência real da matéria, mesmo tendo recebido do Google Reader, que "captura" matérias as mais variadas quase que imediatamente, e eu até diria que praticamente simultaneamente a sua postagem (já aconteceu comigo mesmo, de receber em menos de um minuto matéria que acabava de postar).
Fiz comentários derrisórios e depreciativos, no que toca o Português do jornalista e de seus colegas, o que foi, reconheço, leviano e irresponsável, mas se tratrava, obviamente, de uma brincadeira e de uma gozação.
Eu mesmo sou corrigido continuamente por meus leitores, alguns de boa vontade, pois constatam tratar-se de erro de digitação, ou mesmo de distração, outros de forma muito maldosa, com demonstrações óbvias de desprezo e vigilância militante (por razões claramente políticas, eu até diria fundamentalistas).
Ao me penitenciar pela impropriedade da ação, e ao me desculpar com os atingidos pelo meu gesto leviano, quero, de toda forma, confirmar minha total desconformidade com o "Ministério da Propaganda" e com a "Agência da Verdade" criada por um partido de tendências claramente autoritárias, o que recebe, obviamente meu total repúdio, como leitor de Orwell e defensor da total liberdade em matéria de comunicação, o que exclui radicalmente -- quero frizar radicalmente -- qualquer agência pública de notícias.
Governo tem de governar; quem tem de informar é a imprensa; o governo no máximo fornece os dados para a sociedade, e a imprensa se desejar, e se for do interesse social, publicará.
Todo o resto é conversa para autoritários inconscientes.
Paulo Roberto de Almeida
Eis a notícia com o erro ortográfico cometido por um retransmissor de notícias, que não vem ao caso, agora, denunciar.
AGU avalia suspenção de bloqueio de contas da diplomacia brasileira
Por Gilberto Costa
Brasília - O Ministério das Relações Exteriores e a Advocacia Geral da União (AGU) estão analisando medida judicial contra o bloqueio das contas bancárias usadas pela Embaixada do Brasil e consulados na Itália.
O bloqueio foi pedido por uma firma italiana que elaborou projetos para o trem-bala Rio-São Paulo, mas não recebeu o pagamento devido pela estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, ligada ao Ministério dos Transportes.
A Agência Brasil tentou contato com a Valec, mas não obteve retorno. Segundo o Itamaraty, o caso é apenas ´uma questão jurídica que não afeta a relação Brasil-Itália´. Conforme a decisão de recurso, o governo brasileiro poderá ter que contratar escritório de advocacia italiano para a ação judicial.
Conforme notícia publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, em setembro do ano passado o Tribunal de Arezzo, na Toscana, condenou o Brasil a pagar R$ 36,4 milhões. O país não apresentou recurso à época.
Brasília - O Ministério das Relações Exteriores e a Advocacia Geral da União (AGU) estão analisando medida judicial contra o bloqueio das contas bancárias usadas pela Embaixada do Brasil e consulados na Itália.
O bloqueio foi pedido por uma firma italiana que elaborou projetos para o trem-bala Rio-São Paulo, mas não recebeu o pagamento devido pela estatal Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, ligada ao Ministério dos Transportes.
A Agência Brasil tentou contato com a Valec, mas não obteve retorno. Segundo o Itamaraty, o caso é apenas ´uma questão jurídica que não afeta a relação Brasil-Itália´. Conforme a decisão de recurso, o governo brasileiro poderá ter que contratar escritório de advocacia italiano para a ação judicial.
Conforme notícia publicada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo, em setembro do ano passado o Tribunal de Arezzo, na Toscana, condenou o Brasil a pagar R$ 36,4 milhões. O país não apresentou recurso à época.
Agência Brasil
Bravo, perfeito, companheiros; vocês provaram que o conteúdo é mais importante que meras notícias.
Paulo Roberto de Almeida
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