Os diplomatas presentes no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas trocaram nesta sexta-feira os frequentes trajes e gravatas por ponchos peruanos, quimonos, roupas de cossacos russos e coloridos vestidos de países asiáticos e africanos por ocasião do "Dia do Traje Nacional". A presidente do Conselho dos Direitos Humanos, Laura Dupuy Lasserre (vestida com um traje típico uruguaio), explicou que o objetivo deste dia é "mostrar a diversidade de todos os povos do mundo em um fórum das Nações Unidas que defende o respeito da diversidade cultural".
Os representantes de países asiáticos, latino-americanos e africanos foram os que se empenharam mais em mostrar ao resto de nações a variedade e o colorido da indumentária típica de seus países de origem, enquanto os europeus se caracterizaram por seu quase nulo envolvimento, já que a maioria vestia o habitual terno. A embaixadora do Brasil na ONU em Genebra, Maria Nazareth Farani, usou um chamativo vestido de baiana. "É um traje típico da Bahia, no nordeste do Brasil, de certo modo é uma homenagem às nossas raízes africanas", acrescentou, elogiando esta iniciativa - incentivada pela Suíça e pelo Paquistão - "é uma festa na qual todos se tornam mais abertos à tolerância e ao diálogo".
Junto a ela, outros dois diplomatas brasileiros passeavam orgulhosos pela Sala da Aliança das Civilizações do Palácio das Nações Unidas com a camisa da seleção brasileira de futebol, que segundo Maria Nazareth é "a verdadeira vestimenta nacional". A diplomata mexicana Gisele Fernández explicou que seu vestido, na cor negra por ser inspirado "na fauna da noite", é procedente da região de Chiapas. "Esta é uma iniciativa muito boa, já que ajuda a identificar as pessoas e saber de que regiões vêm, e contribui com a harmonia que deve permanecer nas Nações Unidas", acrescentou.
Um grupo de quatro costarriquenhos exibiu a tradicional roupa de camponês deste país centro-americano, composto por um chapéu de aba redonda e um lenço amarrado ao pescoço. "Parece que sempre é valioso ter essa face humana e lembrar que somos de verdade as Nações Unidas, não apenas uma organização, mas todas as nações do mundo reunidas aqui", celebrou o conselheiro da missão permanente da Costa Rica, Mario Vega.
Patrício Silva, delegado da missão permanente do Uruguai em Genebra, e que trocou a gravata pelo traje típico do candombe - um ritmo que os escravos africanos introduziram no país - opinou que a ideia de comparecer a esta reunião do Conselho de Direitos Humanos "gera um clima mais relaxado que o habitual, de mais diálogo, amizade e interação". Também o representante da missão permanente da Turquia, Hunor Katmadji, compareceu ao encontro vestido com calças curtas, um colorido chapéu e "tudo o necessário para sobreviver na montanha: uma faca, uma pistola, uma bolsa para guardar água e comida e uma pequena manta para tirar uma sesta".
Se a ideia era usar trajes típicos; por quê não envergar "cocar e tanga"!
ResponderExcluir...candies or tricks...!
Vale!