Correio do Brasil, 21/1/2013 11:59
Por Redação, com ACS - de São Paulo
Lula realizou a
abertura do encontro entre intelectuais e autoridades latino-americanas na sede
de seu instituto
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve, nesta segunda-feira,
uma série de encontros com 30 intelectuais sul-americanos na busca por caminhos
progressistas para o desenvolvimento e integração da América Latina, numa
atividade promovido pelo Instituto Lula. Segundo o ex-ministro Luiz
Dulci, diretor da instituição, “o objetivo deste encontro é identificar uma
agenda prática de reflexão, mas também de ação. Definir um plano de trabalho
para o desenvolvimento e a integração da América Latina”. Dulci também coordena
a Iniciativa América Latina, que junto com a Iniciativa África e o Memorial da
Democracia formam os três eixos de trabalho do Instituto Lula.
O seminário,
restrito a convidados, reúne intelectuais do Brasil e de oito países
sul-americanos. Entre os estrangeiros confirmados estão Aldo Ferrer, que já
ocupou os cargos de ministro da Economia e da Fazenda da Argentina e é o atual
embaixador do país na França; o senador uruguaio Alberto Couriel; Lara Castro,
ex-ministro das Relações Exteriores do Paraguai no governo Fernando Lugo;
Carlos Ominami, ex-ministro da Economia do Chile; Luis Maira, ex-ministro de
Planejamento e Cooperação do Chile; Salomon Lerner, ex-primeiro ministro do
Peru e Moira Paz Estenssoro, ex-senadora boliviana. Os brasileiros confirmados
são o ministro Celso Amorim, Luciano Coutinho, presidente do BNDES, Marco
Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República, Samuel Pinheiro
Guimarães, Antônio Prado, Emir Sader, Márcio Pochmann, presidente da Fundação
Perseu Abramo, José Gomes Temporão, Wanderley Guilherme dos Santos, Theotonio
dos Santos, Ricardo Carneiro, Ingrid Sarti, entre outros.
Este é o
segundo encontro de uma série de três reuniões programadas pelo Instituto Lula
dentro da Iniciativa América Latina. Em agosto do ano passado, o Instituto
reuniu organizações sociais para debater a integração. O terceiro
evento será um encontro com empresários da região.
– A América
Latina deu um salto na última década, com os governos progressistas. A
democracia virou regra, a região toda cresceu, e houve avanços sociais tanto na
redução da pobreza quanto na redução da desigualdade. Essa sintonia permitiu
também um avanço na integração. Além do Mercosul, foram criadas a Unasul e a
Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos). Nossa ideia é
que esse processo pode e deve continuar avançando, com um planejamento
estratégico – avalia Luiz Dulci.
Representantes
do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), da Comissão Econômica para a
América Latina e Caribe (Cepal), da Unasul e da Corporação Andina de Fomento
(CAF) estarão presentes e anteciparam que esses órgãos têm interesse em que
essa discussão seja aprofundada tendo em vista objetivos práticos de ação. Após
a série de debates, o Instituto Lula vai apresentar os resultados para os
governos nacionais, instituições multilaterais e outros atores econômicos,
políticos e sociais da América Latina.
Programação
do evento
Abertura: Luiz
Inácio Lula da Silva
Mesa 1: As
transformações da América Latina na última década no contexto global
Marco Aurélio Garcia e Aldo Ferrer
Marco Aurélio Garcia e Aldo Ferrer
Mesa 2: A
integração regional: estágio atual e desafios
Celso Amorim e Luis Maira
Celso Amorim e Luis Maira
Mesa 3:
Prioridades para uma agenda comum de trabalho
Luiz Dulci e Gerardo Caetano
Participantes Brasileiros
Luiz Dulci e Gerardo Caetano
Participantes Brasileiros
Celso Amorim
– Ministro da Defesa
Luciano Coutinho – Presidente do BNDES
Marco Aurélio Garcia – Assessor especial da Presidência da República
Ricardo Carneiro – Diretor-executivo do Banco Interamericano do Desenvolvimento
Antônio Prado – Secretário-executivo Adjunto da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe)
Márcio Pochmann – Presidente da Fundação Perseu Abramo
Pablo Gentili – Clacso (Conselho Latino Americano de Ciências Sociais)
José Gomes Temporão – Coordenador-executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde da UNASUL
Marilena Chauí – Professora da Universidade de São Paulo
Wanderley Guilherme dos Santos – professor Universidade Cândido Mendes
Theotonio dos Santos – Professor da UFRJ
Samuel Pinheiro Guimarães
Emir Sader – professor da UERJ
Ingrid Sarti – Professora da UFRJ e presidente do Fórum das Universidades do Mercosul
Marcos Costa Lima – Professor da UFPE
Luciano Coutinho – Presidente do BNDES
Marco Aurélio Garcia – Assessor especial da Presidência da República
Ricardo Carneiro – Diretor-executivo do Banco Interamericano do Desenvolvimento
Antônio Prado – Secretário-executivo Adjunto da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe)
Márcio Pochmann – Presidente da Fundação Perseu Abramo
Pablo Gentili – Clacso (Conselho Latino Americano de Ciências Sociais)
José Gomes Temporão – Coordenador-executivo do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde da UNASUL
Marilena Chauí – Professora da Universidade de São Paulo
Wanderley Guilherme dos Santos – professor Universidade Cândido Mendes
Theotonio dos Santos – Professor da UFRJ
Samuel Pinheiro Guimarães
Emir Sader – professor da UERJ
Ingrid Sarti – Professora da UFRJ e presidente do Fórum das Universidades do Mercosul
Marcos Costa Lima – Professor da UFPE
Participantes
Internacionais
Argentina
Aldo Ferrer – Embaixador na França
Horácio Gonzales – Diretor Geral da Biblioteca Nacional
Bernardo Kosacoff – economista
Aldo Ferrer – Embaixador na França
Horácio Gonzales – Diretor Geral da Biblioteca Nacional
Bernardo Kosacoff – economista
Uruguai
Alberto Curiel – Senador
Álvaro Padron – Fundação Friedrich Ebert
Christian Mirza – Diretor Geral do Instituto Social do Mercosul
Alberto Curiel – Senador
Álvaro Padron – Fundação Friedrich Ebert
Christian Mirza – Diretor Geral do Instituto Social do Mercosul
Paraguai
Jorge Lara Castro – Ex-chanceler
Gustavo Codas – Ex-presidente da Itaipu Binacional
Jorge Lara Castro – Ex-chanceler
Gustavo Codas – Ex-presidente da Itaipu Binacional
Venezuela
Ana Maria Sanjuan – Universidad Central de Venezuela
Ana Maria Sanjuan – Universidad Central de Venezuela
Chile
Carlos Ominami – Ex-ministro da Economia
Luis Maira – Ex-ministro do Planejamento
Carlos Ominami – Ex-ministro da Economia
Luis Maira – Ex-ministro do Planejamento
Colômbia
Gustavo Petro – Prefeito de Bogotá
Gustavo Petro – Prefeito de Bogotá
Equador
Enrique Ayla Mora – Reitor da Universidade Simon Bolívar
Enrique Ayla Mora – Reitor da Universidade Simon Bolívar
Peru
Salomón Lerner – Ex- primeiro-ministro
Salomón Lerner – Ex- primeiro-ministro
Bolívia
Ivonne Farah – Universidad Mayor de San Andrés
Moira Paz Estenssoro – Corporação Andina de Fomento
Ivonne Farah – Universidad Mayor de San Andrés
Moira Paz Estenssoro – Corporação Andina de Fomento
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Site do PSDB:
18/ 01/ 2013 às 16:37
Brasília – Dois pesos,
duas medidas. É assim que o governo brasileiro trata sua política externa.
Quando o então presidente Fernando Lugo foi deposto do poder em junho de 2012
pelo Senado do Paraguai sob a justificativa de que o mandatário apresentava
“fraco desempenho de suas funções”, a presidente Dilma Rousseff condenou o
ocorrido e o Brasil promoveu a suspensão do país do Mercosul, medida que possibilitou
a inclusão da Venezuela no bloco.
Agora, com a
polêmica sobre a permanência de Hugo Chávez na presidência venezuelana, mesmo
internado em Cuba tratando de um grave câncer, o ministro de Relações
Exteriores do Brasil, Antonio Patriota afirma que é a população daquele país
que deve decidir qual caminho tomar.
“A luta pelo
poder ocorre em todos os cenários, mas o importante é que ela ocorra
respeitando a lei e os preceitos que cada país estabelece. Confiamos que a
situação, seja qual for seu resultado, evolua de acordo com a
institucionalidade com o mínimo de sobressaltos para que a sociedade
venezuelana possa se reorganizar no prazo mínimo”, disse Patriota em entrevista
ao jornal O Globo.
O
vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, ressalta a maneira dúbia com
que o Brasil se relaciona com países, de acordo com a situação. “É uma
contradição do governo que, quando lhe interessa, defende autodeterminação e
quando não, interfere criticando as decisões. É só mais uma demonstração da forma
leviana com a qual a política externa é tratada”, diz.
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De joelhos para o Apedeuta
Reinaldo Azevedo, 21/01/2013
Depois de Luiz Inácio Lula da Silva submeter Fernando Haddad, o prefeito Coxinha de São Paulo, a uma humilhação, dando-lhe uma aula, e a seus secretários, de governança, chegou a vez de o Apedeuta dizer a Dilma Rousseff como se dança o baião. E ele faz isso hoje, num seminário promovido pelo instituto que leva o seu nome. O Apedeuta comanda um encontro sobre política externa que reúne, entre outros, o ministro da Defesa, Celso Amorim; o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Os intelectuais petistas, este delicioso oximoro, estarão no gargarejo. Há ainda alguns convidados estrangeiros. A grande estrela do evento, e nem poderia ser diferente, é o próprio Lula.
É evidente que se trata de mais um despropósito deste senhor. Não por acaso, um dos destaques do encontro deve ser Amorim, que agora está na Defesa, depois de liderar o Itamaraty nos oito anos de governo do Babalorixá de Banânia. Tornou-se um lulista fanático. O antes diplomata de carreira fez-se político e acabou se filiando ao PT. Nas conversas que mantém, também ele gosta de exaltar sua origem humilde. Não para emular com o chefe, que isso não pode!, mas para ser digno…
Amorim é o principal responsável por uma das políticas externas mais asquerosas de nossa história. Sob sua gestão, o estado brasileiro evitou condenar na ONU alguns notórios carniceiros, mas votou sistematicamente contra Israel, por exemplo, que é uma democracia — sob ataque cotidiano, destaque-se. Foi sob o seu comando que o governo brasileiro tentou aquele estupefaciente acordo com o Irã, lembram-se? A coisa foi tão patética que até os iranianos tiveram de vir a público para anunciar que não existia entendimento nos termos alardeados pelo Itamaraty. Não! O Ministério das Relações Exteriores não mudou muito com a saída de Amorim. Em muitos aspectos, até piorou. É que se instituiu por lá uma cultura…
Pois bem: agora titular da Defesa, Amorim vai para o seminário para receber algumas instruções do Iluminado. Lula até poderia fazê-lo privadamente, mas isso não deixaria claro, como ele pretende, quem, afinal de contas, está no comando da máquina partidária, que vai tocar a campanha de Dilma à reeleição. Amorim pode não saber a diferença entre um tanque de guerra e um punho de renda, mas é o ministro da Defesa. Formalmente, é o chefe dos comandantes militares. Isso significa render nada menos do que as Forças Armadas a um líder de facção.
Alguém pode imaginar o Secretário de Defesa dos EUA, por exemplo, a participar de um seminário, como aprendiz, de um chefete partidário? Não nos damos conta do absurdo da situação — desta ou do evento ocorrido em São Paulo — porque ele já começa a fazer parte da rotina, já começa a ser um nosso conviva.
Não menos intrigante é a presença de Luciano Coutinho, presidente do BNDES, num encontro dessa natureza. Por quê? Coutinho é o hoje o todo-poderoso de uma instituição que tem sido o esteio do, como chamarei?, “modo de produção petista”. Se a Petrobras já foi a grande caixa-preta do país — não quer dizer que tenha se tornado mais transparente —, o BNDES lhe tomou o lugar. O banco tem sido usado não como fonte de fomento do desenvolvimento, mas como instrumento de gestão. E com o resultado — péssimo! — conhecido. Não é preciso ser muito bidu para constatar que o banco é ambém um instrumento de cooptação daquilo que Lula chamava antigamente “a Dona Zelite”.
Conspiração?
Estaria eu aqui a sugerir alguma conspiração entre Lula, Amorim, Coutinho e outros que vão lá babar na gravata? Besteira! A questão é de outra natureza. Trata-se de saber quem governa o país: as instituições ou um ente de razão que se situa acima das leis e à margem do estado. Se o BNDES e, na prática, as Forças Armadas vão lá prestar vassalagem a Lula, quem não vai?
A busílis, obviamente, é político e cobra, como tantos outros, uma resposta da oposição — daqueles que falam em seu nome. Mas também isso será deixado de lado, como todo o resto. “Que mal há em participar de uma seminário, afinal de contas?”, vão se indagar alguns. A oposição, como vocês sabem, se prepara para atuar na hora certa, que é… quando mesmo???
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De joelhos para o Apedeuta
Reinaldo Azevedo, 21/01/2013
Depois de Luiz Inácio Lula da Silva submeter Fernando Haddad, o prefeito Coxinha de São Paulo, a uma humilhação, dando-lhe uma aula, e a seus secretários, de governança, chegou a vez de o Apedeuta dizer a Dilma Rousseff como se dança o baião. E ele faz isso hoje, num seminário promovido pelo instituto que leva o seu nome. O Apedeuta comanda um encontro sobre política externa que reúne, entre outros, o ministro da Defesa, Celso Amorim; o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Os intelectuais petistas, este delicioso oximoro, estarão no gargarejo. Há ainda alguns convidados estrangeiros. A grande estrela do evento, e nem poderia ser diferente, é o próprio Lula.
É evidente que se trata de mais um despropósito deste senhor. Não por acaso, um dos destaques do encontro deve ser Amorim, que agora está na Defesa, depois de liderar o Itamaraty nos oito anos de governo do Babalorixá de Banânia. Tornou-se um lulista fanático. O antes diplomata de carreira fez-se político e acabou se filiando ao PT. Nas conversas que mantém, também ele gosta de exaltar sua origem humilde. Não para emular com o chefe, que isso não pode!, mas para ser digno…
Amorim é o principal responsável por uma das políticas externas mais asquerosas de nossa história. Sob sua gestão, o estado brasileiro evitou condenar na ONU alguns notórios carniceiros, mas votou sistematicamente contra Israel, por exemplo, que é uma democracia — sob ataque cotidiano, destaque-se. Foi sob o seu comando que o governo brasileiro tentou aquele estupefaciente acordo com o Irã, lembram-se? A coisa foi tão patética que até os iranianos tiveram de vir a público para anunciar que não existia entendimento nos termos alardeados pelo Itamaraty. Não! O Ministério das Relações Exteriores não mudou muito com a saída de Amorim. Em muitos aspectos, até piorou. É que se instituiu por lá uma cultura…
Pois bem: agora titular da Defesa, Amorim vai para o seminário para receber algumas instruções do Iluminado. Lula até poderia fazê-lo privadamente, mas isso não deixaria claro, como ele pretende, quem, afinal de contas, está no comando da máquina partidária, que vai tocar a campanha de Dilma à reeleição. Amorim pode não saber a diferença entre um tanque de guerra e um punho de renda, mas é o ministro da Defesa. Formalmente, é o chefe dos comandantes militares. Isso significa render nada menos do que as Forças Armadas a um líder de facção.
Alguém pode imaginar o Secretário de Defesa dos EUA, por exemplo, a participar de um seminário, como aprendiz, de um chefete partidário? Não nos damos conta do absurdo da situação — desta ou do evento ocorrido em São Paulo — porque ele já começa a fazer parte da rotina, já começa a ser um nosso conviva.
Não menos intrigante é a presença de Luciano Coutinho, presidente do BNDES, num encontro dessa natureza. Por quê? Coutinho é o hoje o todo-poderoso de uma instituição que tem sido o esteio do, como chamarei?, “modo de produção petista”. Se a Petrobras já foi a grande caixa-preta do país — não quer dizer que tenha se tornado mais transparente —, o BNDES lhe tomou o lugar. O banco tem sido usado não como fonte de fomento do desenvolvimento, mas como instrumento de gestão. E com o resultado — péssimo! — conhecido. Não é preciso ser muito bidu para constatar que o banco é ambém um instrumento de cooptação daquilo que Lula chamava antigamente “a Dona Zelite”.
Conspiração?
Estaria eu aqui a sugerir alguma conspiração entre Lula, Amorim, Coutinho e outros que vão lá babar na gravata? Besteira! A questão é de outra natureza. Trata-se de saber quem governa o país: as instituições ou um ente de razão que se situa acima das leis e à margem do estado. Se o BNDES e, na prática, as Forças Armadas vão lá prestar vassalagem a Lula, quem não vai?
A busílis, obviamente, é político e cobra, como tantos outros, uma resposta da oposição — daqueles que falam em seu nome. Mas também isso será deixado de lado, como todo o resto. “Que mal há em participar de uma seminário, afinal de contas?”, vão se indagar alguns. A oposição, como vocês sabem, se prepara para atuar na hora certa, que é… quando mesmo???
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