Quase homonimias também.
Não tenho nada a ver com esse rapaz, de cuja existência só vim a tomar conhecimento nesta data, 28/02/2020, a propósito de mais um encontro da Internacional da Direita, cujo representante no Brasil é justamente o chanceler paralelo, ex-futuro embaixador em Washington...
Paulo Roberto de Almeida (e só)
O blogueiro de crachá de Eduardo Bolsonaro
Defensor da família Bolsonaro no Twitter, Paulo Roberto de Almeida Prado Júnior se descreve na rede social apenas como “criador e redator de conteúdo” que fala “sobre televisão, quadrinhos, filmes e muitas outras coisas”. No entanto, o blogueiro é também secretário parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro desde 15 de julho de 2019, com remuneração bruta de R$ 12.362,14 e gratificação natalina de R$ 4.749,53, de acordo com o site oficial da Câmara.
Paulo foi um dos convidados para a cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro, em janeiro do ano passado, na categoria “mídia alternativa”. Na ocasião, o blogueiro de crachá Allan dos Santos publicou uma foto com mais nove colegas da rede bolsonarista credenciados para a cobertura no Palácio do Planalto, entre eles Paulo, e acrescentou a legenda: “Viemos para ficar e nossa fonte de renda NÃO É E NUNCA SERÁ o governo”.
Em 26 de agosto de 2018, Paulo também havia tuitado: “eu não trabalho pra eles [os Bolsonaro], assim como meus amigos do Twitter, influenciadores ou não, postamos DE GRAÇA”. E mais: “Não tem equipe de comunicação fazendo isso, é TUDO espontâneo, não tem agencia [sic], nada… é tudo gente comum que faz de graça”.
“Então não me venham falar em gente paga desse lado nao [sic]”, concluiu.
Em 8 de maio de 2019, Paulo novamente enfatizou seu apoio gratuito: “Apoio demais o Bolsonaro, DE GRAÇA, só minha família sabe o quanto eu destruí minha carreira defendendo publicamente o cara… e não me arrependi”.
O cargo remunerado do blogueiro veio à tona depois que ele postou uma foto com o político britânico Nigel Farage, “responsável pelo Brexit”, durante o CPAC nos Estados Unidos. Seu chefe, Eduardo Bolsonaro, que pagou a edição brasileira do evento alegadamente conservador com dinheiro público do fundo partidário, participa da edição americana. Eduardo também postou uma montagem de fotos na Heritage Foundation, na qual o secretário parlamentar aparece no canto inferior direito, de óculos e barba.
Após as cobranças virtuais por não ter destacado que não militava de graça, a conta de Twitter de Paulo chegou a ser desativada, mas já foi restabelecida.
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