Fontes do governo francês informaram ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, que a observação de Dilma foi muito mal recebida em Paris. “Um comentário como esse revela, acima de tudo, desconhecimento”, disse uma pessoa com trânsito na diplomacia francesa.
De acordo com a fonte, a operação militar está amparada nos requisitos necessários, como pedido oficial de ajuda pelo governo do Mali e aval da Organização das Nações Unidas (ONU). “A intervenção também conta com apoio dos países vizinhos ao Mali, que temem a proliferação do terrorismo na região”, reforça a mesma fonte.
Colônia da França até 1960, o Mali passa por uma onda de violência após o envolvimento de grupos terroristas de origem muçulmana e ocidental em disputas políticas locais. As forças francesas entraram em ação no dia 11 de janeiro, no momento em que rebeldes ameaçavam derrubar o governo local.
No último dia 24, Dilma se reuniu em Brasília com os presidentes da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman van Rompuy. Na ocasião, a presidente cobrou solução para os conflitos no Mali, na Síria, em Israel e na Guiné-Bissau.
Dilma defendeu a submissão das ações militares às decisões do Conselho de Segurança da ONU e mencionou eventuais tentações coloniais. “O combate ao terrorismo também não pode ele mesmo violar os direitos humanos nem reavivar nenhuma das tentações, inclusive as antigas tentações coloniais", disse a presidente.
Na avaliação dos franceses, a declaração revela também o “desinteresse” do governo Dilma pela política externa. Os europeus reclamam de dificuldades em conseguir agendar reuniões e coletar informações junto aos ministérios e demais órgãos do governo. Os empecilhos, segundo os franceses, teriam aumentado após Dilma assumir a Presidência da República.
Em um primeiro momento, os diplomatas franceses avaliaram a declaração como um arroubo presidencial e esperaram, em vão, por um esclarecimento do Ministério das Relações Exteriores. “Um país que tem a sexta economia do mundo e quer um assento no Conselho de Segurança da ONU não pode falar em colonialismo em pleno século 21”, arrematou a fonte no governo francês.
(Murillo Camarotto | Valor)
Diário da Dilma:"La maison est tombée...delenda est foie gras...!"
ResponderExcluirApós tomar conhecimento que suas declarações sobre a intervenção francesa no Mali haviam causado um certo desconforto no Quai d'Orsay, a presidenta Dilma convoca reunião extraordinária com seus ministros...
Dilma:"Meus queridos, se existe alguém nesta sala que não gosta de francês por favor levante a mão direita; e caso haja alguém que goste-nada contra as mães francesas-, que levante as duas!"
...dá-se um silêncio "obsequioso"...
Dilma:"Eu, por exemplo, adoro o OLIVIER ANQUIER; fala português, '...mora em um país tropical; tem um fusca e um violão...', sem contar que ele tem uma receita de 'polpetone'...hummm...valei-me 'San Materazzi'...".
Vale!
Eu não sei se foi um mal emprego linguistico do jornalista que escreveu o artigo ou se, de fato, tal situação ocorreu. O que eu sei é que me parece muito prepotência de Dilma cobrar uma solução pro conflito israelense que se estende há mais de cinquenta anos e que envolve questões que vão muito além do esforço político internacional.
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