sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Agricultura brasileira: boas notícias em todas as frentes...

Só podia ser: depois que o Brasil se convenceu (nem todos, ainda tem muitos stalinistas industriais) que é um país essencialmente agrícola, e terminou com as políticas insanas de controle de preços e de estoques (ou seja, anti mercado), ele se tornou a potência agrícola que é, e isso a despeito do MST, de ideólogos da reforma agrária e de um ministério do desenvolvimento agrário dominado por gente que se coloca muitas vezes contra o agronegócio, por puro preconceito político. Mesmo a dominação dos transgênicos é positiva, apesar do catastrofismo irresponsável dos novos malthusianos que são os ecologistas ingênuos.

LEVANTAMENTO. SAFRA DE GRÃOS EM 2012/2013
MAPA (08/02/2013)
SAFRA DE GRÃOS DEVE ATINGIR RECORDE DE 185 MILHÕES DE TONELADAS. A produção brasileira de grãos na safra 2012/13 deve ser de 185 milhões de toneladas. As medidas de apoio do Governo Federal ao setor produtivo contribuirão para o recorde previsto. Aumentou-se o crédito, reduziu-se as taxas de juros e os resultados colhidos não são surpreendentes. Não se espera outra coisa de um setor acostumado a superar seus próprios limites. O valor, se confirmado, será 11,3% superior ao da safra anterior, de 166,17 milhões de toneladas. O percentual representa a maior alta de uma temporada para a outra desde a elevação de 27,2% da safra 2001/02 (96,799 milhões de toneladas) para a de 2002/03 (123,168 milhões de toneladas). A soja será o principal produto em volume, com crescimento previsto de 25,7% e produção estimada em 83,42 milhões de toneladas. Outro destaque deve ser o milho 2ª safra, que também apresentou aumento de 4,6%, passando de 39,1 para 40,9 milhões de toneladas. Se confirmada, essa será a maior safra da cultura, superando a produção do milho 1ª safra – estimada em 35,1 milhões de toneladas.
ÁREA. As culturas de soja e milho também apresentaram os maiores crescimentos em relação à área plantada. No caso da soja, o aumento foi de 10,4%, passando de 25 milhões para 27,6 milhões de hectares. Já o milho 2ª safra teve uma ampliação de área de 8,5%, passando de 7,6 para 8,3 milhões de hectares. Outras culturas também devem ter acréscimos em relação à área, como o amendoim 1ª safra, aveia, canola, cevada e triticale. Como a área total prevista é de 52,98 milhões de hectares, a produtividade deve ser a maior já registrada na história, de 3,5 toneladas por hectare. Os estudos para o levantamento da safra foram realizados no período de 21 a 26 de janeiro. Mais de 60 técnicos da Conab estiveram em campo para atualizar as informações de área, produção e comportamento climático nos estados da região Centro-Sul, em Rondônia e Tocantins, e ainda no oeste da Bahia, sul do Piauí e Maranhão.
PRODUÇÃO NO RS AUMENTA 30% NA SAFRA DE GRÃOS ATUAL. AS REGIÕES NORDESTE E SUL APRESENTAM MAIOR PERCENTUAL DE CRESCIMENTO. O quinto levantamento da safra de grãos 2012/13 aponta crescimento na produção de grãos nas regiões Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. De acordo com a estimativa, as regiões Nordeste e Sul terão maior crescimento percentual dentre outras regiões do País. O Nordeste apresenta alta de 27,7% em relação à temporada anterior, sendo a Bahia o destaque da região, com produção prevista de 7,16 milhões de toneladas na safra 2012/13 (aumento de 13,2% sobre 2011/12). Já o Sul deve apresentar aumento de 20,9%. Estima-se que o Rio Grande do Sul terá a maior alta de produção da região, de 30% sobre a safra passada. O Centro-Oeste aparece nas pesquisas com acréscimo de 5,3%, alcançando a maior produção entre todas as regiões: cerca de 75 milhões de toneladas. A região Norte possui uma perspectiva de crescimento de 7,6%, cujo estado de Tocantins se destaca com alta de 11,6% na produção. A estimativa para o Sudeste permanece estável, com exceção para o estado do Espírito Santo, que aponta um aumento de 5,8% na safra de grãos. A previsão de crescimento anunciada pelo Mapa tem por base, principalmente, a recuperação na produção de culturas nas regiões Sul e Centro-Oeste – que foram prejudicadas na última safra pelas condições climáticas desfavoráveis – e ao acréscimo de 2,6 milhões de hectares na área de soja, e de 8,5% (647,8 mil hectares) no milho segunda safra.

EMBRAPA. FAO. CONSULTORIA CÉLERES. (08/02/2013) – PRODUÇÃO DE TRANSGÊNICOS NO BRASIL
MAPA. IBGE
PELA 1ª VEZ, TRANSGÊNICOS OCUPAM MAIS DA METADE DA ÁREA PLANTADA NO BRASIL. CULTIVOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (GM) ATINGEM 54% DA SAFRA TOTAL A SER COLHIDA NO PAÍS EM 2013. Em 2013, pela primeira vez os cultivos geneticamente modificados devem ultrapassar, em área ocupada, os não transgênicos no Brasil. O total da área plantada com cultivos geneticamente modificadas neste ano chega a 37,1 milhões de hectares, o que representa um aumento de 14% em relação ao ano anterior (que por sua vez, já tinha registrado um aumento de mais de 21% em relação à safra de 2010/2011) - ou seja, 4,6 milhões de novos hectares dedicados a variedades transgênicas. O IBGE prevê, para 2013, uma área recorde dedicada à atividade agrícola no país de 67,7 milhões de hectares. Cruzando o dado do IBGE com o da consultoria Céleres, chega-se à conclusão de que os transgênicos responderão por 54,8% de toda a área cultivada na safra 2012/2013 no país. No ano passado, as lavouras transgênicas cobriram 31,8 milhões de hectares (segundo a Céleres) e a safra total (incluindo transgênicos e não transgênicos) atingiu 63,7 milhões de hectares (segundo o IBGE), ou seja, as lavouras não transgênicas ainda ocupavam uma área maior que as transgênicas. Esse avanço impressiona, ainda mais considerando-se que há cinco anos, segundo a Céleres, o cultivo total com transgênicos no país era de apenas 1,2 milhão de hectares.
SOJA É A GRANDE ESTRELA DOS CULTIVOS TRANGÊNICOS. A grande estrela nessa façanha é a soja modificada, tolerante a herbicidas - uma das cinco variantes aprovadas no país também é resistente a insetos. Seu cultivo foi autorizado pela CTNBio em 1998, mas liberado apenas em 2004, quando já vinha sendo plantada ilegalmente havia anos. Já em 2012 ela respondia por 85% de toda a soja plantada no país, ocupando mais de 21 milhões de hectares. A previsão para 2013 da Céleres é de que a proporção da soja transgênica suba para 88,8%, equivalente a uma área de 24,4 milhões de hectares, de longe, a maior dedicada a cultivares transgênicos no país. Nos Estados Unidos, 94% dos feijões de soja colhidos nos EUA em 2011 eram transgênicos, o mesmo pode ser dito de 88% do algodão - modificado para resistir a insetos - plantado no mesmo ano na Índia. A soja transgênica foi introduzida nos Estados Unidos - o grande pioneiro do cultivos de GMs - em 1996, e já em 2001 ela respondia por 68% de toda a soja plantada no país. O Brasil é hoje o segundo maior semeador de transgênicos do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos - onde, em 2011/2012, os transgênicos ocupavam 70 milhões de hectares. Nas suas estatísticas comparativas mais recentes - reunindo dados de 2010 - a FAO, a agência da ONU para Alimentos e Segurança Alimentar estima que 'quase 150 milhões de hectares no mundo' são plantados com cultivares geneticamente modificados. O grosso dessa área é dedicado a plantações de soja, milho, canola (usada em forragem/ração) e algodão nas Américas, e de algodão na Ásia e na África. Os maiores produtores entre os países em desenvolvimento são Brasil, Argentina, Índia e China. 'Variedades de algodão resistente a insetos são os cultivares transgênicos comercialmente mais importantes na Ásia e na África', diz a FAO. Na América Latina, 'são a soja resistente a herbicidas seguida pelo milho resistente a inseto'. A FAO reconhece que o cultivo de transgênicos cresceu 'principalmente por causa dos benefícios da redução de custos de trabalho e produção, da redução no uso de químicos e dos ganhos econômicos'.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.