quinta-feira, 5 de abril de 2012

Concurso do Itamaraty: o CESPE hors concours (1)

Bem, com a ajuda dos leitores deste blog, parece que vou ter de abrir uma seção toda ela dedicada aos erros do CESPE, no exame geral de início do concurso de seleção para a carreira de diplomata, especialmente voltada, mas não exclusivamente, para os erros de Português, como estes exemplos que me envia um leitor:


Fora os erros supramencionados, houve erros de português grosseiros, que demonstram a falta de revisão. No enunciado da questão 8, o nome da autora está "ClariSSe Lispector". Na questão 61, um das questões diz "Sabendo-se que a função de serviços administrativos de determinado órgão público exiJe um computador para cada funcionário..." Lamentavelmente, o nível exigido dos candidatos está superior àqueles que redigem a prova. Uma falta de respeito! 

Eu me pergunto o que fazem os professores do CESPE -- ou seja UnB -- que elaboram as provas, o que fazem os professores revisores, e o que fazem os diplomatas, supostamente revisores dos revisores, e aqueles que, por último, têm o dever de verificar a prova antes que ela seja aplicada.

Ou seja, o erro que prejudicou tantos candidatos derivava de algo absolutamente estúpido: a inversão de letras na folha de resposta (ou na própria prova impressa, não tenho certeza agora). Mas o que estamos falando aqui são exemplos de erros primários.
E eu ainda não entrei nas bobagens substantivas, ou politicamente motivadas...
Paulo Roberto de Almeida 


2 comentários:

  1. Bom dia, Professor.

    Os erros de impressão a que o senhor se referiu, de inversão de letras/números, estavam em muitos (não todos) cadernos de questões, e não nas folhas de respostas.
    Pessoalmente, encontrei alguns erros. Tenho amigos que foram premiados com menos erros, mas em questões diferentes das minhas.
    Pelos meus cálculos, teriam que anular ao menos 6 questões, que apresentavam defeito em diferentes cadernos. Isso é quase 10% da prova.
    Como a ordem do caderno de questões (p. ex. 1432) divergia da ordem do cartão de respostas (1234), os candidatos não sabiam como preenchê-lo, já que os fiscais deram instruções equivocadas. Pela manhã, disseram para ignorar a numeração, e seguir a sequência do caderno de questões, como se fosse 1234.
    Interessante também é que, nesse ano, as provas eram marcadas página a página com os nomes dos candidatos. Ou seja, houve tempo pra IDENTIFICAR as provas, mas não para revisar a ordem dos itens (ou fizeram uma "revisão" toda especial).
    Uma informação/sugestão: parece que a Defensoria Pública (no DF) vai mover uma ação contra o CESPE por quebra de isonomia do concurso público.
    Por fim: por que o CESPE? Por que não FUVEST, FGV? Não seria esse TPS a gota d'água?
    E pensar que paguei 150 reais pra isso... Quebra de isonomia é pouco. Devia pedir indenização por danos morais.

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  2. Resposta da DPU em relação ao ocorrido...

    http://www.dpu.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8080%3Aconcurso-para-carreira-diplomatica-tem-isonomia-garantida&catid=79%3Anoticias&Itemid=220

    De fato, não deu em nada.

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