domingo, 8 de setembro de 2013

Ainda a perda de competitividade - Rodrigo Constantino

O mais incrível é que com toda essa incompetência, cabalmente demonstrada por todos esses indicadores em queda livre, a sociedade ainda não se deu conta de que está apoiando políticas equivocadas, governos incompetentes, políticos corruptos...
Paulo Roberto de Almeida

O Brasil do PT: país perde oito posições no ranking de competitividadeRodrigo Constantino, 03/09/2013

O Brasil perdeu oito posições no ranking de competitividade, segundo o Relatório Global de Competitividade do Fórum Econômico Mundial. Ele saiu da já vergonhosa 48ª posição, e passou para a 56ª posição, entre 148 nações. Até a África do Sul e Portugal nos passaram na lista:
De acordo com o documento, o Brasil precisa melhorar a qualidade das instituições, quesito em que está em 80º lugar, uma posição atrás do resultado do ano passado. Entre os principais desafios do Brasil nessa área, o relatório cita a queda na eficiência do governo, cujo indicador caiu da 111ª para a 124ª posição, o combate à corrupção (114ª posição) e a baixa confiança nos políticos, que passou do 121º para o 136º lugar de um ano para outro.
Além do ambiente institucional, o Brasil precisa avançar nos principais gargalos econômicos. O documento cita a baixa qualidade da infraestrutura, em cujo ranking o país caiu da 107ª para a 114ª posição, e da educação, que passou do 116º para o 121º lugar. O relatório também considera o país fechado à competição estrangeira, atribuindo a 144ª posição na abertura de mercado ao exterior.
Em relação ao ambiente macroeconômico, o Brasil caiu da 62ª para a 75ª posição. Entre os fatores que puxaram o indicador para baixo, o relatório cita o aumento do déficit nominal de 2,6% para 2,8% do Produto Interno Bruto (PIB), o que fez o país descer do 64º para o 72º lugar nesse quesito. O déficit nominal representa o rombo nas contas do governo após o pagamento dos juros da dívida pública e aumentou, de um ano para outro, porque o Executivo reduziu o superávit primário.
O estudo também menciona a queda na taxa nacional de poupança, de 18,4% para 15,4% do PIB. Nesse item, o país caiu da 78ª para a 93ª posição. Apesar de a inflação oficial ter caído de 6,5% em 2011 para 5,4% em 2012, o país caiu uma posição nesse quesito, de 97º para 98º lugar.
Na América Latina, os resultados mostram uma estagnação geral no desempenho da competitividade. O Chile (34ª) continua na liderança do ranking regional à frente do Panamá (40ª), Costa Rica (54ª) e México (55ª) – esses países permaneceram relativamente estáveis em relação à edição de 2012. A Argentina foi o país do hemisfério sul que teve a maior queda, 10 posições, ocupando a 104ª colocação; a Venezuela caiu para a posição 134.
Esse é o resultado concreto de anos de incompetência do governo, que vem insistindo em um modelo equivocado. Seguimos com péssima infraestrutura e o governo foi incapaz de realizar leilões de concessão para atrair o capital privado ao setor.
A fotografia macroeconômica mudou completamente, e hoje temos um quadro preocupante, com a queda do superávit fiscal primário, a elevada inflação e os “malabarismos contábeis” tentando esconder a realidade. Nenhuma reforma estrutural foi feita pelo governo! Não tivemos, como resultado, ganho algum de eficiência na economia. Ao contrário: como podemos ver, tivemos decréscimo em nossa competitividade vis-à-vis os pares internacionais.
Se o Brasil insistir nessa toada, o destino da Argentina será também o nosso. Ou mudamos o rumo da economia e da política, ou veremos o país perder cada vez mais espaço no mundo globalizado e competitivo. O PT e sua péssima gestão econômica têm custado muito caro ao país. Eis o resultado concreto do acúmulo de erros. Até quando seremos apenas o “país do futuro”?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.