quinta-feira, 31 de maio de 2012

Brasil-Siria: "E' preciso manter o dialogo"

Dixit, redixit, tridixit (et encore):


Brasil se isola na questão síria
Editorial O Globo, 31/05/2012


No momento em que os principais países recorrem às mais duras medidas para repudiar o massacre sistemático do povo sírio por seu próprio governo, o Brasil mais uma vez decide contemporizar. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro está preocupado em não piorar ainda mais a situação na Síria. "O diálogo precisa ser mantido", sustentou o porta-voz da chancelaria brasileira.
Não é um bom sinal. Mostra uma recaída na diplomacia companheira praticada nos dois governos Lula, de um terceiro-mundismo arcaico e antiamericanismo juvenil, que resultou em episódios grotescos, como a recepção em Brasília do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e a viagem do brasileiro a Teerã para tentar evitar, inutilmente, uma ação da comunidade internacional contra o programa nuclear iraniano. Ou manifestações de simpatia pelo ditador do Zimbábue, Mugabe, com quem se reuniu por iniciativa de Hugo Chávez. Ou a impotência diante da transformação da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa num palanque do aliado Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras.
A presidente Dilma Rousseff deu sinais importantes de que restabeleceria as melhores tradições do Itamaraty ao fazer dos direitos humanos a pedra de toque de sua política externa. Foi uma decorrência disso o voto brasileiro no Conselho de Direitos Humanos da ONU de apoio à condenação de atrocidades de Muamar Kadafi na Líbia. Mas a evolução dos fatos, que levaram à intervenção militar da Otan para derrubar o ditador, criou mal-estar em muitos países, inclusive o Brasil. Objetavam que a ONU teria dado carta-branca à Otan para derrubar um governo, ainda que fosse uma ditadura cruel.
Agora, porém, não há justificativa para a inação do governo brasileiro diante do massacre cotidiano de sírios por parte de um regime que não se acanha de praticar genocídio. Bashar Assad tacha de "terroristas" os que lutam para derrubá-lo - uma força heterogênea de rebelados contra a ditadura, desertores das forças sírias, civis que pegaram em armas. Mesmo que haja entre eles sectários. Assad só tem demonstrado frieza diante das tentativas da comunidade internacional de obter um cessar-fogo via esforços do ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan.
Recentemente, Dilma determinou ao primeiro escalão da área internacional que repensasse a política externa brasileira para ajustá-la ao pós-Primavera Árabe e à crise europeia. O objetivo seria aumentar a influência do país no cenário internacional. Mas há erros evidentes. Ao se referir às divergências de opinião no Conselho de Segurança em relação à Síria, principalmente entre americanos, de um lado, e China e Rússia, de outro, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, comentou: "Parece a volta da Guerra Fria."
A frase resume o caráter equivocado da posição brasileira num mundo multipolarizado. Não tem sentido manter uma postura de inércia envergonhada, até porque entre ela e a intervenção militar há uma série de gradações diplomáticas possíveis. O que não pode é defender o indefensável só para não destoar de "companheiros" da sigla Brics e se isolar dos demais países.

In praise of stupidity, 2: ainda bem que os bandidos não fizeram pos-graduacao...

Sim, pós-graduação, pois, pelo que venho observando, é possível que pessoas sem um domínio correto da língua nacional -- seja qual ela for, pois creio que os militantes afrodescendentes vão incorporar cotas de expressões afrodescendentes na chamada língua pátria, que não se sabe bem a quem pertence, atualmente -- passem perfeitamente por todas as etapas da educação anormal que temos em nosso país, e consigam chegar à pós-graduação escrevendo errado. 
Como a escola primária, aliás a básica, já não prepara mais para alguma coisa útil, é possível, assim, se precaver contra golpes na internet, como o que vem aqui abaixo ilustrado contra um banco conhecido.
Vamos manter os bandidos ignorantes: pessoalzinho do MEC, continuem como estão, não precisa melhorar nada, pois se melhorar estraga...



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quarta-feira, 30 de maio de 2012

O fascismo que se via, e o fascismo que nao se ve: texto PRA

Tenho no meu iPad, descarregado de algum site de livros clássicos caídos no domínio público, e invariavelmente avanço um pouco na leitura cada vez que posso, o livro "Ensaios de Economia Política" de Frédéric Bastiat, no qual o grande economista francês do século XIX sempre recorria à imagem que o tornou conhecido: "o que se vê" e "o que não se vê".
De fato, a economia sempre produz resultados inesperados, alguns típicos daquela lei das consequências involuntárias, que é desconhecida pela maioria dos nossos dirigentes políticos.
Mas, hoje, refletindo sobre o "enésimo" evento ou fato que não se vê, a partir daquilo que se vê, resolvi consolidar essas reflexões que coloco à disposição dos meus leitores...
Assim é, se lhes parece...
Paulo Roberto de Almeida 



Existem países perfeitamente fascistas, sem que se saiba...

Paulo Roberto de Almeida

Sei que a expressão fascista pode parecer extremamente forte, nos dias que correm, para designar um país, mas é o que me veio à mente, após acumular, mentalmente, dezenas e dezenas de exemplos banais, corriqueiros, ordinários, redundantes, enfim, triviais, que confirmam o que afirmo no título deste texto. Minhas observações, não preciso estender-me a respeito, são retiradas do que leio na imprensa diária, nas matérias de jornais internacionais, em blogs de formadores de opinião, e também, por que não dizê-lo?, em boletins partidários e de grupos políticos, enfim, um pouco de tudo o que leio continuamente, regularmente, recorrentemente, todos os dias.
Sei também que os leitores podem achar que estou exagerando, já que, para a maior parte das pessoas, a expressão “fascista” vem sempre associada à imagem dos camisas negras, ou milícias armadas, desfilando – a passo de ganso ou em qualquer outro estilo – sobre fundo de cenários cinzentos, dominados por um ditador exaltado, fazendo discursos de ódio e incitando a massa do povo contra um inimigo qualquer. Mas essa é uma vinculação historicamente datada, que enfatiza mais os movimentos reais que existiram na Europa do entre-guerras (e por imitação em outras partes do mundo também), do que a essência do “ser fascista”, que está presente cada vez que alguns dos elementos abaixo domina o cenário público de um país e penetra nas consciências das pessoas, sem que elas tenham sequer consciência de que estão vivendo – que sabe até aceitando, maquinalmente – num país perfeitamente fascista, em sua essência.
Essas imagens estereotipadas de um regime fascista correspondem apenas à sua superfície, ou embalagem externa, atualmente um tanto ridículas, sobretudo depois que Charles Chaplin imortalizou a figura do ditador ridículo em seu filme explicitamente vinculado a dois exemplos do gênero, mas é claro que características externas não esgotam a essência do que é ser fascista. Explico as razões de minha adesão a essa expressão, para que meu título tenha mais consistência empírica e venha ilustrado por manifestações concretas da realidade que vivemos, atualmente, em países talvez conhecidos dos leitores. Vejamos alguns fatos, não opiniões.
Em qual país, senão num país fascista, o chefe de um dos poderes constitucionais tenta subordinar, dominar, emascular, castrar ou controlar os demais poderes, usando para isso de todos os golpes baixos de que é capaz, inclusive os serviços de inteligência, a sua “polícia política”, os seus esbirros partidárias, mediante compra de consciências e de vontades, por meio da chantagem, da corrupção, das insinuações diretas, da conquista por vantagens materiais ou intimidação pura e simples?
Em que país se observa uma tal concentração de poder, pela desmesura e apropriação de recursos, monopolizados por quem controla as alavancas de extração de recursos e de distribuição seletiva e arbitrária desses recursos? Qual o país no qual o Estado central consegue controlar frações importantes da riqueza nacional, sem que a massa dos cidadãos, e sequer seus representantes eleitos, possam controlar devidamente, e na mais perfeita transparência, a coleta, o tratamento e a distribuição (com alguns descontos pelo caminho, está claro) desses recursos? Esse país só pode ser um país perfeitamente fascista, ainda que seus cidadãos disso não se apercebam.
Em que país o Estado central concentra mais e mais poderes e recursos, fazendo com que indivíduos privados, em seu papel de produtores ou de consumidores, sejam convertidos em dependentes obrigatórios desse Estado centralizador e monopolista? Qual o país que coloca na lista de pagamentos do Estado, ao mesmo tempo, o mais miserável dos excluídos e o mais ricos dos seus milionários? Só pode ser um país fascista.
Qual o país no qual o mesmo chefe, ungido à condição de nosso guia, líder genial dos povos, intérprete da vontade nacional, se pretende iniciador de tudo de positivo que existe – segundo lista que ele mesmo decretou como exclusiva de sua vontade – e passa o tempo fazendo autoelogios e propaganda de si mesmo? Em qual país a máquina pública é colocada a serviço do egocentrismo autista do chefe supremo, e gasta rios de dinheiro fazendo propaganda enganosa sobre suas virtudes inigualáveis e suas realizações inéditas? Tem de ser num país fascista.
Em qual país os órgãos de controle fiscal e econômico têm todo o poder e arbítrio para invadir sua privacidade, decretar o que é ou não válido em suas contas privadas, se permitir presumir intenções ou ações passíveis de punição administrativa, pelo simples fato que esse órgão pode decretar, ao seu bel prazer, o que os indivíduos podem ou não podem fazer com seu patrimônio, renda ou ganhos. Onde mais esses mesmos órgãos, mesmo quando pensam “fazer o bem” aos empresários e trabalhadores, “decretando” um favor qualquer no plano regulatório ou tributário, impõem um tal número de normas e regulamentos tão complicados, sujeito a uma burocracia kafkiana, que acaba tornando aquele favor um inferno adicional, digno do mesmo escritor mas jamais por ele descrito em detalhes? Só pode ser num país basicamente fascista, no direito e nas práticas.
Em qual país, um outro órgão supostamente constituído para a defesa da saúde pública, impede farmácias de vender chiclete e impede cidadãos de alcançar eles mesmos uma simples cartela de aspirina nas estantes das mesmas farmácias? Isso é fascismo puro.
Como chamar um país que pratica racismo oficial, que pretende dividir os cidadãos entre uma minoria dita desprotegida, e todos os demais cidadãos, baseando-se para isso apenas na aparência externa, e que recorre para dirimir casos duvidosos a tribunais raciais? Qual o país no qual militantes da mesma causa racial, divisionista, segregadora, ilegal, pretende tornar obrigatórias cotas raciais em todas as esferas da vida pública, e quer ainda impor os mesmos critérios sobre empresas e instituições privadas? Isso é fascismo no mais alto grau de degeneração mental.
Qual o país no qual o Estado se torna tão onipotente e avassalador que, desde os mais simples cidadãos até os mais ricos empresários, todos se sentem obrigados, compelidos, ou até mesmo o fazem inconscientemente, a recorrer ao Estado como o nec plus ultra da vida social, como o Deus ex machina de todas as soluções possíveis aos problemas e dilemas dessa sociedade, como se não houvesse outras forças na sociedade do que a do Estado que tudo pode, tudo pensa, tudo provê, tudo supervisiona, em tudo interfere, mesmo nas esferas mais recônditas da vida privada, como a educação dos filhos, as opções sexuais das pessoas, o que elas podem ver ou não na televisão, o     que elas devem estudar nas escolas, enfim, tudo o que perpassa a vida de cada um, da concepção até depois de morto e enterrado? Já estamos aqui no fascismo total...
Em que tipo de país, um partido hegemônico pretende controlar a imprensa, determinar como devem ser organizados os meios de comunicação, escolhe quem subsidiar nas artes e na cultura, repassa dinheiro para os amigos do poder, escolhe quem vai ser o vencedor de concorrências públicas (e que depois será obrigado a submeter-se à extorsão financeira do mesmo partido), enfim, corrompe todos os canais e instrumentos da administração pública e coloca militantes descerebrados nas engrenagens do poder, para justamente ter o controle de todas as instâncias da vida pública e privada dos cidadãos? Já estamos vivendo num sistema fascista, com estas características.
Que nome dar a um país que se deixou dominar por um sistema de tipo mafioso, e totalitário, em que a obediência total e absoluta é devida ao semideus que controla o sistema e tem a palavra final sobre o que pode e o que não pode nesse país? Em que tipo de país mandarins oficiais, marajás estatais, corporações organizadas de servidores ditos públicos, servem-se da máquina pública para fins privados, chantageiam os cidadãos que necessitam dos serviços públicos, submetem empresários que dependem desses serviços para produzir renda e riqueza e no qual, as mesmas pessoas acham que possuem um direito divino aos recursos públicos apenas porque estão no Estado? Só pode ser um país fascista, isso é evidente.
Qual o país no qual os ditos servidores não precisam prestar contas à sociedade, têm direito à estabilidade imediata, se aposentam com inúmeros privilégios – que já tinham antes na vida ativa – em relação a equivalentes funcionais do setor privado, e ainda acham que prestam um grande favor à sociedade? Em qual país acadêmicos e trabalhadores ditos intelectuais acham que a sociedade lhes deve por direito pagar salários elevados sem que disso eles necessitem prestar contas, sem qualquer critério de produtividade ou de resultados, como se fossem marajás entronizados numa torre de marfim? Tem de ser um país de mentalidade e comportamentos fascistas, está claro.
E, finalmente, em qual país, senão num país fascista, todas essas características ainda despertam admiração e orgulho, adesão inconteste e louvores exagerados, como seu o chefe absoluto do Estado total fosse a vontade eterna consolidada na figura em questão? Não pode ser senão num país fascista.

O fascismo, antes de exibir atributos materiais de tal ou qual movimento ou partido político, e de se manifestar concretamente num regime determinado, historicamente existente, constitui, primordialmente, um “estado mental”, uma feitura especial da psicologia humana que corresponde àquilo que alguns psicanalistas, psicólogos ou sociólogos chamariam de “personalidade autoritária”. O fascismo, antes de ser de direita, de esquerda, ou de qualquer outra corrente determinada do pensamento político dos últimos dois ou três séculos, emerge de pulsões e comportamentos perfeitamente autoritários, e mesmo totalitários, implicando numa vontade de dominação que parece resultar de algum desvio de personalidade.
Não se trata de um fenômeno ou processo puramente individual, mas deriva de tendências psíquicas e mentais profundamente entranhadas no comportamento individual e coletivo de milhares, talvez milhões de indivíduos que, ao longo dos séculos, e provavelmente no decurso da história humana conhecida, se alçaram a posições de mando e de dominação com base nessa vontade extrema de mandar e dominar outros seres humanos. O fascismo, em sua essência, é isso: uma pulsão inexcedível para o comando e a dominação absoluta, uma intolerância com respeito à liberdade humana e uma incapacidade de conviver democraticamente, segundo os parâmetros de uma sociedade normal, civilizada. O fascismo sempre é monopolizador, destruidor das vontades alheias, monopolizador dos instrumentos de controle social, arrebatador de todas as atenções e exigente de obediência total e absoluta.
Pois, ou eu muito me engano, ou tenho descoberto evidências empíricas, factuais, materiais, de mentalidades, comportamentos, atitudes e práticas fascistas aqui e ali, sempre que me volto para algum lugar, percorro sua imprensa, leio o que escrevem seus “intelequituais”, ouço as perorações de alguns de seus chefes políticos, e me espanto, de verdade, ao constatar como meus colegas e concidadãos não percebem que estão em face de um país fascista. A maior parte da massa não tem, obviamente, condições de fazer um julgamento elaborado a esse respeito. Mas eu me pergunto como acadêmicos, pessoas bem informadas, empresários que se sacrificam para viver dentro da lei (e pagam caro por isso), como todas essas pessoas não se dão conta que estão vivendo sob um regime de tipo fascista?
Este é mistério para mim...

Paulo Roberto de Almeida
Berlim, 2398: 31 Maio 2012

Ossos do oficio: lixo que sempre aparece...

O grande trade-off -- como diriam os economistas -- de se exercer num blog (mesmo quando é para divertimento pessoal, como este aqui), é o lixo que se acaba inevitavelmente recebendo, de aloprados, "cumpanheiros" e outros malucos e serviçais de partidos totalitários que pululam como nunca na internet (eles têm tempo e dinheiro: vivem com o dinheiro público, ou seja, com o meu, com o seu, com o nosso dinheiro...).
Por exemplo, um larápio do tempo alheio que tem a indignidade de se apelidar Pol Pot -- decerto ele gostaria de sair por aí, matando os que não se encaixam na sua mentalidade terrorista -- me escreve isto: 

Pol Pot Miguxo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Suprema Indecencia - Editorial Estadao": 
O senhor como diplomata deveria ter uma visão menos inviesada, torcedora e informada do que está se passando...

Acho que já parei no "inviesada"; só não entendi o "torcedora": minha visão? Eu só torço para o Portuguesa de Desportos...
Sorry Pol Pot, e leitores, mas paro por aqui. Lixo é bom de mostrar para que os leitores tenham consciência de como são doentios certos cérebros contaminados pela delinquência política...
E pensar que gente dessa corja vive do nosso dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida 

Fim do bonus demografico: de novo a pobreza?

Este debate, que deve interessar primordialmente os países do Caribe e Cuba, também tem tudo a ver com o Brasil. Estamos em meio a nosso bonus demográfico, mas, em lugar de aproveitar a maior relação possível, e históricamente exclusiva, única e irrepetível, para ficarmos ricos, estamos apenas dilapidando as possibilidades de crescimento por um distributivismo precoce e exacerbado, deixando de produzir os recursos humanos para obter ganhos de produtividade, se esquecendo de que precisamos ficar ricos rapidamente antes que o bônus demográfico termine e tenhamos, então, de arcar com uma maior proporção de velhos, dependentes e "gastadores" de recursos dos sistemas de saúde generosos e universais, o que nos deixará numa situação calamitosa dentro de uma geração e meia, quando todos os bônus terminarão e os "malus" se manifestarão.
Infelizmente, as pessoas são inconscientes, hoje, o que deixará uma pesada herança para elas mesmas, quando se aposentarem com uma Previdência que já terá quebrado três vezes, e para seus filhos e netos, que terão de trabalhar muito mais, apenas para garantir um tratamento relativamente digno para seus dependentes, que serão seus pais e avós. Triste, mas teria de ser assim?
Querem apostar? Bem, eu não estarei mais aqui quando o problema se apresentar, mas vocês sim...
Paulo Roberto de Almeida 

Demographic Change in Cuba:
Economic and Social Impact

Paulo Saad
Chief of Population and Development Area
UN Economic Commission for Latin America and the Caribbean (CEPAL)
Moderator
Mauricio Font
Bildner Center and The Graduate Center, CUNY, New York

Tuesday June 5, 2012, 4PM
The Graduate Center, Segal Theater
365 Fifth Avenue (@ 34th Street)

Countries in Latin America and the Caribbean are in the midst of a period of profound demographic change which will lead to a dramatic shift in the age structure of the population, with sharp declines in the proportion of children and increases in the proportion of older persons. Though they are at different stages in this process, the majority of countries in the region are currently in the midst of the period of the demographic dividend, which is characterized by a relative increase in the number of working-age people relative to those who are dependent upon them. However, sooner or later this favourable situation will end due to the rising demand for resources on the part of a progressively older population. The transition to economically-aged societies in Latin America and the Caribbean -in contrast to that of the more developed countries- will take place in a context of high and persistent levels of inequality and of lower per capita income and less developed political and financial institutions.
This new situation will pose unprecedented challenges to Latin American and Caribbean society and will require adjustments in diverse areas, especially in health and pensions. This is particularly the case of Cuba, which is already experiencing a very intensive process of population ageing. Ideally public policies should anticipate demographic changes, redesigning the financing mechanisms for social protection systems so that the increased pressure on public and private spending can be sustained financially without reducing the coverage and quality of benefits.
Paulo Saad (Ph.D., University of Texas) is Chief of the Population and Development Area at the Population Division of the United Nations Economic Commission for Latin America and the Caribbean (ECLAC). Prior to ECLAC he worked at the Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations in New York. Throughout his professional career Mr. Saad has worked on a variety of projects related to population ageing and currently coordinates the project “Intergenerational Transfers, Population Ageing and Social Protection in Latin America and the Caribbean” with support from the International Development Research Center (IDRC) of Canada. The project is an integral part of a global undertaking under the general coordination of the University of California, Berkeley.

Suprema Indecencia - Editorial Estadao

O ministro do Supremo que acha que o caso seria passivel de impeachment, caso o personagem em questao ainda fosse presidente, se esqueceu de que a Constituicao possui outros expedientes contra os que desejam burlar a lei e ofender as instituicoes: processo criminal.
Paulo Roberto de Almeida

Suprema indecência

29 de maio de 2012 | 3h 07
Editorial O Estado de S.Paulo
Ainda que se compre pelo valor de face a inverossímil alegação do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, de que promoveu o encontro do ministro e ex-presidente da Corte Gilmar Mendes com o ex-presidente Lula, a pedido deste, porque "gostava muito dele e o ministro sempre o havia tratado muito bem", o acatamento da solicitação foi um grave lapso moral. O seu ex-chefe (Jobim foi ministro da Defesa entre 2007 e 2011) que encontrasse outra via para transmitir a tardia gratidão ao magistrado.
Gilmar, por sua vez, errou ao aceitar a reunião. Ministros da Suprema Corte, tendo numerosos compromissos derivados de sua condição, não raro se encontram com outras autoridades, políticos, empresários e figurões em geral. Nada haveria de repreensível se, numa dessas ocasiões, Lula o abordasse para lhe dizer o que, segundo Jobim, teria querido dizer. Mas se então ouvisse do ex-presidente as palavras que lhe foram atribuídas pela revista Veja na reunião de 26 de abril no escritório de Jobim, teria de se retirar imediatamente.
Afinal, mesmo que o seu ex-colega não lhe tivesse adiantado o assunto sobre o qual Lula queria conversar, o ministro tinha tudo para adivinhar que se trataria do julgamento do mensalão, previsto para começar em agosto. Em qualquer país, raros são os que recusam convites para um tête-à-tête com um ex-chefe de Estado. Mas, por todos os motivos concebíveis, Mendes deveria ter sido uma daquelas exceções. Depois, tendo sido como foi noticiado o diálogo entre eles, não se entende por que o ministro levou tanto tempo para fazer chegar a história à imprensa.
Se ficou perplexo "com o comportamento e as insinuações despropositadas" de Lula, como afirma, deveria dar-lhes sem demora a merecida resposta pública. Bastaria a enormidade do acontecido. Se o escândalo do mensalão não tem precedentes, tampouco se tem notícia de um ex-presidente da República procurar um membro do Supremo Tribunal para dizer-lhe que considera "inconveniente" o julgamento próximo de uma ação que o alcança politicamente. A inoportunidade - teria alegado Lula - viria da coincidência com a campanha para as eleições municipais deste ano.
Não podendo remeter às calendas o julgamento de um processo aberto há sete anos contra a cúpula do PT, além de outros companheiros e seus sócios na "organização criminosa" de que fala a denúncia do Ministério Público, Lula quer empurrar o desfecho para depois da aposentadoria de dois ministros, o atual presidente Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso, que tenderiam a votar pela condenação dos réus mais notórios. Tivesse Lula ficado nisso, já teria superado as próprias façanhas em matéria de indecências políticas.
Mas, além disso, ele não só teria ofendido o relator Joaquim Barbosa, chamando-o de "complexado"; teria avisado que incumbiria o ex-ministro Sepúlveda Pertence de "cuidar" da ministra Carmem Lúcia para que ajude no adiamento; e contado que pediu ao ministro José Dias Toffoli que não se declarasse impedido por ter sido assessor jurídico da Casa Civil, ao tempo de José Dirceu; como praticamente chantageou o interlocutor, ao oferecer-lhe proteção na CPI do Cachoeira, que teria se gabado de controlar. Proteção, no caso, contra alguma tentativa de convocá-lo a explicar as suas relações com o senador Demóstenes Torres, parceiro do contraventor.
Quando Mendes disse que elas sempre se deram nos limites institucionais, Lula teria perguntado algo como: "E a viagem a Berlim?". Os dois, de fato estiveram na capital alemã, onde mora a filha do ministro, e a viagem teria sido paga por Cachoeira - o que Mendes negou veementemente, e batendo na perna de Lula desafiou: "Vá fundo na CPI!". A revelação do ultraje levou os ministros Marco Aurélio Mello e Celso de Mello a condenar o ex-presidente da República nos termos mais duros, compatíveis com o extremo a que levou o seu despudor - algo "inimaginável", estarreceu-se Marco Aurélio. O seu colega, decano da Corte, criticou o "grave desconhecimento (de Lula) das instituições republicanas". Se ele ainda fosse presidente, resumiu com exatidão, "esse comportamento seria passível de impeachment".

terça-feira, 29 de maio de 2012

A frase da semana: falta alguem em Nuremberg...

A expressão foi revivida pelo jornalista gaucho Políbio Braga, nesta matéria: 



Chantagem de Lula sobre ministro do STF mostra que no caso do Mensalão ainda falta alguém em Nuremberg
Porto Alegre, 29 de maio de 2012


O editor passou boa parte do sábado e do domingo lendo e analisando atentamente cada linha da reportagem de seis páginas da revista Veja, que denuncia a chantagem que o ex-presidente Lula tentou fazer com o ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal.
. Veja nem quis dar capa ao assunto, dada a gravidade da denúncia.
“Um ex-defende seu legado”, abriu o título da reportagem, antecedida por uma foto de um Lula devastado pela idade, pela doença e pelas poltronices. A foto de Felipe Danna, da Associated Press, tomada emprestada para a matéria, vale por si mesma.
. Onde está a chantagem ? Está nesta curta conversa, registrada no sábado pelo site www.polibiobraga.com.br, que copiou Veja, que começava a circular:
Lula - É inconveniente julgar esse processo agora. Zé Dirceu está desesperado.
Gilmar Mendes - Isto é despropositado.
Lula - E a viagem a Berlim?
Gilmar Mendes - O que tem? Vou sempre a Berlim. Lá mora minha filha e lá fiz doutorado.
. A chantagem é claríssima – tão clara como uma cena de cinema, como diria a psólica Luciana Genro.
. Lula deixou claro nas entrelinhas que poderia usar o caso da viagem. A denúncia poderia sair na CPi do Cachoeira.
. A reunião ocorreu no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, que ao desmentir o conteúdo da conversa, “atrapalhou-se” de tal modo que tudo o que disse ficou não valendo nada.
. Além disto, na palavra de quem uma pessoa de bem pode tomar como a mais próxima da verdade ? Ora, todos conhecem a má formação de Lula.
. As reações dos chamados líderes dos Partidos e da chamada sociedade civil organizada, foram muito modestas diante da soberba chantagista do verdadeiro chefe do Mensalão. Sobre o julgamento, aliás, pode-se dizer o mesmo que Davi Nasser disse sobre Felinto Muller, ou seja, ainda falta alguém em Nuremberg.
CLIQUE AQUI para entender a denúncia de que falta alguém no julgamento de Nuremberg.
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egunda-feira, 28 de maio de 2012

Gilmar Mendes na Zero Hora: "Lula entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle".

O ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Gilmar Mendes passou o dia tentando evitar falar da polêmica causada com a matéria da revista Veja na qual ele contou a pressão que sofreu do ex-presidente Lula para adiar o julgamento do mensalão. Fervoroso defensor do julgamento, Mendes não queria polemizar com o ex-ministro Nelson Jobim, que depois da divulgação da matéria negou que a conversa tivesse sido no sentido de interferir no julgamento a ser feito pelo STF. O encontro entre Mendes e Lula ocorreu no escritório de Jobim, em 26 de abril, em Brasília.
Ao conceder entrevista ao jornal Zero Hora no começo da tarde, Mendes demonstrou preocupação com o atraso para o início do julgamento e disse que o Supremo está sofrendo pressão em um momento delicado, em que está fragilizado pela proximidade de aposentadoria de dois dos seus 11 membros.

Confira abaixo alguns trechos da entrevista concedida por Gilmar Mendes, para a jornalista Adriana Irion, de Zero Hora:

Zero Hora — Quando o senhor foi ao encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão envolvendo o mensalão?
Ministro Gilmar Mendes — Não. Tratava-se de uma conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo judicial.

ZH — Sua viagem a Berlim tem motivado uma série de boatos. O senhor encontrou o senador Demóstenes Torres lá?
Mendes — Nos encontramos em Praga, eu tinha compromisso acadêmico em Granada, está no site do Tribunal. No fundo, isto é uma rede de intrigas, de fofoca e as pessoas ficam se alimentando disso. É esse modelo de estado policial. Dá-se para a polícia um poder enorme, ficam vazando coisas que escutam e não fazem o dever elementar de casa.

ZH — Como foi essa conversa (com Lula)?
Mendes — Foi uma conversa repassando assuntos variados. Ele manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do Tribunal de não julgar o mensalão este ano, porque vão sair dois, vão ter vários problemas dessa índole. Mas ele (Lula) entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle, como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.

ZH — Como ele demonstrou preocupação com o mensalão, o que falou?
Mendes — Lula falou que não era adequado julgar este ano, que haveria politização. E eu disse a ele que não tinha como não julgar este ano.

ZH— Ele disse que o José Dirceu está desesperado?
Mendes — Acho que fez comentário desse tipo.

CLIQUE na imagem acima para ver a entrevista completa.

Lula confirma encontro com Gilmar Mendes, mas nega interferência

O ex-presidente Lula confirmou nesta segunda-feira, por meio de nota, o encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, mas rebate a versão da revista Veja e nega tentativa de interferir nas decisões da Corte. De acordo com reportagem desta semana, o ex-presidente teria proposto uma blindagem a Mendes na CPI do Cachoeira em troca do adiamento do julgamento do mensalão.

. “A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. ‘Meu sentimento é de indignação’”, disse o ex-presidente por meio de nota. No encontro, segundo a revista, Lula teria comentado com Mendes sobre um encontro que ele teria tido com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em Berlim, o que o ex-presidente nega. Demóstenes é alvo de um processo no Conselho de Ética no Senado que pode resultar em sua cassação.

. Lula disse ainda que sempre respeitou a autonomia e a independência do Judiciário e do Ministério Público e que mantém o mesmo comportamento fora da Presidência. O ex-presidente afirma que indicou “oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”.

CLIQUE na imagem acima para ler a íntegra da nota.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Hora da Saudade: como era doce nossa inflacao

O que eu gosto do Drunkeynesian é que ele coloca em gráficos as estatísticas mais loucas, como essas dos juros nominais e reais no Brasil ao longo das últimas décadas.
Samba do crioulo doido, se não fosse impoliticamente incorreto dizer essas coisas atualmente.
Assustem-se, rapazes, e convençam-se de que escapamos de tempos muito loucos. Mas hoje tem gente que tem saudades desse tempo, e autoridades econômicas se dão por satisfeitas com uma inflação de 5%. Bandidos...
Paulo Roberto de Almeida 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um histórico longo de juros no Brasil

The Drunkeynesian

Quando se estuda juros e inflação no Brasil (ao menos no mercado financeiro), costuma-se usar a conveniência de assumir que a história começa em 1994 (após o Plano Real) o que torna os dados bem mais tratáveis e compreensíveis. Meu lado masoquista está tentando montar uma base de dados mais longa. Até agora consegui montar o frankenstein abaixo, juntando dados de diversas fontes. Quem souber de uma base melhor, pode indicar nos comentários, agradeço antecipadamente.

 

Curioso ver a longa história de 35 anos de juros reais negativos, a maluquice entre o calote de 1987 e o Plano Real e o posterior retorno à sanidade, ao menos olhando para a ordem de grandeza.

Novo Codigo Florestal: estado do debate

Apenas para registrar o estado atual do debate e os documentos em preparação, que deverão ter força de lei dentro de mais algum tempo...



Publicados vetos parciais ao Código Florestal
Jornal da Ciência e-mail, edição de 28/05/2012

A presidente Dilma Rousseff decidiu vetar 12 itens do Código Florestal e fazer 32 modificações no texto aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de abril. O governo decidiu editar uma medida provisória (MP) para regulamentar os pontos que sofreram intervenção da presidente. Os vetos e a MP foram publicados no Diário Oficial da União de hoje (28).
Os vetos foram apresentados na última sexta-feira (25), em coletiva para a imprensa comandada pelos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no Palácio do Planalto. "Foram 12 vetos e 32 modificações, das quais 14 recuperam o texto do Senado, cinco correspondem a dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo", resumiu o advogado-geral da União.

Em sua avaliação, Adams afirma que o governo não terá dificuldade para aprovar no Congresso Nacional a medida provisória (MP) que será editada para alterar e completar o Código Florestal Brasileiro. Apesar das derrotas sofridas pelo governo na Câmara dos Deputados, que aprovou um texto que não tinha o apoio do Palácio do Planalto, Adams disse que os vetos e as modificações anunciadas têm todas as condições de serem mantidos integralmente pelo Congresso Nacional.

Segundo ele, as mudanças refletem o debate travado no Congresso Nacional e na sociedade civil. "Vamos levar e discutir com os parlamentares os elementos que levaram à adoção dessa medida provisória e desses vetos. Essa discussão nos traz muita confiança de que será atendido o pequeno produtor e mantido o equilíbrio ambiental. Esse projeto tem todas as condições de ser mantido integralmente no Congresso Nacional", disse Adams.

Os vetos presidenciais podem ser derrubados pelo Congresso Nacional, desde que tenham o apoio da maioria absoluta das duas Casas - Senado e Câmara - em votação secreta.

Avaliações - Na ocasião, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho comentou que o novo texto não é dos ambientalistas nem dos ruralistas. "Esse é o Código daqueles que têm bom senso." Para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, com o novo texto o governo está garantindo a inclusão social e produtiva de milhares de produtores rurais. Segundo ele, no processo de regularização, não haverá "anistia para ninguém, todos terão de contribuir para a recomposição de áreas de preservação permanente (APPs) que foram utilizadas ao longo dos anos". Ele observou que a recomposição será proporcional ao tamanho da propriedade e quem tem mais área de terra vai recompor mais.

O pesquisador Ricardo Rodrigues, da Esalq-USP, pondera que ao menos a proposta da presidência estabeleceu que todo mundo tem de recuperar ao menos alguma coisa. "Como os grandes proprietários terão de recuperar mais, temos 76% da área agrícola recuperando no mínimo de 20 a 30 metros de margem e não só 15 metros como estava antes", diz.

Ele lembra que 80% da irregularidade nas APPs no Brasil é de responsabilidade da pecuária - que, em média, é de baixa produtividade. E que são justamente esses os proprietários que detêm as maiores propriedades no Brasil. "As versões anteriores do Código consolidavam esse uso improdutivo. Agora isso deixa de ocorrer quando eles terão de recuperar os 30  metros. Dá um pouco mais tranqüilidade em relação ao texto da Câmara."

Insegurança jurídica - Izabella Teixeira explicou que a decisão do governo respeita o Congresso Nacional e a democracia, mas era preciso evitar a insegurança jurídica provocada pelo texto da Câmara, a inconstitucionalidade de alguns artigos, a possibilidade de anistia a desmatadores e a agressão a áreas protegidas. A ministra também disse que os órgãos de fiscalização vão acompanhar por imagens de satélites a situação ambiental e, anualmente, disponibilizará essas imagens para a sociedade. Por meio do Exército, o governo deve resgatar imagens desde a década de 1930, para acompanhar o ritmo do desmatamento no País.

Em relação à possibilidade de conversão de multas por desmatamento por compromissos de recuperação das áreas desmatadas, prevista na nova legislação, a ministra disse que este não será um processo automático. "O produtor tem que se inscrever no CAR [Cadastro Ambiental Rural], assinar um termo de compromisso, estabelecer seu programa de recuperação ambiental. Aí, [o governo] suspende a multa, não converte. Tem um efeito suspensivo e o programa de recuperação ambiental dele vai ser acompanhado. Uma vez recuperada a área, o órgão ambiental vai atestar a conversão da multa", explicou Izabella.

APPs - Uma das principais intervenções feitas pela presidente Dilma Rousseff foi a ampliação da faixa que deverá ser reflorestada nas margens de rios em áreas de preservação permanente (APPs). Os produtores rurais terão que recompor entre 5 e 100  metros de vegetação nativa das APPs nas margens dos rios, dependendo do tamanho da propriedade e da largura dos rios que cortam os imóveis rurais.

As novas regras vão substituir o Artigo 61 do código aprovado pela Câmara dos Deputados no fim de abril. O texto só exigia a recuperação da vegetação de APPs ao longo de rios com, no máximo, 10 metros de largura. Não previa nenhuma obrigatoriedade de recuperação dessas áreas nas margens dos rios mais largos. "Fizemos [a mudança] considerando o tamanho da propriedade, a largura de rio, o impacto da regularização no tamanho da propriedade; consideramos os fatores social e ambiental", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao explicar a alteração.

Para imóveis rurais com até 1 módulo fiscal (unidade de área que varia de 5 a 110 hectares, acordo com a região do País), o proprietário terá que recompor na APP uma faixa de 5 metros largura a partir da calha do rio, independentemente do tamanho do curso d'água. Se houver outras APPs na propriedade, a área preservada não poderá ultrapassar 10% da área total do imóvel.

Nas propriedades entre 1 e 2 módulos fiscais, a faixa a ser reflorestada deverá ter 8 metros, qualquer que seja a largura do rio. Nos imóveis rurais entre 2 e 4 módulos fiscais, os proprietários terão que recuperar 15 metros. No caso de imóveis entre 4 e 10 módulos rurais, a largura da recomposição da mata nativa será 20 metros nas APPs ao longo de rios de até 10 metros de largura, e 30 metros a 100 metros nas margens de rios mais largos.

Os grandes proprietários de terras, com imóveis com mais de 10 módulos fiscais, serão obrigados a recompor, no mínimo, faixas de 30  metros de largura nas APPs ao longo de pequenos cursos d'água (com 10 metros de largura) e entre 30  metros e 100 metros nas margens de rios maiores, com mais de 10 metros de largura.

A criação de escalas de recomposição, segundo o governo, vai garantir a maior preservação das margens de rios e beneficiar os pequenos agricultores. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, os principais beneficiados serão os agricultores familiares. "Quem tem menos área de terra vai recompor menos e quem tem mais vai recompor mais APP. Estamos aqui estabelecendo um princípio de justiça, estamos preservando aqueles que produzem alimentos saudáveis, estamos preservando o meio ambiente".

DOU - A íntegra dos vetos ao Código Florestal pode ser lida no Diário Oficial da União disponível no link:  http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=28/05/2012. O texto da MP está no link: http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=10&data=28/05/2012.

(Jornal da Ciência - com Agências de Notícias

Atencao Cidadao: o governo planeja roubar 5pc da sua renda...

Na verdade, o governo planeja roubar -- e vai fazer -- muito mais: perto de 38% nominais -- e provavelmente mais de 50% reais -- da sua renda, a títulos de impostos, taxas, contribuições e extorsões de diversos tipos.
O 5% referido no título é apenas a tolerância do governo com a inflação: como todos os "desenvolvimentistas" de araque e de fancaria, personagens do governo acham que se pode aceitar um pouco mais de inflação para, supostamente, se ter um pouco mais de crescimento e de emprego. Na verdade, como a experiência ensina, sempre se tem apenas perdas inflacionárias -- sobretudo para os pobres --, baixo crescimento e, como não desconfia o governo, mais desigualdade distributiva, já que os pobres não tem como se defender da inflação.
O governo sempre canta bravatas, fala muito e faz pouco, quase nada, em termos de reformas e ajustes; sempre quer estimular o crédito, o consumo, o investimento, e na verdade acaba criando bolhas que vão explodir mais adiante, como essa do estímulo -- já é o segundo ou terceiro, desse governo -- às montadoras, como se o problema do brasileiro fosse comprar carro.
O post abaixo, do economista do Ipea Mansueto Almeida, explica muito bem todas as falácias do discurso governamental.
Paulo Roberto de Almeida 

Entrevista do Ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu uma interessante entrevista ao jornal folha de São Paulo neste final de semana (clique aqui). Tenho dúvidas quanto a algumas declarações do ministro e destaco três passagens da entrevista.
1) DEMANDA SEM FÔLEGO: “Acho isso quase uma piada. O endividamento das famílias brasileiras é dos menores do mundo. Sabe qual é o comprometimento de orçamento das famílias brasileiras [com o pagamento de dívidas]? Em torno de 20% a 22%. Sabe quanto é nos Estados Unidos? Na maioria dos países, é acima de 80%. Nós somos o lanterninha em termos de endividamento.”
Não é possível que uma família gaste 80% da sua renda com o serviço da dívida. Na verdade, o gasto com juros de uma família americana refere-se ao serviço da dívida com financiamento habitacional que alcança 31,5% da renda das famílias (clique aqui). E no caso de financiamento habitacional, esse tipo de divida está atrelada a um ativo que, em épocas normais, se valorizava ao longo do tempo.
Isso é bem diferente das pessoas se endividarem para comprar um carro que tem uma elevada depreciação e, a depender dos juros e da entrada na compra do veículo, em pouco tempo você pode acabar com uma dívida maior do que o valor do bem financiado.
Neste domingo o jornal Estado de São Paulo fez uma matéria sobre esse assunto baseado em estudo da MB Associados que mostra que o comprometimento com o serviços da dívida das famílias de baixa renda já é próximo de 30% da renda familiar e que, em muitos casos, essas dívidas foram contraidas para financiar a compra de um carro novo, que depois é vendido a preço de banana.
Ao que parece, o Ministro da Fazenda acredita que o espaço para aumentar o consumo via crédito ainda é enorme e por isso a cruzada para os bancos emprestarem mais à qualquer custo. Seria bom as pessoas lembrarem que, se não conseguirem pagar a escola dos filhos ou seus gastos com comida e vestuário porque compraram um carro novo, o Ministro da Fazenda não vai pagar a conta.
2) PLANO B PARA CRISE: “Nós temos todos os instrumentos para neutralizar…… A situação fiscal é melhor que em 2008. Temos já a expertise. Aprendemos em 2008 e 2009. Ali, a gente estava começando. Então, às vezes, demorava um mês, dois, para bolar uma medida. Agora somos muito rápidos.”
Isso, infelizmente, não é verdade e economistas do governo por diversas ocasiões já desmentiram essa tese do ministro. A situação fiscal de 2008 era muito melhor do que a situação fiscal atual. Em 2008, por exemplo, a despesa primária teve uma redução de 0,7 ponto do PIB (passou de 17,12% do PIB em 2007 para 16,42% do PIB em 2008), apesar do crescimento do investimento público de 0,82% para 0,93% do PIB.
O ano de 2008 foi um ano no qual a despesa de pessoal, previdência, gastos com subsídios e outras despesas de custeio caíram em relação ao PIB. A folga fiscal foi tão grande que o governo capitalizou o Fundo Soberano com R$ 14,2 bilhões, aumentou o investimento e ainda cumpriu o primário cheio. Adicionalmente, ao contrário de 2011, a arrecadação federal cresceu apenas 0,38 ponto do PIB e a receita líquida do Tesouro Nacional foi levemente reduzida.
Nada disso vale para 2011-2012. Quando se tem o cuidado de retirar a receita e despesa decorrente do processo de capitalização da Petrobras, o famoso truque contábil de 2010, a arrecadação federal passou de 22,41%, em 2010, para 23,91% do PIB em 2011; crescimento de 1,49 pontos do PIB. Infelizmente, esse crescimento tão forte da arrecadação não se transformou em um crescimento do investimento público, apesar de, recentemente, o Tesouro Nacional ter revisado o dado de investimento público de 2010 e 2011 (diminuiu o investimento de 2010 e aumentou o de 2011). Mas mesmo com essa revisão, a expansão do investimento público foi pequena (0,10 ponto do PIB) frente ao crescimento da receita.
Por fim, para aqueles que não se lembram, no inicio de 2008, o estoque dos empréstimos do Tesouro Nacional para o BNDES era de menos de R$ 10 bilhões. Esse valor, em fevereiro deste ano, já era de R$ 311 bilhões; o que significa que, ao contrário do que afirma ministro, o poder de fogo do governo federal pela via da expansão dos empréstimos do Tesouro para o BNDES também é mais limitado.
3) INFLAÇÃO EM 2012: Será menor que a do ano passado. Por enquanto, está na casa do 5,2%, 5,1%. No ano passado, foi 6,5%. Se ficar onde está, fica bom para nós.
O que significa esta frase do ministro que “se ficar onde está, fica bom para nós?” Acho que agora está claro que o governo não tem intenção de perseguir mais o centro da meta (4,5%). Para o governo, parece que uma inflação de 5% ou mesmo 5,5% ao ano não faz muita diferença. Resta saber se o Banco Central pensa igual ao governo federal.
Em resumo, não acho que haja espaço para o crescimento do crédito ao consumidor como o ministro fala (olhem o trabalho da MB Associados), a questão fiscal hoje é pior que em 2008 e o saldo dos empréstimos do  Tesouro ao BNDES já é muito elevado. Tudo isso significa que, mesmo com a recupearação do crescimento do PIB no próximo ano, o nosso ritmo de crescimento mudou de patamar (para baixo).

Historia Economica: Seminario na USP

HISTORIA ECONOMICA: Balanços e perspectivas
USP- Depto. de História

Data do Evento: 
ter, 29/05/2012 - 14:00 - 21:30
qua, 30/05/2012 - 14:00 - 21:30
qui, 31/05/2012 - 14:00 - 21:30
sex, 01/06/2012 - 14:00 - 21:30
29/05 | TERÇA-FEIRA
14h00 - Abertura
Mesa Redonda 1- Pós-Graduação e História Econômica
Prof. Dr. Carlos Fico (UFRJ | CAPES)
Prof. Dr. Ângelo Alves Carrara (UFJF)
Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
Prof. Dr. Rodrigo Ricupero (FFLCH-USP)
16h00 - 17h45  - Seminários Temáticos (1-5)
18h00 - 19h30  - Conferência 1
História Econômica: memória de um convívio meio secular.
Prof. Dr. José Jobson de Andrade Arruda (FFLCH-USP)
30/05 | QUARTA-FEIRA
14h00 - Reunião dos alunos com a Coordenação do Programa de Pós-Graduação em  História Econômica.
           
16h00 - 17h45 - Seminários Temáticos (6-10)
18h00 - 19h30 - Conferência 2
História Econômica e Marxismo
Prof. Dr. Jorge  Grespan (FFLCH-USP)


31/05 | QUINTA-FEIRA
14h00 - Mesa Redonda 2 - História Econômica e Marxismo no
Brasil
Profa. Dra. Marisa Midori Daecto (ECA-USP)
Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco (FFLCH-USP)
Prof. Dr. Luiz Bernardo Pericás (IEB-USP)
16h00 - 17h45  - Seminários Temáticos (11-15)
18h00 - 19h30 - Conferência 3
Economia e História Econômica
Prof. Dr. Flavio Azevedo Marques Saes (FEA-USP)
01/06 | SEXTA-FEIRA
14h00 - Mesa redonda 3 - Economia e Demografia da escravidão
Prof. Dr. José Flávio Motta (FEA-USP)
Prof. Dr. Rafael de Bivar Marquese (FFLCH-USP)
Prof. Dr. Horácio Gutierrez  (FFLCH-USP)
    
16h00 - 17h45 - Seminários Temáticos (16-20)
18h00 - 19h30 - Conferência de Encerramento
História Econômica e interpretação econômica da História
Prof. Dr. Fernando Antônio Novais (FFLCH-USP)
SEMINÁRIOS TEMÁTICOS
29/05 | 16:00-17:45
MESA 1 - Mundo urbano e vida material
Coordenação: Prof. Dr. Alexandre Macchione Saes
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Flávia de Matos Rodrigues
Na contramão de um plano: ambulantes na década de 30.
Jeansley Charlles de Lima
Regulação e controle: as relações de trabalho na estrutura ocupacional da cidade do Rio de Janeiro (1880-1910).
Joana de Moraes Monteleone
As modistas cariocas e as novas profissões femininas ligadas à moda.
Márcia Cristina Lacerda Ribeiro
A organização espacial da cidade grega antiga através das tragédias.
Helena Wakin Moreno
Luanda entre o Atlântico e o Kwanza: a circulação e as idéias de uma cidade em transformação (1890 – 1901).
MESA 2 - Economia e administração Colonial I
Coordenação: Prof. Dr. Maximiliano Mac Menz (UNIFESP)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 2
Fernando Victor Aguiar Ribeiro
Semeando vilas no sertão: a produção historiográfica sobre os municípios criados a oeste de São Paulo (1560-1765).
Juliana da Silva Henrique
Feira de Capoame e a pecuária nos sertões baianos  (século XVIII).
Thiago Alves Dias
O governo das anexas: administração e economia nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil.
Tiago Kramer de Oliveira
O centro da América do sul em velhos mapas:  notas de pesquisa sobre a ruralidade nas minas do Cuiabá.
MESA 3 - Economia e população no interior do Brasil
Coordenação: Profa. Dra. Suely Robles Reis de Queirós
DH - Sala 12
Carlos Eduardo Rovaron
Trabalho comparativo: a produção rural sul mineira na zona de fronteira com o Rio de Janeiro e na zona de fronteira com São Paulo – primeira metade do séc.XIX.
Enrique Duarte Romero
Os movimentos da economia corumbaense de 1870 a 1914.
Fernando Antonio Alves da Costa
Riqueza e população em Santa Rita do Turvo/MG na segunda metade do XIX.
Reinaldo Benedito Nishikawa
Colônias no Paraná - o mercado interno na província (1854-1874).
MESA 4 - Trabalho e indústria na primeira metade do século XX
Coordenação: Prof. Dr. Paulo César Gonçalves (UNESP)
DH - Sala 21
Joimar Castro Menezes
Importações e industrialização no Brasil durante a Primeira Guerra Mundial.
Marcelo Freitas Soares de Moraes Cruz
Formação do mercado de trabalho e classe operária em São Paulo e no Rio de Janeiro - 1880-1920.
Ramatis Jacino
A inserção do negro no mercado de trabalho em São Paulo – 1912/1920.
Gilmar Machado de Almeida
Os rios na linha de montagem: o abastecimento de água e a indústria elétrica nas primeiras décadas do século XX.
Yuri Martins Fontes
Contribuições à metodologia dialética: Mariátegui e Caio Prado na formação da filosofia latino-americana contemporânea.
MESA 5 - Política e Economia no Brasil Contemporâneo
Coordenação: Profa. Dra. Luciana Suarez Lopes
DH - Sala de Vídeo
Danilo Barolo Martins de Lima
Um estudo sobre elites políticas, idéias econômicas e a conformação de grupos de interesse - O caso do Tratado Brasil-EUA, 1935.
Danilo José Dalio
Conflitos políticos e integração regional: o Brasil frente ao Pacto ABC e à ALALC.
Israel da Silva Luz
Regulação e controle: as relações de trabalho na estrutura ocupacional da cidade do Rio de Janeiro (1880-1910).
Adalberto Coutinho de Araújo Neto
As propostas de políticas públicas para a educação dos socialistas tenentistas.
30/05 | 16:00-17:45
MESA 6 - Comércio e redes mercantis no Mundo Ibérico
Coordenação:  Prof. Dr. Pedro Luís Puntoni
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Alexandra Maria Pereira
Por entre as Minas e a Corte: Apontamentos da pesquisa acerca da trajetória do Homem de Negócios Jorge Pinto de Azeredo.
Ana Hutz
Redes comerciais cristãs novas no Brasil durante o reinado de Filipe III.
Diego de Cambraia Martins
O tráfico de escravos em Bissau e a dinâmica da economia atlântica portuguesa (1756-1808).
Idelma Aparecida Ferreira Novais
A Mesa de Inspeção do Açúcar e Tabaco da Bahia (1751-1808).
MESA 7 - Cotidiano e escravidão no século XIX
Coordenação: Profa. Dra. Suely Robles Reis de Queirós
DH - Sala de Vídeo
Cleyton Rodrigues dos Santos
Sociabilidade e relações sociais: a complexidade do quotidiano nos anos finais do escravismo em Rio Claro.
Eduardo José Vieira
O Município de Lavras-MG nas décadas finais do Regime Escravista (1870-1879).
Marcelo Loyola de Andrade
Alforrias na expansão da lavoura cacaueira, Ilhéus (BA), 1810-1848.
Régia Agostinho da Silva
“A mente, essa ninguém pode escravizar”:  Maria Firmina dos Reis e a escravidão no Maranhão na segunda metade do século XIX.
Breno Matrangolo
Práticas Fúnebres e formas de bem morrer na cidade de São Paulo (1800-1859).
MESA 8 - Sociedade, política e intelectuais na primeira metade do século XX
Coordenação:  Profa. Dra. Marisa Midori Daecto
DH - Sala 19
Apoena Canuto Cosenza
O papel organizativo dos Jornais do Partido Comunista Brasileiro de 1922 a 1935.
Julio Lucchesi Moraes
A autonomia deslocada: reflexões econômicas sobre os conceitos de 'autonomia da arte' e de 'gênio criador' e cultura brasileira.
Katya dos Santos Schmitt Parcianello
Sistema colonial, sentido da colonização e mercado interno no pensamento de Caio Prado Junior.
Rafael Del'Omo Filho
LCI: Uma concepção original do desenvolvimento histórico brasileiro.
MESA 9 - Economia no mundo contemporâneo ( Séculos XX e XXI)
Coordenação: Prof. Dr. Lucas Jannoni Soares (FACAMP)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 2
Andreia Lopes da Costa
As reformas islâmicas do sistema bancário e financeiro paquistanês no período entre 1977-1988.
José Roberto Barsotti Baldin
A evolução do capital imobiliário nacional no setor de shopping centers a partir dos anos de 1980.
Maria de Fatima Silva do Carmo Previdelli
Vinte anos de inserção da Economia Portuguesa na Comunidade Econômica Europeia (1986-2005).
MESA 10 - Política, trabalho e economia no final do século XIX
Coordenação: Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
DH - Sala de Qualificação
Alex Hagiwara
Floriano Peixoto e a "grande imprensa": o Brasil nos anos iniciais da República (1891-1895).
Roberta Barros Meira
Ensejo de esperanças animadoras: a realidade criada pela lei 2687.
Rosa Guadalupe Soares Udaeta
A Hospedaria de Imigrantes (ou Migrantes?) do Campo da Luz.
Vinícius de Bragança Müller e Oliveira
Educação e Economia: Diferenças regionais (São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco), 1850-1930.
31/05 | 16:00-17:45
MESA 11 - Política e economia no Brasil Imperial
Coordenação: Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
DH - Sala 19
Hernán Enrique Lara Sáez
O Tonel das Danaides: um breve estudo sobre as decisões polítcas sobre a moeda e os bancos entre 1850 e 1866.
José Tadeu de Almeida
Crises monetárias e sociais na gestão do Padrão-ouro em Portugal e Brasil no século XIX:  uma perspectiva comparada.
Natalia Tammone
Estados unidos, Portugal e  Brasil em uma época  de transição: continuidade e inovação (1783-1824).
Vitor Marcos Gregório
A criação de províncias no Brasil Império: um balanço da pesquisa.
MESA 12 - São Paulo na economia cafeeira
Coordenação:  Prof. Dr. Alexandre Barbosa
DH - Sala 21
Fábio Rogério Cassimiro Correa
Os Bancos de Custeio Rural e o crédito agrícola em São Paulo (1906-1914).
Fernando Antonio Abrahão
Padrões de riqueza e mobilidade social na economia cafeeira: Campinas: 1870-1940.
Paulo Roberto de Oliveira
São Paulo e suas economias externas na Primeira República.
Rodrigo Fontanari
Contornando o problema do financiamento: um “crédito multifacetado e de vizinhança” na economia cafeeira paulista (1889-1914).
MESA 13 - Teoria e conceitos na obra de Marx
Coordenação: Prof. Dr. Ruy Braga (FFLCH-DS)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Ana Paula Salviatti Bonuccelli
As reificações contemporâneas do capital. Modo de Produção e Forças produtivas sob a lógica do capital.
Bruno Hofig
Necessidade e contingência em O Capital: contribuição à apreensão científica de um objeto histórico.
Caio Graco Valle Cobério
Tópicos de Investigação sobre o Capitalismo Monopolista:Proposta metodológica elementar para a construção de um modelo histórico.
Vera Aguiar Cotrim
Trabalho complexo e produção capitalista em Karl Marx.
MESA 14 - Economia e vida material no Império Português
Coordenação:  Dra. Profa. Dra. Avanete Pereira  Sousa (UESB)
DH - Sala de Vídeo
Claudia Coimbra do Espírito Santo
A alma é o segredo no negócio: poder, religião, direito e economia no Império Português (1735-1808).
Igor Renato Machado de Lima
Família, vida material e povoamento na formação da Capitania de São Vicente.
Pablo Oller Mont Serrath
Contabilidade do Império Português: o Erário Régio.
Rafael da Silva Coelho
Moeda e sistema colonial no Brasil no final do século XVII
MESA 15 - Juventude: trabalho e educação
Coordenação: Prof. Dr. Horácio Gutiérrez
DH - Sala 12
Antero Maximiliano Dias dos Reis
Juventudes trabalhadoras frente a desregulamentação das relações de trabalho (Florianópolis, 1980-1990).
Cristiano José Pereira
Memória respeitada em arquivo organizado: jovens trabalhadores sindicalizados (1951-1973) da fábrica de louças “Santo Eugênio”, em São José dos Campos-SP.
Eduardo Januário
Finaciamento Educacional no Estado de São Paulo 1986-1994: Uma análise quantitative.
01/06 | 16:00-17:45
MESA 16 - Economia e administração colonial II
Coordenação: Profa. Dra. Avanete Pereira  Sousa (UESB)
DH - Sala de Vídeo
Bruno Aidar
O fim do estanco do sal e a arquitetura de poderes na capitania de São Paulo, c.1790-1808.
Lorena Leite
As Disputas na Fronteira Sul da América: a Colônia do Sacramento e o Tratado de Santo Ildefonso de 1777.
Patrícia Valim
José Pires de Carvalho e Albuquerque, Secretário de Estado e Governo do Brasil: poder, elites e contestação na Bahia de 1798.
Ronaldo Capel
O governo Bernardo José de Lorena: agricultura, economia e sociedade na capitania de São Paulo (1788-1797).
MESA 17 - Política e projetos econômicos
Coordenação: Prof. Dr. Renato Perim Colistete
DH - Sala 10
Adriana Gilioli Citino
Ecos da doutrina social no mundo do trabalho: Brasil 1937-1967.
Ailton Laurentino Caris Fagundes
Os militares e os economistas do regime.
Fernando Furquim de Camargo
A Guerra Civil Espanhola e as ações econômicas de Brasil e Estados Unidos (1936-1939).
Silvia de Bernardinis
O programa econômico do Partido Comunista Italiano na década de 1950.
MESA 18 - Indústria e obras públicas na virada do século XIX para o século XX
Coordenação: Profa. Dra. Raquel Glezer
DH - Sala Caio Prado Junior
Guilherme Carra Makowsky
Os trens sem trilhos: a construção da estrada de ferro norte de São Paulo – 1874 - 1931.
Natália Maria Salla
Apontamentos sobre a indústria cerâmica em São Paulo (1890-1930).
Renata Cipolli d’Arbo
Projeto de pesquisa sobre o desenvolvimento tecnológico e produtividade na agricultura de São Paulo: Ribeirão Preto, 1875-1920.
MESA 19 - Economia na América Latina contemporânea
Coordenação: Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco
DH - Sala 21
Ana Carolina Ramos e Silva
A questão agrária na Colômbia: expansão capitalista e conflitos sociais (1974-1986).
Flávio Benedito
A evolução econômica venezuelana nos anos de Hugo Chávez (1999-2011).
Nelson Alves Caetano
Expansão Econômica Brasileira (2001-2010).
MESA 20 - Intelectuais e pensamento econômico
Coordenação: Profa. Dra. Ana Luiza Marques Bastos (Cátedra Jaime Cortesão)
DH - Sala Nelson Wernek Sodré
Cristiano Addario de Abreu
Rangel e Braudel: similitudes de análise econômica entre dois pensadores contemporâneos.
Leandro Vizin Villarino
“Governamentalidade” e “liberalismo” como categorias de análise histórica em Foucault.
Luiz Felipe Bruzzi Curi
Roberto Simonsen, Wladimir Woytinsky e o período entreguerras: elementos de questionamento à ortodoxia.
Roberto Pereira Silva
Duas respostas à Controvérsia dos Métodos: Alfred Marshall e Max Weber.
Bruno  Vilagra
Manuel Joaquim Rebelo: horizontalidade funcional da divisão do trabalho.