Nota PRA: Xarab Fica é o titulo de um dos romances ditos "distópicos" do patético chanceler acidental. Nunca soube de algum colega diplomata que o tenha lido, e nem pretendo perder tempo com essa coisa, pois já li uma resenha de um jornalista, que leu por obrigação, e que confessou que não entendeu nada.
Na verdade, a crônica do nosso Batman se refere à permanência do chanceler acidental mesmo com a derrota do adorado ídolo de ambos. A manutenção do nosso personagem não depende dele, e sim dos seus chefes, que o tratam, segundo o cronista misterioso, como Canis Familiaris, o que me parece apropriado.
Paulo Roberto de Almeida
30) Xarab Fica? (Semana 30)
No auge de meu masoquismo intelectual, adentrei pela leitura das obras ficcionais (ou talvez fictícias, já que a qualidade das mesmas há de relegá-las à inexistência) de nosso esquizofrênico chanceler. Não passei das primeiras páginas. Em nenhuma das três (A Porta de Mogar, Xarab Fica e Quatro 3) a vontade de entender o autor-criatura foi maior do que a ânsia provocada pelas serpenteantes passagens malfeitas, pelos elogios velados a um totalitarismo ufanista e pelos intermináveis diálogos mal-elaborados.
Tudo falta em Ernesto. Falta alma, falta inteligência, falta criatividade e falta talento. Sabemos que são essas faltas que lhe qualificam para Chanceler do Excelentíssimo Ignóbil da República, mas é aquilo que está presente nele que poderia desqualificá-lo, agora, para o cargo. Esse amor louco por aquilo que não é mais, pelo tropismo religioso, isso, de fato, está presente em Ernesto. Mas, com a vitória de Biden sobre esse obscurantismo, como ficará no picaresco anti-herói?
Nosso Xarab fica? Acredito que sim. Acredito que sua desqualificação total e, agora, absoluta para o cargo o cacifará para uma permanência indeterminada. Como um bom Canis Familiaris sempre pronto a servir seu mestre, o Kakistos Chanceler naufragará com o capitão desta canoa furada em que nos metemos. Ou, ao menos, este é seu desejo.
Resta saber se o poder neutralizador do centrão agirá para balançar e contrabalancear a sempre inconstante e incoerente mente de seu mestre. Quem assumiria, caso Ernesto venha a óbito político, nossa canoa? Quem seria tão louco, tão servil, tão abjeto, tão imprudente? Isso é uma indagação para outra hora, pois….
Por hora, Xarab fica.
Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN
"Xarab Fica" para Prêmio Ignobel de Literatura (psico científica)!
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