3642. “‘Fazer diplomacia pelo Twitter é errado’, diz embaixador”, Brasília, 20 abril 2020, 10 p. Entrevista gravada com o jornalista José Fucs, do jornal O Estado de S. Paulo, publicada em versão reduzida no jornal impresso (link: https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fazer-diplomacia-pelo-twitter-e-errado-diz-embaixador,70003275120); divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/04/diplomacia-por-tweets-entrevista.html); versão resumida publicada no jornal impresso divulgada no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/04/fazer-diplomacia-e-expor-divergencias.html). Relação de Publicados n. 1344.
" Caro Paulo Roberto,
Excelente sua entrevista ao Estadão: a mais completa e detalhada que li até agora sobre a calamidade que nos assalta no ministério. Nada mais apropriado do que sair no dia do Diplomata.
Dizer a verdade é mais apropriado que celebrar num momento de degradação como o que vivemos.
Como disse Giacomo Leopardi:
“Se queremos algum dia despertar e retomar o espírito de nação (basta substituir “nação” por Itamaraty), nossa primeira atitude deve ser não a soberba nem a estima das coisas presentes, mas a vergonha”.
Agradeço a Você por haver me mencionado na entrevista.
Lendo o relato das perseguições que sofreu, refletindo sobre sua obra gigantesca e de alta qualidade, não somente para nossa diplomacia, mas para a cultura brasileira, não pude deixar de pensar mais uma vez nas palavras do Padre Antônio Vieira que se aplicam com justiça à sua aventura humana. Você certamente as conhece, mas não faz mal repeti-las.
São do Sermão da Terceira Quarta-Feira da Quaresma, no qual declara na sua forma incomparável:
“Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma... Se servi, se pelejei, se trabalhei, fiz o que devia ao rei, fiz o que devia à pátria, fiz o que me devia a mim mesmo: e quem se desempenhou de tamanhas dívidas, não há de esperar outra paga... Os reis podem dar títulos, rendas, estados; mas ânimo, valor, fortaleza, constância, desprezo da vida, e as outras virtudes de que se compõe a verdadeira honra, não podem. Se Deus vos fez estas mercês, fazei pouco caso das outras, que nenhuma vale o que custa (...pois...)
O maior prêmio das ações heroicas é fazê-las”.
Não se pode dizer melhor.
Abraço muito afetuoso do seu admirador e amigo,
Rubens [Ricupero] "
Depois que eu pedi autorização para transcrever a mensagem acima, e a obtive, ainda recebi a seguinte mensagem:
Querido Paulo,
Ficarei orgulhoso se Você divulgar minha opinião, que corresponde apenas à objetividade do que Você é, do que tem feito e de sua força de caráter. Abraço forte,
Rubens
Finalmente, permito-me referir a esta matéria que publiquei no mesmo dia no Estado da Arte, do mesmo jornal O Estado de S. Paulo:
3637. “A diplomacia brasileira na corda bamba, sem qualquer equilíbrio”, Brasília, 16 abril 2020, 17 p. Junção dos trabalhos 3633 e 3636, retomando temas da política externa brasileira, para o suplemento Estado da Arte, do Estadão; enviado para Eduardo Wolf e Gilberto Morbach. Publicado no Estado da Arte, O Estado de S. Paulo (20/04/2020; link: https://estadodaarte.estadao.com.br/diplomacia-brasileira-corda-bamba/).
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