As acusações começaram depois que a Justiça eleitoral boliviana parou de contar os votos por 24h, depois mudou de método de contagem e chegou a divulgar resultados parciais conflitantes.
Para resolver o problema, o governo de Evo aceitou que uma comissão independente da OEA (Organização de Estados Americanos) auditasse a eleição.
O relatório afirmou ter havido "uma série de operações maliciosas" para alterar os resultados, como comprovantes de votação manipulados e assinaturas falsificadas. Essas práticas teriam comprometido pelo menos 38 mil votos —a diferença entre Evo e o segundo candidato foi de 35 mil.
Com base nos achados da comissão da OEA, as Forças Armadas pressionaram Evo a renunciar, a oposição aumentou os protestos nas rua, e o ex-líder cocaleiro deixou o poder e o país.
A partir daí, a Bolívia ficou na expectativa de uma nova eleição.
Mas, em fevereiro deste ano, o relatório foi posto em xeque por dois pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Em um artigo no Washington Post, John Curiel e Jack R. Williams afirmaram não haver "evidência estatística de fraude”.
Em junho, uma segunda análise, desta vez conduzida por especialistas convidados pelo New York Times, também concluiu que não houve fraude na contagem dos votos.
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