quinta-feira, 31 de março de 2016

Adam Smith e o "verdadeiro" chocolate - Mansueto Almeida, Paulo Roberto de Almeida

Eu já havia lido, desde ontem à noite, esta postagem recente de meu colega blogueiro e economista sensato Mansueto Almeida, sobre o chocolate "politicamente correto".
Ele pedindo que deixassem seu chocolate em paz.
Mas, acabo de receber de meu amigo André Eiras, a mesma nota do Mansueto, e respondi a ele o que segue.
Insuportável saber que estamos sempre sendo assaltados por um bando de espertos.
Transcrevo primeiro a nota do Mansueto e depois o meu comentário.
Paulo Roberto de Almeida

O que é chocolate?
31 de março de 2016 por mansueto

Adoro chocolate. Sei que comer muito chocolate não é saudável, que estou gordo, etc. Mas não quero que uma Lei passe a definir o que é chocolate e se o que como é ou não chocolate. Mas há esse risco? Claro que sim.
Há um projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal (cliquei aqui), o PLS 93/2015, que estabelece um percentual mínimo de cacau puro de 35% para que um bombom possa ser denominado de chocolate.
E se o seu chocolate não tiver esse índice mínimo? Neste caso, o seu chocolate pode ser tudo menos chocolate. Mas fique feliz porque o seu bombom adocicado de hoje era chocolate no passado.
De volta ao futuro, qual a intenção dessa proposta de Lei? Aumentar a produção de cacau no país pelo aumento da demanda. Não vou comentar. Precisa? Por favor, deixem meu chocolate em paz!

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On Mar 31, 2016, at 17:59, André Eiras <xxxxxx@gmail.com> wrote:
É triste compartilhar esse tipo de notícias, mas sempre lembro de ti ao ler tais aberrações que acontecem aqui na nação brasileira.
Abraços,
André Eiras
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Meu comentário (PRA):

Meu caro,
    Isso era inevitável, e deveria um dia acontecer. Como diria o Millor, as ideias, quando ficam bem velhinhas, e inutilizáveis em seus locais de origem, fazem as malas e se mudam para o Brasil.
    Eu já assisti esse debate, muitos e muitos anos atrás, na Europa. E as razões são sempre as mesmas: protecionismo, cartelização, afastamento de concorrentes, reserva de mercado, agora com a estupidez do politicamente correto.
    Daqui a pouco vou a UnB para assistir uma exposição-debate sobre os 240 anos da Riqueza das Nações. O Adam Smith já alertava para esses complôs de fabricantes e comerciantes, sempre contra o interesse dos consumidores. Parece que nada mudou.
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Paulo R. de Almeida

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