Keynes sempre esteve associado a essa dupla contraditória: um pouquinho de inflação, para salvar o emprego, mantendo o crescimento positivo.
Essa fórmula começou a ser desmentida nos anos 1970, quando ainda antes do primeiro choque do petróleo se começou a ter aquilo que era julgado impossível no receituário keynesiano: inflação E estagnação, o que foi consagrado na fórmula stagflation (na verdade enganosa, pois primeiro ocorreu inflação, depois veio a estagnação, ou recessão).
Esta a razão de porque classifico a atual situação, produzida inteiramente pelos companheiros no poder, incompetentes tanto em keynesianismo quanto em simples bom-senso econômico, de inflessão, ou seja, uma combinação de inflação com recessão, na qual já estamos de fato...
Paulo Roberto de Almeida
BACEN (21/07/2014) –
BOLETIM SEMANAL FOCUS. PREVISÕES DO MERCADO.
PORTAL G1. BACEN. 21/07/2014. 08h33. Mercado financeiro já prevê alta do PIB menor que 1% em 2014. Expectativa de alta recuou de 1,05% para 0,97% na 8ª queda seguida. Analistas do mercado também baixam previsão para o IPCA para 6,44%.
Alexandro Martello
Do G1, em Brasília
A economia brasileira deve
crescer menos de 1% este ano, segundo os economistas do mercado
financeiro. É a primeira vez que a expectativa de crescimento do Produto
Interno Bruto (PIB) deste ano fica abaixo dessa marca. De acordo com o
relatório de mercado, divulgado pelo Banco Central, a previsão para o
PIB caiu de 1,05% para 0,97%. Foi a oitava queda seguida.
As previsões do mercado
financeiro, coletadas pelo BC por meio de pesquisa com mais de 100
instituições financeiras na semana passada, confirmam o cenário de
desaceleração da economia brasileira. Em 2013, o PIB registrou
crescimento de 2,5%. Para 2015, a previsão do mercado de alta do PIB
ficou estável em 1,5%.
O PIB é a soma de todos os bens e
serviços feitos em território brasileiro, independentemente da
nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da
economia. Para conter a inflação, o BC subiu os juros entre abril do ano
passado e maio deste ano, influenciando também o ritmo de atividade.
No fim de maio, o IBGE informou
que a economia do país registrou expansão de 0,2% nos três primeiros
meses de 2014, em relação ao quarto trimestre de 2013, com destaque para
o bom desempenho da agropecuária.
A expansão do PIB do país
previsto para 2014 pelo mercado financeiro, de 0,97%, continua abaixo do
estimado no orçamento federal, de 2,5%, e também menor que a previsão
divulgada pelo Banco Central na semana passada, de alta de 1,6%.
Menos inflação
O mercado financeiro também
previu menos inflação para este ano. Os economistas dos bancos reduziram
de 6,48% para 6,44% sua previsão de 2014 para o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do
país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Com isso, o valor se distanciou
um pouco do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para o ano. A
previsão chegou a ultrapassar o teto em abril, mas depois recuou. Para
2015, a expectativa dos economistas dos bancos para o IPCA, porém, subiu
de 6,10% para 6,12%.
Pelo sistema que vigora
atualmente no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é
de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos
percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar
entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de juros
A previsão do mercado financeiro
para a taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, por sua
vez, foi mantida em 11% ao ano até o fechamento de 2014. Na semana
passada, o BC manteve a taxa estável neste patamar pelo segundo encontro
seguido do Comitê de Política Monetária (Copom). Para o fim de 2015, a
previsão dos analistas para o juro básico da economia permaneceu em 12%
ao ano.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus,
a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014
recuou de R$ 2,39 para R$ 2,35 por dólar. Para o término de 2015, a
previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 2,50
por dólar.
A projeção para o superávit da
balança comercial (resultado do total de exportações menos as
importações) em 2014 permaneceu em US$ 2 bilhões na semana passada. Para
2015, a previsão de superávit comercial subiu de US$ 9,4 bilhões para
US$ 9,8 bilhões.
Para este ano, a projeção de
entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em
US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de
investimentos estrangeiros ficou estável em US$ 55 bilhões.
PORTAL UOL. BACEN. Projeção do PIB cai pela 8ª semana seguida e fica abaixo de 1%, diz BC
Do UOL, em São Paulo. 21/07/2014. 08h38.
O PIB (Produto Interno Bruto)
brasileiro deve crescer 0,97% neste ano, de acordo com as projeções mais
recentes das principais instituições financeiras do país, divulgadas
pelo Banco Central nesta segunda-feira (21). É a primeira vez no ano que
a previsão fica abaixo de 1%.
Esta é a oitava semana seguida
de recuo das projeções, que são agrupadas pelo BC no relatório Focus,
publicado semanalmente. Na semana passada, a previsão para a alta do PIB
era de 1,05%.
Na quinta-feira (17), o BC
divulgou o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central),
indicador que é considerado uma prévia do PIB, apontando para um recuo
de 0,18% da economia em maio.
A projeção para inflação recuou
de 6,48% na semana passada para 6,44% nesta semana. De acordo com o
último dado oficial do IBGE, os preços no país subiram 0,4% em junho.
O governo trabalha com uma meta
de inflação de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais
para cima ou para baixo (ou seja, a margem vai de 2,5% a 6,5%).
A Selic, taxa básica de juros,
deve fechar o ano nos atuais 11%, segundo os analistas consultados pelo
BC. A perspectiva para a cotação do dólar passou de R$ 2,39 na semana
passada para R$ 2,35.
Previsão para 2015
Para o ano que vem, os
economistas subiram a projeção de inflação de 6,1% para 6,12%, segundo o
Focus. A previsão de alta do PIB foi mantida em 1,5%.
A taxa básica de juros deve fechar 2015 em 12%, a mesma projeção da semana passada; e a cotação do dólar deve ser de R$ 2,50.
Entenda o que é o boletim Focus
Toda segunda-feira, o Banco
Central (BC) divulga um relatório de mercado conhecido como Boletim
Focus, trazendo as apostas de economistas para os principais indicadores
econômicos do país.
Mais de cem instituições são
ouvidas e, excluindo os valores extremos, o BC calcula uma mediana das
perspectivas do crescimento da economia (medido pelo Produto Interno
Bruto, o PIB), perspectivas para a inflação e a taxa de câmbio, entre
outros.
Mediana apresenta o valor central de uma amostra de dados (desprezando os menores e os maiores valores).
(Com Reuters)
Economistas passam a ver expansão da economia abaixo de 1% em 2014
Reuters. 21/07/2014. 09h34.
Por Camila Moreira
SÃO PAULO (Reuters) -
Economistas de instituições financeiras passaram a ver expansão
econômica no Brasil abaixo de 1 por cento neste ano após novos sinais de
fraqueza, ao mesmo tempo em que melhoraram ligeiramente a perspectiva
para a inflação e mantiveram o cenário para a política monetária após o
Banco Central ter mantido o patamar do juro básico na semana passada mas
deixado as portas abertas para eventuais mudanças. Em uma trajetória
descendente que já dura oito semanas, a projeção para o crescimento do
Produto Interno Bruto em 2014 caiu a 0,97 por cento na pesquisa Focus do
BC divulgada nesta segunda-feira, contra 1,05 projetado anteriormente.
No ano passado, o PIB cresceu 2,5 por cento.As expectativas de que a
economia deve ter recuado no segundo trimestre aumentaram na semana
passada com a queda de 0,18 por cento em maio do Índice de Atividade
Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB.
Um dos maiores pesos sobre a
economia é a indústria, e no Focus os agentes econômicos voltaram a
piorar sua projeção, vendo agora uma contração da atividade de 1,15 por
cento, ante queda de 0,90 por cento na semana anterior. Para 2015, a
projeção para o crescimento do PIB foi mantida pela terceira semana em
1,50 por cento, enquanto a estimativa de crescimento da indústria caiu a
1,70 por cento, frente a 1,80 por cento.
INFLAÇÃO
Por outro lado, os agentes
econômicos consultados no Focus reduziram a projeção para o IPCA,
afastando-a um pouco do teto da meta do governo, que é de 4,5 por cento
com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. A estimativa para
a inflação oficial em 2014 passou agora a 6,44 por cento, contra 6,48
por cento anteriormente. Depois de o IPCA ter estourado o teto em junho
com 6,52 por cento em 12 meses, o mercado aguarda a divulgação na
terça-feira do IPCA-15 de julho. Para 2015, a projeção no Focus para o
IPCA foi elevada a 6,12, contra 6,10 por cento. Para os próximos 12
meses, sofreu alta de 0,03 ponto percentual, a 5,95 por cento.
Entretanto, o Top-5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam
as projeções, continua vendo estouro da meta este ano, mantendo a
projeção para o IPCA em 6,51 por cento. Para a política monetária, não
houve alterações na perspectiva de que a Selic encerrará o ano no atual
patamar de 11,00 por cento, depois de o BC ter decido na semana passada
manter a taxa básica de juros nesse nível pela segunda vez seguida.
Diante da atividade fraca e da
inflação elevada, o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou as
portas abertas para eventual mudança na política monetária, e os olhos
agora se voltam para a ata da reunião, a ser divulgada na quinta-feira.
Por enquanto, os economistas continuam vendo que novo ciclo de aperto
monetário só começará em janeiro de 2015, com alta de 0,25 ponto
percentual, sem alteração sobre a semana anterior, segundo o Focus.
Focus: Projeção para o dólar ao fim de 2014 cai pela segunda semana
Valor
21/07/2014. 09h20.
Os analistas de mercado veem o
dólar menos valorizado ao fim deste ano e agora estimam que a moeda
americana deve fechar 2014 valendo R$ 2,35. Na semana passada, a
projeção era de R$ 2,39. Para o fim de 2015 a estimativa mediana segue
em R$ 2,50.
O dólar tem estado bastante
volátil. Na quinta-feira, subiu 1,67% e, na sexta, devolveu boa parte
dessa alta ao cair 1,35%. Essa desavalorização foi intensificada pela
queda das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff nas pesquisas
eleitorais. Mas a cotação ainda segue bem abaixo do que os analistas
veem no fechamento do ano, em R$ 2,2279.
Ainda no setor externo, os
analistas aumentaram ainda mais a estimativa para o déficit em conta
corrente neste ano; a mediana passou de US$ 80,75 bilhões para US$ 81,5
bilhões. A estimativa para o saldo da da balança comercial ficou
praticamente inalterada em US$ 2 bilhões.
Projeção para alta do IPCA em 2014 sai de 6,48% para 6,44%, traz Focus
Valor
21/07/2014. 09h20.
Os analistas do mercado
financeiro reduziram suas expectativas para a inflação neste ano, embora
tenham aumentado as apostas para 2015 e na leitura em 12 meses, de
acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC).
A mediana das projeções para o
aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de
6,48% para 6,44% em 2014. A estimativa para a inflação no próximo ano,
por sua vez, passou de 6,10% para 6,12%. Em 12 meses, os analistas
estimam agora elevação de 5,95% no IPCA, ante 5,92% na pesquisa
antecedente. A projeção para a inflação em julho foi de 0,24% para
0,22%.
O mercado também vê a inflação
medida por outros indicadores menos pressionada neste ano. Para o IGP-M,
por exemplo, a projeção cedeu de 5,04% para 5,01%. A mediana das
projeções para o IGP-DI caiu de 5,04% para 4,49%. No caso do IPC-Fipe, a
expectativa se reduziu de 5,69% para 5,56%.
Os analistas veem no
enfraquecimento da atividade um dos motivos pelos quais a inflação deve
ficar menos pressionada e que fariam o BC a manter a taxa de juros
inalterada neste momento. Na semana passada, o Comitê de Política
Monetária (Copom) manteve a Selic em 11% ao ano. O Focus mostra que o
mercado espera a manutenção dessa taxa até dezembro. Até o fim de 2015, a
Selic subiria para 12%.
Entre os analistas Top 5, os que
mais acertam as previsões, as projeções de inflação seguiram as mesmas -
6,51% neste ano e 6,75% em 2015 -, mas eles elevaram a aposta para o
juro no ano que vem, de 11,50% para 12,25%. Todas as estimativas são
medianas de médio prazo.
FOLHA DE SÃO PAULO. PORTAL UOL. Mercado estima pela primeira vez PIB abaixo de 1% em 2014
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
21/07/2014 09h07
Pela oitava semana consecutiva,
os analistas de mercado cortaram suas estimativas para a expansão da
economia brasileira neste ano.
Desta vez, a projeção de alta do
PIB (Produto Interno Bruto) ficou em 0,97%. É a primeira vez que o
Boletim Focus, do Banco Central, traz expectativa abaixo de 1% para este
ano.
Na semana passada, a estimativa era de alta de 1,05%.
A revisão para o PIB acompanha a
redução nas projeções para a produção industrial. Agora, os analistas
esperam queda de 1,15% nesse setor, ante retração de 0,90% na semana
passada.
Há um mês, o mercado via o PIB crescendo 1,16% e a produção industrial caindo 0,16%.
Para 2015, a estimativa para o
PIB foi mantida em expansão de 1,50%, mas a da indústria caiu pela
quarta semana consecutiva, de alta de 1,80% para 1,70%.
As notícias mais recentes sobre a atividade econômica em geral e industrial têm mantido o sinal negativo.
Na semana passada, a CNI
(Confederação Nacional da Indústria) informou que o índice de confiança
do setor atingiu em julho o menor patamar desde janeiro de 1999.
O indicador de produção de junho despencou para 39,6 pontos, contra 48,4 em maio.
O Banco Central, por sua vez,
mostrou que seu IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) teve contração de
0,18% em maio ante abril, refletindo especialmente a forte queda da
indústria naquele mês.
Embora o resultado tenha sido um
pouco melhor que o esperado, analistas não viram no número um sinal de
reversão das expectativas negativas. O dado, afirmaram, aponta atividade
mais fraca no segundo trimestre.
A estimativa para o IPCA –a inflação oficial do país– d este ano passou a 6,44%, frente a 6,48% na pesquisa anterior.
A meta do governo é de 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
MERCADO DE TRABALHO
Outros números mostraram que o enfraquecimento da atividade chegaram ao mercado de trabalho.
O Caged (Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados) decepcionou novamente em junho ao registrar a
criação de 25,3 mil vagas no mês. O resultado foi o pior para os meses
de junho desde 1998 e, como em maio, foi puxado pelo fechamento de 28,5
mil vagas na indústria.
Em função da criação menor de
vagas, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, reduziu para 1,1 milhão a
estimativa de novas vagas este ano. A estimativa anterior era de 1,4
milhão a 1,5 milhão de empregos novos.
DOCUMENTO: http://www.bcb.gov.br/pec/GCI/PORT/readout/R20140718.pdf
PRODUÇÃO
INDUSTRIAL
CNI. 18/07/2014. Produção e emprego caem e estoques estão acima do planejado. Sondagem
da CNI mostra que desaquecimento da atividade se agravou em junho e
cresceu a preocupação dos empresários com a falta de demanda, a
inadimplência dos consumidores e a dificuldade com capital de giro.
O indicador de evolução da
produção da indústria caiu para 39,6 pontos e o de número de empregados
recuou para 45,2 pontos. As informações são da Sondagem Industrial,
divulgada nesta sexta-feira (18), pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI). Os indicadores de evolução da pesquisa variam de zero a
cem. Valores abaixo de 50 indicam queda na produção e no emprego.
Conforme a pesquisa, o aumento
dos estoques em relação ao planejado completou o cenário de
desaquecimento da atividade em junho. O nível de estoque efetivo em
relação ao planejado subiu para 52,1 pontos. O indicador varia de zero a
cem, acima de 50 revela excesso de estoques. "Certamente há aspectos
atípicos em junho e a realização da Copa afetou de forma excepcional os
resultados do mês. Todavia, os resultados da Sondagem nos últimos meses
indicam que o quadro negativo é antigo e o agravamento de junho deverá
ter consequências mais duradouras. É pouco provável a possibilidade de
uma recuperação rápida e sustentada da indústria no curto prazo",
analisa a CNI.
O índice de evolução da produção
ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo oitavo mês
consecutivo e alcançou o menor valor desde 2010. O número de empregados
caiu em todos os portes de empresas e na maioria dos setores da
indústria extrativa e de transformação. A utilização média da capacidade
instalada caiu para 68%, o menor percentual da série histórica mensal
que começou em 2010.
OBSTÁCULOS - A falta de demanda
foi apontada como um das principais dificuldades enfrentadas pela
indústria no segundo trimestre. Assinalado por 40,7% das empresas, o
problema subiu da quarta para a segunda posição no ranking e só é
superado pela elevada carga tributária, que teve 54,5% das menções dos
empresários. O problema da falta de demanda ganhou importância para as
empresas de todos os portes. No entanto, foi mais significativo para as
grandes empresas. No primeiro trimestre do ano, a falta de demanda foi
mencionada por 21,6% das indústrias de grande porte. Esse número
aumentou para 41,6% no segundo trimestre.
Também estão no topo da lista
dos problemas, a competição acirrada, com 31,3% das menções, e o alto
custo das matérias-primas, com 25,4% das assinalações. A Sondagem
observa ainda que a inadimplência dos clientes, com 18,6% das respostas,
e a falta de capital de giro, com 18,9%, ganharam importância entre os
obstáculos ao crescimento das empresas.
SITUAÇÃO FINANCEIRA - A pesquisa
revela que, no segundo trimestre, aumentou a insatisfação da indústria
com as margens de lucro e com a situação financeira. O índice de
satisfação com a margem de lucro operacional caiu para 39,3 pontos, o
menor desde o segundo trimestre de 2009. O indicador de satisfação com a
situação financeira recuou para 44,6 pontos. Ambos os indicadores se
afastaram ainda mais da linha dos 50 pontos, que separa a satisfação da
insatisfação. Além disso, os preços das matérias-primas aumentaram e o
acesso ao crédito continua difícil.
A pesquisa destaca que o
agravamento das condições da indústria afetará toda a economia. "A
superação desse quadro exige medidas efetivas, amplas e permanentes,
capazes de reverter o ciclo negativo de falta de confiança, baixo
investimento e queda na produção", recomenda a CNI.
Esta edição
da Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 11 de junho com 2.115
empresas, das quais 849 de pequeno porte, 770 médias e 496 grandes.
SONDAGEM INDUSTRIAL
A Sondagem Industrial tem como
objetivo identificar a tendência passada e futura da indústria
brasileira. Essa pesquisa de opinião empresarial é realizada desde 1998,
e conta com aproximadamente 2.000 empresas das indústrias extrativa e
de transformação. Inicialmente com periodicidade trimestral, a Sondagem
Industrial passou a ser realizada mensalmente a partir de janeiro de
2010.
A Sondagem abrange o Distrito
Federal e os 26 Estados brasileiros e é realizada em parceria com as
federações de Indústria. São divulgados resultados por setor de
atividade, região geográfica e porte de empresa. Resultados estaduais
são divulgados pelas Federações de Indústria.
A amostra é probabilística,
feita a partir de uma população de empresas com 10 empregados ou mais. A
cada fim de trimestre do ano calendário (março, junho, setembro e
dezembro) o questionário de coleta é ampliado, incluindo outras
variáveis e o relatório de divulgação apresenta análises econômica,
setorial e por porte da empresa.
Os resultados são divulgados na forma de indicadores de difusão.
DOCUMENTO: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_24/2014/07/18/4/SondagemIndustrialJunho20141.pdf
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