O Brasil e a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia (é preciso sempre lembrar a natureza exata do mais cruel atentado contra as leis da guerra e contra o Direito Internacional desde 1939).
Um leitor de minhas postagens me pergunta sobre as soluções à carnificina (não provocada) de Putin contra o Estado soberano e o povo ucraniano.
“Gostaria de saber a sua sugestão de solução do conflito, de forma realista, que não passe pela negociação com a Rússia e a aceitação de grande parte das demandas de Putin.”
Eu respondi improvisadamente o seguinte:
A única solução ao conflito, sem aprofundar a própria guerra, é o estrangulamento diplomático, econômico e político da capacidade russa de fazer a guerra.
Isto que exigiria a mobilização de um número ainda mais significativo de países, entre os quais Brasil, Índia, Africa do Sul, indonesia, México e vários outros do G20, da OCDE, e via reforço dos mecanismos de sanções dos países que já as aplicam, para isolar completamente a Russia, em setores ainda mais cruciais, o que também passa pela OPEP, por constrangimentos ainda mais fortes contra a China e países da Ásia Central.
O TPI e a CIJ deveriam ser chamados a julgar as violações e os crimes já cometidos por Putin, pelos generais e pela própria Rússia.
Em suma, organismos multilaterais deveriam ser confrontados com a EXPULSÃO da Rússia como membro, o que alguns já o fizeram.
Finalmente, deveria começar um debate na ONU sobre a proibição do direito de veto quando se trata de violações cometidas pelo próprio país; o Brasil, que em 1945 se manifestou contra esse direito abusivo, poderia tomar a iniciativa de propor tal mudança na Carta da ONU.
Estas são apenas algumas sugestões; tenho outras.
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 12/02/2023
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