terça-feira, 19 de abril de 2022

20 de abril: dia do diplomata, dia de reflexões sobre a diplomacia brasileira - Paulo Roberto de Almeida

Amanhã, 20 de abril, é dia do diplomata, quando se comemora a data do nascimento de nosso patrono, o Barão do Rio Branco. 


  Em 2005, logo depois de adquirir este livro, em viagem pela França, eu decidi propor ao Itamaraty a realização de um empreendimento similar, ou seja, uma obra coletiva tratando de nossa diplomacia.

O livro deveria estar pronto em 2008, quando supostamente comemoraríamos 200 anos de relações exteriores a partir do Brasil,. que não era tanto uma diplomacia brasileira, mas um relato das relações internacionais do Brasil português, a partir do Rio de Janeiro.


Eis a ficha do trabalho então proposto: 

1450. “Uma história da diplomacia brasileira”, Metz-Bordeaux, 20-21 jul. 2005, 2 p. Esquema de livro coletivo para ser apresentado como proposta ao IPRI e elaborado como parte das comemorações de 200 anos da chegada da família real ao Brasil. 

Creio que cheguei a oferecer o projeto ao próprio SG do Itamaraty, mas não houve nenhum seguimento dessa proposta, com o que permaneci na Biblioteca do Itamaraty durante largos anos, todo o restante do regime lulopetista, para ser resgatado apenas ao final da gloriosa diplomacia do Sul Global (uma fantasmagoria só identificada pela diplomacia lulopetista).

Posso agora revelar esse meu projeto, que provavelmente não será conduzido no horizonte previsível. Talvez eu mesmo decida empreendê-lo.

Uma foto de minhas frequentes estadas na Biblioteca do Itamaraty.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 19 de abril de 2022



Uma história da diplomacia brasileira

 

Paulo Roberto de Almeida

Metz-Bordeaux, 20-21 julho 2005

Preparado para servir de base a projeto de obra coletiva

 

Esquema preliminar:

00. Prefácio (Ministro de Estado das Relações Exteriores)

01. Introdução (Organizador: Paulo Roberto de Almeida)

 

Parte I – A Construção do Instrumento Diplomático

02. Formação de uma diplomacia nacional, 1808-1822

03. Construção da diplomacia brasileira, 1822-1844

04. A nacionalização da diplomacia, 1844-1865

05. Desafios à soberania do Império, 1865-1889

 

Parte II – Consolidação do Instrumento Diplomático

06. Hesitações ao início da República, 1889-1901

07. Esplendor e glória: a era do Barão: 1902-1912

08. Depois do paradigma, a normalidade, 1912-1917

09. Um exercício de internacionalização frustrada, 1918-1930

 

Parte III – Transição para o Estado Nacional

10. Administrando crises, 1931-1934

11. Os primeiros instrumentos de planejamento e o setor externo, 1934-1939

12. Na tormenta dos conflitos mundiais, 1939-1945

 

Parte IV – A Consciência do Atraso

13. A ilusão da relação especial, 1945-1951

14. Preparando uma diplomacia alternativa, 1951-1959

15. Política externa independente: estabelecendo as bases, 1959-1964

 

Parte V – O Intervalo Interdependente

16. Um alinhamento de circunstância, 1964-1965

17. Retomando o projeto desenvolvimentista, 1966-1968

 

Parte VI – A Diplomacia Blindada dos Generais

18. Independência ou sorte?: o Brasil grande potência, 1969-1974

19. O triunfo do desenvolvimentismo, 1975-1979

20. Administrando crises e reafirmando o terceiro-mundismo, 1979-1985

 

Parte VII – A Reconciliação Democrática

21. Confirmando as bases do projeto desenvolvimentista, 1985-1989

22. O último do primeiro mundo, 1990-1992

23. Hesitações e dúvidas num novo entorno regional, 1993-1994

24. Administrando a globalização, 1995-2002

 

Parte VIII – A Reinvenção Diplomática

25. Uma política externa ativa, 2003-2006

26. Bases institucionais e políticas da diplomacia brasileira

 

Apêndices:

27. Cronologia da diplomacia brasileira, 1808-2008

28. Ministros das relações exteriores em cada chefia de Estado, 1822-2008

29. Fontes primárias e documentos fundacionais da diplomacia brasileira

30. Bibliografia geral sobre as relações internacionais do Brasil

 

Metz-Bordeaux, 20-21 julho 2005

 

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