domingo, 14 de maio de 2023

A má consciência americana e ocidental sobre as misérias do mundo - Foreign Policy sobre as "falhas" dos EUA e da ONU no Sudão

 Existe uma mania, no Ocidente, nos próprios EUA, de achar que o Ocidente e os EUA em particular deveriam se ocupar de todas as democracias, de todas as ditaduras, de todas as tragédias humanitárias do mundo, como neste questionamento abaixo.

Por que os EUA teriam "falhado" no Sudão?

Eles têm a obrigação moral e material de vigiar cada transição, de dar cenoura ou aplicar porrete cada vez que algum general golpista se apresenta no horizonte dos lugares mais problemáticos do mundo? 

Em metade do mundo, talvez mais, povos e nações nunca conheceram qualquer semelhança de regime democrático ou respeitador dos DH. Por que teria de haver um "policial" (good coop) para certificar que todo o mundo está no bom caminho.

Seja por razões morais, ou por ameaças reais à paz e à segurança regional, ou até internacional, por que os EUA, e o Ocidente em geral deveria sair em busca dos bons companheiros em todas as partes?

Esse tipo de sanção moral, como se os EUA fossem os garantidores obrigatórios da Carta da ONU e do bem-estar internacional é algo arrogante: ninguém gosta do imperialismo, mas depois reclamam quando ele deixa as pessoas se matarem se não intervir para acabar com o morticínio.

Alguém já deu uma olhada na fronteira do México e na própria zona fronteiriça dos EUA? Quantos miseráveis tentam entrar, alguns morrem, outros ficam meses, talvez anos, em centros de detenção insalubres e até desumanos.

Os EUA são culpados por serem ricos e livres?

Abaixo, uma série de artigos na Foreign Policy, quase todos acusatórios dos EUA, e da ONU...

Paulo Roberto de Almeida

How the U.S. failed Sudan
Chloe Hadavas
Foreign Policy, May 14, 2023
In mid-2019, after the ouster of Sudanese dictator Omar al-Bashir, political analysts hoped that Washington might be able to help Sudan chart a path to democracy. That hope was short-lived. In late 2021, Sudan’s generals staged a coup, and after 18 months of controversial U.S. policies attempting to revive the country’s democratic transition, armed conflict erupted again in Khartoum last month.
“Maybe we couldn’t have prevented a conflict,” one U.S. official told FP’s Robbie Gramer. “But it’s like we didn’t even try and beyond that just emboldened [the warring generals] by making repeated empty threats and never following through.”
Today, we’re featuring our best reporting and essays on how Sudan got here—and the role that the United States and other Western powers have played in what many fear will become a full-blown civil war.
How the U.S. Fumbled Sudan’s Hopes for Democracy

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