quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

A grande divergência: Argentina e Brasil nas disparidades econômicas mundiais da segunda revolução industrial (1890-1940) - Paulo Roberto de Almeida

Um desses exploradores da inteligência alheia me escreve para sugerir, oferecer, realizar nova publiação do meu artigo intitulado "A grande divergência: Argentina e Brasil nas disparidades econômicas mundiais da segunda revolução industrial (1890-1940)", apresentado durante o "XIX Congresso Brasileiro de História Econômica | 12ª Conferência internacional de História de Empresas (ABPHE)", numa dessas revistas "B qualquer coisa", que eles criam fictivamente apenas para arrancar dinheiro dos incautos ou dos desesperados por pontos no Lattes.

Para evitar que isso se faça, ofereço meu artigo de graça, aqui:

2799. “A grande divergência: Argentina e Brasil nas disparidades econômicas mundiais da segunda revolução industrial (1890-1940)”, Hartford, 14/03/2015; revisto: 16/03/2015; ampliado: 28/03/2015, 28 p., para o XI Congresso Brasileiro de História Econômica e XII Conferência Internacional de História de Empresas (14-16/09/2015, Vitória-ES, UFES. Enviado em 28/03/2015. Selecionado para participação. 

Carregado na plataforma Academia.edu em 21/08/2016 (link: https://www.academia.edu/s/ed9ab4433b/2799-a-grande-divergencia-argentina-e-brasil-nas-disparidades-economicas-mundiais-da-segunda-revolucao-industrial-1890-1940-2015). 


A grande divergência: Argentina e Brasil nas disparidades econômicas mundiais da segunda revolução industrial (1890-1940)

The great divergence: Argentina and Brazil in the world’s economic disparities of the second industrial revolution (1890-1940)

 

Paulo Roberto de Almeida 

Diplomata; professor no Centro Universitário de Brasília (Uniceub).

 

Resumo: Avaliação das interpretações de historiadores econômicos sobre as razões do aprofundamento da grande divergência de níveis de renda e de desenvolvimento ocorrido no período da segunda revolução industrial, com um enfoque voltado para a inserção da América Latina, em especial do Brasil e da Argentina, na economia mundial. São focalizados, para um balanço sobre o estado do debate recente, trabalhos dos economistas historiadores Gregory Clark e Jeffrey Williamson, usando dados homogêneos construídos pelo economista Angus Maddison. Williamson argumenta por um aprofundamento das disparidades num período mais tardio do que o considerado por outros historiadores, e considera o papel negativo desempenhado pelas especializações exportadoras em primários no processo de desindustrialização relativa de países da periferia. Clark, por sua vez, tende a privilegiar uma explicação pelos diferenciais de produtividade do trabalho humano entre economias avançadas e países periféricos. 

Palavras-chave: Grande divergência; diferencias de renda; países periféricos; Brasil; América Latina.

Abstract: Assessment of differing interpretation among economic historians about the reasons for the deepening of the great divergence in income and development levels that took place during the second industrial revolution, with a focus on Latin America’s integration into the world economy, especially the cases of Brazil and Argentina. Economic historians chosen for this evaluation of the current state of the debate on this question are Gregory Clark and Jeffrey Williamson, working on the basis of uniform data built in the framework of Angus Maddison project. Williamson argues that this deepening of the income disparities took place at a later date than that accepted by other historians, attributing a negative factor to the specialization in a few commodities by peripheral countries, which endured a deindustrialization effect. Clark, for his side, prefers to give a greater role in his explanation to human labor productivity differentials between advanced economies and peripheral countries. 

Key words: Great divergence; income differentials; peripheral countries; Brazil; Latin America.



A grande divergência: Argentina e Brasil nas disparidades econômicas mundiais da segunda revolução industrial (1890-1940)

 

Paulo Roberto de Almeida

  

Riche comme un Argentin...

Frase corriqueira ao início do século 20.

 

 

1. A concentração industrial na origem da grande divergência

Um dos grandes temas da historiografia econômica é o relativo aos fatores de divergência entre os níveis de produtividade das economias nacionais, o que explica, em grande medida, os enormes diferenciais de renda e de bem-estar existentes entre elas (Pritchett, 1997; Clark, 2007; Williamson, 2011). Como argumenta Gregory Clark, até a revolução industrial todas as sociedades estavam praticamente condenadas ao baixo crescimento, devido ao fenômeno da “armadilha malthusiana”, ou seja, o crescimento da produção e as melhorias tecnológicas, a despeito de reais, sendo persistentemente neutralizados pelo aumento contínuo da população; na visão desse economista, até o século 19 “não existia nenhuma tendência ascensional” (2007: 1). Toda a humanidade, com pequenas variações entre os povos, estava presa num ambiente de escassez: “para a maioria dos ingleses ainda em 1813 as condições não eram melhores do que para os seus ancestrais desnudos da savana africana” (p. 2). Ele considerava inclusive que as condições do século 19 pioraram em relação à idade da pedra: “os pobres de 1800, aqueles que viviam unicamente de seu trabalho rudimentar, estariam melhores se fossem reinseridos em algum bando de caçadores-coletores” (idem). 

Ocorreu, então, a revolução industrial, que transformou radicalmente o cenário: a renda individual experimentou um ganho consistente num seleto grupo de países e os mais avançados se tornaram dez a vinte vezes mais ricos do que eram em 1800. Mas essa prosperidade não se estendeu a todas as sociedades, havendo inclusive o caso de que o consumo de algumas sociedades da África ao sul do Saara recuou a patamares abaixo da era pré-industrial. “Essas sociedades africanas permaneceram encurraladas na armadilha da era Malthusiana, na qual avanços tecnológicos resultam meramente em mais população e os padrões de vida são rebaixados ao nível de subsistência” (p. 3).


(...)


Ler a íntegra do artigo neste link: 


https://www.academia.edu/s/ed9ab4433b/2799-a-grande-divergencia-argentina-e-brasil-nas-disparidades-economicas-mundiais-da-segunda-revolucao-industrial-1890-1940-2015

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