O absolutismo czarista foi combatido, em primeiro lugar, pelos “dezembristas”, no início do século XIX, depois pelos narodniks, os populistas revolucionários, em parte anarquistas, da segunda metade daquele século, depois pelos socialistas de diversas tendências, no início do século XX, para renascer com toda força, sob o disfarce do stalinismo, entre os anos 1930-50, já sob o peso do comunismo
leninista. Depois do fim do comunismo, em 1991, o absolutismo neoczarista assumiu a forma do putinismo cleptocrático e imperialista. Ele já não precisa de Gulags, pois manda assassinar ou encarcerar seus opositores, e não hesita em invadir outros países, como faziam os czares e o tirano Stalin. O novo déspota de Moscou é tão cruel quanto eles, tendo ao seu lado o poder “espiritual” da Igreja Bizantina. Como Stalin, ele não precisa de nenhum Rasputin, mas tem alguns ideólogos a seu serviço. E ainda tem o apoio internacional de muitos idiotas estrangeiros, de esquerda e de extrema-direita. O livro de Franco Venturi (1952) fica nos narodniks; o resto fui eu que opinei.
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