15) O estranho caso de Abu (Semana 15 - Parte 03)
Já que navegamos pacificamente rumo ao abismo da terra plana, falemos de insignificâncias, Abu. Creio ter tido verdadeira revelação divina ao regar, hoje pela manhã, minha pequena jabuticabeira. Vejo que já estou me adaptando a esses trejeitos antirracionalistas da Nova Idade Média. Justo no instante em que a água flui do regador, e a mente se esvazia, tive a iluminação: trata-se Abu de espírito recalcado e com orgulho ferido.
O paladino do Levante ataca Pedro não pelo hábito, mas porque foi reprovado em sua tese de CAE. Como sabemos todos, a banca deste ano reprovou um sem número de trabalhos. Muitos por serem globalistas, suponho. Outros muitos por serem ruins. Entre estes, o de Abu. Não tenho provas do que digo. Mas tenho convicção, que é o que importa na nossa escola olavista.
Abu ataca o vizir da montblanc verde por puro recalque, vejam vocês. Acusa-o de favorecer esquerdistas apenas para justificar seu próprio tropeço na banca de CAE. Que injustiça seria, em se tratando de tese tão bem esculpida na extrema direita.
Fato é que, após algum alarde, Abu travestiu-se de “Sentinela do Planalto”, calou sua homofobia e sumiu sem deixar vestígio. Talvez tenha ido proferir seus impropérios em outras estâncias. Talvez tenha sido expulso da comunicação social. Isso a jabuticabeira não me revelou.
Aqui jaz Abu que, ingênuo, tentou destronar Dulcineia.
Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN
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