Quem não se lembra do famoso manifesto de dezenas de reitores das IFES (praticamente todos, com duas honrosas exceções) que assinaram uma peça vergonhosa de adesismo anti-acadêmico, pouco antes das eleições, praticamente constrangendo todo o corpo docente e, provavelmente, metade da comunidade discente, a votar pelo poste, sempre sob a promessa de um futuro brilhante, feito de verbas, apoio federal para todos os seus projetos corporativos e mil mordomias prometidas pelos traficantes de votos do partido totalitário (ou seja, o preferido dos gramscianos de botequim das academias?
Eu me lembro perfeitamente, e estou certo de que vários leitores também se lembram das cenas explícitas de sabujismo político, quando esses reitores, não contentes de assinar um lixo partidário, foram em romaria submissa entregar a peça asquerosa para a candidata mentirosa.
Eles parecem ter se decepcionado um pouco agora, já que várias universidades sequer têm prazo para iniciar o ano acadêmico, já que se encontram totalmente paralisadas por falta de dinheiro.
Bem feito. Agora vão em romaria a Brasília para implorar verbas, e já constituem a bancada do setor, para roubar mais um pouco do orçamento em favor do terceiro ciclo, tirando preciosos, e mínguos, recursos que deveriam ir para os dois primeiros ciclos.
Bando de parasitas incompetentes.
Concordo com a sugestão de meu amigo Roque Callage, que me enviou a matéria abaixo, no sentido de se fazer "um projeto de lei, criando a verdadeira autonomia de fundações universitárias para gerirem seus proprios orçamentos, ao invés de ficarem encostados indecentemente no Governo Federal!"
Acrescenta ele: "Ficam apoiando o PT a cada eleição e fazendo manifestos ...são incompetentes e corporativistas!"
Eu iria até mais longe: daria uma simples mesada para essas IFES e mandaria esses alfabetizados encostados ir buscar o resto do dinheiro no mercado. Sem a estabilidade vergonhosa a partir do primeiro ano (para mim, tenure, só depois de doze anos de produtividade), e selecionaria reitor por competição aberta, programa de metas, espírito administrativo, e não acadêmico, e cobrança de resultados, sempre.
As universidades privadas também estão em crise, algumas em estado terminal, já que sobrevivendo (algumas a altura de 60%) das bolsas federais, elas não estão admitindo alunos que não pagarem, e estes simplesmente não recebem nada.
Ninguém mandou votar em gente incompetente...
Paulo Roberto de Almeida
----------------
Reitores de federais terão sua bancada no Congresso Nacional
Leandro Mazzini
Opinião e Notícia, 10/03/2015
Na semana em que as universidades federais anunciam aperto no orçamento e corte de gastos e investimentos, os reitores vão ganhar uma bancada parlamentar no Congresso Nacional para reivindicarem atenção e a usarem como uma ponte com o Palácio do Planalto.
A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) e a deputada Margarida Salomão (PT-MG) vão lançar amanhã a Frente Parlamentar de Fortalecimento das Universidades Federais, com o apoio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.