quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Presidentes da AL: despenca a aprovacao eleitoral - Cesar Maia

DESPENCAM AS APROVAÇÕES DOS PRESIDENTES NA AMÉRICA DO SUL!
Coluna diária de Cesar Maia, 22/08/2013


1. Hoje (22), o La Nacion da Argentina informa que a aprovação do presidente Mujica baixou para 38%, contra uma desaprovação de 40%. Isso vem ocorrendo com quase todos os presidentes sul-americanos. 



2. Ontem, a imprensa peruana informava que a aprovação do presidente Humala, que vinha caindo, já estava na faixa dos 30%. Evo Morales, presidente da Bolívia, já há algum tempo que tem sua aprovação no entorno de 35%. 



3. Cristina Kirchner, da Argentina, além de ter sua aprovação na faixa dos 35%, acaba de ver sua força política e de seus aliados virem abaixo dos 30% na eleição parlamentar do último domingo. O novo presidente do Paraguai assumiu nesta semana e, portanto, ainda não pode ser avaliado. Mas Franco, o que saiu, foi perdendo apoio desde antes das eleições e fechou sua aprovação abaixo dos 40%. 



4. Dilma Rousseff, do Brasil, ao sabor das manifestações nas ruas, viu sua aprovação despencar também para o entorno dos 35%. Piñera -presidente do Chile- já enfrenta uma baixa aprovação há algum tempo. No caso, no entorno dos 30%. 



5. Da mesma forma, Maduro na Venezuela. Chávez mantinha sua aprovação acima dos 40%. Agora, Maduro, apesar da coreografia usada (dorme uma ou duas vezes por semana ao lado do túmulo de Chávez, apresenta plano de segurança pública...), já está abaixo dos 40% e, em breve, fará companhia ao bloco dos 35%.



6. As duas únicas exceções são: Corrêa, do Equador, que mantém alta sua aprovação, em faixa próxima dos 50%. Sua acrobacia preferida é confrontar a imprensa. Com muito maior qualificação que seus pares, com um pragmatismo econômico (mantém a economia dolarizada), ao lado da retórica populista, vai mantendo a aprovação; e Santos, da Colômbia, que se mantém acima dos 40%, agora oxigenado pela negociação com as FARC.



7. Pode-se explicar de duas formas esse desmonte geral: 1) quase todas as economias (exceção do Paraguai e Equador) enfrentam um ciclo negativo; 2) esgotou-se o discurso bolivariano, que vive sua última etapa, com declarações anti-imperialistas de quase todos, menos do Chile e Paraguai, mas com Brasil aderindo fortemente agora nos casos de privacidade e de detenção do amigo do amigo do Snowden.



8. Com o desmanche geral das aprovações dos governos, buscam o clássico inimigo externo. Isso não pega mais. 

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