Presidenciáveis prometem ampliar o comércio com parceiros internacionais
Tradicionalmente, a política externa não tem a mesma prioridade que os assuntos domésticos em campanhas presidenciais. Sob esse aspecto, poucas são as diferenças entre uma e outra diretriz dos programas de governo de Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). O que se destaca é que, desta vez, diante do baixo crescimento da economia brasileira, os três candidatos prometem a ampliação do comércio e dos investimentos do Brasil com os parceiros internacionais e não deixam de mencionar a necessidade de fortalecimento do Mercosul.
Presença em grandes fóruns
Aécio defende uma política externa conduzida com base nos princípios da moderação e da independência. Critica a ideologização das relações do Brasil com os países da América do Sul. Sem citar nomes, ele dá a entender que a aliança com os chamados bolivarianos — Venezuela, Bolívia e Equador — deve ser revista.
O tucano não cita a integração Sul-Sul, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário de Dilma e Campos. Defende a expansão do comércio com países desenvolvidos e em desenvolvimento, e dá um importante sinal ao mercado: deve flexibilizar a norma do Mercosul que impede que países do bloco negociem, sozinhos, acordos comerciais em separado. O PT não pretende rever a regra, e o PSB admite fazer isso, caso realmente seja necessário.
Os três candidatos afirmam que trabalharão para aumentar a presença do Brasil nos grandes fóruns internacionais. Aquecimento global, direitos humanos, paz, democracia e segurança na internet estão entre os temas mais mencionados. Campos e Aécio prometem valorizar o Ministério das Relações Exteriores.
A crise entre Brasil e EUA, causada pela informação de que órgãos de inteligência americanos espionam cidadãos brasileiros, incluindo a presidente da República, é aproveitada no programa de Dilma. “Queremos construir mecanismos que protejam todas as formas de comunicação — a internet, em particular — assegurando a privacidade da cidadania, das empresas e dos governos”, diz um trecho do capítulo do PT que trata de política externa.
Fonte: O Globo
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