sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Shanghai Ranking das top universities: onde estão as brasileiras?

Consolem-se: ainda dá para melhorar, não exatamente com a ajuda das Humanidades, que no Brasil parecem estar recuando para desumanidades...
Paulo Roberto de Almeida

Acabo de receber, da ShanghaiRanking Consultancy & Center for World-Class Universities at SJTU esta mensagem:

Academic Ranking of World Universities 2013 Press Release
Shanghai, People's Republic of China
Thursday, August 15, 2013

The 2013 Academic Ranking of World Universities (ARWU) is released today by the Center for World-Class Universities at Shanghai Jiao Tong University. Starting from a decade ago, ARWU has been presenting the world Top 500 universities annually based on transparent methodology and reliable data. It has been recognized as the precursor of global university rankings and the most trustworthy one.
Harvard University continues to take the first place in the 2013 list. The Top 10 universities are: Harvard, Stanford, Berkeley, MIT, Cambridge, Caltech, Princeton, Columbia, Chicago and Oxford. In Continental Europe, ETH Zurich (20th) in Switzerland takes first place and it becomes the first university in this region listed among the world Top 20 in the history of ARWU. Pierre & Marie Curie (37th) in France overtakes Paris-Sud (39th) as the second best university in Continental Europe. The best ranked universities in the Asia-Pacific region are the University of Tokyo (21st) and Kyoto University (26th) in Japan, and the University of Melbourne (56th) in Australia.

Escusado dizer, nenhuma brasileira está entre as 50 primeiras do mundo.
Vamos ter de buscar aqui:

The complete lists and detailed methodologies can be found at the Academic Ranking of World Universities website at: http://www.ShanghaiRanking.com/

Bem, o Brasil só aparece depois das cem primeiras, assim:
101-150University of Sao Paulo
Na verdade, todas as cinquenta depois do cem, vêm agrupadas, sendo a última das cem primeiras é esta aqui:
100University of Freiburg
A USP aparece no 146. lugar, mais exatamente. Outras brasileiras são: a UFMG, em 314. lugar, e a UFRJ, logo em seguida, em 315. lugar. A Unesp só aparece no lugar 146 e a Unicamp em 349. lugar.


Estas são as 50 primeiras, para quem deseja se habilitar:
1Harvard University
1
100
100
2Stanford University
2
72.6
40
3University of California, Berkeley
3
71.3
67.8
4Massachusetts Institute of Technology (MIT)
4
71.1
68
5University of Cambridge
1
69.6
79.1
6California Institute of Technology
5
62.9
47.8
7Princeton University
6
61.9
52.9
8Columbia University
7
59.8
66.1
9University of Chicago
8
57.1
60.9
10University of Oxford
2
55.9
51.8
11Yale University
9
55.4
47.5
12University of California, Los Angeles
10
52.9
27.3
13Cornell University
11
50
38.2
14University of California, San Diego
12
49.9
20
15University of Pennsylvania
13
49.6
33
16University of Washington
14
48.3
22
17The Johns Hopkins University
15
46.9
39.3
18University of California, San Francisco
16
46.2
0
19University of Wisconsin - Madison
17
44.9
32.1
20Swiss Federal Institute of Technology Zurich
1
43.5
30.7
21The University of Tokyo
1
43
32.1
21University College London
3
43
29.3
23University of Michigan - Ann Arbor
18
42.6
33.4
24The Imperial College of Science, Technology and Medicine
4
41.6
15.1
25University of Illinois at Urbana-Champaign
19
41.1
31.2
26Kyoto University
2
40.8
30.7
27New York University
20
40.5
29.3
28University of Toronto
1
40.3
20.7
29University of Minnesota, Twin Cities
21
39.7
27.3
30Northwestern University
22
38.9
16
31Duke University
23
38.1
16
32Washington University in St. Louis
24
37.5
19.3
33University of Colorado at Boulder
25
37.3
13.1
34Rockefeller University
26
37.1
17.7
35University of California, Santa Barbara
27
35.9
15.1
36The University of Texas at Austin
28
35.4
16.9
37Pierre and Marie Curie University - Paris 6
1
35.3
35.1
38University of Maryland, College Park
29
34.7
20
39University of Paris Sud (Paris 11)
2
34.5
31.6
40University of British Columbia
2
34.2
16
41The University of Manchester
5
34
19.3
42University of Copenhagen
1
33.8
22.7
43University of North Carolina at Chapel Hill
30
33.7
9.3
44Karolinska Institute
1
32.7
23.3
45University of California, Irvine
31
32.4
0
46The University of Texas Southwestern Medical Center at Dallas
32
31.4
19.3
47University of California, Davis
33
31.3
0
47University of Southern California
33
31.3
0
49Vanderbilt University
35
31
16
50Technical University Munich
1
30.6
36.3

Um comentário:

  1. Professor,
    Um ponto interessante é perceber o avanço cada dia mais do poder acadêmico das instituições americanas, o que apenas demonstra mais falhas em nossos programas de cooperação acadêmica internacional, centrado em países como Portugal e Espanha, como se percebe na maior parte das bolsas governamentais destinadas aos estudantes no exterior. É verdade que o custo das universidades americanas são muito superiores aos das europeias, incluindo-se aqui universidades como Cambridge e Oxford, o que demonstra apenas outra falha em nossas prioridades: preferimos quantidade do que qualidade. Preferimos mandar mil(fracos) estudantes à Europa (para passarem, e aumentar números para propaganda eleitoral), do que 100 fortes às universidades onde hoje se concentram todos os grandes nomes do mundo, nos Estados Unidos, principalmente nas áreas das ciências não humanas, como as engenharias. Exemplo: A participação de alunos do Ciência Sem Fronteiras nos Estados Unidos é quase nula, enquanto em países de Portugal e Espanha são muito elevadas, ainda que tenhamos no Brasil universidades como Unicamp e USP com ensino muito superior às universidades de ambos esses países. Hoje as bolsas de Doutorado Pleno da CAPES, não necessariamente vinculadas ao Ciências Sem Fronteiras, quase exclusivamente oferece bolsas nas áreas de humanidades e, talvez pela existência de um critério de custo em relação à universidade de destino, não há qualquer beneficiários dessas bolsas que são destinados aos Estados Unidos. Nos últimos cinco anos, acessando os dados dos beneficiários das bolsas diretamente da CAPES, entre as centenas de beneficiários, nenhum foram destinados a universidades americanas, e quando o são, geralmente são universidades mais fracas e baratas. Ou talvez seja apenas nosso anti-americanismo. Enquanto as universidades americanas decolam em eficiência, com seu “brain drain", continuamos a passos lentos fugindo dos verdadeiros centros científicos do mundo, preferindo quantidade à qualidade, uma moeda política mais segura à curto prazo.

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