Transcrevo:
[...] a diplomacia é a arte de gastar palavras, perder tempo, estragar papel, por meio de discussões inúteis, delongas e circunlocuções desnecessárias e prejudiciais.
Balzac, notando um dia que os marinheiros quando andam em terra bordejam sempre, encontrou nisso a razão de se irem empregando alguns homens do mar na arte diplomática.
Donde se conclui que o marinheiro é a crisálida do diplomata.
Machado de Assis, "Ao Acaso", Diário do Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 1865
In: Machado de Assis, Máximas, pensamentos e ditos agudos
(São Paulo: Penguin e Companhia das Letras, coleção Grandes Ideias, 2018, p. 29.
E mais uma, à propos:
Em nosso país a vulgaridade é um título, a mediocridade um brasão [...]
(idem, p. 13)
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